Após enchente, governo espanhol mobiliza 10 mil pessoas em Valência

A cidade de Valência, na Espanha, enfrenta uma crítica situação de calamidade, após uma enchente repentina que devastou todo o munícipio e deixou 211 mortos. Como medida, o governo espanhol enviou cerca de 10 mil profissionais, incluindo soldados e policiais, para ajudar a cidade. Além dos mortos e feridos, a enchente destruiu diversas casas e milhares de pessoas estão sem acesso a comida, água e energia. O cenário da cidade é de completo caos e devastação.


Cidade de Valência, na Espanha, alagada após enchente (Foto: reprodução/Instagram/@mundoemfato)

Destruição e consequências da enchente

A tempestade que atingiu Valência com um forte enchente, empilhou carros e deixou bairros totalmente sem luz e água, o que afetou intensamente a vida dos moradores. A crise causada pela enchente levou diversas pessoas a saquearam os mercados, enquanto diversos bairros seguem sem controle e policiamento adequado.


Carros ficaram empilhados após enchente na cidade de Valência (Foto: Reprodução/Instagram/@jornal_de_aimores)

Apoio militar e voluntário

O Exército foi acionado para conter a situação, realizando a limpeza das ruas e distribuindo alimentos, enquanto voluntários chegam com mantimentos e equipamentos de limpeza. A ação tomada como medida de emergência, busca garantir o mínimo de estabilidade para os moradores de Valência.

Impacto social e resiliência dos moradores

Diante dos desafios enfrentados, os moradores de Valência demonstram resiliência, unindo-se aos esforços de limpeza e reconstrução da cidade. A solidariedade entre a população e os voluntários enfatiza o espírito de ajuda mútua, essencial em tempos de crise e calamidade.


População da cidade de Valência busca abrigo após enchente destruir a cidade (Foto: reprodução/Instagram/@mundoemfato)

Mesmo com as perdas significativas, a comunidade de Valência se organiza para enfrentar o difícil cenário deixado pela enchente, contribuindo com as ações dos voluntários e do exército, na esperança de que toda a cidade se recupere o mais breve possível da crise causada pela enchente.

Termina sem acordo primeira audiência de conciliação no STF sobre dívida gaúcha

Nesta terça-feira (25), aconteceu a primeira audiência de conciliação no Supremo Tribunal Federal sobre a dívida do Rio Grande do Sul com a União. Embora a ajuda federal tenha sido enaltecida por Pimenta e Messias, Eduardo Leite garante não ser suficiente para as necessidades do estado após as enchentes. Daqui 45 dias, será feita uma nova rodada de tratativas.

O ministro Luiz Fux convocou e conduziu a audiência em seu gabinete no STF. O ministro Paulo Pimenta (Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul), Jorge Messias (advogado-geral da União), Eduardo Leite (governador gaúcho) e Leonardo Lamachia (presidente da seccional gaúcha da Ordem dos Advogados do Brasil) participaram do encontro.

Leite almeja anistia de impostos

A mesa de negociação foi aberta em ação que tenta uma possível anistia para a dívida de cerca de R$ 100 bilhões do Estado, detonado pelas enchentes em maio. 


Audiência de conciliação sobre as dívidas do Rio Grande do Sul com a União (Reprodução/instagram/@aguoficial)


Ficou acordado que o estado e os municípios vão receber uma antecipação de R$ 680 milhões do governo federal, oriundos da compensação do ICMS a que já teriam direito para o ano que vem. Do montante, R$ 510 milhões vão para o caixa do governo do Estado e o restante, para os municípios.

A antecipação do pagamento de precatórios de cerca de R$ 5 bilhões foi outro avanço.

Governo federal enaltece a ajuda proposta para os gaúchos

Pimenta e Messias, representantes do governo federal, garantem que a proposta iria irrigar a economia gaúcha, ajudando na atividade econômica do estado e na manutenção dos empregos. E que a atenção do governo federal estaria voltada para socorrer não só ao Estado, mas aos municípios, às pessoas e às empresas.

Por outro lado, Leite saudou a abertura de diálogo com a União, mas que as propostas não são suficientes.

“O que se apresentou foi antecipação de obrigações da União. Não há nada de novo colocado à mesa. É importante, ajuda a ativar a economia do Estado, sem dúvida nenhuma, mas não é recurso ao ente federativo, o Estado, que mantém essa fragilidade na capacidade de sustentação dos serviços essenciais da população, especialmente na calamidade.”

Eduardo Leite

O governo gaúcho completou que terá uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e que tem expectativas de avançar nas negociações para impactar de fato nos estragos provocados pelas chuvas.

África do Sul registra 12 mortos após chuvas intensas 

Foram confirmadas 12 mortes, na África do Sul, devido às inundações e forte chuvas com rajadas de ventos, a tempestade afetou as províncias litorâneas do país, as informações são das autoridades locais, que divulgaram a quantidade de vítimas na última segunda-feira (13).

Na província costeira Cabo Oriental, situada no sudeste do país africano, foram contabilizados sete mortos, segundo informações à AFP o porta-voz do município Nelson Mandela Bay, local da tragédia.

Na região leste, foram registradas 5 mortes, próximo à cidade portuária de Durban, região vizinha de Kwazulu-Natal, além de dezenas de feridos que estão sendo tratados, segundo informações do governo da província.


Detalhes sobre a tragédia enfrentada na África do Sul (Vídeo: reprodução/ YouTube/@SBTNews/Jornal SBT Brasil)

Cenário de destruição e previsão de mais chuva

No total são mais de 2 mil pessoas realocadas, entre elas, famílias que viviam em comunidades carentes. O município está recebendo doações de alimentos, mantas e roupas para os desabrigados.

As chuvas fortes estão concentradas na costa leste, em direção ao oceano Indico, porém, há alertas dos serviços meteorológicos, para quatro das nove províncias do país.

Além das inundações o cenário é de calamidade, com casas destruídas, árvores arrancadas pela raiz, foi necessário cortar a energia em determinados locais por questões de segurança.

Pior enchente da história da África do Sul

Não é a primeira vez que a região de Durban e arredores, são afetadas pelas chuvas, em 2022, ocorreu uma das maiores cheias da história, foram registrados 450 milímetros de chuva num intervalo de apenas  48 horas, a catástrofe resultou em mais de 400 mortos.
Ocorreu uma força tarefa para socorrer os moradores afetados, com 300 agentes da polícia e mobilização da força aérea nacional, com o envio de aviões para ajudar nas operações de resgate.


Detalhes da tragédia em 2022 na África do Sul (Vídeo: reprodução/YouTube/@RFI Brasil)


Além das vítimas, houve destruição por todo território afetado pela chuva, com mais de 2 mil casas destruídas, e ainda mais de 4 mil moradias informais (barracos) afetados pela tragédia, devido às inundações e deslizamento em áreas de risco.

Crimes em RS causam revolta nos moradores

O primeiro alerta vermelho de volume elevado de chuva emitido pela Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) fora gerado no dia 29 de abril. Todavia, dois dias antes, Vale do Rio Pardo, uma região central do Estado, já contava com chuvas fortes e granizo.

A catástrofe afetou mais de 2,3 milhões de gaúchos, e fora divulgado um total de 155 mortes.

Diversos brasileiros comoveram-se com o estado destas pessoas, e fizeram doações, além de auxiliar como podiam: seja indo diretamente ao estado para fornecer ajuda manual, ou então, divulgar em redes sociais e doar.

Todavia, mesmo com a solidariedade de milhares de cidadãos ao redor do país, a polícia prendeu um total de 130 pessoas desde o início da calamidade.

Segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública), 48 foram presos por crimes patrimoniais (como roubos e furtos) e 49 foram presas em abrigos. É desconhecido o motivo das demais prisões.

Furto à loja

Foi divulgado em vídeo nas redes sociais, pela comerciante e empresária Marinez Silva Hauenstein, que sua loja no Arroio do Meio, fora totalmente roubada.

A unidade seria utilizada para o recomeço da família, pois, das cinco lojas de variedades da família, quatro foram completamente perdidas por conta das enchentes.

O estrago só foi notado dias depois, visto ser inviável chegar no local, por conta do nível da água.

Segundo a família, mais de R$ 20 mil em itens foram levados, somando um prejuízo de R$ 2 milhões.


Empresária mostra furto à sua loja (Vídeo/Reprodução/X/@damadanoite14)


Infelizmente, o roubo que a família de Marinez sofreu não foi um caso isolado.

Outros crimes acometidos

Abrigos

Um dos primeiros casos a serem comentados na mídia, e que fora resolvido com a criação de abrigos especificamente para mulheres e crianças, foi o de crimes sexuais cometidos nestes locais que deveriam fornecer segurança às vítimas.

O governo do estado comunicou que a segurança dos abrigos fora reforçada, com equipes fixas e rondas diárias nos locais. Estes abrigos atendem 77 mil pessoas desamparadas pelo ocorrido, e daí a importância de uma vigia tão criteriosa.

Até o momento, 49 pessoas foram presas por conta de incidentes nestes abrigos.

Drogas em doações

Na última sexta-feira (17/05), um pai e um filho, o qual estavam com comidas que seriam entregues aos desabrigados, foram presos em flagrante por tráfico de drogas pela Polícia Civil do RS, devido uma conjuntura a qual já vinha sendo vigiada pela 1ª Delegacia de Investigação do Narcotráfico (DIN) do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc).

E em Santa Catarina, foi apreendido pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) 1kg de crack e 52kg de cocaína, que estavam em um caminhão que levava doações para o Rio Grande do Sul.


Caminhão de doação tenta adentrar Rio Grande do Sul com mais de 50kg de drogas (Foto: Reprodução/X/@NP_Oficial)

O motorista, preso em flagrante, disse que as drogas seriam entregues em um posto de gasolina antes do local em que as doações seriam entregues.

O governo do estado persiste com as investigações dos crimes e tomada de ações para controle dos mesmos, como, por exemplo, o bloqueio de 18 perfis falsos que fingiam ser autoridades ou entidades sociais para desviar doações.

Enquanto o governo trabalha para que estes casos se cessem, e tentam ir atrás dos culpados, a população anseia para que estas situações não se repitam tão brevemente, uma vez que a sensação de impotência e desamparo é evidente em seus relatos.