Brasília não será capital do país durante conferência da COP 30

Durante a 30ª Conferência da ONU sobre Mudança do Clima (COP 30), que ocorrerá entre os dias 11 e 21 de novembro, a cidade de Belém, no Pará, será a capital simbólica do Brasil. A proposta foi aprovada pelo Senado na terça-feira (7) e aguarda agora a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nesse período, todos os atos oficiais do Executivo, Legislativo e Judiciário poderão ser assinados com a referência à nova capital temporária.

A autora do projeto, deputada Duda Salabert (PDT-MG), defende que a medida fortalece a importância da Amazônia no debate internacional. Já o relator no Senado, Jader Barbalho (MDB-PA), destacou que a mudança reforça o protagonismo brasileiro nas pautas climáticas e coloca a floresta no centro das decisões globais.

Belém ganha holofotes ao sediar cúpula climática

A COP 30 será realizada pela primeira vez no Brasil. O evento reunirá líderes de diversos países em Belém para discutir temas como desmatamento, aquecimento global e transição energética. A cidade foi escolhida estrategicamente por sua localização na região amazônica, área essencial na regulação climática do planeta.


Publicação da TV Senado (Vídeo: Reprodução/Youtube/TV Senado)

A proposta de transferência simbólica da capital é vista por muitos como um gesto político importante. A expectativa é que essa mudança contribua para atrair mais atenção internacional às demandas da região Norte e à necessidade de preservação da Amazônia.

Projeto divide opiniões no Senado

Apesar do caráter simbólico, a proposta também gerou críticas. O senador Eduardo Girão (Novo-CE) votou contra a medida e classificou a mudança como “encenação política”, questionando o custo e o impacto da decisão. Já o senador Cleitinho (Republicanos-MG) seguiu a mesma linha e também se opôs à iniciativa.

Por outro lado, senadores como Zequinha Marinho (Podemos-PA) e Damares Alves (Republicanos-DF) apoiaram o projeto. Damares chegou a propor a criação de uma Comissão da Amazônia no Senado para dar continuidade ao debate sobre a região. Com a sanção presidencial, Belém ganhará, mesmo que por poucos dias, o título de capital do país e com ele, a chance de protagonizar um dos eventos ambientais mais importantes do planeta.

Musk nega rumores de captação de US$ 10 bilhões pela xAI

O empresário e dono da xAI, Elon Musk, negou a informação que sua empresa está levantando capital, em seu perfil no X, nesta sexta feira (19). Musk se pronunciou após a publicação de uma reportagem da CNBC, mostrando um levantamento de US$ 10 bilhões (R$ 53,2 bilhões), em uma avaliação US$ 200 bilhões (R$ 1,064 trilhão), obtido pela companhia. O bilionário afirmou que a xAI não está obtendo capital atualmente, e disse que a notícia não é verdadeira.

XAI mira liderança e infraestrutura em IA

A matéria da CNBC apontava que os recursos seriam destinados principalmente à expansão de infraestrutura, incluindo a construção de grandes data centers equipados com processadores gráficos de empresas como Nvidia e AMD. Esses chips são fundamentais para o desenvolvimento de modelos avançados de inteligência artificial e, segundo a publicação, também serviriam para reforçar a contratação de especialistas altamente qualificados no setor.

Fundada em 2023, a xAI busca competir diretamente com empresas já consolidadas no mercado de IA, como a OpenAI, criadora do ChatGPT, e a Anthropic, responsável pelo Claude. Para isso, a companhia tem ampliado a capacidade de seu supercomputador Colossus, instalado em Memphis, considerado o maior do mundo. O objetivo é acelerar o treinamento de modelos de próxima geração, além de consolidar espaço em um mercado que desperta cada vez mais interesse de investidores.


Símbolo da xAI (Foto: reprodução/NurPhoto/Getty Images Embed)


Gigantes da IA seguem atraindo bilhões

Caso a avaliação citada pela CNBC se confirmasse, a xAI mais que dobraria seu valor de mercado em relação aos US$ 75 bilhões (R$ 399 bilhões) estimados em julho pela Pitchbook. Esse salto a colocaria entre as startups mais valiosas do planeta, atrás apenas de gigantes como a OpenAI, a chinesa ByteDance e a SpaceX, também comandada por Musk.

Enquanto isso, outras concorrentes seguem movimentando cifras bilionárias. A OpenAI discute a possibilidade de uma nova venda de ações, que abriria a chance de elevar sua avaliação para cerca de US$ 500 bilhões (R$ 2,66 trilhões).

Já a ByteDance prepara uma recompra de papéis que deve avaliar a companhia em mais de US$ 330 bilhões (R$ 1,755 trilhão). A Anthropic, por sua vez, anunciou recentemente ter obtido US$ 13 bilhões (R$ 69 bilhões) em investimentos, alcançando um valor de mercado estimado em US$ 183 bilhões (R$ 972 bilhões). Apesar da negativa de Musk, o interesse do mercado em startups de IA continua em alta, mesmo diante de questionamentos sobre o ritmo e a sustentabilidade dos gastos no setor tecnológico.