Vladimir Putin anuncia cessar-fogo temporário

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou neste sábado, 19 de abril, um cessar-fogo temporário na guerra contra a Ucrânia. A trégua de Páscoa, como foi chamada, deve durar 30 horas. Pelo horário de Moscou, ela começa às seis da tarde no sábado e vai até a meia-noite de segunda. Já no Brasil, essa pausa acontece do meio-dia de sábado até o fim da tarde de domingo, às seis.

Putin justificou a pausa nos combates com razões humanitárias e determinou a suspensão de todas as operações militares durante esse intervalo. Ele afirmou esperar que a Ucrânia também respeite a trégua, mas pediu que as forças russas permaneçam atentas a qualquer provocação ou possível quebra do acordo. Segundo ele, Kiev já desrespeitou mais de cem vezes os acordos para não atacar a infraestrutura energética, o que justificaria uma postura de vigilância.

Declarações ucranianas

Mas autoridades ucranianas afirmaram que a Rússia não cumpriu a pausa. O presidente Volodymyr Zelensky disse que drones russos foram detectados nos céus ucranianos às cinco e quinze da tarde, ou seja, quarenta e cinco minutos antes do início da trégua. De acordo com ele, a defesa aérea do país precisou agir para conter os ataques.


Soldados ucranianos (Foto: reprodução/x/@g1)

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Sybiha, lembrou que em março o país já havia aceitado uma proposta dos Estados Unidos para um cessar-fogo de trinta dias, mas que a Rússia recusou. Agora, Moscou propõe apenas trinta horas. Sybiha disse que a Ucrânia continua aberta ao acordo mais duradouro.

Ministério da defesa russo

O Ministério da Defesa da Rússia declarou que cumprirá a trégua, contanto que a Ucrânia também a respeite. Já a União Europeia respondeu com desconfiança, ressaltando que, se realmente quisesse, Moscou teria o poder de encerrar o conflito a qualquer momento.

Ainda no sábado, 246 soldados russos foram trocados por 246 prisioneiros ucranianos. Houve também a liberação de feridos em situação delicada. Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump e o secretário de Estado Marco Rubio disseram que o país deixará de tentar mediar um acordo de paz caso não haja avanços concretos nos próximos dias.

Israel faz nova proposta de cessar-fogo nos conflitos em Gaza

Uma emissora afiliada ao governo do Egito trouxe uma informação de que Israel havia dado uma nova proposta de cessar-fogo ao conflito realizado na Faixa de Gaza. O grupo terrorista Hamas, considerou a oferta, porém um alto funcionário afirmou que pelo menos dois dos elementos do acordo eram inviáveis. Esta medida de cessar-fogo se une a várias outras, como a que ocorreu no final de janeiro, terminando no mês de março.

A nova proposta de Israel

A emissora egípcia Al Qahera News TV, que é associada ao governo do Egito, apresentou uma nova proposta de Israel para criar um novo cessar-fogo contra a organização terrorista Hamas, na região de Gaza. O grupo terrorista foi informado do acordo, porém uma figura de autoridade afirmou que não concordavam e não cederiam a pelo menos duas cláusulas do acordo

O grupo palestino disse em um comunicado que a proposta estava em análise, e uma resposta seria entregue assim que possível. Um representante do Hamas, Sami Abu Zuhri, declarou à Reuters que dentro da proposta dada por Israel não era considerado a sua principal exigência que seria um fim às medidas ofensivas de Israel. Outro elemento da proposta era que houvesse, pela primeira vez, o desarmamento do Hamas, na próxima etapa das negociações. Sami Abu Zuhri, no entanto, negou essa medida, afirmando que isso estava fora de cogitação e não seria discutido e nem considerado pelo grupo. Israel não fez comentários imediatamente sobre o acordo.


Destroços de prédios , devido aos conflitos em Gaza (Foto: reprodução/OMAR AL-QATTAA/AFP/Getty Images Embed)


O Hamas está pronto para entregar os reféns de uma só vez em troca do fim da guerra e da retirada das forças militares israelenses de Gaza”, informou Abu Zuhri.

Fontes egípcias e palestinas informaram que a última rodada de negociações, feita no Cairo, para restaurar cessar-fogo e libertar reféns israelenses, terminou sem avanços. O Hamas insiste que para acabarem com o conflito, Israel deve se comprometer a terminar a guerra e a retirar suas forças da Faixa de Gaza, conforme o último cessar-fogo, que ocorreu no final de janeiro, tendo seu fim em meados de maio. Israel, porém, disse que não acabará com a guerra a não ser que o Hamas seja eliminado e que reféns mantidos em Gaza sejam devolvidos.

Consequências de guerra

De acordo com autoridades de saúde de Gazas, as forças militares israelenses, desde o mês anterior, ceifaram a vida de mais de 1.500 palestinos. O grupo terrorista Hamas moveu centenas de milhares de pessoas e impôs um bloqueio a qualquer suprimento que entrar nos limites do território.


Médico cuidando de cidadão palestino ferido (Foto: reprodução/Mahmoud Issa/Anadolu/Getty Images Embed)


Em meio a essa situação, 59 reféns israelenses continuam com os militantes. Israel ainda crê que 24 desses reféns ainda permanecem vivos.

Países europeus pedem a retomada do cessar-fogo em Gaza

A retomada dos ataques em Gaza após a quebra do cessar-fogo tem gerado reações internacionais. França, Reino Unido e Alemanha pediram que Israel volte a respeitar o acordo e permita a entrada de ajuda humanitária na região, que enfrenta um colapso total nos serviços essenciais, como eletricidade, água e assistência médica. Além disso, os países exigiram que o Hamas liberte os reféns israelenses ainda em cativeiro.

Justificativa do novo bombardeio

O governo de Israel justificou os novos bombardeios afirmando que o Hamas recusou-se a libertar os reféns e ainda fez ameaças aos soldados israelenses. Esses fatores foram os mesmos que desencadearam o conflito em 7 de outubro de 2023. Segundo autoridades israelenses, o ataque aéreo do dia 18 de março é apenas o início de uma nova série de ofensivas, com o objetivo de enfraquecer a estrutura militar do Hamas e pressioná-los a libertar os reféns.

Internamente, o governo israelense enfrenta grande pressão da extrema-direita, que sempre se opôs ao cessar-fogo. Esse grupo político acredita que a única maneira de alcançar a paz seria a completa rendição do Hamas e a retomada dos assentamentos desocupados desde 2005. Esse posicionamento tem influenciado decisões do primeiro-ministro e das autoridades militares.

Tentativa de mediação

Diante da escalada do conflito, os ministros das Relações Exteriores de França, Reino Unido e Alemanha divulgaram um comunicado conjunto pedindo a Israel que permita a entrada de suprimentos essenciais, como água e eletricidade, e autorize evacuações médicas. Segundo a declaração, garantir esses direitos é um dever do Estado israelense conforme a lei humanitária internacional. Ao mesmo tempo, os líderes europeus também reforçaram o apelo para que o Hamas liberte os reféns.


Reunião da ONU em relação ao cessar-fogo (Foto: reprodução/x/@g1)

Enquanto os bombardeios continuam e a população de Gaza enfrenta uma crise humanitária sem precedentes, cresce a pressão internacional para que ambas as partes retornem às negociações e busquem uma solução que minimize o sofrimento civil e traga estabilidade à região.

Após conversa por telefone entre Putin e Trump, Rússia diz que cancelou ataque na Ucrânia

Nessa quarta-feira(19), a Rússia comunicou a suspensão de ataques que ia fazer na infraestrutura da Ucrânia. Segundo informado pelo governo Russo, essa desistência ocorreu devido a uma conversa entre os presidentes Donald Trump e Vladimir Putin, que aconteceu na última terça-feira(18). Putin teria concordado durante a conversa em parar com os ataques proferidos as instalações energéticas ucranianas, além disso, ele ainda mandou derrubar os drones que estavam a caminho da Ucrânia.

Acusação

Nessa quarta-feira(19), os militares da Rússia acusaram Kiev de sabotagem. De acordo com eles, o local teria enviado drones para um depósito de petróleo localizado no sul da Rússia, sabotando, consequentemente, a trégua entre os países. Peskov disse que os ucranianos, não respeitaram o cessar-fogo de 30 dias. Apesar disso, o porta-voz russo indicou que irá cumprir com o acordo a respeito de não atacarem a infraestrutura ucraniana, tendo em vista a conversa ocorrida entre Donald Trump e Vladimir Putin.


Vladimir Putin durante sessão plenária na Rússia (Foto:reprodução/contributor/ Getty Images Embed)


Situação

Zelensky, o então presidente da Ucrânia atual, disse que a conversa com Donald Trump foi relevante e franca., na qual havia uma preparação para que as equipes fossem instruídas com o intuito de que ocorra a expansão do cessar-fogo parcial.

Ainda de acordo com a fonte, terá uma reunião na Arábia Saudita entre os países para que ambos sigam em direção à paz. A Casa Branca informou também a respeito do contato que houve entre os presidentes e disse que foi

Putin

Vladimir Putin, Presidente da Rússia, está aceitando um cessar-fogo parcial, mas não pretende finalizar a guerra enquanto a Ucrânia não ceder alguns territórios ao país em questão. Após essa recusa, as conversas entre os Estados Unidos e a Ucrânia ficaram um pouco tensas. Zelensky aceitou essa trégua de 30 dias e vai prosseguir dessa forma.

Hamas fará novas libertações, em acordo de cessar-fogo

Na manhã desta sexta-feira (14), o grupo Hamas informou que libertará o soldado israelense-americano Edan Alexander, de 21 anos, mantido como refém em Gaza e mais quatro corpos de cidadãos com dupla nacionalidade. Porém não revelou em qual data ou em quais condições fará esta libertação. 

Em comunicado, um dirigente do grupo informou que recebeu uma proposta de mediadores egípcios para retomar as negociações de paz.

“Ontem (quinta-feira), a delegação do Hamas recebeu uma proposta dos mediadores para retomar as negociações. De forma responsável, o movimento respondeu positivamente e entregou sua resposta nesta manhã, indicando seu acordo com a libertação do soldado israelense Edan Alexander, que possui cidadania americana, além dos corpos de outros quatro com dupla cidadania” (Comunicado do grupo Hamas)

Após o comunicado, o gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, postou em suas redes sociais que enquanto Israel aceita as condições para o acordo de paz, o grupo Hamas, “continua a travar uma guerra psicológica”.


Postagem do gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu (Foto: reprodução/X/@IsraeliPM)

Acordo de Paz e cessar-fogo

O acordo de Paz e cessar-fogo entre Israel e o grupo Hamas inicialmente previa três fases e teve início em 19 de janeiro de 2025. As negociações foram uma força conjunta entre EUA, Egito, Qatar, Israel e dirigentes do grupo Hamas . 

Na primeira fase, com duração de seis semanas, foram libertados 33 refém israelenses e 2.000 palestinos.

A segunda fase, para retirada total dos soldados israelenses de Gaza, estava prevista para o início deste mês de março (2025). Porém, divergências entre Israel e o grupo Hamas não deram prosseguimento ao acordo de paz, até o momento do comunicado emitido pelo grupo nesta manhã. 

Na última segunda-feira (10), Israel informou que negociadores foram enviados à Doha, no Catar, para restabelecer as negociações do acordo.


Israel enviará delegação para negociar paz com o Hamas (Vídeo: reprodução/Youtube/@CNNbrasil)

Negociações entre os EUA e o grupo Hamas 

Nos últimos dias, o enviado especial dos EUA para “assuntos de reféns”, Adam Boehler, negociou a libertação do soldado israelense-americano Edan Alexander, conforme confirmou à Reuters, Taher Al-Nono, conselheiro político do Hamas.

“Várias reuniões já ocorreram em Doha, com foco na libertação de um dos prisioneiros de dupla nacionalidade. Lidamos de forma positiva e flexível, de uma forma que atende aos interesses do povo palestino” Taher Al-Nono

Em entrevistas a repórteres da Casa Branca, Steve Witkoff, enviado especial do governo americano para assuntos estratégicos no Oriente Médio, informou que a libertação de Alexander é uma “prioridade máxima para nós”. 

No último dia 02 de março (2025), Israel havia bloqueado a entrada de ajuda humanitária em Gaza. Segundo o governo israelense, essa atitude foi necessária para pressionar o grupo Hamas para dar andamento ao acordo de paz. Devido a isto, o grupo palestino solicitou mediação do Egito e do Catar. 

EUA tomam próximo passo rumo à paz na Ucrânia

Diplomatas americanos levam para a Rússia, nesta quarta-feira (12), a proposta de cessar-fogo completo e imediato que o governo ucraniano aceitou durante as negociações na terça-feira (11) em Jidá, na Arábia Saudita. Estados Unidos e Ucrânia concordaram em nomear equipes de negociação e iniciar imediatamente as conversas de paz.  

Foram mais de nove horas de discussões. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, disse que o governo americano levará agora a oferta assinada para a Rússia e, a partir de então, a “bola” está com Moscou.  

O acordo está sujeito à aceitação e à implementação do Kremlin. Nos próximos dias, o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Mike Waltz, ficou responsável por encontrar o conselheiro russo e, ainda nesta semana, o enviado especial de Trump, Steve Witkoff, planeja visitar Moscou para se encontrar com Putin. 

O presidente americano disse que deve falar com o presidente russo nesta semana e que espera a negociação de um cessar-fogo permanente para os próximos dias. 


Canal de notícias CNN Brasil fala sobre o cessar-fogo diretamente de Washington (Reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Ajuda americana no processo de paz

Segundo a rede de notícias Reuters, o governo ucraniano aprova a proposta de Washington. Kiev afirma que as conversas de negociação são um marco e que o governo americano concordou em retomar a ajuda militar e o compartilhamento de inteligência. Portanto, a Ucrânia mostrou-se pronta para consentir com o cessar-fogo de 30 dias, que poderá se tornar permanente a depender do compromisso mútuo entre as partes. 

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky disse em vídeo que os EUA propuseram um cessar-fogo completo, bem como a interrupção do lançamento de mísseis, drones e ataques de bomba no Mar Negro e por toda a linha de frente.

A Ucrânia está pronta para aceitar essa proposta – vemos como um passo positivo e estamos prontos.

Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia

Os Estados Unidos declararam que retomariam imediatamente o compartilhamento de inteligência e o suporte à segurança na Ucrânia. As autoridades ucranianas confirmaram mais tarde na terça-feira (11) que a ajuda já havia sido retomada.


Volodymyr Zelensky confirma o acordo de cessar-fogo (Reprodução/X/@Metropoles)

Reservas minerais ucranianas

Em declaração conjunta, EUA e Ucrânia concordaram em concluir o mais rápido possível o plano para desenvolver as reservas minerais essenciais do território ucraniano. 

O governo americano estava planejando o acordo de minerais havia semanas, mas o trabalho ficou no limbo desde a reunião acirrada entre Donald Trump e Volodymyr Zelensky no dia 28 de fevereiro, na Casa Branca.

Tanto o governo americano quanto o ucraniano ressaltam a importância dos esforços em favor da ajuda humanitária como parte do processo de paz, em especial durante o cessar-fogo. Essa ajuda inclui a troca de prisioneiros de guerra, a liberação de civis detidos e o retorno das crianças ucranianas transferidas à força. 

 Jovem palestino esfaqueia israelense em Tel Aviv

Na tarde deste sábado, dia 18 de janeiro, um jovem palestino esfaqueou um homem israelense na rua Levontin, em Tel Aviv. Testemunhas relataram que o agressor tentou atingir outras pessoas, mas apenas um homem foi ferido.

O incidente gerou grande tumulto, e as forças armadas interditaram o local para investigação. Um civil conseguiu neutralizar o jovem, identificado como Salah Yahya, de 19 anos, oriundo da Cisjordânia. Segundo as autoridades, ele estava em Israel de forma ilegal, tendo viajado de Tulkarem para Tel Aviv. A motivação do ataque ainda é desconhecida e está sendo apurada pelas forças policiais israelenses.


A chegada da polícia até o local após o ataque (Foto: reprodução/X/g1)

Estado da vítima

A vítima, um homem de 30 anos, foi socorrida e levada ao hospital Ichilov. Inicialmente, seu estado era grave, mas ele não corre mais risco de vida e está estável, conforme informações médicas divulgadas.

As informações iniciais sobre o incidente foram fornecidas à imprensa pelo civil que neutralizou Salah Yahya. O ataque reforça a complexidade do cenário de segurança em Israel e na Cisjordânia, especialmente em um momento tão delicado, com negociações de paz em curso e esforços internacionais para encerrar a violência que tem marcado a região.

O cessar-fogo

O ataque ocorreu em um momento de grande tensão, às vésperas de um acordo de cessar-fogo entre o Hamas e Israel, programado para entrar em vigor às 3h30min (horário de Brasília) deste domingo, dia 19 de janeiro.

Esse acordo tem como objetivo pôr fim a um conflito que já dura 17 meses, com um plano dividido em fases de transição para a estabilização da região. O acordo foi mediado com o apoio de potências internacionais e propõe um plano dividido em fases de transição, para a estabilização da região.

A primeira fase estabelece o fim imediato de ações militares, como ataques aéreos por parte de Israel e lançamentos de foguetes pelo Hamas. Em seguida, as partes se comprometerão a reduzir progressivamente o bloqueio imposto a Gaza e a implementar medidas para apoio e assistência

Além disso, está prevista a retomada de negociações políticas para abordar questões mais amplas, como o status de Gaza e a busca por uma solução mais rigorosa para o conflito. Apesar do otimismo com o acordo, ainda há ceticismo, já que cessar-fogo anteriores foram interrompidos por novas hostilidades.

Israel e Hamas chegam a um cessar-fogo após 17 meses de guerra

Depois de um longo e doloroso período de 17 meses de conflito, que deixou um saldo devastador de quase 48 mil mortes, Israel e Hamas finalmente chegaram a um acordo de cessar-fogo. O pacto, anunciado nesta quarta-feira (15), e previsto para entrar em vigor no próximo domingo (19), reacende a esperança de paz para milhões de pessoas afetadas pela violência.

O cessar-fogo não é apenas uma trégua temporária, mas um esforço para criar um caminho para o fim definitivo do conflito. Entre os pontos principais do acordo estão a libertação de reféns de ambos os lados e a retirada gradual das tropas israelenses de Gaza.


Cessar-fogo entre palestinos e israelenses (Vídeo: reprodução/YouTube/UOL)

O início do resgate

Na primeira fase do acordo, o Hamas se comprometeu a libertar 33 reféns israelenses e estrangeiros, em troca de centenas de palestinos presos em Israel. Para muitas famílias, a notícia traz alívio, mas também a angústia de esperar pela libertação de todos os cativos.

“Estamos muito felizes, mas isso é só o começo. Queremos que todos os reféns voltem para casa”, desabafou Arnon Cohen, amigo de dois israelenses capturados pelo Hamas no ataque de 7 de outubro de 2023.

Em frente ao Museu de Arte de Tel Aviv, no chamado “Praça dos Reféns”, amigos e familiares dos cativos celebram a notícia, enquanto mantêm a pressão sobre o governo israelense para garantir o retorno de todos.

No lado palestino, a população de Gaza também recebeu o anúncio com esperança e alívio. Em Khan Younis, uma das cidades mais destruídas pelos bombardeios, os moradores se reuniram para expressar otimismo com a trégua.

“Queremos apenas viver em paz, sem bombardeios ou destruição. Espero que possamos voltar às nossas casas e recomeçar”, disse Abdallah Al-Baysouni, deslocado após a ofensiva israelense.

Outro ponto celebrado pelos palestinos é o aumento da ajuda humanitária prometida no acordo. Gaza enfrenta uma crise severa, e muitos moradores dependem de alimentos, remédios e outros itens básicos para sobreviver.


Destruição da cidade de Gaza, cessar-fogo entre Israel e Hamas (Foto: reprodução/Pinterest/@usnewspe)

Detalhes do acordo

O cessar-fogo, mediado por Catar, Egito e Estados Unidos, inclui várias etapas, entre elas, Israel começará a retirar suas tropas de Gaza em fases, mas manterá controle em áreas estratégicas, como a fronteira com o Egito, para impedir o contrabando de armas. Assim como haverá uma entrada significativa de alimentos, medicamentos e outros suprimentos essenciais no território.

Sobre o futuro da cidade, ainda não está claro quem administrará a região após o conflito. Israel descarta o retorno do Hamas ao poder e também rejeita a Autoridade Palestina como única responsável.

Uma guerra marcada pela dor

O conflito teve início em outubro de 2023, devastou a Faixa de Gaza e matou mais de 46 mil pessoas, entre as quais mulheres e crianças. Em Israel, 1.200 pessoas foram mortas. Apesar do avanço das negociações, existem ainda muitas incertezas. A comunidade internacional está pressionando no sentido de uma solução duradoura, mas os desafios para o cumprimento do acordo são imensos.

Para os envolvidos, o cessar-fogo constitui uma chance para interromper o ciclo de violência. “É um pequeno passo para o futuro de paz”, disse o primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman.

Enquanto isso, em Tel Aviv e no Gaza, famílias aguardam ansiosamente um fim ao conflito que leva de volta seus entes queridos e concede a ambas as populações a possibilidade de reconstruir suas vidas.

Hezbollah e Irã vão pagar um total de 77 milhões de dólares a famílias afetadas pela guerra

O grupo libanês Hezbollah, pagou mais de 50 milhões de dólares a famílias afetadas pela guerra contra Israel. De acordo com o líder Naim Qassem em discurso gravado, o Irã ajuda a organização política a financiar o auxílio. 

Ele também disse que o programa contempla 233,500 famílias que se registraram para receber o pagamento. Ao fim, o auxílio, que varia entre 300 e 400 dólares por família (entre R$1815,21 e R$2420,28), totalizará o montante de 77 milhões de dólares utilizados pela organização.

Além disso, O grupo fará um pagamento único de 8000 dólares (R$48.405,61) àqueles que tiveram a moradia destruída pela guerra e 6000 dólares (R$36.304,21) por um ano de aluguel aos moradores da sede do governo libanês, Beirute, e áreas próximas. O Hezbollah auxiliará com 4000 dólares (R$24.202,80), os que estão se refugiando fora da capital enquanto esperam melhorias nas condições da cidade para voltar.

 O governo iraniano irá providenciar a maior parte desse dinheiro.

No dia 27 de novembro, Hezbollah e Israel firmaram um cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos e França. Mas, os dois países continuam com ataques, mesmo depois do acordo.

Além dos países em guerra direta

As principais tensões no Oriente Médio dos últimos dois anos aconteceram na Faixa de Gaza, entre Israel e o grupo palestino Hamas, e no Líbano, em que o Hezbollah guerreia com o inimigo da . As duas guerras têm como característica o aporte financeiros e apoios militares de potências armamentistas. 

No caso de Israel, o apoio para continuar lutando vem dos Estados Unidos, que se esforça para manter o único aliado político na região. Já as organizações da Palestina e do Líbano são patrocinadas pelo Irã, que começou a desenvolver bombas nucleares em seu território.

Relação entre Hezbollah e Irã

Apesar de ser o principal fornecedor das armas utilizadas pelo Hezbollah na guerra, o Irã ainda não se envolveu diretamente com seus exércitos em defesa das áreas de risco libanesas.

Segundo a BBC News Brasil, isso tem preocupado alguns grupos conservadores, que pedem que o Irã, governado pelo presidente eleito em julho Masoud Pezeshkian, vingue os bombardeios sofridos pelo Líbano.


Presidente iraniano Masoud Pezeshkian (Foto:Reprodução/Michael M. Santiago/Getty Images Embed)


Ao ser eleito, Pezeshkian garantiu que estes ataques não ficariam sem resposta. Na prática, acabou optando por um governo mais conciliador e que evita os comentários extremos relacionados à aniquilação de Israel.

Ataques em Gaza intensificam tensões antes de negociações no Egito

As forças israelenses realizaram ataques aéreos e terrestres na Faixa de Gaza, cerca de 70 mortes de palestinos foram registradas nas últimas 24h, segundo as autoridades locais. A ofensiva acontece enquanto o grupo Hamas se prepara para negociações de cessar-fogo no Cairo, com mediação do Egito. Diante do conflito que devasta o território da Faixa de Gaza, as negociações podem ser afetadas devido as tensões que se intensificam após ataques.


Crianças vasculham lixo em busca de comida após ataques na Faixa de Gaza (Foto: Reprodução/Reuters/AFP/Embed/Getty Images/Instagram/@cnnbrasil)

Ofensiva militar e crise humanitária

As operações israelenses estão concentradas em regiões como Beit Lahiya e Nuseira. Os bombardeios e mobilizações terrestres intensificam as tensões dos conflitos atuais. O exército afirma que as ações objetivam neutralizar os combates em Hamas e impedir novos ataques. Porém, mesmo com as medidas tomadas, muitos civis continuam sendo as principais vítimas que enfrentam condições críticas. No norte de Gaza, hospitais estão com as operações reduzidas devido à falta de recursos e ao deslocamento de profissionais de saúde.


Beirute, no Líbano, fica destruída após o cessar-fogo por Israel e Hezbollah (Foto: Reprodução/Reuters/AFP/Embed/Getty Imagens/Instagram/@bbcbrasil)

Esperanças para o cessamento do fogo

A delegação do Hamas, participará das negociações no Egito, busca um acordo que interrompa os ataques aéreos. Apesar das dificuldades, iniciativas recentes, como o cessar-fogo mediado pelo Líbano, renovam esperanças de avanço nas negociações e mudanças do cenário atual.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, solicitou esforços para consolidar a trégua na Faixa de Gaza, abrindo espaço para que Israel e Hamas aproveitem o momento para um diálogo significativo. O conflito foi iniciado há 13 meses após os ataques do Hamas às comunidades israelenses, com mais de 44 mil mortes na Faixa de Gaza, sendo clara a urgência de uma resolução que alivie o sofrimento da população na região.