A retomada dos ataques em Gaza após a quebra do cessar-fogo tem gerado reações internacionais. França, Reino Unido e Alemanha pediram que Israel volte a respeitar o acordo e permita a entrada de ajuda humanitária na região, que enfrenta um colapso total nos serviços essenciais, como eletricidade, água e assistência médica. Além disso, os países exigiram que o Hamas liberte os reféns israelenses ainda em cativeiro.
Justificativa do novo bombardeio
O governo de Israel justificou os novos bombardeios afirmando que o Hamas recusou-se a libertar os reféns e ainda fez ameaças aos soldados israelenses. Esses fatores foram os mesmos que desencadearam o conflito em 7 de outubro de 2023. Segundo autoridades israelenses, o ataque aéreo do dia 18 de março é apenas o início de uma nova série de ofensivas, com o objetivo de enfraquecer a estrutura militar do Hamas e pressioná-los a libertar os reféns.
Internamente, o governo israelense enfrenta grande pressão da extrema-direita, que sempre se opôs ao cessar-fogo. Esse grupo político acredita que a única maneira de alcançar a paz seria a completa rendição do Hamas e a retomada dos assentamentos desocupados desde 2005. Esse posicionamento tem influenciado decisões do primeiro-ministro e das autoridades militares.
Tentativa de mediação
Diante da escalada do conflito, os ministros das Relações Exteriores de França, Reino Unido e Alemanha divulgaram um comunicado conjunto pedindo a Israel que permita a entrada de suprimentos essenciais, como água e eletricidade, e autorize evacuações médicas. Segundo a declaração, garantir esses direitos é um dever do Estado israelense conforme a lei humanitária internacional. Ao mesmo tempo, os líderes europeus também reforçaram o apelo para que o Hamas liberte os reféns.

Enquanto os bombardeios continuam e a população de Gaza enfrenta uma crise humanitária sem precedentes, cresce a pressão internacional para que ambas as partes retornem às negociações e busquem uma solução que minimize o sofrimento civil e traga estabilidade à região.