Vulcão gigante é captado na superfície de Io pela sonda Juno

Cientistas anunciaram a descoberta de um novo vulcão gigante na lua Io, de Júpiter, uma das regiões mais geologicamente ativas do sistema solar. Localizada ao sul do Equador da lua, a formação vulcânica recém encontrada ocupa uma área de cerca de 180 km de diâmetro e foi capturada pela JunoCam, da missão Juno da NASA, revelada durante o Europlanet Science Congress em Berlim.

Missão Juno trouxe novas descobertas de Io

Io já é conhecida por ser o corpo mais vulcanicamente ativo do sistema solar, com mais de 400 vulcões registrados. O novo vulcão, descoberto em uma área que anteriormente não apresentava atividade vulcânica, foi comparado às imagens tiradas pela missão Galileo em 1997, onde nenhuma evidência de tal formação havia sido identificada.

Segundo Michael Ravine, gerente de projetos avançados da Malin Space Science Systems, “as imagens recentes mostram mudanças significativas em Io, com esta grande formação vulcânica se destacando entre outras alterações capturadas”.


Comparação entre uma foto de 1997 e uma atual revelou a presença do novo vulcão (foto: reprodução/Hulton Archive/NASA/Getty Images Embed)


Perguntas ainda sem respostas

O novo vulcão está próximo a outra formação chamada Kanehekili e revela múltiplos fluxos de lava. Acredita-se que o vulcanismo de Io seja impulsionado pelo atrito de maré gerado pela intensa gravidade de Júpiter, que aquece o interior da lua e faz o magma romper a superfície.

No lado oriental do vulcão, depósitos de enxofre vermelho são visíveis, enquanto no lado ocidental, fluxos escuros de lava percorrem cerca de 100 quilômetros, gerando vapor e áreas cinzas no fim do trajeto, ao atingir o gelo da superfície.

Apesar de décadas de estudo, ainda existem muitos mistérios sobre o vulcanismo de Io. Os cientistas não sabem ao certo como o calor gerado pela gravidade de Júpiter é distribuído na lua, nem sobre a extensão de seu oceano de magma. Com mais visitas da missão Juno programadas até 2025, a NASA espera ampliar o conhecimento sobre este satélite e sua intensa atividade vulcânica.

Redes de cérebros humanos estão sendo reprogramadas e conduzindo à era da pós-verdade

Ao longo da história, as civilizações humanas foram moldadas por abstrações mentais como ideologias e valores morais, que desempenharam papéis cruciais na formação de sociedades coesas. Recentemente, a neurociência tem investigado como a atividade cerebral coletiva, ou “Brainets”, contribui para a criação e manutenção dessas estruturas sociais.

A sincronização da atividade elétrica de múltiplos cérebros em um grupo social, como um time de futebol ou uma nação, permite a coordenação e o controle de comportamentos coletivos, funcionando como um “vírus informacional” que pode infectar e reprogramar essas redes de cérebros.


Os cientistas estão pesquisando sobre a era pós-verdade (Foto: reprodução/ Getty Images embed/BlackJack3D)


Brainets e a sincronização cerebral coletiva

A neurociência social tem mostrado que a sincronização da atividade cerebral entre os membros de um grupo social é a base para o comportamento coletivo. Em situações como a identificação de uma presa por um grupo de predadores ou a formação de um exército, a coordenação entre os cérebros individuais é essencial para o sucesso. No caso dos seres humanos, essa sincronização pode ser desencadeada por símbolos e estímulos auditivos, como hinos nacionais ou cânticos de torcida, que funcionam como potentes agentes de sincronização, controlando e direcionando o comportamento de grandes massas.

Por exemplo, em um estádio de futebol ou em um show de rock, o comportamento sincronizado da multidão reflete a influência desses estímulos sobre os cérebros dos indivíduos, criando uma espécie de “cérebro coletivo”. A propagação de abstrações mentais, como ideologias políticas ou crenças religiosas, também se dá através dessa sincronização, moldando a sociedade de maneira profunda e, muitas vezes, imperceptível. Essa dinâmica explica por que exércitos continuam a lutar em condições adversas, ou por que massas seguem líderes mesmo quando confrontados com informações falsas ou perigosas, como foi o caso durante a pandemia de COVID-19.

A era da pós-verdade e a fragmentação social

Com o advento da internet e das redes sociais, a capacidade de reprogramar Brainets humanas aumentou exponencialmente. A disseminação rápida e massiva de novas abstrações mentais, como fake news ou ideologias extremas, tem fragmentado a sociedade em “tribos digitais”, desafiando até mesmo a estrutura dos estados nacionais. Movimentos como o Terraplanismo, o Transhumanismo e o culto à tecnologia exemplificam como essas novas tribos digitais podem se afastar da realidade tangível e promover teorias sem base científica.

Essa fragmentação social ameaça destruir o consenso político, econômico e moral que sustentou as sociedades humanas ao longo da história. Na era da pós-verdade, a manipulação da informação para sincronizar e controlar Brainets humanas pode levar à erosão da noção de realidade, criando um cenário onde nada é considerado verdade. A proliferação desses vírus informacionais, controlados por aqueles que detêm o poder de disseminação, coloca em risco a própria estrutura da sociedade, conduzindo-nos a um futuro incerto, onde a verdade pode ser uma mera construção digital.

Novo telescópio da NASA promete identificar asteroides que ameaçam a Terra

A NASA está prestes a lançar um novo telescópio espacial de infravermelho, projetado especificamente para detectar asteroides e cometas que possam representar uma ameaça para a Terra. Nomeado NEO Surveyor, o telescópio está previsto para lançamento no final de 2027 e ficará posicionado em uma região entre a Terra e o Sol. Seu objetivo é identificar objetos celestes difíceis de observar, como asteroides e cometas escuros, que não refletem muita luz visível.

Tecnologia avançada

Desenvolvido no Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, na Califórnia, o NEO Surveyor será o primeiro telescópio espacial da agência dedicado à defesa planetária. Segundo Amy Mainzer, diretora de pesquisa do NEO Surveyor, “Nosso objetivo é construir uma espaçonave que possa encontrar, rastrear e caracterizar os objetos com maior chance de atingir a Terra. No processo, aprenderemos muito sobre suas origens e evolução.”, explicou ela.

O novo telescópio foi equipado para detectar duas faixas de luz infravermelha, invisíveis ao olho humano, o NEO Surveyor poderá identificar até mesmo os corpos celestes mais escuros. Esse tipo de radiação é emitido por todos os asteroides e cometas, permitindo que o telescópio os localize com precisão. Além disso, o telescópio terá a capacidade de medir esses objetos, uma tarefa desafiadora para outros instrumentos espaciais.


Última foto capturada pelo satélite NEOWISE, mostrando parte da constelação da Fornalha (Foto: Reprodução/NASA/JPL-Caltech)

Fim de uma missão e começo de outra

Recentemente, a NASA anunciou o fim de outra importante missão de caça a asteroides, o NEOWISE, após quase 15 anos de operação. Lançado em 2009, o NEOWISE foi inicialmente projetado para mapear o céu em infravermelho e, após sofrer uma falha em seu refrigerador, foi adaptado para estudar asteroides e cometas próximos à Terra. Desde então, a sonda identificou mais de 3.000 objetos próximos e descobriu 25 cometas, incluindo o famoso cometa NEOWISE (C/2020 F3).

Nicola Fox, administradora associada da Diretoria de Missões Científicas da NASA, destacou o sucesso da missão: “A missão NEOWISE foi um sucesso extraordinário”, ressaltando seu papel crucial na defesa planetária e sua importância no entendimento do nosso lugar no Universo.

Um aumento na atividade solar acelerou o fim da missão NEOWISE, fazendo com que a espaçonave entrasse na atmosfera terrestre e se desintegrasse. A NASA celebrou as conquistas da missão e o legado que ela deixou para futuras explorações e defesas contra possíveis ameaças espaciais. A chegada do novo NEO Surveyor marca uma etapa na pesquisa de cometas e ameaças espaciais.

Missão Indiana Chandrayaan-3 descobre novas evidências sobre a Lua

A recente missão Chandrayaan-3, que posicionou a Índia como o quarto país a alcançar o solo lunar, trouxe à tona dados valiosos que reforçam teorias sobre a formação da Lua. Ao pousar em uma região de alta latitude ao sul, perto do polo sul lunar, a missão lançou um pequeno rover, Pragyan, para explorar a superfície. Equipado com instrumentos científicos, Pragyan percorreu aproximadamente 103 metros da superfície lunar e realizou 23 medições ao longo de 10 dias. Esses dados são os primeiros do tipo coletados nas proximidades da região polar sul.

O que Pragyan descobriu foi uma composição uniforme no solo lunar, predominantemente de uma rocha chamada anortosito ferroano. Essa rocha é similar às amostras obtidas pela missão Apollo 16, em 1972, na região equatorial da Lua. As descobertas foram publicadas recentemente na revista Nature e têm implicações significativas para a compreensão da evolução lunar. De acordo com os cientistas, a presença dessas rochas em diferentes partes da Lua sugere que o satélite natural da Terra já foi coberto por um oceano de magma, uma hipótese sustentada há décadas.


As descobertas da missão mudaram a ciência (Foto: Reprodução/Getty Images/Sanja Baljkas)


O oceano de magma e a formação da Lua

Diversas teorias sobre a formação da Lua têm sido propostas ao longo dos anos. No entanto, a maioria dos cientistas concorda que, há cerca de 4,5 bilhões de anos, um objeto do tamanho de Marte colidiu com a Terra, lançando detritos no espaço que eventualmente formaram a Lua. As amostras lunares coletadas pelas missões Apollo, entre o final dos anos 1960 e início dos anos 1970, indicaram que a Lua foi criada aproximadamente 60 milhões de anos após o início da formação do sistema solar.

A teoria do oceano de magma, que teria centenas a milhares de quilômetros de profundidade, sustenta que este persistiu por cerca de 100 milhões de anos. Durante o processo de resfriamento, cristais se formaram, e minerais como anortosito ferroano subiram à superfície, formando a crosta lunar. Outros minerais mais densos, como a olivina, afundaram para o manto lunar. A investigação de Pragyan revelou uma mistura de anortosito ferroano e outros minerais, reforçando ainda mais essa teoria.

Explorando os mistérios da Lua

O pouso da Chandrayaan-3 no Shiv Shakti Point, a aproximadamente 350 quilômetros da Bacia do Polo Sul-Aitken, permitiu aos cientistas estudarem de perto uma das regiões mais antigas da Lua. Acredita-se que um impacto de asteroide há 4,2 bilhões a 4,3 bilhões de anos tenha desenterrado minerais ricos em magnésio, como a olivina, misturando-os ao solo lunar.

As descobertas feitas pela missão indiana são cruciais para entender melhor a história da Lua. Segundo o principal autor do estudo, Santosh Vadawale, as novas medições aumentam a confiança na hipótese do oceano de magma lunar e abrem caminho para futuras explorações nas regiões permanentemente sombreadas dos polos lunares. Essas áreas, praticamente inexploradas, podem conter ainda mais pistas sobre as origens e a evolução da Lua.

A missão Chandrayaan-3 não apenas acrescenta um novo capítulo ao estudo da Lua, mas também oferece insights valiosos sobre a formação da Terra e de outros planetas rochosos, como Marte. A compreensão desses processos ajuda a modelar como todos os planetas, incluindo aqueles fora do nosso sistema solar, se formam e evoluem ao longo do tempo.

Estrela rara em trajetória de fuga da Via Láctea intriga astrônomos

Uma estrela rara, conhecida como J1249+36, foi recentemente detectada viajando a uma velocidade surpreendentemente alta oque pode levá-la a escapar da Via Láctea, a descoberta foi feita pelos cientistas cidadãos, participantes do projeto Backyard Worlds: Planet 9, foram os primeiros a notar o objeto em movimento rápido, que agora é o centro de uma pesquisa intrigante no campo da astronomia.

O objeto, possivelmente uma estrela vermelha tênue, está se movendo a uma velocidade de cerca de 600 quilômetros por segundo, o que equivale a 1,3 milhão de milhas por hora, apenas para comparação, o Sol orbita a Via Láctea a uma velocidade significativamente menor, de aproximadamente 200 quilômetros por segundo.

Se os dados forem confirmados, esta será a primeira estrela de baixa massa conhecida a atingir tal velocidade, um fenômeno raramente observado. A descoberta foi documentada por uma equipe de astrônomos e cientistas cidadãos e aceita para publicação no The Astrophysical Journal Letters.


Imagem conceitual da estrela compartilhada no X (Foto: reprodução/X/MAstronomers)

A estrela foi detectada através de uma combinação de dados coletados por telescópios terrestres e espaciais, incluindo o Observatório W. M. Keck e o telescópio Pan-STARRS. Inicialmente, houve dúvidas sobre a verdadeira natureza do objeto, se seria uma estrela de baixa massa ou uma anã marrom, que e um corpo celeste que não é exatamente uma estrela, mas também não é um planeta, ficando em uma especie de meio termo.

Dois cenários são considerados como possíveis causas da aceleração da J1249+36: uma interação com uma anã branca que explodiu em uma supernova ou uma ejeção de um aglomerado globular por buracos negros binários. Ambos os cenários explicariam a trajetória única da estrela, que pode levá-la a deixar a galáxia em um futuro distante.

Esta descoberta não apenas amplia o entendimento sobre estrelas hipervelozes, mas também oferece uma nova perspectiva sobre a dinâmica e a evolução de objetos celestes de baixa massa.

Cientistas exploram exoplanetas e explicam a descoberta

Desde 1992, a astronomia vive um novo capítulo com a confirmação dos primeiros exoplanetas, corpos celestes que orbitam estrelas fora do Sistema Solar. De lá para cá, mais de 5.700 exoplanetas foram identificados, e milhares de outros aguardam verificação. A cada nova descoberta, cientistas mergulham em mundos desconhecidos que vão além do que imaginamos em nosso próprio sistema.

Os exoplanetas variam em tamanho, composição e condições, com alguns se assemelhando aos planetas que conhecemos e outros apresentando características inexplicáveis. Entre os mais comuns estão os planetas do tipo mini-Netuno e Superterra, com dimensões e composições que podem incluir gás, rocha, água e até mares de lava. Alguns cientistas acreditam que esses planetas podem até oferecer condições favoráveis ao desenvolvimento da vida, mas ainda é preciso estudá-los mais profundamente.


Exoplanetas surpreendem os cientistas (Foto: Reprodução/Alxpin/Getty Images embed)


Descobrindo exoplanetas

Detectar exoplanetas é uma tarefa complexa. O primeiro método bem-sucedido, a velocidade radial, utiliza o efeito Doppler para identificar variações no movimento das estrelas causadas pela influência gravitacional de planetas em órbita. Em 2009, o telescópio espacial Kepler revolucionou a busca ao introduzir o método de trânsito, analisando diminuições no brilho das estrelas para detectar a passagem de exoplanetas à sua frente.

O telescópio Tess, lançado em 2018, também se especializou no método de trânsito, confirmando até agora mais de 500 exoplanetas e investigando milhares de outros candidatos. Outros métodos inovadores, como a imagem direta e a microlente gravitacional, continuam sendo utilizados para refinar a busca por esses corpos celestes enigmáticos.

A cada novo planeta descoberto, o entendimento da composição e da diversidade dos exoplanetas se expande, abrindo portas para mais perguntas sobre a nossa galáxia e a possibilidade de vida em outros cantos do universo.

Tipos de exoplanetas

Entre os tipos de exoplanetas mais conhecidos estão os gigantes gasosos, como os Júpiteres quentes, que podem alcançar temperaturas extremas por estarem muito próximos de suas estrelas. Planetas Netunianos, semelhantes a Netuno e Urano, possuem atmosferas compostas por hidrogênio e hélio e, em alguns casos, núcleos rochosos.

As Superterras, por sua vez, são maiores que a Terra, mas menores que Netuno, com uma grande variedade de características. Elas podem ou não ter uma atmosfera, tornando-as um dos focos das pesquisas sobre habitabilidade. Já os planetas rochosos, como a Terra e Marte, são compostos de rocha e outros minerais, e alguns apresentam oceanos e sinais que indicam a possibilidade de formação de vida.

OMS atualiza lista de vírus e bactérias que podem provocar pandemias

Aconteceu em julho de 2024, no Rio de Janeiro, a Cúpula Global de Preparação para Pandemias 2024, que emitiu o relatório com a lista de micro-organismos capazes de causar novas pandemias, o qual foi divulgado pela OMS. Dengue, zika, chikungunya e mpox (ou “varíola dos macacos”) estão incluídos.

A lista deverá ser estudada para enfrentamento pandêmico

O objetivo do projeto é criar conhecimentos, ferramentas e contramedidas funcionais e que sejam compatíveis com as ameaças de pandemias. Outro foco seria a celeridade da vigilância e pesquisa no sentido de compreender como os patógenos transmitem doenças e infectam as pessoas, bem como, avaliar a resposta do sistema imunológico a eles.

Cerca de 200 cientistas de mais de 50 países participaram da elaboração do relatório. A ciência e as evidências de 28 famílias de vírus e um grupo central de bactérias foram avaliados, totalizando 1652 patógenos.


Vírus Influenza (Foto: reprodução/MedicalRF.com/Getty Images embed)


As informações disponíveis sobre transmissão, virulência, disponibilidade de testes de diagnósticos, vacinas e tratamentos foram os pontos observados para avaliar o risco pandêmico e epidêmico.

Temos que estar preparados para novas pandemias

Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, em comunicado à imprensa, afirmou que temos aprendido com a história que a próxima pandemia é uma questão de “quando, não se”. Ele continua dizendo que temos aprendido também “a importância da ciência e da determinação política para atenuar seu impacto.”

“Precisamos que a mesma combinação de ciência e determinação política se una enquanto nos preparamos para a próxima pandemia. Avançar nosso conhecimento sobre os muitos patógenos que nos cercam é um projeto global que requer a participação de cientistas de todos os países.”

Tedros Adhanom Ghebreyesus

Micro-organismos causadores de doenças como chikungunya, dengue, cólera, pneumonia, febre amarela, salmonela não tifoide, doença mão-pé-boca, gripes e outras febres hemorrágicas foram incluídos na lista, com a atualização.

Confira os patógenos com alto risco de causar pandemias:

  1. 1.Mammarenavirus lassaense (febre de Lassa)
  2. 2.Vibrio cholerae (cólera)
  3. 3.Yersinia pestis (peste negra ou peste bubônica)
  4. 4.Shigella dysenteriae sorotipo 1 (sigelose)
  5. 5.Salmonella entericasorovares non typhoidal serovars (salmonelose não tifoide)
  6. 6.Klebsiella pneumoniae (pneumonia)
  7. 7.Subgênero Merbecovirus (vírus respiratório do Oriente Médio)
  8. 8.Subgênero Sarbecovírus (síndrome respiratória aguda grave)
  9. 9.Orthoebolavirus zairense (ebola)
  10. 10.Orthomarburgvirus marburgense (marburg)
  11. 11.Orthoebolavirus sudanense (ebola)
  12. 12.Orthoflavivirus zikaense (zika)
  13. 13.Orthoflavivirus denguei (dengue)
  14. 14.Orthoflavivirus flavi (febre amarela)
  15. 15.Orthohantavirus sinnombreense (febre hemorrágica das Américas)
  16. 16.Orthohantavirus hantanense (febre hemorrágica)
  17. 17.Orthonairovirus haemorrhagiae (febre hemorrágica da Crimean-Congo)
  18. 18Alphainfluenzavirus Influenzae H1, H2, H3, H5, H6, H7 e H10 (gripe comum, gripe aviária e gripe suína)
  19. 19.Henipavirus nipahense (nipah)
  20. 20.Bandavirus dabieense (febre Grave com Síndrome de Trombocitopenia)
  21. 21.Enterovirus coxsackiepol (doença mão-pé-boca)
  22. 22.Orthopoxvirus variola (varíola)
  23. 23.Orthopoxvirus monkeypox (mpox ou varíola dos macacos)
  24. 24.Lentivirus humimdef1 (relacionado a doenças neurológicas e imunossupressoras)
  25. 25.Alphavirus chikungunya (chikungunya)
  26. 26.Alphavirus venezuelan (encefalite equina venezuelana)
  27. 27.Pathogen X (patógeno X)

O patógeno X, vírus ainda conhecido pela comunidade científica, faz parte da lista para habilitar o preparo precoce de pesquisa e desenvolvimento.

Estudo inovador utiliza imagens do olho para identificar esclerose múltipla

Realizado nas universidades de Durham, no Reino Unido, e de Ciências Médicas de Isfahan, no Irã, estudo apresenta uma nova ferramenta que utiliza exames oculares para possibilitar a detecção de esclerose múltipla. A pesquisa foi publicada na renomada revista científica, Translational Vision Science & Technology.

Estudo científico

A equipe de pesquisa das duas universidades desenvolveu uma nova abordagem para ser possível o diagnóstico da esclerose múltipla utilizando duas técnicas para obter imagens oculares. De acordo com os responsáveis, os dados coletados por meio dos exames da tomografia de coerência óptica (OCT) e da oftalmoscopia a laser de varredura infravermelha (IR-SLO) foram analisados por uma ferramenta de computador treinada para reconhecer os padrões da doença congênita.


Exame ocular (Foto: reprodução/ Freepik)

Segundo os pesquisadores, o olho é um órgão importante pois se conecta ao cérebro, significando assim que pode revelar sinais precoces de danos neurológicos que poderiam ser ignorados com facilidade. Sendo assim, é possível identificar sinais sutis do desenvolvimento da enfermidade.

Quase cem por cento dos casos — 92% — foram acertadamente identificados pelo aparelho durante as fases iniciais do teste. Ainda segundo a equipe, 85% é a porcentagem precisa quando testado em um conjunto diferente de dados de outros hospitais e populações.

“Incorporar todas as imagens médicas disponíveis, incluindo aquelas com alterações sutis que são difíceis de discernir por meio de diagnósticos não computadorizados, é crucial para obter diagnósticos mais confiáveis e melhorar os resultados dos pacientes”, declarou em comunicado Raheleh Kafieh, do departamento de Engenharia da Universidade de Durham.

A técnica pode ser implementada com facilidade e da forma mais confortável possível para pacientes em diversos ambientes de assistência médica por não contar com exames invasivos ou complexos.

Esclerose Múltipla

A esclerose múltipla é uma condição neurológica autoimune crônica provocada por mecanismos inflamatórios e degenerativos que lesiona e impede o envio correto dos comandos cerebrais para o resto do corpo.

Tal condição é conhecida pelos diferentes cenários de sintomas, como a perda da visão, dor, fadiga e até mesmo comprometimento da coordenação motora. A variação de comprometimento, gravidade e duração varia de indivíduo para indivíduo. Destaca-se por especialistas que alguns pacientes podem não apresentar sintomas por quase uma vida inteira, enquanto outros apresentam sintomas crônicos e graves que não costumam sumir.

ESA e Airbus criam satélite para prever e prevenir tempestades solares

A Agência Espacial Europeia (ESA) firmou um contrato significativo com a Airbus para a construção do satélite ‘Vigil’, um dispositivo avançado destinado a prever tempestades solares e minimizar seus impactos na Terra. O acordo, que esta sendo avaliado na casa dos 340 milhões de euros (aproximadamente R$ 1,76 bilhão), tem como objetivo salvaguardar infraestruturas essenciais, como telecomunicações, distribuição de energia, satélites e aviação, contra os efeitos devastadores dessas tempestades

Tempestades solares podem causar grande dano a economia

As Tempestades solares são um evento que ocorre quando o Sol emite erupções de energia na forma de partículas e radiação, quando essas partículas colidem com o campo magnético da Terra elas podem causar desde espetáculos luminosos, como auroras boreais, até sérias interrupções em redes de telecomunicações e outras infraestruturas críticas. No início deste mês, uma dessas tempestades gerou uma “onda” de auroras boreais visível em várias partes do mundo, destacando a necessidade de monitoramento e previsão mais precisos desses eventos, que em alguns casos podem ser brutais até mesmo para economia de alguns países.


ESA comemorou anúncio do ‘Vigil’ em sua conta no X (reprodução/X/esa)

O satélite chamado ‘Vigil’ será posicionado a uma distância de aproximadamente 150 milhões de quilômetros da Terra, proporcionando uma visão antecipada de quatro a cinco dias dos comportamentos solares antes de seus efeitos serem sentidos no nosso planeta. Esse posicionamento estratégico permitirá que a ESA emita alertas mais rápidos e detalhados sobre o clima espacial, potencialmente evitando prejuízos significativos.

“O Vigil vai melhorar drasticamente tanto o tempo dos alertas de clima espacial quanto o nível de detalhamento deles por conta do posicionamento do satélite no espaço profundo“

Josef Aschbacher, diretor-geral da ESA

O satélite, com peso estimado de pouco mais de duas toneladas, vai ser equipado com seis instrumentos de medição, quatro dos quais serão produzidos na Europa. O lançamento do ‘Vigil’ está programado para 2031, e a expectativa é que ele se torne um elemento crucial na rede de defesa contra tempestades solares.

Investimento justificável

Mesmo com um alto no investimento da construção do ‘Vigil’, o valor se justificada pelo potencial de evitar danos econômicos consideráveis que uma tempestade solar pode causar.

Com o desenvolvimento do ‘Vigil’, a ESA e a Airbus dão um passo importante na proteção da Terra contra os efeitos adversos das atividades solares, garantindo maior segurança e resiliência para diversas tecnologias e serviços essenciais no nosso dia a dia.

Estudos para a criação de anticoncepcional mascilino avançam

Pílula anticoncepcional masculina já pode se tornar realidade segundo pesquisa publicada na revista científica Science. O estudo feito por pesquisadores da BCM (Baylor College of Medicine) nos Estados Unidos e publicado no último dia 23 revelou que testes realizados em ratos de uma pílula não hormonal têm se mostrado promissores. A pesquisa se baseia em uma molécula que inibe a STK 33 (serina/treonina quinase 33), uma proteína que atua na fertilidade masculina e de camundongos. Os cientistas esperam que a pílula possa levar a infertilidade reversível.A pesquisa se revelou positiva já que a infertilidade não é definitiva pois o efeito do inibidor de STK 33 é reversível. A fertilidade volta depois de o organismo passar um período sem o composto responsável pela inibição, o CDD-2807, assim os espermatozóides e sua motilidade voltam ao normal.

O estudo

Para o estudo, foram usados camundongos para testar os efeitos da pílula no organismo. Os cientistas usaram uma tecnologia conhecida como DEC-Tec (Tecnologia Química Codificadora de DNA) que serviu para examinar compostos e descobrir inibidores potentes da proteína STK 33. Assim, eles conseguiram identificar quais eram as substâncias que poderiam inibir as proteínas que causaram a infertilidade nos ratos. Depois, os cientistas geraram versões modificadas para tornar essas substâncias em mais estáveis, potentes e seletivas.Na pesquisa, o composto CDD-2807 se mostrou o mais eficaz entre os analisados. Courtney M. Sutton, coautora do estudo, conta que foram avaliadas diferentes doses e esquemas de tratamento para descobrir qual era o mais eficaz. “Determinamos a motilidade e o número de espermatozóides nos camundongos, bem como sua capacidade de fertilizar as fêmeas” revela. A conclusão chegada foi de que esse mesmo composto CDD-2807 foi o que atravessou a barreira sangue testículo e atingiu os resultados esperados.

Os métodos contraceptivos


Métodos contraceptivos são focados em mulheres. (Foto: Reprodução/Unsplash Imagens)

Os estudos de pílula anticoncepcional masculina crescem em um cenário onde a maior parte dos métodos contraceptivos são direcionados ao público feminino. Assim, as formas de proteção contra uma gravidez indesejada ficam limitadas somente à mulher Além disso, os métodos atuais não possuem 100% de eficácia contra gravidez fazendo casais recorrem à combinação de métodos diferentes.Os métodos também apresentam pouca variedade. Segundo uma pesquisa publicada em 2022 pela revista científica The Lancet, a falta de uma variedade contraceptiva mostra que faltam opções adequadas para alguns grupos populacionais. Esse problema leva casais e principalmente mulheres a ficarem com opções mais restritas para se protegerem.