Massa de ar polar derruba temperaturas no Centro-Sul do Brasil

Uma forte massa de ar frio avança pelo Centro-Sul do Brasil, causa temporais e faz as temperaturas despencarem neste primeiro fim de semana de abril. Esta é considerada a frente fria mais intensa ao registrar as menores temperaturas em algumas capitais brasileiras até o momento neste ano. 

A Climatempo informou que a madrugada desta sexta-feira (4) foi a mais fria do ano registrada até agora em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, que deve esfriar ainda mais neste sábado (5). Os termômetros registraram a mínima de 14ºC na capital gaúcha. A maior queda registrada entre as capitais do Sudeste será em São Paulo. 

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os estados do Sul, o estado de São Paulo, parte do Rio de Janeiro, o Sul de Minas Gerais e Mato Grosso do Sul vão sofrer uma queda de 3ºC a 5ºC em seus termômetros neste fim de semana. A previsão é que as temperaturas continuem caindo ao longo dos dias. 

Segundo previsão da Climatempo, cinco capitais brasileiras podem registrar entre sábado (5) e domingo (6) as temperaturas mais baixas de 2025:

  • Porto Alegre: mínima de 13º no sábado
  • Curitiba: mínima de 12ºC no sábado
  • Florianópolis: mínima de 16ºC no sábado
  • São Paulo: mínima de 15ºC no domingo
  • Belo Horizonte: mínima de 17ºC no domingo

Impactos previstos

O meteorologista da Climatempo Fábio Luengo avisa que a frente fria deve provocar transtornos no Sudeste, com riscos de alagamento, deslizamentos e quedas de árvore, em especial no Rio de Janeiro e em São Paulo. Se as previsões se concretizarem, os impactos podem ser significativos.

Os efeitos da frente fria esperados para estes dias são:

  • temporais no Sul e no Sudeste, em especial no Rio de Janeiro e em São Paulo;
  • formação de um corredor de vento que chega em toda a região Sul, em São Paulo e parte do Rio de Janeiro;
  • possível ressaca entre o litoral Sul e Sudeste;
  • queda das temperaturas, com eventual geada em algumas regiões do Sul.

Luengo prevê que os ventos podem chegar a 90 km/h entre Santa Catarina e o Rio de Janeiro. A movimentação dos ventos deve agitar o mar, possibilitando ressaca em boa parte da costa paulista e fluminense.

Segundo o meteorologista, a expectativa é que as temperaturas caiam após o fim das chuvas. Há previsão de geada nas regiões mais frias do Sul, com destaque para a Serra de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, e Campanha Gaúcha. Existe a possibilidade do primeiro registro de temperatura negativa do ano no topo da Serra Catarinense. Em algumas cidades, as temperaturas podem ficar abaixo dos 10ºC.

É a primeira massa de ar polar mais expressiva do outono e até do ano”, comentou Fábio Luengo.

Em São Paulo, as temperaturas máximas devem ficar em torno dos 20ºC no fim de semana, enquanto no Rio de Janeiro os termômetros devem permanecer por volta de 24ºC no domingo (6). 

Volume das chuvas

A frente fria trouxe temporais, com um volume de chuva acima de 100 milímetros por dia em São Paulo e no Rio de Janeiro, segundo o Inmet. 


São Paulo e Rio de Janeiro são as capitais que mais sofrem com as fortes chuvas (Vídeo: Reprodução/YouTube/CNN Brasil)

No litoral paulista, os volumes de chuva podem ultrapassar os 200 milímetros entre quinta e domingo. A chuva contínua em um curto período de tempo é o fator que eleva consideravelmente os volumes naquela região. 

Para o Rio de Janeiro, a previsão é de “volumes excepcionais, com acumulados entre sexta e domingo que podem superar a média para todo o mês de abril”, segundo a Climatempo. Os volumes de chuva podem chegar a 350 milímetros nestes dias. 

Alertas para situações de risco

O aviso meteorológico vermelho de “grande perigo”, dado pelo Inmet, indica que os grandes volumes acumulados de chuva devem continuar até o fim deste sábado (5) no Centro-Norte do Rio de Janeiro e no Sul do Espírito Santo. 


O tempo vira no estado capixaba e coloca cidades em estado de alerta (Foto: Reprodução/X/@climatempo)

O Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden), órgão federal responsável por monitorar o risco de desastres naturais no Brasil, emitiu alertas por causa das fortes chuvas nesta sexta-feira (4). 

Apesar dos temporais, o órgão revisou e atualizou os alertas para situações de risco no fim da tarde e rebaixou o alerta de mais alto nível para Petrópolis, no Rio de Janeiro, para apenas “alto risco” para este sábado (5). 

Os alertas mantidos para aquela região têm relação com eventos geo-hidrológicos, que dizem respeito a enchentes, inundações, enxurradas, alagamentos, deslizamentos de terra e quedas de barreira. 

O Inmet emitiu um alerta de “perigo potencial”, um alerta meteorológico amarelo, por causa da previsão de queda das temperaturas. 

Aumenta o risco de temporais no Rio Grande do Sul

O site Climatempo emitiu um aviso nesta quarta-feira (26), sobre o risco de aumento de instabilidade no estado do Rio Grande do Sul. O alerta vale para as regiões Noroeste, Norte e Serra e Vales, avisando sobre a possibilidade de temporais pontuais causados por um ciclone extratropical próximo ao sul do Brasil. As temperaturas também prometem continuar bem baixas com a aproximação de uma frente fria causada por esse ciclone.

Risco de chuva intensa

O Rio Grande do Sul ainda passa por dificuldades causadas pelas enchentes que assolaram várias cidades do estado da região mais extrema do país e causaram uma onda de solidariedade país afora. Agora, a formação de um ciclone extratropical se formando no oceano Atlântico pode agravar a situação ainda mais.

A frente fria associada a esse ciclone deve trazer, além de temperaturas baixas, tempestades e chuvas intensas com ventos fortes, além da possibilidade de granizo.


O ciclone que se aproxima do RS prevê a intensificação das chuvas e ventos nos próximos dias (Foto: reprodução/Luza Studios/Getty images embed)


As informações trazidas pelo Climatempo ainda preveem chuva forte ou moderada na capital rio-grandense, enquanto as regiões Central e Sul têm previsão de garoa, apenas. Em Campanha, Missões e no Oeste do estado não deve chover, apesar da formação de algumas nuvens no céu. Mas a situação mais preocupante está nas regiões Serrana, Noroeste, Metropolitana e Nordeste de Porto Alegre.

Para estas regiões, o Instituto Nacional de Meteorologia, o INMET, emitiu alerta de chuva e tempestades, com precipitação entre 20 a 30 milímetros por hora, podendo chegar a 50 milímetros por dia, além de granizo e ventos intensos de 40 a 60 km/h.

Temperaturas bem frias

O ciclone que se aproxima do RS também promete ajudar a manter as temperaturas frias neste inverno. A frente fria trazida por ele irá se deslocar para a região Sudeste do estado, ajudando a manter as temperaturas de um dígito em algumas cidades sulistas.

Segundo o Climatempo, municípios como Caçapava do Sul, Pinheiro Machado e São José dos Ausentes, não verão temperaturas acima de 3ºC, com a máxima não passando dos 10ºC. Outras cidades como Bagé, Pelotas, Santana do Livramento e Chuí devem ter mínimas de 5ºC.

São Paulo e Minas Gerais sofrem com baixas temperaturas neste feriado

Nesta quinta-feira (30), feriado de Corpus Christi, a região Sudeste vai enfrentar temperaturas mais baixas com possibilidade de geadas. Os principais estados atingidos são Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo, devido ao ar frio no Monte Verde, Maria da Fé, Campos do Jordão e Serra da Mantiqueira.

Geadas

Nesta quinta-feira (30), uma forte frente fria, que se expandiu ao longo da semana, gerou uma previsão de geadas nas áreas de serra da Região Sul, Minas Gerais e São Paulo. A capital paulista tem a possibilidade de ter uma madrugada fria, em torno de 10°C, enquanto nas regiões distantes do centro, como Zona Sul, os termômetros devem registrar um número ainda menor de temperatura.

Mesmo com a possibilidade de geadas, essas regiões ainda contarão com um tempo firme; há apenas previsão de chuva fraca no leste de Minas Gerais, Rio de Janeiro e alguns locais no Espírito Santo. Além disso, segundo o Climatempo, essa massa de ar frio continua seguindo em direção à Bahia, o que aumenta as chances de chuva no litoral sul do estado, causando riscos de temporais na costa leste nordestina.


Região Sudeste podem sofrer com geadas no feriado (Foto: reprodução/Margarethe Wichert/Getty Images embed)


Temperaturas nas regiões do Brasil

Neste feriado, em Belo Horizonte, pode haver uma chuva rápida e existe um alerta para pancadas de chuvas no norte do Espírito Santo. Outras áreas da região Sudeste ficarão com tempo firme.

A região Sul do país vai sofrer com as baixas temperaturas, já que a alta pressão impediu a formação de nuvens de chuva nos três estados. Há a possibilidade de geada e termômetros abaixo dos 4°C no sul do Paraná e áreas centrais de Santa Catarina. Já Curitiba e Porto Alegre não possuem previsão de chuva em área alguma, mas há a chance de nevoeiro.

Centro-Oeste, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul podem enfrentar uma manhã fria que melhora ao longo da tarde, quando começar a esquentar o clima e a temperatura fica mais agradável. De Brasília até o centro-norte de Mato Grosso do Sul, o tempo fica firme e seco e com baixa umidade do ar.

Maranhão, Piauí e Ceará possuem risco de temporal, uma vez que apesar do sol aparecer entre nuvens, a chuva pode vir a qualquer momento. De Natal até Salvador, há o alerta de grandes acumulados de chuva, mesmo com abertura de sol.

Já na região Norte, a zona de convergência intertropical se formou, gerando um ar quente e úmido, o que estimula a formação de nuvens de chuva na costa da região. Há a possibilidade de temporais e chuvas mais concentradas no Amazonas, Amapá e norte do Pará. Em Tocantins, Acre e Rondônia, o tempo fica firme e mais seco.

Rio Grande do Sul tem previsão do dobro de chuva calculado para o mês inteiro

Climatempo, empresa brasileira privada que oferece serviços de meteorologia, com sede em Vila Mariana, São Paulo (SP), informou que a previsão de chuva para o Rio Grande do Sul desde esta sexta (10) até segunda-feira (13), poderá ultrapassar o volume esperado para o período de 30 dias, praticamente o dobro da média, na maior parte do estado gaúcho. Conforme a previsão do tempo, a região mais ao sul do Brasil será a mais impactada com a mudança climática.


Vista aérea das ruas alagadas em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil (Foto: reprodução/Getty Images Embed/ Carlos Fabal)


O fato é um acontecimento histórico

Segundo as informações fornecidas pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), no período de maio a média de chuva no estado do RS é de 140 a 180 milímetros, enquanto para o litoral sul, a média se encontra na casa dos 100 e 140 milímetros. Entretanto, conforme as últimas notícias anunciadas pelo serviço de meteorologia privado, algumas localidades podem concentrar até 330 milímetros de chuva, entre o período de sexta (10) a segunda-feira (13).

De acordo com o Climatempo, a região que pode ser mais atingida é a Serra Gaúcha, nos locais de nascentes de rios que afluem para os Vales do Jacuí e Taquari, que foram afetados com grande intensidade pelas fortes chuvas e alagamentos desde a semana passada.


Vista aérea de ruas inundadas na cidade de ElDorado do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Carlos Fabal)


Resultados dos temporais nos últimos dias no RS

Muitas cidades do estado do Rio Grande do Sul têm enfrentado grandes dificuldades devido à tragédia climática que assolou grande parte do estado. Diversos municípios da serra gaúcha estão padecendo com fortes chuvas, enchentes, e rompimentos de barragens, após a inundação causada pelo extravasamento do Rio Guaíba, consequência dos intensos temporais que atingiram o estado desde a semana anterior.

Conforme o relato da Defesa Civil, que revelou mais informações nesta quinta-feira (9), 425 municípios foram atingidos, e mais de 60 mil pessoas se encontram em abrigos, alcançando a casa de 1,4 milhão de afetados pela tragédia no RS, somando no total um número de 374 feridos, 136 desaparecidos e 107 mortos. E entre as mais de 431 cidades afetadas pelas enchentes, está Caxias do Sul, que chegou a concentrar por volta de 450 milímetros de chuva nos primeiros oito dias deste mês. Segundo o instituo de meteorologia, é possível que chova cerca de 300 milímetros até segunda-feira (13).

Onda de calor: capitais podem passar de 30º C neste fim de semana

O Instituo Nacional de Meteorologia (Inmet) alerta para uma quarta onda de calor no ano, com temperaturas previstas para ultrapassar os 30ºC durante o fim de semana. A previsão indica que todas as capitais brasileiras devem registrar essa média com o Centro-Sul sendo afetado de forma mais intensa.

Onda de calor e chuva

Devido à quarta onda de calor em 2024, os termômetros do interior de São Paulo, o interior de Minas Gerais e todo o Centro-Oeste devem marcar temperaturas acima da média. O Rio de Janeiro pode marcar 39º C nos próximos dias e Cuiabá pode registrar máximas de até 37ºC.

Conforme o Climatempo, essa onda de calor está sendo causada pela presença de uma área de alta pressão, que funciona como uma barreira atmosférica, conhecida como bloqueio atmosférico. O fenômeno citado impede a entrada de frentes frias na região do Centro- Oeste, o que gera um clima quente e seco e o aumento na temperatura.


Infográfico sobre quarta onda de calor (Foto: reprodução/Arte g1/Kayan Albertin)

Porém, devido a bloqueio atmosférico, o Sul do Brasil acaba sendo afetado por causa da concentração de frentes frias na região, que não conseguem ir para o interior do país. Chuvas fortes já são esperadas nos próximos dias nos estados sulistas, com previsão de chuva fortes no fim de semana.

No sábado, para o Rio Grande do Sul, a previsão é de nebulosidade durante o dia, rara aparição de sol e chuvas contínuas. Já em Santa Catarina e Paraná, o tempo fica firme, com um calor que ocorre sempre antes de uma frente fria.

No domingo, a alta pressão faz com que o tempo instável permaneça no Rio Grande do Sul em conjunto com a baixa pressão vinda do Paraguai. Em Santa Catarina e leste do Paraná, há a possibilidade de chuva na parte da tarde, mas haverá a presença do sol ao longo do dia.

Chuvas para o fim de abril

Para o fim do mês, a quantidade de chuvas já ultrapassa a média esperada para abril em mais de 10 capitais brasileiras, com destaque para Salvador. O estado já acumula quase 800 milímetros e tem previsão de chuva para o fim de semana.


12 capitais superaram média de chuvas para o mês (Foto: reprodução/Climatempo/Inmet)

A maior parte das regiões que ultrapassaram a média de chuvas está concentrada nas regiões Norte e Nordeste. Segundo a especialista em meteorologia Maria Clara Sassaki, esses fatos são consequências do aquecimento das águas do Oceano Atlântico e da atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), caracterizada pelo encontro de ventos na região do Equador.

Nova onda de calor: Mato Grosso do Sul e Paraná podem chegar até 35ºC

O Climatempo alerta para a quarta onda de calor do ano, que deve afetar principalmente Mato Grosso do Sul, Paraná, centro e oeste de São Paulo, Triângulo Mineiro e sul de Goiás. Nessas regiões, os termômetros podem registrar até 35°C, intensificando o calor já persistente.

Sistema de alta pressão atmosférica bloqueia frentes frias e intensifica o calor. Segundo os meteorologistas, a formação da onda de calor se deve a um sistema de alta pressão atmosférica que impede a chegada de frentes frias e intensifica o calor na região. Essa massa de ar quente e seco, característica do Centro-Oeste, deve permanecer sobre a região no final de abril, influenciando todo o país.

Apesar do início do outono, as altas temperaturas persistem, configurando um cenário de “verão prolongado”. Segundo o meteorologista Fábio Luengo, do Climatempo, essa situação é comum no início da estação, que representa uma transição entre as estações.


Infográfico sobre a nova onda de calor (Foto: reprodução/Arte G1/Kayan Albertin)


O que são ondas de calor?

Ondas de calor são fenômenos climáticos caracterizados por temperaturas elevadas que persistem por um período prolongado, geralmente cinco dias ou mais. Para ser considerada uma onda de calor, a temperatura deve estar pelo menos 5°C acima da média para a região naquele período do ano.

Uma onda de calor se forma quando uma massa de ar quente fica bloqueada na atmosfera, geralmente devido a sistemas de alta pressão que impedem a chegada de frentes frias e intensificam o calor.

Além disso, o El Niño desempenha um papel importante no surgimento das ondas de calor, aquecendo a atmosfera e intensificando as altas temperaturas. As mudanças climáticas também estão contribuindo para a ocorrência de eventos climáticos extremos, como as ondas de calor, tornando-as mais frequentes e intensas.

Locais que serão afetados pela onda de calor

Segundo a Climatempo, o calor intenso continuará nos próximos dias no Centro-Sul do Brasil, especialmente em áreas como Mato Grosso do Sul, Paraná e oeste de São Paulo, devido ao fluxo de ar quente.

A quarta onda de calor em quatro meses se intensifica gradualmente, resultado do sistema de alta pressão atmosférica que inibe a formação de nuvens e intensifica o calor, impedindo também a ocorrência de chuvas.

Apesar de algumas regiões serem mais impactadas, o Climatempo alerta que a maioria dos brasileiros deve se preparar para temperaturas excessivamente altas. Hidratação constante e cuidados com a saúde são essenciais para enfrentar esse período de calor intenso.

Enquanto isso, em regiões como Minas Gerais, leste de São Paulo, Goiás e Distrito Federal, as temperaturas mínimas podem registrar valores mais baixos devido à presença de ar seco. Esse padrão climático deve persistir até pelo menos 2 de maio, podendo estender-se até a primeira semana do próximo mês.