Saltos icônicos dos anos 80 usados por Lady Di retornam como tendência

Os saltos slingback, ícones da moda dos anos 1980 e eternizados por Lady Diana, estão de volta às ruas e passarelas, reafirmando seu status de elegância atemporal. Esses calçados, caracterizados por uma tira fina no calcanhar que deixa o pé parcialmente exposto, foram originalmente popularizados por Coco Chanel na década de 1950. Contudo, foi a princesa Diana quem os transformou em um símbolo moderno e acessível de sofisticação, que conquistou o público na década de 1980 e segue influenciando a moda atual.

A história e o estilo icônico dos slingbacks

Na década de 1980, Lady Diana incorporou os slingbacks em seu guarda-roupa com grande frequência, usando-os para compor looks que iam do formal ao casual. Ela combinava os saltos com tailleurs impecáveis, vestidos fluidos e até mesmo com roupas mais descontraídas, o que mostrava a versatilidade do modelo. A elegância simples, porém marcante, com que a princesa usava os slingbacks fez deles um sucesso instantâneo e um objeto de desejo para mulheres de todo o mundo. O conforto oferecido pelo design, aliado à sua estética delicada, fez com que o calçado se tornasse uma peça-chave na moda feminina daquela época.


Princesa Diana em 1988 usando saltos Slingbacks (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Anwar Hussein)


Além disso, Diana tinha o talento de transformar peças clássicas em algo atual, sempre imprimindo sua personalidade em cada escolha. Os slingbacks, com seu charme discreto e delicado, eram perfeitos para essa proposta.

O retorno dos slingbacks nas passarelas contemporâneas

Atualmente, os slingbacks estão ganhando destaque novamente, impulsionados por uma tendência maior de resgate de peças retrô e por uma busca crescente por conforto sem abrir mão da elegância. Grandes marcas e estilistas renomados, como Dries Van Noten, trouxeram o modelo de volta às passarelas em suas últimas coleções, reforçando sua presença na moda contemporânea.


Os saltos Slingback voltam a ser tendência (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Raimonda Kulikauskiene)


Além disso, o estilo da princesa Diana continua a influenciar gerações mais jovens, incluindo a chamada geração Z, que valoriza a autenticidade e a mistura do clássico com o moderno. Esse resgate dos slingbacks não é apenas uma homenagem à história da moda, mas uma prova do impacto duradouro que Lady Di teve sobre o vestuário feminino.

Hoje, é comum ver influenciadoras e celebridades usando slingbacks em eventos e no dia a dia, mostrando que o legado de Diana permanece vivo nas ruas e nas tendências mais atuais.

Em suma, o retorno dos saltos slingback é uma celebração do legado fashion de Lady Diana, um símbolo de elegância atemporal, conforto e versatilidade que continua a ditar tendências e inspirar estilos, décadas após sua morte.

Veja os detalhes da coleção Cruise da Chanel apresentada em uma ilha exclusiva na Itália

Às margens do deslumbrante Lago Como, a Villa d’Este, uma ilha italiana de luxo e exclusividade, foi palco do desfile Cruise da Chanel, nesta terça-feira (29). O elegante hotel-palácio, conhecido por atrair nomes do cinema, da arte e do entretenimento, recebeu na primeira fila a atriz Fernanda Torres, parceira de longa data da grife.

Com assinatura do estúdio criativo da maison francesa, a coleção apresentou uma sofisticada mistura de suavidade e charme. Os vestidos curtos de baile, feitos em tafetá com babados, apareceram em tons delicados como pêssego, azul e rosa, inspirados nas nuances tranquilas do Lago Como. O tweed, um dos pilares da identidade Chanel, surgiu renovado: além de compor saias, vestidos, casaquetos e jaquetas bomber, ganhou cores quentes como ocre, amarelo e laranja, refletindo a energia vibrante da paisagem ao redor.

A coleção também brincou com o inesperado nos acessórios: bolsas em formato de potinhos de sorvete, em referência ao espírito do dolce far niente, expressão italiana que celebra o prazer do ócio. Toda essa estética sonhadora foi traduzida com sutileza por Sofia Coppola, que assinou o teaser do desfile.


Desfile Cruise 2025 da Chanel (Foto: reprodução/Jacopo Raule/Getty Images Embed)


Listras

As listras, um símbolo clássico desde os primeiros designs de Coco Chanel, também chegaram à Itália. Regatas, camisas polo e até um conjunto de calça sob um vestido de babado — que certamente chamará atenção nas celebridades durante o Festival de Cannes — demonstram que o universo do luxo também tem espaço para a simplicidade e o conforto.


Desfile Cruise 2025 da Chanel (Foto: reprodução/Jacopo Raule/Getty Images Embed)


Brilho

Ao final da apresentação, a energia se transformou: brilhos, lamê, paetês e tons metálicos de prata, bronze e dourado trouxeram um clima festivo, fazendo do terraço à beira do lago uma verdadeira pista de dança imaginária. Jaquetas cintilantes, capas elegantes e vestidos longos, complementados por óculos escuros, acrescentaram uma camada de drama, como se estivessem retirados de uma grande produção de cinema.


Bolsa em formato de sorvete da coleção Cruise (Foto: reprodução/Jacopo Raule/Getty Images Embed)


Acessórios

Entre os acessórios, a bolsa em formato de sorvete se destacou como o item mais desejado da próxima temporada, enquanto os clássicos da grife foram revisitados com novos materiais e cores, como palha e camurça.

Para dar o toque final aos looks, colares de pérolas, minaudières e bolsas oversized, que remetem ao clima de festas à beira da piscina, trouxeram sofisticação e irreverência. Luvas longas, inspiradas no glamour das estrelas de Hollywood, óculos escuros pretos, mules de couro brilhante e lenços de seda amarrados ao cabelo, ao pulso ou no tornozelo das sandálias, conferiram um toque de elegância e modernidade a cada visual.

Paris, a capital da moda: entenda os motivos para cidade receber esse título

Ao pensar em Paris, é impossível não ser envolvido por um turbilhão de pontos turísticos, história e moda. A cidade evoca imagens icônicas como o Palácio de Versailles, que foi o lar da famosa e sofisticada rainha Maria Antonieta, e figuras lendárias dos seriados em que Paris é retratada como destino dos sonhos das personagens fashionistas como Carrie Bradshaw, Emily Cooper, Serena van der Woodsen ou Blair Waldorf. Paris é um cenário onde o passado glamoroso e as referências culturais contemporâneas se entrelaçam em um fascinante desfile de estilo e história.

Sempre considerada uma referência em arte, Paris combina transgressão e elegância de maneira única. Essa característica se destacou na abertura das Olimpíadas de 2024, que desafiou convenções com a presença inovadora de um trisal e uma interpretação audaciosa de Maria Antonieta decapitada, cantando ópera ao som de rock.

Paris continua a ser um palco onde tradição e ousadia se encontram de formas surpreendentes e criativas. Naturalmente, a moda também se aproveita dessa dualidade, unindo esses valores à sua rica história de maneira igualmente inovadora.

A Corte francesa e a moda

Desde os séculos XVII e XVIII, Paris é considerada a capital da moda, época em que o rei Luís XVI governava a França. Famoso por sua extravagância e vaidade, o “Rei Sol”, conhecido por suas imensas perucas, reconheceu a importância econômica e social do vestuário. Com isso, passou a investir significativamente no setor têxtil e nas matérias-primas associadas, consolidando a cidade como um centro de moda influente.


Luís XIV (Foto: Reprodução/Mikroman6/Getty Images Embed)


Desde então, a moda se consolidou como um aspecto fundamental da cultura francesa, marcada por uma forte tradição de vaidade. O legado do “Rei Sol” foi transmitido às gerações seguintes, incluindo Luís XV, que criou o icônico salto 15 para compensar sua baixa estatura e parecer mais alto. Esse estilo não apenas influenciou toda a Europa, especialmente a nobreza, mas também se tornou uma tendência de moda até a modernidade.

A influência da moda continuou com Maria Antonieta, a última e uma das mais famosas rainhas da França, esposa de Luís XVI, que também desempenhou um papel crucial na evolução do estilo francês.


Maria Antonieta (Foto: Reprodução/Duncan1890/Getty Images Embed)


Maria Antonieta, considerada um ícone até hoje, seja por suas vestimentas, história ou pelo filme de Sofia Coppola de 2006, carrega importantes informações de moda em sua trajetória. Ela é conhecida pela prática de troca de looks e deu mais visibilidade ao Rococó, movimento artístico da época. Ela o incorporou nas vestimentas, através do nível de detalhismo e rebuscamento.

No entanto, historiadores apontam que Maria Antonieta era, na verdade, apenas a modelo de Rose Bertin, a costureira oficial da rainha, cuja influência moldou o trabalho dos costureiros do século XIX.

Portanto, a reputação de Paris como berço da moda decorre não apenas do seu aspecto artístico e irreverente, mas também do contínuo incentivo que a moda recebeu desde a monarquia até os dias atuais. A cidade sempre teve um papel central na evolução do estilo, com uma tradição de apoio e inovação que se estende ao longo dos séculos.

História da Alta Costura

A moda sob medida e artesanal, conhecida como Alta Costura, ganhou proeminência em Paris graças a Charles Frédéric Worth no final do século XIX. Embora britânico, Worth se estabeleceu em Paris e começou a trabalhar com marcas de luxo.

Em 1858, fundou a Maison of Worth, sua própria casa de alta costura, voltada para a elite da sociedade. Worth revolucionou o setor ao introduzir coleções sazonais e criar roupas em modelos reais, estabelecendo um novo padrão para a moda na Europa e solidificando Paris como o epicentro da Alta Costura.

Foi apenas no século XX que grifes renomadas como Chanel, Saint Laurent e Louis Vuitton conseguiram expandir e elevar a tendência de Alta Costura estabelecida por Worth. O impacto da alta costura em Paris foi tão significativo que tornou necessário criar uma organização para garantir a originalidade e a qualidade das criações. Assim, foi fundada a Câmara Sindical de Alta Costura de Paris.

Após o fim da Segunda Guerra Mundial, a alta costura passou a ser protegida pelo Ministério da Indústria da França, e a Câmara Sindical foi incorporada à Federação da Alta Costura e da Moda, o órgão dirigente da indústria da moda francesa, que continua ativo até hoje.

Desde então, apenas as marcas autorizadas pela Federação podem ser denominadas Maisons. Entre as regras estabelecidas, é obrigatório que essas marcas estejam localizadas no triângulo de ouro de Paris. Assim, essas grifes ajudam a Federação a promover a alta costura por meio da Semana de Moda de Paris.

Semana de Moda de Paris

A primeira semana de moda foi feita em Nova York. No entanto, a parisiense é a mais relevante no cenário da moda, sempre responsável por comunicar as criações dos estilistas para o público.


Último desfile da Chanel na semana de moda parisiense (Foto: Reprodução/Peter White/Getty Images Embed)


A primeira edição de Paris ocorreu 30 anos após a de Nova York. O objetivo dessa estreia foi arrecadar fundos para o Palácio de Versalhes, residência de diversos entusiastas da moda. Desde então, existe uma constante competição entre as duas semanas de moda mais antigas para estabelecer sua importância e prestígio no cenário global.

O estilo urbano francês

Conhecidas pelo minimalismo, as parisienses optam por cores neutras e peças bem cortadas em seus looks casuais. Seja com sapatilhas ou tênis, elas mantêm uma elegância discreta e sofisticada, sempre com um estilo leve e natural que nunca parece forçado.


Atriz Lea Seydoux andando pelas ruas de Paris (Foto: Reprodução/Instagram/@voguemagazine)

O estilo prático e sofisticado de Paris se harmoniza perfeitamente com a vida agitada da cidade, reforçando seu status de “cool” e garantindo que continuará a ser uma líder no mundo da moda por um bom tempo.

Paris possui diversas características que justificam seu título de Capital da Moda, um status que será ainda mais evidenciado com a primeira exposição de moda em 231 anos no Louvre. Esta exposição promete explorar as referências artísticas dos estilistas contemporâneos, celebrando e investigando a rica conexão entre moda e arte.

Conheça as frases marcantes de Coco Chanel para celebrar seu aniversário

O aniversário de Coco Chanel, celebrado em 19 de agosto, além de ser um marco importante para o mundo da moda, é também um tributo à influência transformadora que a estilista francesa exerceu sobre o vestuário feminino.

Nascida em 1883, Coco Chanel, desde sua estreia no cenário fashion no início do século XX, transformou a maneira como as mulheres se vestem e se veem, redefinindo as normas da época e quebrando paradigmas com inovações como o clássico vestido preto e a blusa listrada inspirada nos marinheiros. Sua abordagem revolucionária além de redefinir o vestuário feminino, moldou a maneira como entendemos a elegância e o estilo pessoal.

Além de seu impacto no design, Chanel usou suas criações para empoderar e inspirar. Suas frases memoráveis, que continuam a ecoar nos dias de hoje, refletem a profundidade de seu pensamento e o impacto duradouro de seu legado.

Para celebrar o legado duradouro de Coco Chanel e seu aniversário, reuni cinco de suas citações mais marcantes, que oferecem uma visão íntima de sua filosofia e visão sobre estilo e autoestima. Essas frases capturam a essência de sua abordagem a moda, e continuam a inspirar e influenciar a maneira como entendemos e vivemos o conceito de elegância pessoal.

Frases:

  1. “A moda sai de moda, o estilo jamais”
  2. “Uma mulher precisa de apenas duas coisas na vida: um vestido preto e um homem que a ame”
  3. “Uma garota deve ser duas coisas: elegante e fabulosa”
  4. “Vista-se mal e notarão o vestido. Vista-se bem e notarão a mulher”
  5. “O luxo tem que ser confortável ou não é luxo”

Coco Chanel (Foto: Reprodução/Pinterest/@lulunasab)

Influência atemporal

Suas palavras e criações continuam a inspirar não apenas a indústria da moda, mas também a maneira como as pessoas se expressam e se veem no mundo. Com elas, somos lembrados de que o verdadeiro estilo transcende tendências e se baseia na confiança e autenticidade.

Chanel cresce em meio a mar de críticas

Desde da morte de Karl Lagerfeld – um dos maiores estilistas que a grife francesa Chanel teve no controle da cadeira de diretor criativo depois de sua criadora e idealizadora, Coco Chanel – em 2019, o faturamento e, principalmente, reconhecimento artístico da marca, vem passando por uma gradual derrocada. As últimas coleções apresentadas em passarelas das principais semanas de moda do calendário internacional, passam como chacota nas redes sociais e entre críticos especializados no assunto, resultando em um questionamento geral sobre até que ponto o nome “Chanel” pode sustentar a falta de criatividade, inovação e envolvimento do público consumidor, que tanto apreciava a estética característica da grife.

Os desfiles atuais seguem uma linha mais simplista, estão cada vez mais enxutos, seguindo a linha de criação da pupila de Lagerfeld, e desde de sua morte, diretora criativa da marca, a francesa Virginie Viard.


Chanel, Cruise-2023 (Foto: reprodução/Harper’s Bazaar) 

Mas, em contrapartida ao que tudo indicava, segundos dados internos divulgados pela própria maison, neste mês de maio, foram alcançados recordes de vendas e receita. As receitas divulgadas em referência ao ano de 2023 totalizaram US$19,7 milhões, o que representou um aumento de cerca de 16% do faturamento do ano anterior, em 2022.Apesar da enxurrada de críticas que as novas coleções recebem a cada lançamentos nas redes sociais, ao que tudo indica, os verdadeiros consumidores da marca aparentam continuar prestigiando – e pagando – pela conhecida “magia Chanel”. Sob a atual liderança, o segmento prêt-à-porter (do francês, pronto para vestir), cresceu em 23%, continuando como a linha mais comercial da marca.

A estratégia

Para aumentar o rendimento, além de manter o investimento no vestuário típico da marca e na área da beleza, com enfoque na maior do produção dos clássicos perfumes e na linha de maquiagem e skincare, a Chanel voltou parte de sua estratégia financeira para o funcionamento interno. Em dez anos, dobrou a quantidade de funcionários, e em cinco, duplicou o tamanho de sua rede de distribuição.


Campanha Chanel Beauty 2022 (Foto: reprodução/Instagram/@chanelofficial) 

De acordo com o diretor financeiro da marca, Philippe Blondiaux, o caminho escolhido será mantido, mesmo com as críticas recebidas: “Apesar da desaceleração nos gastos globais com luxo, e pelas reações na web sobre o ready to wear e o aumento de preços de itens, vamos manter a estratégia da marca e a direção criativa”. 

Virginie Viard


Virginie Viard junto de Karl Lagerfeld, em 2018, no desfile de Primavera/Verão da maison francesa  (Foto: reprodução/Harper’s Bazaar)

Apontada como responsável pelo desgosto recente que a Chanel vem recebendo do público, a estilista francesa e atual diretora criativa, Virginie Viard, é a primeira mulher no comando dos destinos da marca desde de sua fundadora, Coco Chanel. 

Ela nasceu em 24 de janeiro de 1966, em Ruão, região da Normandia, no noroeste francês. Estudou Moda em Lyon e o amor pela indústria foi uma constante na sua vida, uma vez que os avós eram fabricantes de seda. Antes de dar início à sua carreira na Chanel, trabalhou como assistente de Dominique Borg, reconhecida figurinista. 

Sua ascensão ao posto ocorreu em decorrência da morte de Karl Lagerfeld, ícone da moda, que revolucionou a maison, ao mesmo tempo que mantinha sua veia original viva. Virginie é rosto conhecido dentro da marca desde 1987, onde sua função principal era a de pôr em prática as ideias de Karl, dando vida aos croquis que o designer alemão lhe entregava, mas apenas quando foi elegida ao posto, pelo CEO da marca, que ficou conhecida ao olhar – e julgamento – público.