“The White Lotus”: diretor critica saída de Cristobal Tapia de Veer

Criador da série “The White Lotus”, Mike White, criticou nessa terça-feira (8), a saída inesperada do compositor Cristobal Tapia de Veer, que deixou a produção antes do final da terceira temporada. Em entrevista, White afirmou que Tapia de Veer tentou “fazer campanha de marketing” e classificou a atitude como “covarde”. O compositor, por sua vez, reconheceu a tensão entre os dois, mas destacou sua contribuição essencial para o sucesso da série.

Declaração de Mike White

A resposta de White não demorou a aparecer e ele aproveitou sua participação no renomado “The Howard Stern Show” para se pronunciar. Surpreendido pelas declarações de Tapia de Veer, White não hesitou em acusá-lo de transformar sua saída em uma estratégia de marketing. “Foi uma ação covarde”, a comunicação entre eles se limitou a alguns e-mails e não houve discussões intensas, algo que deixou o compositor bastante desconfortável.

Em um tom provocador, White ainda insinuou que, após o sucesso estrondoso de “The White Lotus”, que lhe rendeu prêmios Emmy e uma trilha sonora viral, Tapia de Veer teria adotado uma postura arrogante. “Ele me olhava com desprezo, como se eu fosse um chimpanzé”, disse, insinuando que o compositor passou a evitar reuniões e revisões, como se o reconhecimento tivesse subido à cabeça.


Teaser oficial da 3ª Temporada The White Lotus (Vídeo: reprodução/YouTube/Max)

Por outro lado, Tapia de Veer não se esquivou de reconhecer que sua relação com White havia mudado ao longo do tempo e admitiu que suas atitudes poderiam não ter sido as melhores. No entanto, ele defendeu sua relevância na série, afirmando que a tensão entre eles foi uma “boa batalha”.

Reconhecimento de Tapia de Veer

Esse embate gerou um verdadeiro frenesi nas redes sociais, onde fãs e críticos se dividiram em seus posicionamentos. Muitos saíram em defesa de Tapia de Veer, ressaltando o impacto indiscutível de sua trilha sonora na essência da série, enquanto outros ponderaram que White, sendo o criador e showrunner, tem total direito de influenciar todos os aspectos da produção.

Entretanto, independentemente das controvérsias, “The White Lotus” continua a brilhar como um fenômeno televisivo e a expectativa para o desfecho da terceira temporada só cresce, impulsionada por esse drama fascinante que se desenrola nos bastidores. A trama está longe de se encerrar, e os holofotes permanecem acesos, prontos para revelar o que mais está por vir.

Em documentário, Andrea Bocelli relembra como ficou cego

Andrea Bocelli, 65 anos, nasceu com glaucoma, doença que causa aumento da pressão ocular e, consequentemente, pode causar cegueira. O tenor italiano relembrou o acidente que o fez perder a visão completamente, quando tinha 12 anos, durante uma partida de futebol.

O compositor relata como aconteceu sua perda de visão, no documentário Andrea Bocelli: Because I Believe, que foi lançado no último sábado (7), no Festival de Cinema de Toronto:

Quando era criança, era considerado extremamente míope. Conseguia enxergar, mas apenas muito de perto. Eu me lembro muito bem do mundo que via, das cores e todo resto. Não teria como me esquecer dessas memórias.”, diz ele.


Andrea Bocelli (Foto: Reprodução/Facebook/andreabocelli)

Quando tinha 3 anos, Bocelli já havia se submetido a 13 cirurgias na tentativa de tratar o glaucoma. Durante a infância enfrentou muitos desafios devido à sua condição e, aos 7 anos, teve que ingressar em um internato especializado para crianças com deficiência visual, já que nenhuma escola regular aceitava sua matrícula.

Foi nessa mesma escola que o artista perdeu a visão, quando tinha 12 anos. Ele recorda que, durante uma partida de futebol com os amigos, jogava como goleiro quando foi atingido no rosto pela bola, o que resultou na perda total e permanente de sua visão:

“Um dia jogando futebol, eu era o goleiro. Não tenho ideia do porquê, nunca havia jogado no gol antes. E nunca mais poderia jogar nessa posição novamente. A bola me acertou bem no rosto. Daquela bolada, veio uma hemorragia, e o resto é história”, Andrea Bocelli finaliza relembrando esse momento decisivo em sua vida.

Andrea Bocelli é um renomado tenor, musicista e produtor italiano. Aos longo de sua carreira, foi premiado com cinco BRIT Awards, três Grammys, Bocelli gravou nove óperas completas, além de diversos álbuns de música clássica e popular, alcançando sucesso internacional com mais de 70 milhões de cópias vendidas ao redor do mundo.

Compositor e músico Caçulinha morre aos 86 anos

Rubens Antônio da Silva, conhecido nacionalmente pelo seu nome artístico Caçulinha, morreu com seus 86 anos nesta madrugada de segunda-feira (5), de acordo com seus familiares, o compositor foi internado há dez dias no Hospital Sancta Maggiore, na capital paulista, ele se recuperava de um infarto. Músico se tornou conhecido por suas participações no Domingão do Faustão, ao produzir a trilha sonora do programa ao vivo por mais de 20 anos.

Segundo familiares do compositor, o velório será realizado na Capela do Cemitério São Paulo, em Pinheiros, zona oeste da cidade, a partir das 11h, já o sepultamento, está marcado para acontecer às 16h no mesmo local.


Caçulinha tocando piano (Foto: Reprodução/Instagram/@caculinha_oficial)

Vida e Início de carreira

Natural de São Paulo, Caçulinha nasceu em 1938 em uma família de músicos. Mariano de Silva, pai de Rubens, era conhecido como grande compositor local, ele fez grande sucesso na cidade de São Paulo, principalmente em Piracicaba.

Junto com seu irmão caçula, Caçulinha formou a primeira dupla sertaneja a gravar um disco no Brasil. Aos 8 anos ele já era uma criança prodígio que tocava acordeão e demonstrava uma habilidade rara: o ouvido absoluto.

Com seu ouvido absoluto, ele conseguia identificar ou recriar qualquer nota musical, mesmo sem ter um tom de referência. Familiares do músico contam que ele reproduzia de modo rápido em sua sanfona as músicas que seu pai e tio cantavam para ele.

Trabalhos ao lado de grandes artistas

Com 20 anos, Caçulinha já tocava piano, violão, acordeão e escaleta, além de se apresentar em variadas boates de São Paulo.

Na época dos anos dourados na música brasileira, o músico trabalhou com grandes nomes do mesmo ramo, como as cantoras Elis Regina, Gal Costa, Maria Bethânia, e os cantores Jair Rodrigues, Luiz Gonzaga, Roberto Carlos, Erasmo Carlos, João Gilberto, Wilson Simonal, Dominguinhos, Gonzaguinha, Chico Buarque, Caetano Veloso, e Milton Nascimento.

Antes de sua colaboração com Faustão, o músico já tinha outras grandes participações em programas televisivos, como: Essa Noite se Improvisa, Raul Gil, Ratinho, Os Trapalhões, Balão Mágico, Clube do Bolinha, Almoço com a Estrelas, Perdidos na Noite, A Praça é Nossa, entre alguns outros.

Em sua carreira, Caçulinha gravou 31 discos de vinil. Ele lançou seu mais recente disco em novembro de 2019, para comemorar seus 60 anos de carreira dentro do mundo da música e da TV brasileira.