O domingo (14) em São Januário foi de fortes emoções. Vasco e Ceará protagonizaram uma partida intensa, marcada por erros individuais, estreias de impacto e um gol nos acréscimos que definiu o empate em 2 a 2 pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro. Coutinho e Carlos Cuesta balançaram as redes para os cariocas, enquanto Galeano e Pedro Henrique garantiram a igualdade para os visitantes, que atuaram parte do segundo tempo com um homem a menos.
Primeiro tempo de chances abertas
O início foi todo do Vasco. Empurrado pela torcida, o time de Fernando Diniz adiantou as linhas e sufocou o Ceará. A recompensa veio logo: Coutinho, em cobrança de falta precisa, abriu o marcador e incendiou o estádio. No entanto, a vantagem durou pouco.
Uma saída de bola equivocada de Mateus Carvalho entregou a posse ao adversário. Paulo Baya finalizou com força, Léo Jardim defendeu, mas no rebote Galeano apareceu para empatar. O erro custou caro, e a partir daí os cearenses ganharam confiança.
O time de Léo Condé se organizou melhor, fechou os espaços e passou a contra-atacar com perigo. Léo Jardim, em noite inspirada, fez duas grandes defesas que evitaram a virada ainda na etapa inicial. Assim, o primeiro tempo terminou equilibrado, com o 1 a 1 refletindo a intensidade em campo.
Expulsão muda o cenário
O Vasco voltou para o segundo tempo impondo ritmo. Dominando o meio-campo, a equipe carioca empurrou o Ceará para trás e criou boas oportunidades. Condé tentou responder com alterações, mas acabou surpreendido por um lance decisivo.
Aos 17 minutos, Rodriguinho entrou em campo. Dez minutos depois, o meia deixou o gramado após uma entrada dura em Barros. A expulsão obrigou os visitantes a recuarem ainda mais.
Com um jogador a mais, o Vasco intensificou a pressão. Fernando Diniz lançou mão de Carlos Cuesta, recém-contratado, que entrou no lugar de Lucas Freitas. A estreia do zagueiro colombiano foi de gala: após escanteio cobrado por Gustavo Gómez, ele subiu alto e, com apenas 15 minutos em campo, marcou seu primeiro gol pelo clube.
O 2 a 1 parecia encaminhar a vitória vascaína. Com a torcida em festa e um homem a mais, o cenário indicava tranquilidade até o apito final.
Reviravolta nos acréscimos
Entretanto, o futebol guardava mais emoção. O Ceará, mesmo em desvantagem numérica, não desistiu. Nos acréscimos, já aos 49 minutos, o Vasco vacilou novamente na defesa. Paulo Henrique errou na cobertura, Fernandinho finalizou e, no rebote de Léo Jardim, Pedro Henrique empurrou para as redes.
O empate foi comemorado como vitória pelo elenco alvinegro. O lance também expôs a fragilidade defensiva vascaína em momentos decisivos, um problema recorrente ao longo da competição.
Situação na tabela e próximos jogos
Com o empate, a tabela segue embolada na parte de baixo. O Ceará aparece em 11º lugar, com 27 pontos, e comemora o resultado fora de casa como um reforço na luta por estabilidade na competição. O Vasco, por sua vez, soma 23 pontos e ocupa a 15ª colocação, ainda próximo da zona de risco.
A agenda reserva desafios complicados para ambos. O Ceará volta a campo no sábado (20), quando encara o Bahia às 18h30. Já o Vasco terá um clássico de peso: no domingo (21), às 17h30, enfrenta o Flamengo no Maracanã.
Heroísmo e frustração
Se para os cearenses o empate teve sabor de vitória, para os vascaínos ficou a sensação amarga de dois pontos desperdiçados. A expulsão relâmpago de Rodriguinho, com apenas dez minutos em campo, parecia definir o roteiro em favor do Vasco. A estreia iluminada de Cuesta reforçou essa impressão.
No entanto, a falta de controle no fim custou caro. O Ceará mostrou resiliência, apostou na força coletiva e arrancou um empate heroico em pleno São Januário, lembrando a todos que no Brasileirão nada é garantido até o apito final.
