BBB 24: Davi recebe cuidados médicos em meio a suspeita de dengue: “Vou ficar deitado”

Davi, participante do BBB 24, causou preocupação entre os colegas e a equipe médica do programa ao passar mal. Os sintomas levantaram a suspeita de dengue. Após receber atendimento no confessionário na tarde de ontem (10), o brother expressou sua decisão de descansar, enquanto seus colegas ofereciam apoio e cuidado diante da situação.

Sintomas alarmantes

Os últimos acontecimentos na casa do BBB 24 trouxeram à tona uma preocupação com a saúde de Davi. Os sintomas desagradáveis vivenciados pelo participante como mal-estar e diarréia fizeram Davi repousar. Diante desse cenário, a equipe médica do programa interveio para avaliar e cuidar do estado de saúde do brother.

Solidariedade entre os participantes

Em meio à preocupação com a saúde de Davi, seus colegas demonstraram solidariedade e cuidado, oferecendo apoio emocional e sugerindo medidas para o seu bem-estar. Isabelle, em particular, preocupou-se com a alimentação e a hidratação do participante, destacando a importância de seguir as orientações médicas. Ela propõe: “Você não vai comer a comida da festa e muito menos tomar uma bebida. Mas acho que tu poderia se arrumar, ir para a festa e tomar uma água de coco, porque água de coco hidrata.” Davi, por sua vez, responde: “Tô com fome não… Quero ficar só deitado. Vou ficar só deitado.


Davi passa mal e fica em repouso no BBB24 – suspeita de dengue o fez receber atendimento médico (vídeo: reprodução/YouTube/Splash)

A situação de Davi no BBB 24 ressalta a importância da atenção à saúde e do apoio mútuo entre os participantes em momentos de dificuldade. O desenrolar desse episódio traz à tona reflexões sobre os desafios enfrentados pelos participantes do reality, não apenas no aspecto do entretenimento, mas também em relação à sua saúde física e emocional.

A dengue e seus sintomas

A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, com sintomas como febre, dores musculares e fadiga. Embora muitos casos sejam leves, a dengue pode evoluir para formas graves, como a dengue hemorrágica, representando um risco sério à saúde, especialmente para grupos vulneráveis. A prevenção, através da eliminação de criadouros de mosquitos e uso de repelentes, é essencial para controlar a propagação da doença e evitar complicações.

BBB24: Tadeu alerta os participantes do programa ao vivo sobre cuidados com a dengue

Na noite desta sexta (09), o apresentador do Big Brother Brasil fez um alerta ao vivo durante a exibição do programa. O alerta foi sobre a dengue, que teve um grande aumento no número de casos pelo país.

Tadeu chamou a atenção dos brothers sobre a doença e reforçou para que os mesmos tomem os devidos cuidados para não permitir que o mosquito transmissor se prolifere dentro da casa.

Aviso para os participantes

Os casos de dengue aumentaram muito no Brasil, em várias capitais. Segundo dados oficiais, a doença teve 13.550 casos confirmados em 2024, isso somente no estado do Rio de Janeiro. O país está em estado de alerta grave que se fez necessário que o apresentador da casa mais vigiada do Brasil quebrasse a barreira dos participantes com o mundo do lado de fora e sinalizasse sobre o assunto.

Tadeu ao vivo durante a exibição do programa (Foto: reprodução/site/tvpop)

Tadeu explicou a importância de ter cuidado para evitar focos de Dengue espalhados em qualquer ambiente da casa. No programa, é importante citar que há equipes preparadas para a prevenção e combate, mas o ponto é importante também para fora do programa. O apresentador também reforçou com os participantes para usarem repelentes também como forma de proteção do mosquito.

Cuidado com os participantes

Vale lembrar que essa não é a primeira vez que o programa quebra a “quarta parede” com os brothers para alertá-lo sobre cuidados e prevenção de doença. No ano de 2020, na época ainda como apresentador do programa, o Tiago Leifert falou com os participantes ao vivo que tinha começado a maior pandemia dos últimos anos, a COVID 19. O apresentador alertou os brothers e reforçou sobre os devidos cuidados e sobre a prevenção.

É de extrema importância que, em casos que vão além do isolamento, a produção pense sobre os cuidados com a saúde dos participantes e os mesmos sejam alertados sobre o assunto. O programa deixa bem claro que tem uma produção bem preparada e tomará todas as atitudes necessárias para prevenção da doença.

Saiba tudo sobre Qdenga, vacina contra a dengue do SUS

Desde janeiro, a vacina contra a dengue está no Programa Nacional de Imunizações (PNI) disponibilizado pelo Ministério da Saúde. Conhecida como Qdenga, o imunizante já está sendo utilizado em jovens de 10 a 14 anos pelo SUS, tornando o Brasil o primeiro país do mundo a oferecer a vacina no sistema público de saúde. 


Vacina Qdenga aprovada pela Anvisa e disponibilizada no SUS (foto: reprodução/EPTV/G1)

Segundo a Anvisa, Qdenta está sendo considerado eficaz para o público de 4 a 60 anos, pode ser tomada em rede pública ou privada, mas com a alta procura devido ao aumento de casos, algumas clínicas suspenderam a aplicação por falta de doses, já que a prioridade no momento é o SUS. 

É permitido a vacinação de quem já teve a doença ou quem nunca foi infectado pelo vírus. Entretanto, lactantes, gestantes, pessoas alérgicas a algum dos elementos presentes no imunizante e imunossupressores não podem ser vacinados pela Qdenga. 

Proteção garantida pela vacina 

Uma imunização feita por vacina que contém o vírus vivo da doença que foram enfraquecidos em laboratório, para fazer o sistema imunológico do corpo responder de forma rápida caso seja exposto pela doença. No caso da dengue, que possui qautro sorotipos, quando infectado a pessoa fica imune contra aquele em específico, mas sem proteção contra os demais. 

Segundo o fabricante Takeda, a vacina possui eficácia de 80%, contando com todos os sorotipos. Ao serem analisados individualmente, a eficiência varia um pouco. Na dengue tipo 1, após 18 meses da segunda dose, o resultado é de 69,8%. No tipo 2 a taxa teve o melhor resultado com 95,1% e no tipo 3 é de 48,9%. E a dengue tipo 4 a empresa fabricante informou a BBC News Brasil que não possui casos suficientes para serem testados. 

Aumento de casos no Brasil 

Os casos de dengue no país aumentaram progressivamente em 2024. De acordo com informações do Ministério da Saúde, já foram registrados mais de 120 mil possíveis infecções e pelo menos 12 mortes causadas por complicações a dengue. O aumento de casos já está sendo considerado a nova epidemia no Brasil que está relacionado ao aumento da temperatura de 2023 e as chuvas excessivas favorecendo a proliferação do mosquito Aedes aegypti

Cerca de 400 mil casos de dengue são registrados no Brasil, diz ministério

Nesta quarta-feira (7), o Ministério da Saúde, comandado pela ministra Nísia Trindade, divulgou que o Brasil possui 392.724 casos prováveis de dengue. Além disso, 54 mortes pela doença foram confirmadas pelo Ministério. No entanto, outras 273 mortes ainda estão sendo investigadas com intuito de saber se há relação com a dengue.


Nísia Trindade, ministra da Saúde, faz pronunciamento nacional sobre os números da dengue no Brasil.
(foto: reprodução/Matheus Brasil/ Ministério da Saúde)

Minas Gerais é o estado com maior número de casos

De acordo com os dados do Ministério da Saúde divulgados nesta quarta-feira (7), Minas Gerais é o estado com maior número de diagnósticos, com 135.716 casos de dengue. Na sequência, aparecem São Paulo, com 61.873 casos, o Distrito Federal, com 48.657 ocorrências, o Paraná, com pouco mais de 44 mil casos e, por último, o Rio de Janeiro, com  registro de 28.327 ocorrências. Os dados também mostraram que a maioria dos casos de dengue ocorre em mulheres (54,9%) entre 30 e 39 anos, faixa etária que registra 42.204 casos da doença. 

Além disso, o Ministério também monitorou  dados  que registraram a ocorrência da doença entre 100 mil habitantes, o Distrito Federal então é o estado com maior coeficiente de incidência por 100 mil habitantes, com 1.727,2 casos. Na sequência, aparecem Minas Gerais, com 660,8 casos e o Acre, com 539,1 registros de dengue por 100 mil habitantes. 

Início da distribuição da nova vacina Qdenga

 O novo imunizante contra a dengue produzido pela farmacêutica japonesa Takeda, a vacina Qdenga já foi incorporada no Programa Nacional de Imunização (PNI) e já está sendo distribuída gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 

Em entrevista coletiva nesta quarta-feira (7), a ministra da Saúde, Nísia Trindade, falou sobre o início da vacinação.

Vai nos permitir, em um esforço nacional, ter possibilidade de transferência de tecnologia e mobilizar a capacidade de produção nacional para aumentar rapidamente [o número de doses disponíveis]. Mas isso não se faz da noite para o dia”, declarou a ministra. 

Além disso, Nísia Trindade também declarou que o calendário de distribuição das doses da vacina Qdenga aos municípios já está sendo finalizado. O Distrito Federal, líder em incidência da doença entre 100 mil habitantes, deverá receber 194 mil doses da vacina ainda nesta semana. 

Zé Neto posta vídeo correndo em esteira e indica melhora da dengue

Zé Neto, da dupla com Cristiano, veio a público nesta quarta-feira (7) através do seu perfil no Instagram para tranquilizar os fãs após ser diagnosticado com dengue na semana passada. O cantor postou um vídeo correndo na esteira, no qual aparece com um aparelho na boca e o que parece ser uma espécie de “pregador” no nariz.

Na legenda, escreveu palavras de motivação aos fãs:

“Nunca mostre o tamanho do seus problemas para Deus. Mas mostre o tamanho do seu Deus para os seus problemas. Bora pra cima, está tudo bem, turma, vamos pra cima. Graças a Deus já na ativa outra vez”.

Seguidores comemoraram a melhora do artista

Nos comentários do vídeo, admiradores e amigos expressaram felicidade e alívio pelo avanço da recuperação de Zé Neto. Um dos que se manifestaram foi João Bosco, que faz dupla com Vinicius: “É isso, aí meu mano… Pra cima!”, escreveu no post do amigo. 



Fãs também dedicaram palavras de incentivo ao cantor: “Amo muito você, meu menino. Você sempre está em minhas orações”, disse uma seguidora. Outro seguidor escreveu “Pra cima, Zé. Deus abençoe!”.

Dupla teve shows cancelados

Em decorrência do diagnóstico de dengue, que veio à tona na semana passada, os shows de Zé Neto e Cristiano que aconteceriam no litoral e interior de São Paulo nos dias dois, três e quatro de fevereiro foram cancelados. A medida partiu de uma orientação médica, para que o cantor ficasse em repouso para uma melhor recuperação. 

À ocasião, Zé Neto disse sentir “uma tristeza quando tantas coisas acontecem de uma vez”, mas que estava grato pelo seu trabalho, por sua família e pela sua vida, e que conseguiria superar mais este desafio em sua carreira. No comunicado postado em seu Instagram, ele ainda se desculpou com os fãs e contratantes que foram prejudicados com seu problema de saúde.

Ministério da Saúde implementa o COE Dengue para combater a crescente epidemia no início de 2024

O Brasil atualmente enfrenta um aumento expressivo de casos registrados de dengue, que em 2023 atingiu atingindo 1.658.816 registros e 1.904 mortes.

Em resposta a essa emergência de saúde pública, o Ministério da Saúde implementou o Centro de Operações de Emergência contra a Dengue (COE Dengue) para monitorar e coordenar ações de combate ao mosquito, bem como para fornecer informações essenciais à população.

O Rio de Janeiro, em particular, enfrenta uma epidemia, adotando medidas rigorosas, como a entrada compulsória em imóveis abandonados, utilização de carros fumacê e a abertura de polos de atendimento.


Ministra da Saúde debate sobre a possibilidade de vacina de fabricação nacional (foto: reprodução/Julia Prado/MS)

Medidas do Ministério da Saúde

O COE Dengue, liderado pela Ministra da Saúde, Nísia Trindade, está intensificando os testes diagnósticos como parte do esforço para conter a disseminação da doença.

Além disso, está previsto o início da vacinação com a Qdenga da Takeda, recentemente incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS). As 750 mil doses iniciais serão direcionadas, prioritariamente, a crianças e adolescentes de seis a 16 anos em áreas endêmicas, com a expectativa de mais doses ao longo de 2024 e 2025.

Registros da OMS e implementação no SUS

A dengue tornou-se uma preocupação global, influenciada pelas mudanças climáticas, com a Organização Mundial da Saúde (OMS) observando um aumento significativo nas taxas de infecção em todo o mundo, destacando o Brasil como um dos países mais afetados.

Frente aos desafios apresentados pelo aumento dos casos, o governo brasileiro já tinha anunciado a inclusão da vacina Qdenga, desenvolvida pela Takeda Pharma, no Sistema Único de Saúde (SUS).

Apesar dos esforços para conter a disseminação da doença, a quantidade limitada de doses e a necessidade de duas aplicações para a imunização completa representam desafios logísticos que precisarão ser superados.

Especialistas em saúde pública destacam a importância de uma abordagem integrada para enfrentar o desafio da dengue, envolvendo pesquisa científica, métodos de controle vetorial, educação pública e cooperação internacional.

Conscientização aos focos e sintomas

Recomenda-se fortemente que, ao apresentar sintomas, a população procure assistência médica, adote medidas de repouso, mantenha uma hidratação adequada e utilize repelentes para evitar a picada do mosquito

A prevenção, por meio da eliminação de criadouros, permanece fundamental para conter a disseminação da dengue e proteger a saúde da população.

Cantor Zé Neto é diagnosticado com dengue e desabafa sobre últimos acontecimentos

Na tarde de sexta-feira (02), o cantor Zé Neto compartilhou uma notícia preocupante em suas redes sociais, revelando que se tornou mais uma vítima do surto de dengue. Esse anúncio acontece em um momento delicado para o artista, que enfrentou um acidente de carro, no último mês, quando retornava do seu rancho em Fronteiras/MG. Diante desses acontecimentos em sua vida, Zé Neto  expressou seus sentimentos em um desabafo sincero, compartilhando sua fé e agradecimento pela vida, família e trabalho, apesar das adversidades.

 “Sabe quando você não entende o porquê?  Mas nunca, nunca duvidei de Deus em toda a minha vida, graças a Deus e só uma coisa simples que em breve vou estar de volta aos palcos. Mas devo confessar a vocês que dá uma tristeza, quando tantas coisas acontecem com a gente de uma vez. Mas ainda agradeço a Deus pela minha vida, pela minha família, pelo meu trabalho. As maiores batalhas vêm para aqueles que aguentam mais […]” afirmou o cantor.

Shows cancelados

Como consequência do estado de saúde de Zé Neto, os shows da dupla Zé Neto e Cristiano, que estavam programados para os dias 02,03 e 04 de fevereiro nas cidades de Peruíbe/SP, São José dos Campos/SP e Fernandópolis/SP, foram cancelados. Apesar do contratempo, tanto o cantor quanto sua equipe permanecem otimistas e esperam retomar a agenda de shows o mais breve possível, assim que a saúde do artista permitir.

Apoio dos fãs

A postagem do cantor nas redes sociais gerou diversos comentários, alguns carregados de ironia diante dos recentes acontecimentos. No entanto, os admiradores de Zé Neto demonstraram apoio, desejando-lhe melhoras e oferecendo força durante este momento desafiador.


Comentários realizados na postagem do cantor (Foto: reprodução/ Instagram/ @zenetotoscanooficial)

O suporte dos fãs destaca a importância do apoio emocional em meio a situações adversas, enquanto Zé Neto enfrenta não apenas as consequências do acidente, mas também a batalha contra a dengue, reforçando a resiliência e a solidariedade em meio aos desafios enfrentados pelo artista.

Estudo conclui que vacina contra dengue produzida pelo Instituto Butantan tem eficácia de 79,6%

Nesta quarta-feira (31), a revista científica New England Journal of Medicine (NEJM) publicou resultados de uma pesquisa na  qual comprovou a eficácia geral de 79,6% da nova vacina contra a dengue produzida pelo Instituto Butantan, em São Paulo.

A taxa de eficácia é semelhante ao novo imunizante produzido em laboratório japonês, Qdenga,  que recentemente entrou para a lista das vacinas que serão ofertadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O imunizante japonês registrou 80,2% de eficácia nas pesquisas e será aplicado através de duas doses. Já no  caso da vacina brasileira, nomeada como Butantan-DV,  tem previsão de iniciar sua distribuição a partir de 2025 e sua  aplicação será em dose única. 


Imunizante Butantan-DV está sendo desenvolvido há mais de 10 anos. (foto: Reprodução/Governo de São Paulo)

Pesquisa e desenvolvimento

Liderado por Ésper Kallás e Fernanda Castro Boulos, o novo imunizante brasileiro produzido pelo Instituto Butantan está em desenvolvimento há mais de 10 anos. Com participação de diversas instituições brasileiras e norte-americanas, a vacina é financiada pela farmacêutica alemã Merck, ao lado do Governo Federal e da Fapesp, órgão estadual de fomento à pesquisa do estado de  São Paulo.

Atualmente, as pesquisas para conclusão da vacina estão em período de acompanhamento da terceira fase clínica, ou seja, os pesquisadores estão monitorando a evolução dos voluntários que tiveram contato com o imunizante. Ao todo, mais de 16 mil voluntários de 15 cidades brasileiras participaram desta fase três de testes, etapa na qual se iniciou em 2016 e foi finalizada em 2019. Dessa forma, a previsão é que todos os indivíduos completem cinco anos de acompanhamento neste ano e a etapa de monitoramento seja concluída. 

As etapas anteriores da pesquisa mostraram resultados convincentes aos pesquisadores, durante a fase um de testes, por exemplo, o imunizante do Butantan mostrou que ele induziu a geração de anticorpos em 100% dos indivíduos que já tiveram dengue e em mais de 90% naqueles que nunca haviam tido contato com o vírus.

Já o teste clínico de fase dois, mostrou que a vacina induziu a produção de anticorpos e de células de defesa em pessoas com ou sem contato prévio com todos os sorotipos da dengue. Portanto, o novo imunizante brasileiro se mostrou altamente eficaz na proteção contra todos os tipos diferentes de vírus que a doença possui. 

Resultados

Dentre os resultados obtidos através das três fases pelas quais a vacina brasileira passou, observou-se uma porcentagem superior de eficácia entre os indivíduos que já tinham tido dengue (89,2%), em relação aos voluntários que nunca tinham tido contato com o vírus (73,6%). Além disso, os estudos mostraram que a Butantan-DV  tem eficácia maior no grupo de e  adultos, entre 18 e 59 anos.

Ainda de acordo com as pesquisas, as reações adversas dos voluntários que tomaram o imunizante foram leves, 36,4% se queixaram de dores de cabeça, 22,5% apresentou vermelhidão corporal e 19,3% sentiu fraqueza muscular. Ao que tudo indica, ainda neste ano se encerrará o período de monitoramento da fase três. Assim, todos os resultados serão analisados por uma comissão independente e só então serão submetidos à aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Epidemia de dengue assola o Brasil com mais de 217 mil casos em quatro semanas

O Brasil enfrenta uma preocupante escalada nos casos de dengue, com mais de 217 mil ocorrências registradas nas quatro primeiras semanas de 2024, conforme dados divulgados pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira (30). O número é mais que o triplo das notificações no mesmo período no ano anterior, totalizando 65.366 casos em 2023.

O painel de monitoramento de arboviroses do governo revela uma situação crítica, com 15 mortes já confirmadas pela doença em 2024, enquanto 149 óbitos ainda estão sob investigação. Em comparação, o ano de 2023 teve 41 mortes registradas no mesmo período.

A dengue é considerada pelo Ministério da Saúde como a arbovirose urbana mais prevalente nas Américas, principalmente no Brasil. Transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, a doença apresenta desafios recorrentes para as autoridades de saúde.

Fatores contribuintes para a epidemia

O aumento alarmante de casos é atribuído a diversos fatores. O Ministério da Saúde destaca a combinação entre calor excessivo e chuvas intensas, possíveis efeitos do El Niño, além do ressurgimento dos sorotipos 3 e 4 do vírus da dengue no Brasil.

Em entrevista ao podcast “O Assunto”, Stefan Cunha Ujvari, infectologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, explicou que epidemias de dengue são normais de tempos em tempos, sendo influenciadas por diversos fatores como o aumento de temperatura, chuvas intensas e a presença do El Niño. Ele alerta que, com o verão, chuvas e ondas de calor, o pico das epidemias é esperado para o final de março e início de abril, indicando uma possível piora no cenário.

Vacinação em foco

Em dezembro do ano passado, o Ministério da Saúde anunciou a incorporação da vacina Qdenga ao Sistema Único de Saúde (SUS) para combater a dengue. Com aplicação prevista para começar em fevereiro deste ano, o governo divulgou a lista das cidades que receberão o imunizante.

Com doses limitadas, o governo optou por vacinar prioritariamente adolescentes de dez a 14 anos, considerados o grupo com maior número de internações pela doença. A escolha inclui municípios de grande porte e com alta transmissão do tipo 2 de dengue, abrangendo também cidades próximas em regiões de saúde.

Qdenga: nova aliada na luta contra a dengue


A imunização contra a dengue está programada para iniciar no mês de fevereiro (Foto: reprodução/O Globo)

A vacina Qdenga (TAK-003), desenvolvida pelo laboratório japonês Takeda Pharma, foi aprovada pela Anvisa em março de 2023. Com vírus vivos atenuados da dengue, o imunizante induz respostas imunológicas contra os quatro sorotipos do vírus. Administrada em duas doses, com intervalo de três meses, a vacina surge como uma esperança para conter a propagação da doença.

Dengue: confira estratégias para proteção e conscientização

Em meio à rotina agitada, a presença do Aedes aegypti, vetor de doenças como dengue, zika e chikungunya, representa uma ameaça iminente à saúde pública.

A eficácia na contenção dessas enfermidades está intrinsecamente vinculada à erradicação dos criadouros desse mosquito, exigindo uma resposta abrangente.

Nesse contexto, é imperativo adotar medidas específicas e eficazes para prevenir a formação de locais propícios à reprodução do Aedes aegypti.

Identificação cuidadosa dos criadouros potenciais

O primeiro passo nessa batalha é a identificação meticulosa dos criadouros potenciais. Vasos de plantas, pneus, garrafas vazias e bandejas sob geladeiras surgem como os principais vilões, proporcionando ambientes ideais para a proliferação do mosquito.

A eliminação de reservatórios de água torna-se uma prática fundamental. Manter a casa livre de acúmulos de água exige atenção constante, com a virada de objetos propensos ao acúmulo e o esvaziamento de recipientes como baldes e garrafas.


(Foto: reprodução/Karina Schmidt/Serra em Pauta)

Cuidados específicos e prevenção constante

Além disso, atenção especial deve ser direcionada aos vasos de plantas, onde a água pode se acumular nos pratos. A utilização de areia nesses recipientes pode absorver o excesso de água, evitando a formação de poças propícias à reprodução do Aedes aegypti.

A manutenção regular de calhas e canaletas é crucial para prevenir entupimentos que favoreçam a criação de criadouros. A instalação de telas em janelas e portas surge como uma barreira eficaz para impedir a entrada dos mosquitos, contribuindo significativamente para a prevenção.

Áreas esquecidas e cultura de prevenção

Outras áreas suscetíveis merecem atenção especial. Piscinas, frequentemente negligenciadas, devem ser mantidas limpas e tratadas com cloro regularmente. As caixas d’água, por sua vez, demandam vedação adequada para evitar a entrada do mosquito. Todas essas práticas visam não apenas evitar criadouros imediatos, mas também criar uma cultura de prevenção constante.

Conscientização comunitária

A conscientização comunitária é um pilar essencial nesse esforço coletivo. Campanhas educativas que destacam a importância da eliminação de criadouros e os riscos associados às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti desempenham um papel crucial.

A educação é uma ferramenta poderosa para gerar mudanças de comportamento e construir uma sociedade mais consciente e responsável. Cada indivíduo, ao adotar práticas simples no cotidiano, contribui para a redução significativa dos casos dessas doenças, promovendo um ambiente mais seguro e saudável para todos.

Ao eliminar criadouros e promover a conscientização, contribuímos para mitigar os impactos das doenças transmitidas por mosquitos.

Essa abordagem integrada é essencial para construir um futuro onde o Aedes aegypti seja uma ameaça controlada e as doenças associadas sejam reduzidas a níveis mínimos.