Desde janeiro, a vacina contra a dengue está no Programa Nacional de Imunizações (PNI) disponibilizado pelo Ministério da Saúde. Conhecida como Qdenga, o imunizante já está sendo utilizado em jovens de 10 a 14 anos pelo SUS, tornando o Brasil o primeiro país do mundo a oferecer a vacina no sistema público de saúde.
Segundo a Anvisa, Qdenta está sendo considerado eficaz para o público de 4 a 60 anos, pode ser tomada em rede pública ou privada, mas com a alta procura devido ao aumento de casos, algumas clínicas suspenderam a aplicação por falta de doses, já que a prioridade no momento é o SUS.
É permitido a vacinação de quem já teve a doença ou quem nunca foi infectado pelo vírus. Entretanto, lactantes, gestantes, pessoas alérgicas a algum dos elementos presentes no imunizante e imunossupressores não podem ser vacinados pela Qdenga.
Proteção garantida pela vacina
Uma imunização feita por vacina que contém o vírus vivo da doença que foram enfraquecidos em laboratório, para fazer o sistema imunológico do corpo responder de forma rápida caso seja exposto pela doença. No caso da dengue, que possui qautro sorotipos, quando infectado a pessoa fica imune contra aquele em específico, mas sem proteção contra os demais.
Segundo o fabricante Takeda, a vacina possui eficácia de 80%, contando com todos os sorotipos. Ao serem analisados individualmente, a eficiência varia um pouco. Na dengue tipo 1, após 18 meses da segunda dose, o resultado é de 69,8%. No tipo 2 a taxa teve o melhor resultado com 95,1% e no tipo 3 é de 48,9%. E a dengue tipo 4 a empresa fabricante informou a BBC News Brasil que não possui casos suficientes para serem testados.
Aumento de casos no Brasil
Os casos de dengue no país aumentaram progressivamente em 2024. De acordo com informações do Ministério da Saúde, já foram registrados mais de 120 mil possíveis infecções e pelo menos 12 mortes causadas por complicações a dengue. O aumento de casos já está sendo considerado a nova epidemia no Brasil que está relacionado ao aumento da temperatura de 2023 e as chuvas excessivas favorecendo a proliferação do mosquito Aedes aegypti.