Furacão Melissa chega à Jamaica e ameaça mais de 1,5 milhão de pessoas

O Furacão Melissa, de categoria 5, atingiu a Jamaica nesta terça-feira (28) e deve afetar mais de 1,5 milhão de pessoas, representando mais da metade da população do país. Com ventos que podem ultrapassar 300 km/h, o furacão traz consigo a ameaça de inundações catastróficas e deslizamentos de terra. Mais de 800 abrigos foram montados para receber as pessoas que vivem nas áreas mais vulneráveis, enquanto as autoridades locais se preparam para os danos significativos que a tempestade pode causar.

A tempestade se intensificou rapidamente, ganhando força e tornando-se a mais potente do ano. Especialistas alertam que, além dos ventos fortes, a combinação de chuvas intensas e marés altas pode resultar em alagamentos em áreas costeiras e na parte interior da ilha. O governo jamaicano, em parceria com organizações internacionais, mobilizou equipes de resgate e reforçou a infraestrutura dos abrigos para garantir a segurança dos cidadãos.

Preparativos e evacuação de áreas afetadas

A população foi orientada a se abrigar em locais seguros, enquanto as autoridades monitoram a evolução do furacão e a possível necessidade de novas evacuações. As autoridades da Jamaica ativaram planos de emergência e começaram a evacuar áreas de risco desde a noite de segunda-feira (27). A Federação Internacional da Cruz Vermelha (FICV) alertou sobre a gravidade do impacto e a necessidade de uma resposta rápida para evitar mais vítimas.


Publicação de CNN Brasil (Vídeo: reprodução/Youtube/CNN Brasil)

As cidades mais próximas à costa e regiões montanhosas estão especialmente vulneráveis às fortes chuvas e ventos do furacão. Apesar dos esforços de evacuação, a OMM (Organização Meteorológica Mundial) emitiu alertas sobre os riscos elevados de deslizamentos de terra, além de inundações repentinas em várias partes da ilha.

Projeção do impacto e futuro do furacão

Melissa já deixou um rastro de destruição no Caribe, com sete mortes confirmadas até o momento, incluindo vítimas no Haiti e na República Dominicana. A tempestade, que se intensificou rapidamente, foi classificada como a mais forte do ano e deve continuar a ameaçar a região até atingir Cuba nas próximas horas.

De acordo com o Centro Nacional de Furacões (NHC), a pressão central da tempestade diminuiu ligeiramente, sinalizando que Melissa pode se intensificar ainda mais, causando danos ainda maiores. Com marés de tempestade previstas para atingir até quatro metros de altura e chuvas intensas, a tempestade é considerada a pior a atingir a Jamaica neste século, conforme afirmou Anne-Claire Fontan, especialista da OMM. O furacão também deve causar sérios danos à infraestrutura local e complicar os esforços de resgate e recuperação nos próximos dias.

Desastre na Índia: avião cai sobre prédio logo após decolagem causando 133 mortes

Na tarde de quinta-feira (12/6), aproximadamente 13h42 (horário local), e 5h12 (horário de Brasília), o boeing 787-8 Dreamliner A171, pertencente à empresa Air India, logo após decolar, acabou caindo sobre um prédio próximo ao aeroporto de Ahmedabad, oeste da Índia. Apesar do chamado de emergência “Mayday”, as causas do desastre ainda são desconhecidas. Voo seguia para o aeroporto de Gatwick, há 45 km de Londres, no Reino Unido. Até o horário desta reportagem, segundo o site News 18, há pelo menos 133 mortes confirmadas.

Causas desconhecidas

Ainda não há uma definição sobre as causas que levaram à tragédia. O chamado de emergência “Mayday”, temido na aviação por ser sinônimo de risco grave e iminente, como falhas no motor ou despressurização, chegou a ser enviado à torre de controle do Aeroporto Internacional Sardar Vallabhbhai Patel.

Em comunicado oficial feito através de sua rede social X, a empresa aérea Air India confirmou a queda do voo AI17, logo após a decolagem, que tinha o aeroporto de Gatwick como destino. O acidente ocorreu às 13h38 (horário local).

A companhia afirmou, anda, sua integral cooperação para com as autoridades que investigam o ocorrido, que tinha 169 passageiros, predominando cidadãos indianos, mas contava, também, com passageiros oriundos do Reino Unido, Canadá e Portugal: “Destes, 169 são cidadãos indianos, 53 são cidadãos britânicos, 1 cidadão canadense e 7 cidadãos portugueses”.


https://twitter.com/sigacristovive/status/1933101173877154116
Momento da queda (Vídeo: reprodução/ X/@sigacristovive) 

Logo após o chamado, contudo, a aeronave perdeu a comunicação, caindo de uma altura de 190 metros. O grande volume de combustível contido na aeronave, em virtude da longa rota internacional que iria percorrer, causou um incêndio no local, e a densa fumaça preta está dificultando o trabalho dos serviços de emergência local, como bombeiros, ambulância e polícia.


Nuvem densa de fumaça preta no local da queda (Vídeo: reprodução/ X/@timesofindia)

Cerca de 30 corpos foram retirados do local da queda, porém as equipes de resgate não souberam precisar se eram corpos de passageiros ou de pessoas que estavam no prédio atingido pelo avião.

Autoridades se manifestam

Tanto o Primeiro-Ministro da Índia, Narendra Modi, quanto o Primeiro-Ministro Britânico, Keir Starmer, lamentaram profundamente a tragédia em suas redes sociais X, declarando pesar, tristeza, angústia e condolências às famílias das vítimas:

A tragédia em Ahmedabad nos chocou e entristeceu. É de partir o coração, indescritível. Neste momento de tristeza, meus pensamentos estão com todos os afetados. Mantive contato com ministros e autoridades que estão trabalhando para ajudar os afetados”.

Narendra Modi


Local da queda da aeronave indiana (Foto: reprodução/ Sam PANTHAKY/Getty Images Embed)


“São devastadoras as cenas de um avião, com destino a Londres, caindo na cidade indiana de Ahmedabad, que transportava muitos cidadãos britânicos.”

Keir Starmer

Ainda de acordo com Starmer, que recebe informações sobre o desenrolar da situação: “Meus pensamentos estão com os passageiros e suas famílias neste momento profundamente angustiante”.

Por ora, não há informações sobre sobreviventes, mas devido à magnitude do caso, atualizações ocorrem em tempo real. Segundo o portal Times of India, as autoridades aeroportuárias suspenderam, temporariamente, as operações do Aeroporto Internacional Sardar Vallabhbhai Patel (SVPIA). Trens operados pela India Railways vão ajudar no transporte de passageiros.  

Temporais intensos atingem os EUA e causam mortes de pelo menos 28 vítimas

Nos últimos dias, três estados norte-americanos tiveram pessoas mortas vítimas do rigoroso temporal que assola o país com tornados e tempestades. Ao menos 28 mortes já foram confirmadas, sendo 19 delas em Kentucky, 7 em Missouri e 2 na Virgínia.

Desde quarta-feira (14), cerca de 1500 relatos de tornados, granizos e fortes tempestades foram registrados pelo Serviço Nacional de Meteorologia (NWS), que ainda não determinou o número exato de tornados que atingiram o centro dos EUA.

Milhões de americanos seguem em zona de risco e diversos estados seguem sob alertas extremos de tornado.

Previsão e risco de tempestade nesta terça-feira (20)

Segundo a previsão meteorológica, o sistema de tornados e temporais toma direção ao leste norte-americano nesta terça-feira, deixando mais de sete milhões de pessoas sob risco.

Regiões como o norte de Arkansas devem sofrer com chuva e risco de inundação. Já Ohio e Tennessee devem enfrentar a chegada de tornados e granizo, o que preocupa a população local.

Os danos causados até agora

Os Estados Unidos sofre desde a semana passada com rigorosos temporais, que já resultaram na destruição de milhares de residências e até então na morte de 28. Relatos de rajadas de vento, granizo, tempestades e tornados causaram mortes em três estados. 


Notícia CNN Brasil (Foto: reprodução/ X/ @CNNBrasil)

Na última sexta-feira (16), a região de St.Louis e o Condado de Williamson foram atingidas por tornados, que destruíram centenas de casas e deixaram mais de sete pessoas feridas. A região mais afetada foi a de Kentucky, que registrou 17 mortes neste fim de semana.

A infraestrutura de energia do país também sofreu danos significativos. Segundo o site PowerOutage, foram registradas 700 mil residências sem energia na manhã do último sábado (17).

Enquanto os danos e o avanço das condições climáticas ainda são avaliados, as equipes de resgate seguem realizando o seu trabalho nas áreas já afetadas por essa adversidade.

Uma sequência de terremotos em Santorini vem preocupando a Grécia

A ilha de Santorini, um dos destinos turísticos mais populares da Grécia, enfrentou uma série de tremores ao longo do mês de fevereiro.

Na última quinta-feira, 6 de fevereiro, um forte abalo sísmico de magnitude 5,2 atingiu a região, levando o governo a decretar estado de emergência.

O primeiro-ministro Kyriákos Mitsotákis afirmou que o ocorrido não representou um risco grave para o país, embora centenas de moradores tenham abandonado suas casas por precaução.

Moradores da ilha tentando fugir do terremoto (Foto: Reproduçõ/x/g1)

Detalhes sobre os tremores

A atividade sísmica intensa em Santorini não é uma surpresa, visto que a Grécia está situada em uma zona de convergência de placas tectônicas, tornando o país suscetível a terremotos e erupções vulcânicas.

O arquipélago de Santorini, formado após uma grande erupção vulcânica há milhares de anos, ainda apresenta sinais de atividade geológica significativa. O recente aumento na frequência dos tremores reforça a preocupação das autoridades e dos especialistas sobre a possibilidade de um evento sísmico de maior magnitude.

De acordo com o Serviço Geológico Britânico, que monitora a atividade tectônica global utilizando inteligência artificial, os tremores na região começaram no dia 1º de fevereiro e já somam mais de 20 mil abalos. A maior parte desses tremores tem sido de baixa intensidade, mas o número elevado demonstra um aumento na instabilidade sísmica da área.

A preocupação das autoridades

O governo grego mobilizou equipes de resgate e assistência para Santorini, a fim de garantir a segurança da população e minimizar os danos. Kyriákos Mitsotákis visitou pessoalmente o hospital local e o quartel do corpo de bombeiros para avaliar a infraestrutura e verificar a capacidade de resposta da ilha diante de novos tremores. Apesar dos abalos, o turismo na região continua, mas com medidas de segurança reforçadas.

As autoridades seguem monitorando a situação de perto, alertando os moradores e turistas sobre os protocolos de segurança em caso de novos tremores. O episódio reforça a necessidade de investimentos contínuos em infraestrutura resistente a terremotos e sistemas de alerta precoce para minimizar riscos à população e ao patrimônio histórico da ilha.

Incêndio em Pacific Palisades já é considerado o pior de Los Angeles 

O incêndio no bairro Pacific Palisades, que teve início na manhã desta terça-feira (7), é o mais destrutivo do Condado de Los Angeles, segundo dados do CalFire. O incêndio florestal queimou mais de 25 quilômetros quadrados nesta quarta-feira (8), e já destruiu cerca de mil residências nos bairros Palisades, Eaton, Hurst e Woodley. 

De acordo com Daniel Swain, cientista climático da Universidade da Califórnia, este incêndio pode ser entendido como um dos mais devastadores da história. Cerca de 37 mil pessoas já receberam ordens de evacuação de suas residências e, segundo as autoridades, o fogo ainda está 0% contido. 


Cachorro do lado de fora de uma casa pegando fogo durante o incêndio florestal Eaton (Foto: reprodução/Caroline Brehman/ BBCNews)

Com a força e intensidade dos ventos na região, mais de 2,3 mil hectares estão em chamas. Gavin Newson, governador do estado da Califórnia,  declarou estado de emergência na terça-feira. As autoridades abriram dezenas de abrigos para acolher cidadãos residentes das áreas mais atingidas. O ator Steve Guttenberg, morador do local atingido, descreveu para a ABC News como foi deixar sua casa. 

Foi o maior incêndio que já vi na minha vida. Às 9:00 da manhã estava tudo bem e às 10:00 o céu estava preto e o fogo já estava queimando. Não sei como começou, de repente as pessoas estavam fugindo e, antes que você percebesse, a colina estava completamente em chamas

Situação Climática

As condições climáticas do local que incluem, ventos fortes, altas temperaturas e clima seco foram determinantes para o acontecimento do incêndio. Não é a primeira vez que as mudanças climáticas atingem o estado da Califórnia com a formação de incêndios. Em 2018, o incêndio Camp devastou o norte do estado e se tornou o incêndio florestal mais mortal da história dos Estados Unidos. 


Imagens do incêndio Camp em 2018 (Vídeo: reprodução/Youtube/The Guardian)

Um dos fatores que contribuem para a dificultação do controle das chamas são os chamados ventos de Santa Ana. Estes ventos secos removem a umidade da vegetação e criam rajadas de 160 km/h em algumas regiões. Com estas fortes rajadas, o fogo pode se espalhar em uma alta velocidade que pode chegar a 22 km/h.


Donald Trump critica o governador Gavin Newson (Foto: Reprodução/Will Oliver/Pleno.News)

O presidente eleito, Donald Trump, que costuma negar as mudanças climáticas, criticou o governador Gavin Newson e culpou as políticas ambientais adotadas no estado pelo desastre. O presidente afirmou que o incêndio é uma grande tragédia e que as políticas que resultaram na falta de água eram o grande problema para a contenção do fogo. 

Acidentes climáticos nos EUA 

Os Estados Unidos registraram um grande aumento de incêndios florestais nas últimas duas décadas. Um estudo da Science revelou que desde 2020, o fogo nas florestas do estado da Califórnia, que possui um histórico de queimadas, passou a se espalhar quatro vezes mais rápido do que há 20 anos.

O mesmo estudo indicou que a região Oeste dos EUA teve os incêndios intensificados em 250% mais rápidos do que em 2001. Desde o ano 2000, uma média de 72.400 incêndios florestais atingiram  2.832.800 hectares de terras no país. Uma estimativa da Noaa (Administração de Oceanos e Atmosfera dos EUA) indicou que 84% dos incêndios florestais no país são ocasionados por atividades humanas.

Presidente da Colômbia declara “situação de desastre” no país pelos efeitos das mudanças climáticas

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, declarou neste domingo (10) que o país está passando por uma “situação de desastre” em nível nacional. A calamidade causada pelas chuvas torrenciais causaram inundações em diversas zonas do território colombiano, enquanto Bogotá, a capital do país, passa por uma situação de seca com o racionamento de água.

Situação de calamidade

O estado de calamidade foi declarado em todo o país devido à variabilidade climática, que gerou vários impactos imprevisíveis, aumentou a vulnerabilidade em todo território da Colômbia, foi o que Petro, declarou durante a conferência de impressa sobre a situação.

O líder colombiano de esquerda ainda informou que o período chuvoso continuará até o mês de dezembro e esclareceu que a declaração do desastre se concentra em três áreas: Alta Guajira, Chocó e Bogotá.


Declaração do presidente da Colômbia sobre a “situação de desastre” no país (Reprodução/Instagram/@gustavopetrourrego)

Também ocorreu uma reunião com as autoridades de gestão de risco do país para analisar a situação das chuvas que ocorreram na região norte da Colômbia, que afetou dezenas de milhares de pessoas.

Uma Unidade Nacional de Gestão de Riscos e Desastres (UGRD) publicou neste domingo (10) que as chuvas torrenciais registadas somente neste fim de semana causaram danos em aproximadamente 27 dos 32 departamentos do país. O boletim não especificou se houve mortes ou feridos, mas a mídia local informou que ocorreu um registro de uma mulher sendo arrastada por uma avalanche até a morte no departamento de Santander, no norte do país.

Os departamentos que registraram mais emergências por conta das chuvas torrenciais foram as áreas de La Guajira, Norte de Santander (norte), Chocó (noroeste), Huila e Cauca (sudoeste).

Departamentos mais prejudicados

Os principais danos ocorreram no departamento de Chocó, que é o mais pobre do país, onde ocorreram registros de cerca de 30 mil famílias afetadas. Mais de 4 mil casas, 18 escolas e quase 1.500 hectares de culturas foram afetadas, segundo relatório.

Petro garantiu que, embora a declaração de calamidade seja nacional, os esforços se concentrarão principalmente em Guajira, Chocó e na capital Bogotá, que desde abril deste ano sofre com o racionamento de água devido à seca nos reservatórios que a alimentam. O presidente chamou este fenômeno de “urbanização descontrolada”.

Seguro Patrimonial Deixa de Ser Custo e Torna-se Pilar de Sustentação Empresarial

No final de 2023 e início de 2024, o Brasil e o mundo foram palco de eventos ambientais devastadores que pressionaram governos, desorganizaram cadeias produtivas e impuseram perdas bilionárias a empresas de todos os portes. As enchentes históricas que atingiram o Rio Grande do Sul em maio de 2024, o colapso provocado pelas chuvas em Petrópolis e no litoral paulista no final de 2023, os incêndios florestais no Chile, as tempestades severas nos Estados Unidos e os apagões elétricos na Europa diante de ondas de calor extremo demonstraram, com clareza, que o risco climático não é mais um cenário hipotético — é o novo normal.

Frente a essa realidade, cresce a percepção de que estratégias de mitigação de riscos e estruturas sólidas de seguro patrimonial deixaram de ser opcionais. Elas são, hoje, condição de sobrevivência organizacional.

“O seguro não deve ser visto como uma despesa, mas como um instrumento estratégico essencial para a preservação do valor da empresa. Ele protege ativos, operações e reputações em cenários imprevisíveis, além de agregar conhecimento técnico em gestão e prevenção de riscos, o que, por si só, já justifica seu investimento.” afirma Wilson Saliba, referência nacional em gestão de riscos patrimoniais, prevenção de perdas e produtividade organizacional.

Uma das vozes mais respeitadas do setor

Engenheiro químico com MBA internacional e especializações na Alemanha e nos Estados Unidos, Saliba construiu sua carreira em empresas como Zurich e Allianz, onde liderou equipes técnicas e áreas de risco patrimonial em setores de alta criticidade. Foi diretor da Zurich Minas Brasil entre 2008 e 2011 e é autor de obras técnicas como Construções, Clima e Seguros (2023). Atualmente, é consultor executivo do Grupo TEMON e atua como assessor técnico de grandes grupos empresariais na estruturação de programas integrados de seguros, prevenção e continuidade de negócios.

“As enchentes no Sul deixaram milhares de empresas submersas — literalmente. Mas a tragédia real não foi a água: foi a ausência de preparação estrutural para o risco que há anos era previsto”, analisa.

Mais do que cobertura: seguro como diferencial de gestão

Para Saliba, a lógica ainda dominante no setor privado é reativa: empresas buscam seguro após a perda. Isso compromete a precificação, limita as coberturas e, muitas vezes, inviabiliza a indenização. “O seguro precisa ser visto como um vetor preventivo, articulado com diagnósticos técnicos e planos de continuidade. Quando inserido em uma cultura de gestão madura, ele gera valor, confiança e até aumento de produtividade.”

Esse ganho operacional ocorre porque a adoção de práticas de controle de risco — pré-condição para apólices robustas — leva à revisão de processos internos, eliminação de ineficiências e qualificação técnica das decisões operacionais.

“Empresas que se preparam melhor contra perdas, tendem a ser mais enxutas, mais resilientes e mais valorizadas pelo mercado”, afirma.

Risco sistêmico exige resposta estrutural

As catástrofes dos últimos meses revelam um padrão: as empresas que colapsaram não estavam expostas apenas aos fenômenos naturais, mas à ausência de governança sobre o risco. E é justamente aí que o seguro patrimonial moderno atua — como pilar complementar a estruturas internas sólidas, com foco em prevenção, rastreabilidade e recuperação eficiente.

Saliba recomenda que as organizações estruturem comitês internos de risco, realizem auditorias técnicas frequentes, e mantenham apólices revisadas com base em critérios objetivos de exposição e impacto potencial.

“O seguro deve estar no centro da estratégia de continuidade. Quando bem estruturado, ele reduz incertezas e transforma risco em variável controlável”, afirma.

Conclusão: o futuro pertence a quem se antecipa

O recado de Wilson Saliba ao setor produtivo é direto: em tempos de riscos climáticos e operacionais sistêmicos, não sobreviverá quem tiver ativos, sobreviverá quem souber protegê-los. E essa proteção exige método, estrutura e visão estratégica.

“Tecnologia, sustentabilidade, governança: tudo isso depende de uma base segura. Seguro patrimonial é essa base. É o que garante que um evento inesperado não destrua décadas de trabalho”, conclui.

Moradores de Eldorado do Sul, ilhados, se recusam a abandonar suas casas

Moradores da cidade de Eldorado do Sul se negam a deixar suas casas e o pouco que lhes restam, com medo de serem saqueados e terem suas casas invadidas. O município, que fica cerca de 12 km de Porto Alegre, foi proporcionalmente o mais afetado pelas chuvas no Estado. Não se tem um levantamento oficial, mas estima-se que dezenas, talvez centenas, de moradores ainda estão em suas casas.

Com previsão de que a lagoa do Guaíba atinja o nível recorde ao subir, o corpo de bombeiros segue buscando moradores e insistindo para que aceitem o resgate e saiam do local com segurança, preservando assim suas vidas.

É muito complexo e muito complicado, porque as pessoas estão com muito receio de deixar as suas residências, deixar os seus animaizinhos, seus pets” comenta Rudinei Silva dos Santos, comandante dos bombeiros voluntários de Eldorado do Sul.

O cenário devastador

O caminho feito pelo barco dos bombeiros, botes e algumas motos aquáticas de voluntários  é tomado pelo mal cheiro de lixo, materiais orgânicos, animais mortos e lojas com suas portas arrombadas, explanando o cenário de completa destruição que assombra a cidade.

Equipe de resgate no sul do país (Reprodução: instagram/@folhadespaulo)


O caminho feito pelo barco dos bombeiros, botes e algumas motos aquáticas de voluntários  é tomado pelo mal cheiro de lixo, materiais orgânicos, animais mortos e lojas com suas portas arrombadas, explanando o cenário de completa destruição que assombra a cidade.


Na laje do segundo andar da casa, Fábio Meneghetti, que está completamente ilhado, tenta explicar para os brigadistas do corpo de bombeiros o motivo de permanecer em sua casa.

 “Eu vou ficar por aqui. Bah, está muito roubo, incrível. Ontem de noite houve tiroteios. Está uma cidade sem lei. Eu não vou arriscar porque está muita ladroagem” afirma Fábio aos bombeiros.

Fábio ainda conta que já presenciou homens invadindo a casa de sua vizinha e que a região é alvo de tiroteios. Acompanhado de seu pitbull, ele diz que tem água e comida, adquiridos através helicóptero que levou cestas básicas para aquela zona, e ainda que improvisou uma bateria de carro para carregar seu celular duas vezes ao dia.

A temperatura está prevista cair para 5ºC e a preocupação com um casal de idosos abrigados ao fundo de uma casa aumenta. O comandante Silva grita para que eles possam ouvir, mas eles negam ajuda e dizem que permanecerão na casa.

Em outra rua é possível avistar João Carlos Velasquez Batista, no segundo andar de seu imóvel inacabado, ele afirma que construiu um cavaletes 2,5 metros para apoiar seu colchão, que tem comida, bolacha e sopa e água potável para viver, que recebe através de doações, além disso, também cuida de um cachorro de grande porte e gatos do seu vizinho, alimentados pela ração também conseguida através de doação. 

João afirma que já bebeu água da enchente, mas hoje está confortável e não há razão para tamanho cuidado.

Eldorado do Sul

Eldorado do Sul tem 40 mil habitantes, segundo o IBGE. O município foi severamente atingido, com mais de 90% da cidade invadida pelas águas. A estimativa dos bombeiros é que 90% da população esteja em alojamentos ou em casa de parentes.

Autoridades Taiwanesas buscam resgatar sobreviventes após terremoto 

Nesta terça-feira (03) após terremoto de magnitude  7,7 atingir Taiwan, as autoridades  Taiwanesas  estão em busca de ajudar os  sobreviventes  do desastre que ocorreu na região.  foi  realizada pelas autoridades  uma  notificação a respeito de  um tsunami  que poderia atingir regiões costeiras do  Japão e das Filipinas. 


Bombeiros procurando sobreviventes do terremoto  (Foto: reprodução/Anadolu/Getty Images Embed) 


Sobre os Sobreviventes 

Cerca de  70 mineiros ficaram presos em pedreira, a  Agência Nacional de Combate a Incêndios de Taiwan afirmou que os mineiros teriam ficado retidos em uma pedreira próxima ao local dos tremores. A Agência,  notificou que 64 mineiros ficaram presos em uma pedreira próxima de uma mina de carvão , além disso seis trabalhadores também acabaram ficando  presos em outra pedreira. As autoridades comentaram que ainda não haviam começado as buscas pelos mineiros.

As equipes de resgate estão tentando resgatar 120 pessoas que estão  presas em escombros  em edifícios e túneis desmoronados. Terremoto causou 9 mortos e 946 feridos, sendo este considerado o mais forte já registrado em Taiwan em 25 anos. Um tremor de 7,4 de magnitude foi observado na costa leste de Taiwan. Segundo autoridades, 77 pessoas ficaram presas em escombros das casas que foram danificadas.

Foi notificado que 50 pessoas,  que  estavam viajando para visitar um parque nacional,   dentro de um micro-ônibus estão desaparecidas, foi afirmado que os passageiros em sua maioria eram turistas, entretanto suas nacionalidades não foram divulgadas até então. Também segundo as autoridades quatro das pessoas que morreram durante o terremoto, estavam em um condado montanhoso,  de Hualien próximo de onde ocorreu o tremor, localizado a cerca de 150 Km de Taipei. O governo Taiwanês calculou que 821 pessoas ficaram feridas durante os tremores. 

Sobre o alerta de Tsunami 

Alerta de Tsunami chegaram a ser emitidos por autoridades para as áreas costeiras do Japão e  Filipinas, as notificações alertavam sobre ondas de 3 metros próximas as ilhas de Okinawa, os moradores da região foram alertados para se retirar do local. Após 3 horas do terremoto, foram cancelados os alertas. Foi comentado pela TV japonesa NHK que ondas de 30 metros foram vistas na ilha de Yonaguni, que fica a 100 km da costa leste de Taiwan. O Governo Filipino, também  chegou a alertar  a população que vive nas áreas costeiras a deixar o local .


Incêndios florestais no Texas põem em risco instalação de armas nucleares

Desde o último domingo (25), uma série de incêndios florestais no estado do Texas vem gerando sérias preocupações. Ameaçando a base da Pantex — principal local de montagem e desmontagem de bombas atômicas dos Estados Unidos desde 1975, os eventos levaram ao fechamento da instalação na noite de terça-feira (27).

Durante as fatalidades, diversas casas foram devastadas no norte do estado, deixando milhares de pessoas sem energia elétrica. Embora a causa dos incêndios ainda não tenha sido divulgada, ventos fortes, grama seca e temperaturas muito altas contribuem para o agravamento das chamas.

Devido ao risco, a Administração Nacional de Segurança Nuclear tomou medidas rápidas, retirando funcionários não-essenciais da base localizada a 515 km de Dallas.


Equipes de resgate em meio à desolação de 500,00 acres de terra (Reprodução/Resgate de Greenville)

Incêndio no Texas Panhandle se torna o segundo maior da história

Nesta quarta-feira (28), a região do Texas Panhandle registrou seu segundo maior incêndio na história do estado. A devastação atingiu quase 800 milhas quadradas, ameaçando cidades rurais e forçando evacuações em larga escala.

Diante disso, o governador Greg Abbott declarou estado de desastre em 60 condados. O maior incêndio, denominado Smoke House Creek Fire, cresceu para mais da metade do tamanho do estado de Rhode Island desde segunda-feira.

Uma instalação-chave envolvida na desmontagem do arsenal nuclear teve suas operações interrompidas na terça-feira à noite, mas conseguiu retomar as atividades na quarta-feira.

Evacuações e danos à durante o avanço dos incêndios

Incêndios nas proximidades de Borger, Texas, levaram ao fechamento de estradas e aconselharam a evacuação da comunidade de 13.000 habitantes. O governador emitiu alertas de evacuação, e o senador Kevin Sparks relatou evacuações em Canadian.

Ordens semelhantes foram dadas em cidades a nordeste de Amarillo, com autoridades em Durham, Oklahoma, incentivando a fuga.

Danos significativos foram causados a residências e estruturas em condados pouco povoados nas planícies devido aos incêndios, levando à evacuação de moradores em Fritch devido a outro incêndio.

Perigo persistente

Na terça-feira à noite, os incêndios estavam a 32 a 40 quilômetros de Amarillo, ameaçando a cidade com fumaça prejudicial à saúde. Alertas de bandeira vermelha e perigo de incêndio foram emitidos devido a condições propícias, incluindo ventos acima de 40 mph, altas temperaturas, baixa umidade e vegetação seca.

No centro de Nebraska, um cortador de grama provocou um incêndio de grandes proporções numa pradaria

A situação continua a se agravar, mantendo a comunidade em estado de alerta diante dos problemas que os incêndios florestais apresentam. Mas, apesar do cenário crítico, a previsão do tempo oferece alguma esperança, com temperaturas mais baixas, menos vento e possibilidade de chuva na quinta-feira.