Ponte recém-inaugurada na China desaba após deslizamento de terra

Uma parte da ponte Hongqi, recém-inaugurada na província de Sichuan, na China, desabou nesta terça-feira (11), segundo autoridades locais. O incidente ocorreu após deslizamentos de terra provocados pela instabilidade do solo. Apesar do incidente com a ponte, não há registros de vítimas.

A ponte, com 758 metros de extensão, faz parte da rodovia Nacional 317, uma rota estratégica que conecta o centro da China ao Tibete. A estrutura havia sido interditada na tarde de segunda-feira (10), depois que equipes de monitoramento identificaram rachaduras nas encostas e movimentações de terreno em uma montanha próxima, informou o governo da cidade de Maerkang.


 

Ponte desaba na China após deslizamento de terra (Vídeo: reprodução/YouTube/@otimesbrasil)


A região de Sichuan é conhecida por sua atividade tectônica intensa. Em 2008, um forte terremoto de magnitude 7,9 na cidade de Wenchuan, a cerca de 200 quilômetros de Maerkang, deixou mais de 80 mil mortos e devastou a infraestrutura local. Desde então, o governo chinês tem reforçado protocolos de segurança e monitoramento geológico em obras de grande porte.

Deslizamentos agravaram a situação

Durante a tarde de terça, as condições do terreno pioraram. O governo local relatou que a encosta da montanha cedeu, provocando novos deslizamentos de terra que destruíram parte do leito da estrada e a ponte de acesso. Técnicos e equipes de emergência foram mobilizados para conter os danos e investigar as causas do desabamento.

A região de Sichuan é conhecida por sua forte atividade sísmica, devido à proximidade com a cordilheira do Himalaia. Deslizamentos e tremores de terra são comuns na área, o que aumenta os desafios para grandes obras de infraestrutura.

Construtora ainda não se pronunciou

A Sichuan Road & Bridge Group, responsável pela construção, havia anunciado a conclusão da ponte no início deste ano. Em vídeos publicados nas redes sociais, a empresa destacava a obra como um marco de engenharia para o transporte na região. Até o momento, a construtora não se manifestou publicamente sobre o incidente.

Recentemente, a China também inaugurou outra estrutura impressionante: a ponte mais alta do mundo, construída a 625 metros do chão, com 1.420 metros de extensão. A obra reforça o investimento do país em infraestrutura de transporte em áreas montanhosas e de difícil acesso.

Rio Grande do Sul trabalha preventivamente para evitar novas tragédias

Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, organizou uma força tarefa em Porto Alegre, determinando o deslocamento de frotas e equipes de resgate para regiões mais vulneráveis: Vales do Caí e do Taquari, Serra Gaúcha e Litoral Norte. A Defesa Civil emitiu um alerta sobre novos eventos extremos até as 10h de quarta-feira (19).

Em virtude dos últimos episódios de chuva na região, o estado gaúcho quer prevenir que outras tragédias aconteçam. Medidas importantes foram definidas em reunião na Sala de Situação da Defesa Civil Estadual.

Trabalho preventivo especializado

De acordo com as previsões da Sala, há riscos de novas enchentes nos Vales do Caí e do Taquari, e deslizamentos na Serra Gaúcha e Litoral Norte. Por esse motivo, tropas especializadas em áreas deslizadas e cães de buscas estão sendo destacados.

Ainda conforme a previsão, até amanhã, as chuvas volumosas colocam em estado de alerta os moradores da região hidrográfica do Guaíba, envolvendo os rios Taquari e Caí, já acima da cota de inundação, podendo atingir níveis mais críticos.


Alerta Defesa Civil do RS (reprodução/Instagram/@defesacivilrs)


Na região hidrográfica do Uruguai, os rios apresentam condições de normalidade, com exceção do Rio Ijuí, o qual está sob observação.

Os temporais provocarão ventos que podem ultrapassar os 70 quilômetros por hora nas regiões das Missões, Campanha, Vales, Serra Gaúcha e noroeste do estado. Na metade sul, podem variar de 40 a 50 km/h.

Evento microexplosão

No último final de semana, aconteceu uma microexplosão, fenômeno caracterizado por chuva volumosa em curto espaço de tempo, geralmente acompanhada de rajadas de ventos, em São Luiz Gonzaga. O evento afetou cerca de 15 mil pessoas, deixou 400 desalojadas e uma ferida.

Os meteorologistas alertam que, embora a repetição de eventos extremos como os ocorridos na enchente do último mês seja improvável, os volumes de chuva previstos para os próximos dias devem ser monitorados.

Rio Grande do Sul recebe alerta para novas enchentes e Guaíba pode registrar novo recorde

A Defesa Civil e o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres (Cemaden) alertaram, em nota técnica, que novas enchentes e possíveis deslizamentos devem acontecer no Rio Grande do Sul entre segunda (13) e terça-feira (14). Ventos podem chegar até 50 km/h.

As chuvas irão afetar os mesmos locais que já foram prejudicados pelas chuvas desde o fim de abril: o centro-norte e o nordeste do estado e a Região Metropolitana de Porto Alegre. Dados do Climatempo Meteorologia mostraram que mais de 306 mm de chuva caíram em Porto Alegre desde o dia 1º e caracterizou o início do mês de maio como o mais chuvoso na capital do estado em 63 anos. 

É previsto que o nível do lago Guaíba suba novamente na capital Porto Alegre e possa atingir a marca histórica de 5,50 metros, segundo a projeção elaborada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A Universidade aponta que a preocupação é o aumento das chuvas e o efeito dos ventos que dificultam o escoamento da água e intensificam a cheia do lago. 

O Cemaden também comunicou sobre riscos hidrológicos e geológicos altos no Rio Grande do Sul. Há a possibilidade de deslizamentos de terra na Serra Gaúcha.

A Defesa Civil do estado mostrou no boletim deste domingo (12) que 145 pessoas morreram e 132 estão desaparecidas. As enchentes também deixam 600 mil moradores fora de suas casas.

Frio na enchente


Mais de 2,1 milhões de moradores do RS já foram afetados pelas chuvas. (Foto: reprodução/Instagram/@gustavo.mansur)

A previsão do tempo aponta que a chuva deve começar a diminuir no Rio Grande do Sul durante o dia desta segunda (13) e dar uma trégua até quarta-feira (15). O alerta, agora, é para o frio e risco de geada no extremo sul do estado. A capital pode ter mínima de 8°C, na quarta, enquanto Caxias do Sul possui mínima de 2°C com previsão de geada. 

A alteração da direção do vento também irá dificultar o escoamento da água ao oceano. Um ciclone extratropical no Oceano Atlântico provocará ressaca no litoral do estado, com ondas de até 3 metros de altura que irão prejudicar a saída da água.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, alertou, em um vídeo divulgado neste domingo (12), de que não é o momento de voltar para casas, principalmente em áreas de risco. Leite também comentou que encostas de morro podem ter risco de deslizamento devido ao solo encharcado.