Equipe de Diddy tenta barrar documentário de 50 Cent na Netflix

A defesa de Sean Diddy Combs enviou uma notificação à Netflix exigindo que o streaming suspenda o lançamento de “Sean Combs: The Reckoning”, alegando uso de imagens roubadas e difamação, enquanto a plataforma afirma ter adquirido legalmente todo o material exibido.

A poucos dias da estreia da série documental sobre Sean Diddy Combs na Netflix, produzida por seu grande rival 50 Cent, a defesa do rapper intensificou a disputa com o streaming. Os advogados enviaram uma notificação exigindo que o título sobre o Caso Diddy não seja lançado, alegando violações de direitos e uso indevido de imagens pessoais.

A versão da defesa

Em declaração à CNN, representantes afirmaram que a plataforma utilizou material roubado e não autorizado, exibido no trailer oficial divulgado no início da semana. A reação ocorre enquanto Combs cumpre pena por acusações relacionadas a transporte para fins de prostituição.


Trailer da série documental “Sean Combs: O acerto de Contas” (Vídeo: reprodução/YouTube/Netflix)


Segundo Juda Engelmayer, porta-voz de Combs, o artista se grava desde os 19 anos com o objetivo de produzir, no futuro, um documentário próprio. Engelmayer afirma que as cenas usadas pela Netflix, filmadas poucos dias antes da prisão do rapper, em setembro de 2024, fariam parte desse acervo pessoal e não deveriam ter sido divulgadas por terceiros.

A defesa também sustenta que nem Diddy nem sua equipe tiveram acesso prévio à série. Na carta de cessação e desistência enviada à Netflix, os advogados alertam que o rapper “não hesitará em tomar medidas legais adicionais” caso a produção vá ao ar como planejado.

Netflix garante legalidade

A Netflix rebateu a acusação. Em comunicado enviado à CNN, a diretora da série, Alexandra Stapleton, afirmou que todo o material foi adquirido de maneira legal e que a equipe tomou medidas extraordinárias para preservar o anonimato do cinegrafista que cedeu as imagens. “Uma coisa sobre Sean Combs é que ele está sempre se filmando. Isso tem sido uma obsessão ao longo das décadas”, disse.

A disputa não é inédita: anteriormente, Diddy já havia processado a NBCUniversal por difamação devido ao documentário “Diddy: The Making of a Bad Boy”, exibido no Peacock, exigindo US$ 100 milhões em indenização. Agora, o conflito se repete, mas com um novo ingrediente — a participação direta de 50 Cent na produção, reacendendo uma rivalidade que atravessa gerações do hip-hop.

 

Diddy é transferido para prisão de segurança mínima após condenação nos EUA

O rapper e produtor musical Sean “Diddy” Combs, de 56 anos, iniciou uma nova fase de sua pena após ser transferido para o centro de detenção federal de Fort Dix, em Nova Jersey — uma prisão de segurança mínima. A mudança ocorreu semanas depois de sua condenação a 50 meses de prisão por transporte de pessoas com fins de prostituição, conforme decisão da Justiça Federal de Nova York em outubro de 2025.

Condenação e julgamento

Durante o processo, Diddy foi considerado culpado de duas acusações baseadas na Lei Mann, legislação norte-americana que proíbe o transporte interestadual de pessoas com propósito de prostituição. Ele foi absolvido de acusações mais graves, como tráfico sexual e formação de quadrilha.


P. Diddy surge em novas imagens em presídio de Nova York (Foto: reprodução/Instagram/@g1)


Em um momento de forte comoção no tribunal, o artista pediu desculpas públicas às vítimas e à própria família, afirmando que suas ações foram “repugnantes e vergonhosas”. Chorando, disse assumir total responsabilidade pelos atos cometidos. Apesar do arrependimento, o juiz manteve a sentença, classificando as provas apresentadas como “sólidas e consistentes”.

Rotina e reabilitação na prisão

Desde a transferência, Diddy passou a atuar na capela da unidade prisional e participa de um programa de reabilitação contra dependência química. Segundo o Departamento Federal de Prisões dos Estados Unidos, ele poderá reduzir parte da pena caso mantenha bom comportamento, com possibilidade de libertação antecipada em maio de 2028.

Relatórios internos indicam que o músico chegou a ser advertido por violar normas sobre o uso de telefone, mas atualmente mantém conduta colaborativa e participa ativamente das atividades de ressocialização.

Repercussão e impacto público

A condenação de Diddy repercutiu mundialmente por envolver uma das figuras mais influentes da indústria musical. O caso foi interpretado como um símbolo de responsabilidade e igualdade perante a lei, reforçando que o status de celebridade não exime consequências legais.

Imagens recentes divulgadas pela imprensa americana mostram o artista com aparência bastante diferente, exibindo barba grisalha e semblante abatido — um contraste marcante em relação ao astro que dominou o hip-hop por décadas. A nova fase de Diddy reflete uma virada profunda na trajetória de um dos nomes mais poderosos da música mundial.

Matéria por: Karine Sousa

Após prisão, Diddy cumpre regras rígidas nos EUA

O rapper e empresário Sean “Diddy” Combs terá que seguir regras rígidas por cinco anos depois de cumprir pena de prisão nos Estados Unidos. As regras foram determinadas pela Justiça para garantir que ele siga a lei e evite novos problemas. Entre as exigências estão participar de programas de reabilitação, permitir fiscalização de seus bens e seguir restrições pessoais impostas pelo tribunal.

O juiz responsável pelo caso, Arun Subramanian, explicou que essas medidas não são apenas punitivas, mas também servem para ajudar Diddy a se reabilitar e se reintegrar à sociedade. O período de liberdade supervisionada começa assim que ele deixar a prisão, e durante todo esse tempo ele terá obrigações que devem ser cumpridas à risca.

O que Diddy precisa fazer durante os cinco anos

Após deixar a prisão, Diddy terá uma lista de regras específicas que precisará seguir. A primeira delas é participar de programas de tratamento para problemas com drogas e saúde mental. Esses programas têm o objetivo de garantir que ele mantenha a saúde física e emocional em dia e evite comportamentos que possam levar a problemas legais.

Além disso, Diddy não poderá ter contato com as vítimas envolvidas no caso. Essa medida é importante para proteger as pessoas afetadas e evitar que qualquer tipo de conflito ocorra novamente. O rapper também terá que permitir que policiais e autoridades fiscalizem sua casa, carros e outros bens pessoais. Isso garante que ele esteja cumprindo todas as exigências da Justiça.

Outra regra importante é a proibição de posse de armas de fogo. Durante todo o período de cinco anos, Diddy não poderá portar, ter ou acessar armas, o que é uma medida preventiva para evitar qualquer risco de violência. Ele também precisará participar de programas obrigatórios de violência doméstica, relacionados a incidentes do passado, inclusive em casos envolvendo sua ex-namorada Cassie Ventura.

Todas essas regras podem parecer rígidas, mas elas têm o objetivo de proteger Diddy e a sociedade, ajudando o artista a reconstruir sua vida de maneira responsável e segura. Seguir essas medidas será essencial para que ele possa retomar sua carreira sem se envolver em novas polêmicas.


Sean “Diddy” Combs (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Shareif Ziyadat)

Reabilitação e desafios futuros

Além das regras da liberdade supervisionada, Diddy busca reduzir o tempo de prisão participando de programas de reabilitação dentro do sistema prisional. Ele solicitou ser transferido para o FCI Fort Dix, em Nova Jersey, uma prisão federal de segurança mínima que oferece o Residential Drug Abuse Program, conhecido como RDAP. Esse programa permite reduzir a pena em até um ano para detentos que participem e cumpram todos os requisitos.

O juiz recomendou a transferência para uma unidade próxima a Nova York, mas a decisão final sobre o local de cumprimento da pena cabe ao Bureau of Prisons. Há também rumores sobre a possibilidade de um perdão presidencial, mas até o momento nenhuma ação foi confirmada.

Enquanto enfrenta essas dificuldades, Diddy ainda é uma das maiores referências da música e do entretenimento mundial. O período de cumprimento das regras será decisivo para ele reconstruir sua imagem pública, retomar sua carreira e manter sua vida pessoal organizada. A sociedade acompanha o caso de perto, com opiniões divididas entre críticas à sua conduta e torcida para que ele se reabilite.

O cumprimento das regras ajudará Diddy a evitar novos problemas legais e a reconstruir sua vida de forma saudável. Seguir à risca cada exigência do tribunal será essencial para garantir que os próximos cinco anos sejam tranquilos e que ele consiga retomar seus projetos profissionais sem polêmicas.

Essa fase da vida do artista mostra que, mesmo pessoas famosas e influentes precisam enfrentar as consequências de suas ações e que a lei vale para todos, sem exceção. O caso de Diddy também serve de alerta para jovens artistas e fãs, destacando a importância de responsabilidade, disciplina e respeito às normas legais.

Diddy é condenado a 4 anos de prisão nos EUA

Rapper Sean “Diddy” Combs foi sentenciado a 50 meses de prisão nos Estados Unidos após ser considerado culpado por transporte de pessoas para prostituição. Além da pena, o artista terá de pagar uma multa de US$ 500 mil, em um julgamento que expôs detalhes sobre o uso de sua influência e recursos em atividades ilegais.

Sean “Diddy” Combs foi condenado nesta sexta-feira (03), a 50 meses de prisão, o equivalente a pouco mais de quatro anos, após ser considerado culpado em duas acusações federais de transporte de pessoas para prostituição. A sentença foi determinada pelo juiz Arun Subramanian, que também impôs uma multa de US$ 500 mil.

Julgamento e veredicto

O processo contra Diddy se estendeu por mais de seis semanas, envolvendo minuciosa investigação e apresentações de provas no tribunal. O rapper enfrentava acusações severas, incluindo tráfico sexual e racketeering, porém o júri o absolveu dessas acusações mais graves. O veredicto retido foi justamente sobre transporte para prostituição, em que foi considerado culpado.


Sean Diddy acaba por ser sentenciado | Reprodução/Instagram/@lorenamagazine

Durante o anúncio da condenação, o juiz destacou que as ações de Diddy tiveram um impacto significativo sobre as vítimas, afirmando que os crimes “prejudicaram irreparavelmente duas mulheres”. Ele também observou que Diddy possuía recursos e influência suficientes para cometer os atos denunciados e que precisava ser responsabilizado de forma substancial para servir como alerta.

Sentença e implicações para Diddy

Com os 13 meses que já havia cumprido em prisão preventiva, o tempo será descontado da pena final. Isso significa que de fato ainda lhe restam cerca de três anos de prisão efetiva a cumprir.

Além da pena de reclusão, a multa de US$ 500 mil representa um peso econômico considerável para o réu. A defesa havia solicitado uma pena de 14 meses, levando em conta o tempo já cumprido, mas essa tese foi rejeitada frente à gravidade reconhecida pelo magistrado.

Embora não tenha sido condenado pelos crimes mais complexos imputados, a decisão judicial reforça que sua condenação por transporte para prostituição já é suficiente para acarretar consequências duras. A condenação de Diddy pode repercutir amplamente na indústria do entretenimento e no debate sobre responsabilização de figuras públicas por abusos de poder.

Defesa de Diddy negocia perdão presidencial com governo Trump

Sean “Diddy” Combs pode estar mais próximo de um perdão presidencial. A advogada Nicole Westmoreland, que integra a equipe de defesa do rapper, revelou na última segunda-feira (4) que já houve conversas formais com representantes do governo de Donald Trump para discutir a possibilidade de anistia ao artista. Diddy foi condenado no mês passado por envolvimento em crimes de transporte para fins de prostituição, e segue detido após ter um pedido de fiança negado pela Justiça americana.

As declarações da advogada foram dadas em entrevista à emissora CNN, em um momento em que a Casa Branca evita comentar publicamente o caso. Segundo Westmoreland, as tratativas com o governo começaram logo após a sentença, com a intenção de garantir ao rapper um perdão presidencial antes mesmo de uma eventual sentença definitiva. “Já houve diálogos, e a equipe de Trump está ciente da solicitação”, afirmou.

Trump avalia impacto político da decisão

Fontes próximas à Casa Branca afirmam que Trump tem considerado seriamente a concessão do perdão. Desde o final de julho, quando a imprensa revelou que o ex-presidente avalia o impacto político de uma medida desse tipo, a especulação em torno do caso cresceu. Diddy, um dos nomes mais influentes da música e da indústria cultural americana, ainda possui um grande apoio de fãs e empresários, o que poderia ser um fator estratégico em uma decisão presidencial.


Rapper Diddy está em busca de perdão presidencial (Foto: reprodução/Paras Griffin/Getty Images Embed)


No entanto, a situação jurídica do artista é delicada. Embora tenha sido absolvido das acusações mais graves de tráfico sexual e conspiração, a condenação por transporte para fins de prostituição já foi suficiente para mantê-lo preso. A defesa alega que os crimes atribuídos a Diddy carecem de provas robustas e acusa o sistema judicial de “exposição midiática desproporcional”.

Casa Branca adota silêncio oficial

Até o momento, a Casa Branca mantém silêncio absoluto sobre as conversas. Um porta-voz limitou-se a dizer que “não comentará sobre casos em análise”. Internamente, no entanto, a questão divide opiniões. Há conselheiros que enxergam o perdão como uma oportunidade de reforçar a imagem de Trump junto ao eleitorado das minorias. Outros, porém, alertam para a repercussão negativa de conceder clemência em um caso ainda recente e controverso.

Enquanto o impasse se arrasta, a defesa de Diddy segue articulando nos bastidores para tentar reverter a prisão. A expectativa é de que uma decisão sobre o pedido de perdão seja tomada antes do julgamento de apelação.

Justiça rejeita três acusações contra Diddy, mas processo continua em andamento

Tribunal de Nova York (NY) rejeitou nesta terça-feira (8) três das quatro acusações de estupro apresentadas por April Lampros contra o rapper e empresário Sean “Diddy Combs”, de 55 anos. A decisão, tomada pela juíza Leslie A. Stroth, baseou-se nos critérios de prescrição estabelecidos pela Lei de Violência Motivada por Gênero (GMVA), em vigor na justiça do estado norte-americano de Nova York.

Acusações contra Diddy

Lampros, ex-estudante do Fashion Institute of Technology, havia registrado em maio de 2024 uma ação contra Diddy Combs, alegando ter sido drogada e violentada em dois episódios distintos em 1995, além de ter sido coagida, em 1996, a manter relações sexuais com a então namorada do artista, Kim Porter. Essas três denúncias foram rejeitadas pela Justiça por se referirem a eventos ocorridos antes da data limite de 19 de dezembro de 2000, estabelecida pela legislação nova-iorquina.

Apesar da decisão favorável a Combs nesse ponto, o processo segue em tramitação com uma quarta acusação ainda válida. Trata-se de um suposto abuso ocorrido entre o final de 2000 e o início de 2001. Segundo Lampros, ela teria sido beijada e tocada sem consentimento, mas não conseguiu apontar com precisão a data exata dos fatos. Diante da incerteza, a magistrada optou por manter essa parte do processo em aberto, permitindo que novas investigações sejam conduzidas.


Diddy Combs participa do Invest Fest 2023 em Atlanta na Geórgia (Foto: reprodução/Paras Griffin/Getty Images Embed)


Diddy absorvido de acusações

A decisão ocorre em meio a uma sequência de desafios legais enfrentados por Sean Combs. Recentemente, o artista foi absolvido de acusações graves como tráfico sexual e extorsão em outro julgamento de alto perfil que durou oito semanas. No entanto, foi considerado culpado por transporte para fins de prostituição, o que ainda pode acarretar pena de prisão. Combs nega todas as acusações que pesam contra ele. O andamento da ação atual pode influenciar diretamente sua situação judicial e sua imagem pública, já profundamente abalada por sucessivas denúncias.

Com o desdobramento do caso, a defesa de Lampros reforça a intenção de buscar justiça até a última instância. Já os advogados de Combs afirmam que seguirão contestando judicialmente qualquer alegação remanescente. O julgamento da quarta acusação pode se tornar decisivo para o futuro jurídico e profissional do artista.

Advogado de Diddy conta reação de colegas de cárcere de rapper após absolvição em acusações

Em entrevista à Associated Press, o advogado de defesa de Sean “Diddy” Combs, Marc Agnifilo, contou a reação dos colegas de confinamento do rapper diante da absolvição em três das cinco acusações que o cantor respondia. Estas acusações envolvem tráfico sexual e outros crimes. De acordo com Agnifilo, os companheiros de prisão do artista o aplaudiram de pé.

Segundo o advogado, os colegas de cela aplaudiram Combs por sua absolvição em acusações que o sentenciaram à prisão perpétua. “Todos disseram: “Nunca vemos ninguém que derrote a govemo“, contou o advogado.

Casos em que foi condenado

O rapper foi considerado culpado no caso de transporte para a prostituição das ex-namoradas, Cassie Ventura e uma mulher identificada como “Jane”. Além de suas condenações, Combs foi absolvido em três acusações: uma por associação criminosa que auxiliava o tráfico sexual e outras duas de tráfico sexual – que envolvem Cassie e outra ex – por força, fraude e coerção


P. Diddy e sua ex-namorada Cassie Ventura (Foto: reprodução/John Shearer/Getty Images Embed)


O advogado de Combs relatou que avisou o artista que ele poderia esperar ser preso por acusações de tráfico sexual depois que agentes federais invadiram as residências do cantor em março de 2024. “Eu falei: ‘Talvez seja o seu destino na vida ser o cara que vence”, contou. 

Depois do veredito, Combs murmurou aos jurados um “obrigado” e sorriu em meio ao aplauso de seus familiares e apoiadores. Os espectadores do julgamento aplaudiram os advogados do cantor e alguns gritaram “Equipe dos sonhos!” em comemoração

Integrante da equipe do Marc Agnifilo, Mitchell Epner, afirmou à Associated Press que o veredito foi uma grande vitória para a defesa e uma grande derrota para a acusação. Epner ainda disse que a equipe de defesa era realmente “dos sonhos” por ter vencido os promotores que quase não são derrotados.

Rapper continua preso

A Justiça de Nova Iorque recusou o pedido de fiança de Diddy horas após o veredito. O período de reclusão pelos crimes do rapper ainda não foi definido, mas a pena pode chegar a 20 anos. O juíz estabeleceu uma audiência de sentença para o dia 3 de outubro que pode ser antecipada caso haja pedido da defesa.


Sean “Diddy” Combs (Foto: reprodução/Shareif Ziyadat/Getty Images Embed)


Agnifilo contou que o rapper  “está indo bem” e afirmou que entra em contato com ele entre quatro a cinco vezes ao dia. O advogado revelou que o rapper “percebe que tem falhas, como todos os outros, nas quais nunca trabalhou”. Agnifilo ainda disse que Combs entende que suas falhas não podem ser apagadas por sua fama e sua fortuna.

Advogado de Cassie se pronuncia após condenação de P. Diddy

O advogado de Cassie Ventura, Douglas Wigdor, se manifestou após o rapper Sean “P. Diddy” Combs ser considerado culpado por duas das cinco acusações que enfrentava no tribunal federal de Nova York. A condenação foi motivada por transporte com intenção de promover a prostituição, enquanto as acusações mais graves, como tráfico sexual e organização criminosa, foram descartadas pelo júri.

Em nota enviada à revista People, Wigdor ressaltou que o processo foi impulsionado pela coragem de Cassie, que, em novembro de 2023, entrou com uma ação civil expondo os abusos sofridos. O pronunciamento veio logo após a leitura do veredito, nesta quarta-feira (2).

“Todo esse processo criminal começou quando nossa cliente Cassie Ventura teve a coragem de entrar com uma ação civil”

afirmou o advogado.

“Coragem exemplar”

De acordo com Wigdor, o testemunho da ex-namorada do rapper teve papel crucial no andamento do caso, apesar da absolvição parcial. Ainda segundo ele, a fala de Cassie permitiu que o júri responsabilizasse Combs por crimes ligados à prostituição, mesmo sem confirmar, além de qualquer dúvida razoável, o tráfico sexual alegado pela artista.

“Cassie deixou uma marca indelével tanto na indústria do entretenimento quanto na luta por justiça”

declarou Wigdor.

Durante o julgamento, Ventura descreveu experiências marcadas por abuso sexual e psicológico, incluindo os chamados “Freak Offs” e “Hotel Nights”. Ela também afirmou ter sido estuprada por Combs no final do relacionamento de 11 anos. As denúncias foram corroboradas por outra vítima, identificada apenas como “Jane”.


Diddy (Foto: reprodução/Paras Griffin/Getty Images Embed)


Justiça tardia

A equipe jurídica de Cassie defendeu que a condenação simboliza um passo importante contra a impunidade de homens poderosos. Para o advogado, a exposição dos abusos de Combs deve servir como alerta sobre condutas toleradas por décadas na indústria da música e do entretenimento.

“Este caso provou que a mudança já passou da hora, e continuaremos lutando em nome das sobreviventes”

concluiu o comunicado.

Cassie Ventura, que já havia recebido US$ 20 milhões em um acordo anterior, foi novamente colocada no centro do debate sobre violência contra a mulher nos Estados Unidos. A repercussão do caso tem provocado reações de apoio nas redes sociais, enquanto novos desdobramentos judiciais ainda são aguardados.

Júri decide quatro acusações contra Diddy, mas a principal segue sem consenso

O júri federal responsável pelo julgamento de Sean “Diddy” Combs chegou nesta terça-feira (1º) a um veredito sobre quatro das cinco acusações que pesam contra o rapper e empresário. No entanto, o grupo segue em impasse quanto à denúncia mais grave, de conspiração para extorsão, prevista na Lei de Organizações Corruptas e Influenciadas por Criminosos (RICO), que pode levar à prisão perpétua.

O caso corre no Tribunal de Manhattan, em Nova Iorque, e se tornou um dos julgamentos mais acompanhados do ano nos Estados Unidos, reunindo depoimentos fortes e alegações de abusos cometidos ao longo de décadas. O impasse na quinta acusação levou defesa e promotoria a pedirem mais tempo de deliberação, enquanto o juiz ainda avalia os próximos passos.

Parte do veredito é definida, mas impasse persiste

Na sessão de terça-feira (1º), o júri informou ao juiz Arun Subramanian que conseguiu alcançar uma decisão em quatro das cinco acusações, que incluem duas acusações de tráfico sexual e duas acusações de transporte para prostituição. No entanto, quanto à acusação de conspiração para extorsão sob a lei RICO, normalmente usada em casos de crime organizado, o grupo permanece dividido.

Segundo a Promotoria, Diddy comandava uma rede organizada que contava com seguranças e funcionários próximos para facilitar abusos e intimidar vítimas. Para sustentar a acusação de conspiração, a lei exige a comprovação de ao menos dois crimes relacionados cometidos em um intervalo de até dez anos, critério que, segundo os promotores, foi cumprido com os relatos e provas apresentados durante o julgamento.

Em nota entregue ao juiz, os jurados afirmaram que há divergências “irreconciliáveis” sobre essa quinta acusação, o que impede a formação de um veredito completo. Tanto a promotoria quanto a defesa pediram que as discussões prossigam, na tentativa de alcançar um consenso. A deliberação começou na segunda-feira (30) e pode se estender caso o juiz opte por manter o grupo reunido.


Janice Combs, mãe de Diddy, junto com os filhos de Diddy, King Combs e Justin Combs, durante as deliberações no tribunal em 1º de julho (Foto: reprodução/TIMOTHY A. CLARY/AFP/Getty Images Embed)


Testemunhos dificultam defesa

Os relatos das vítimas foram essenciais para a construção do caso. Cassie Ventura, ex-namorada do réu, descreveu episódios de violência física e emocional, além de sessões de sexo não consensual que duravam dias e ocorriam sob influência de drogas. Outra mulher, identificada como “Jane”, narrou situações semelhantes, incluindo situações de submissão sexual com a participação de terceiros e a presença do acusado.

A defesa optou por não apresentar testemunhas nem colocar Diddy para depor. Alegou que as relações foram consensuais e usou mensagens antigas entre ele e as vítimas para tentar desacreditar os relatos. No entanto, a divulgação de um vídeo de 2016, em que Diddy agride Cassie em um hotel, dificultou a defesa. Ele admitiu o episódio e o classificou como “indefensável”. Em 2023, Diddy firmou um acordo financeiro com Cassie em um processo civil com acusações semelhantes.

O juiz Arun Subramanian ainda avalia se aceitará o veredito parcial ou se manterá o júri reunido até a definição sobre todas as acusações. Se condenado por conspiração, Diddy pode pegar prisão perpétua. As acusações de tráfico sexual preveem no mínimo 15 anos de prisão, enquanto as de transporte para prostituição podem resultar em até 10 anos de prisão por ocorrência.

Diddy não depõe e julgamento avança para fase final

O processo judicial que envolve o rapper Diddy por tráfico sexual em Nova Iorque está prestes a ser concluído, de acordo com o TMZ. Nesta terça-feira (24), a acusação federal encerrou oficialmente a exposição de seu caso, após mais de seis semanas de depoimentos. No total, 34 testemunhas foram ouvidas. A defesa, por sua vez, decidiu não apresentar testemunhas, o que também inclui a ausência do depoimento do próprio Diddy.

O julgamento de Sean “P. Diddy” Combs, preso em setembro de 2024 por diversas acusações, incluindo tráfico sexual, está prestes a alcançar sua fase decisiva. Depois de mais de seis semanas de depoimentos, a promotoria concluiu a apresentação de provas e testemunhas. Agora, o processo caminha para as alegações finais, última etapa antes da decisão do júri que pode levar o rapper à prisão perpétua.

Promotoria conclui depoimentos

A última testemunha do caso foi ouvida pela promotoria na terça-feira (24). Após esse depoimento, os promotores informaram ao juiz que concluíam a fase de apresentação de provas. Entre as 34 testemunhas ouvidas ao longo do julgamento estiveram figuras públicas como Cassie Ventura, que relatou os abusos sofridos durante o relacionamento com o acusado, e o rapper Kid Cudi, que confirmou ter sido ameaçado após manter contato com Cassie. Ex-funcionários de Diddy, namoradas, amigos próximos das vítimas e especialistas também prestaram depoimento.

A defesa, por outro lado, decidiu não chamar testemunhas. Questionado diretamente pelo juiz federal Arun Subramanian, Diddy afirmou que a escolha de não depor foi dele. Embora não tenha apresentado testemunhos em sua defesa, a equipe jurídica do artista exibiu ao júri um conjunto de provas, em uma exposição que durou menos de 30 minutos. Essa é uma prática comum nesse tipo de julgamento, já que a responsabilidade de mostrar a culpabilidade do réu cabe à acusação.


Tribunal Federal Daniel Patrick Moynihan, em Nova Iorque, onde acontece o julgamento de Diddy (Foto: reprodução/John Lamparski/Getty Images Embed)


Defesa tenta encerrar processo antes de decisão do júri

Quando o júri foi temporariamente dispensado para o almoço, os advogados de defesa de Diddy apresentaram uma moção pedindo o encerramento imediato do processo. O argumento da defesa é a falta de provas sólidas por parte da promotoria para justificar as acusações. O rapper nega todas as imputações, que incluem conspiração para extorsão, tráfico sexual sob coerção e organização de uma rede de prostituição.

Como a defesa optou por não apresentar testemunhas, o caso agora segue para a fase de alegações finais, previstas para começar na quinta-feira. Será a última chance para acusação e defesa tentarem convencer o júri. A deliberação dos jurados deve começar na próxima segunda-feira. Caso Diddy seja considerado culpado, ele pode pegar uma pena que o manteria preso pelo resto da vida.