Dario Vitale deixa Versace após única temporada

Versace anunciou nesta quinta-feira (04), a saída do diretor criativo, Dario Vitale. Após nove meses de casa e apenas uma temporada, o estilista italiano deixa a marca.

Dario marcou sua estreia na marca no desfile de verão 2026, com um dos eventos mais comentados da temporada. Vitale fez referência a identidade sensual da marca com arquivos resgatados do final da década de 1980.

A decisão do italiano veio em função da conclusão de compra da marca pelo grupo Prada, anunciado em abril deste ano, e concluída nesta terça-feira (02). A compra foi avaliada em 1,25 milhões de dólares.

Quem é Dario Vitale?

Dario Vitale é um designer de moda italiano, formado pelo Instituto Marangoni, escola privada de moda e design em Milão, no ano de 2006.

O designer trabalhou por 15 anos na MiuMiu, marca italiana fundada e dirigida por Miuccia Prada, designer chefe da também marca italiana, Prada. O italiano deixou o cargo de diretor de design de prêt-à-porter e chefe de imagem, em janeiro de 2025.


Dario Vitale no jantar Miu Miu em Outubro, 2024 | (Foto: reprodução/Getty Imagens Embed/Arnold Jerocki)

Sua chegada na Versace foi a público em 13 de abril de 2025, Vitale substituiu a então diretora artística da marca, Donatella Versace, que ocupava o cargo desde a morte de seu irmão, Gianni Versace em 1997. Versace ainda não encontrou alguém para substituir seu cargo.

Prada e compra de Versace

Prada anunciou junto a negociações com a Capri Holdings, nesta terça-feira (02), a compra da Versace, que passa a ser presidida pelo filho de Miuccia, Lorenzo Bertelli. A compra da grife foi avaliada em US$ 1,45 bilhão (quase R$ 8 bilhões).


Fachada de uma loja Versace em Madrid| (Foto: reprodução/Getty Imagens Embed/Europa Press News)


Versace é uma marca de luxo fundada em 1978 por Gianni Versace, assassinado em Miami, Flórida em 1997. Após seu assassinato, a marca começou a ser comandada por Donatella Versace, ocupando o cargo de diretora artística e o seu irmão, Santo Versace, presidente da marca.

A marca já havia sido comprada anteriormente em setembro de 2018 pelo grupo Michael Kors, por US$2,12 bilhões. O Grupo Versace apresentou um prejuízo operacional de US$ 54 milhões (R$ 288,7 milhões) no primeiro trimestre deste ano, segundo dados da Capri Holdings, do grupo Kors.

 

Antonin Tron é anunciado como novo diretor criativo da Balmain

A Balmain inicia um novo capítulo em sua história. O estilista Antonin Tron, de 41 anos, foi anunciado como o novo diretor criativo da maison, sucedendo Olivier Rousteing, que comandou a grife por 14 anos e se tornou um dos nomes mais icônicos da moda contemporânea. A transição marca uma mudança importante na direção estética e conceitual da marca, que busca um equilíbrio entre inovação e tradição.

Uma nova era para a Balmain

Tron é fundador da Atlein, marca parisiense que se destacou nos últimos dez anos por seu trabalho artesanal com drapeados e domínio do jersey, material que se tornou sua assinatura. Reconhecido pela crítica especializada, foi descrito pela Vogue como detentor de um domínio “tão bom quanto o de Alaïa”, referência ao lendário designer tunisiano Azzedine Alaïa.

Sua nomeação é vista como um movimento estratégico da Balmain para fortalecer sua imagem em torno da sofisticação artesanal e da feminilidade consciente, em um momento em que a moda de luxo busca maior conexão com valores éticos e sustentáveis.


Anuncio feito pela Balmain (Foto: reprodução/Instagram/@balmain)


Um olhar sensível e intelectual

Formado pela Royal Academy of Fine Arts de Antuérpia, Antonin Tron construiu uma trajetória marcada pela reflexão sobre o corpo e o gênero. Sua moda é profundamente influenciada por teóricos, escritores e artistas que exploram temas ligados ao feminismo, à ecologia e à identidade,  valores que prometem redefinir a estética da Balmain, tradicionalmente associada ao glamour exuberante de Rousteing.

Ao trazer essa visão mais introspectiva e artesanal, Tron deve imprimir um novo ritmo à maison, privilegiando o corte, o tecido e a construção das peças em detrimento do espetáculo visual que caracterizou os desfiles anteriores.


Desfile da marca Atlein no Paris Fashion Week (Foto: reprodução/Saviko/Getty Imagens Embed)


O futuro da Balmain 

A expectativa agora se volta para março de 2026, quando o estilista apresentará sua primeira coleção para a Balmain. A indústria observa de perto como Tron irá equilibrar o legado de Rousteing com sua própria sensibilidade poética e experimental. Mais do que uma simples troca de comando, a chegada de Antonin Tron sinaliza uma renovação de propósito na Balmain uma tentativa de unir o rigor da técnica à emoção da forma, levando a maison a um novo patamar de elegância contemporânea.

 

Gucci anuncia saída de diretor criativo Sabato de Sarno

Nesta quinta-feira (06), a grife italiana Gucci comunicou que seu então diretor criativo, Sabato de Sarno, sairá de seu cargo na frente da marca. Sarno, que fez a direção artística da Gucci por apenas dois anos, também não irá participar da próxima coleção para a Semana de Moda de Milão, que ocorrerá no dia 25 deste mês. Espera-se que o anúncio de um substituto para o cargo seja realizado em maio, com a realização dos desfiles da coleção Resort da marca em Florença.

Sabato de Sarno

O designer nasceu em Nápoles, na Itália, e foi o sucessor de Alessandro Michele na direção artística da Gucci, que assumiu no início de 2023. Sarno já atuou em marcas como Prada, Dolce&Gabbana, e Valentino, na qual trabalhou por 14 anos.


Sabato de Sarno (Foto: reprodução/Instagram/@sabato.desarno)

O italiano se retira da marca em um momento de mudanças dentro da indústria da moda, com a passagem de novos nomes na direção de grandes grifes como Chanel e Celine. Sarno foi essencial na transformação da Gucci em seus dois anos no comando da marca, revitalizando a estética da casa.

Gucci

A marca italiana foi fundada em Florença no ano de 1921 por Guccio Gucci, que confeccionava produtos em couro, estes eram produzidos por artesões da região de Toscana. Gucci tomou gosto pelas confecções ao trabalhar como ascensorista e maleiro em hotéis, chegando a trabalhar no hotel Savoy em Londres.

Ele abriu sua primeira loja ao retornar para a Itália, buscando vender malas e valises de alta qualidade. Gucci tornou-se popular entre a burguesia e a nobreza florentina, crescendo progressivamente e conseguindo criar sua própria oficina, passando a produzir sua mercadoria ainda no espaço de sua loja.


Coleção primavera/verão da Gucci (Vídeo: reprodução/Instagram/@gucci)


Durante a década de 1930, a marca começou a vender luvas, sapatos e cintos. Além de ter tomado um caráter internacional, com o crescimento de clientes de outras regiões que buscavam os produtos de Gucci. Já em 1938, o italiano abriu sua primeira loja em Roma. Em poucos anos, a casa aumentou e estabeleceu um legado para o mercado da moda em todo o mundo, transformando-se no grande nome que hoje é reconhecido ao redor do globo.

Matéria por Isabela Bitencourt (Lorena – R7)

Dries Van Noten anuncia Julian Klausner como seu novo diretor criativo

A casa de moda belga Dries Van Noten inicia um novo capítulo em sua história com a nomeação de Julian Klausner como Diretor Criativo. O anúncio foi feito hoje em uma publicação, marcando o início de uma transição planejada desde a decisão do fundador de se retirar da casa homônima no início deste ano. Klausner será responsável pelas coleções femininas e masculinas da marca, com sua estreia na passarela programada para 5 de março de 2025, durante a Semana de Moda de Paris.

“Tenho total confiança na criatividade e visão de Julian. Ele não é apenas um designer talentoso, mas também a escolha natural para assumir a liderança após minha partida. Sua profunda compreensão da marca e de seus valores garantirá uma transição perfeita e um futuro promissor”, declarou Dries Van Noten na publicação de anúncio no perfil da marca.


Vídeo de anúncio de Julian Klausner como novo diretor criativo da grife (Vídeo: reprodução/YouTube/Dries Van Noten)


O designer belga de 33 anos, é formado pela La Cambre / École Nationale Supérieure des Arts Visuels, em Bruxelas, Klausner concluiu seu bacharelado e mestrado em Design de Moda em 2016. Após um início de carreira promissora na francesa Maison Margiela, além de experiências na Thom Browne e Kenzo, ele se uniu a Dries Van Noten em agosto de 2018 como designer de moda feminina, trabalhando diretamente com o fundador na criação e na conceituação de coleções icônicas.

Segundo o comunicado, essa definição de cargo “representa uma conexão natural entre o passado e o futuro”.

“Estou mais do que emocionado em supervisionar as próximas temporadas enquanto começamos o próximo capítulo para esta casa. O legado incomparável que Dries está deixando para trás é monumental, servindo como uma fonte infinita de inspiração preciosa. Estou ansioso para embarcar em novos desafios ambiciosos enquanto honramos a herança que todos nós prezamos.” – Julian Klausner em anúncio.

Dries Van Noten deixa um legado

Nascido em uma família de alfaiates, além de fundador e membro do coletivo Antwerp Six – um grupo de designers de moda que se formaram na Royal Academy of Fine Arts de Antuérpia – Van Noten se destacou por seu uso ousado de cores, estampas e bordados, criando uma estética única e atemporal. Desde o lançamento de sua linha masculina em 1986, ele se tornou um sinônimo de inovação e sofisticação, com expansão para a moda feminina em 1993, consolidando seu nome dentro da indústria europeia.


Dries Van Noten no final de um de seus últimos desfiles (Foto: reprodução/Thierry Chesnot/Getty Images embed)


O designer foi um dos responsáveis por colocar a cidade belga no mapa da moda internacional nos anos 80.

Segundo dados, hoje, a Dries Van Noten conta com 10 lojas de varejo e mais de 400 contas de varejo no mundo todo, com mais de 500 portas no total. 

Em 2018, o designer vendeu uma participação majoritária para o conglomerado espanhol Puig, mantendo-se como diretor criativo até 2024. Sua última coleção à frente de sua marca homônima, foi apresentada em junho deste ano durante a Semana de Moda Masculina de Paris primavera/verão 2025, em um desfile comemorativo onde celebrou 38 anos de sua carreira na moda, com uma passarela de papel alumínio e uma enorme bola de discoteca.


Última coleção do designer à frente da marca (Foto: reprodução/Francois Durand/Getty Images Embed)


O designer ainda esteve presente no desfile feminino de primavera 2025 em Paris em setembro, feita inteiramente por sua equipe.Dries Van Noten, disse em entrevista para veículos de comunicação sobre sua “total confiança” em Julian Klausner como seu sucessor.Van Noten mantém sua atuação como consultor na marca que foi adquirida pela Puig em 2018, com foco especial nos segmentos de beleza. Em agosto do ano passado, ele lançou quatro novas fragrâncias Dries Van Noten, destacando sua assinatura criativa ao adornar os frascos com transferências únicas de cores e padrões vibrantes, elementos característicos de seu DNA.

Nova era sob a liderança de Klausner

Com a promoção de Klausner, a marca reforça uma estratégia de continuidade e preservação de valores fundamentais, sem a interrupção destes.

Julian Klausner apresentará sua primeira coleção feminina como diretor criativo em 5 de março durante a Paris Fashion Week. A casa pulará o desfile da coleção Menswear Winter 2025 durante a semana masculina de Paris em janeiro e, em vez disso, o apresentará em um lookbook dirigido pelo próprio. Seu primeiro desfile masculino está previsto para junho de 2025.

Momento decisivo para Dries Van Noten

Com vendas crescentes e um portfólio robusto no mercado de luxo, Dries Van Noten continua a expandir seu alcance global, agora sob a liderança de Klausner. Para Marc Puig, CEO da Puig, “a compreensão de Julian sobre a herança da marca, forjada ao longo dos anos na Dries, o torna especialmente adequado para essa função”, acrescentando que “seu profundo conhecimento dos valores da marca foi cultivado ao longo do tempo, permitindo uma transferência cuidadosa da visão criativa que preserva a essência da Dries e a impulsiona”.

Uma transição suave reflete a capacidade da casa de manter sua identidade distinta, enquanto evolui para enfrentar os desafios e oportunidades do futuro. A nomeação de Klausner reafirma a promessa da marca de criar moda que inspire e inove, honrando o fundador.

Kim Jones encerra sua trajetória na Fendi

Na última sexta-feira (11), foi divulgada a saída de Kim Jones da liderança criativa das linhas femininas e de alta-costura da Fendi. O estilista decidiu concentrar seus esforços na linha masculina da Dior, onde já ocupa o cargo de diretor criativo. Sua despedida da Fendi ocorreu na Milan Fashion Week, em setembro passado, onde apresentou sua coleção final.

A Fendi comunicou que um novo diretor criativo será revelado “no momento apropriado”. Kim Jones assumiu a liderança criativa da marca em 2020, ocupando o lugar de Karl Lagerfeld, que transformou a Fendi ao longo de cinco décadas e faleceu em 2019.

Legado de Kim Jones

Jones trouxe uma nova perspectiva à Fendi, reinterpretando a elegância romana da marca e modernizando o legado de Lagerfeld com um toque mais contemporâneo e cores mais delicadas.

Na sua coleção final para a Fendi, apresentada na Milan Fashion Week para a primavera/verão 2025, ele trouxe uma visão de verão delicada – combinando sensualidade e sofisticação. A linha foi caracterizada por materiais leves e transparentes, adornados com bordados elaborados.


Fendi para Milan Fashion Week 2025 em setembro deste ano (Foto: reprodução/Fendi)

Além de sua influência criativa, Kim Jones desempenhou um papel crucial no aumento das vendas da Fendi. Durante sua gestão, a marca viu suas receitas crescerem três vezes, ultrapassando 2 bilhões de euros. Esse êxito financeiro foi impulsionado por sua visão empresarial aguçada, que focou em desenvolver peças atraentes e alinhadas com as expectativas da mulher contemporânea.



Kim Jones e Donatella Versace para a colaboração “Fendace” (Foto: reprodução/Danielle Venturelli/Getty Images Embed)


Um dos projetos mais marcantes do designer foi a colaboração “Fendace”, uma troca de designs entre Fendi e Versace. Ao lado de Donatella Versace, ele criou uma coleção que surpreendeu a indústria da moda.

Dança das cadeiras no mundo da moda

A dança das cadeiras na moda continua a todo vapor. Em poucos meses, vimos a saída de Virginie Viard da Chanel, a chegada de Sarah Burton na Givenchy e a troca de comando na Missoni, com o retorno de Alberto Caliri. Essa constante movimentação marca o ritmo acelerado da indústria.

No dia 2 de outubro, a LVMH anunciou a saída de Hedi Slimane da Celine, sendo sucedido por Michael Rider. No mês anterior, o grupo havia designado Sarah Burton como a nova diretora criativa da Givenchy, um ano após sua saída da Alexander McQueen. Com essa mudança, Burton fez história ao se tornar a segunda mulher a ocupar essa posição na marca.

David Koma é o novo diretor criativo da Blumarine

Novidade na área! Nesta quarta-feira (31), a marca italiana Blumarine, compartilhou em suas redes sociais o nome de seu novo diretor criativo, o design David Koma, de 36 anos.

A grande notícia rapidamente se espalhou pela mídia e movimentou a internet com a novidade inesperada, mas muito desejada pelos fãs da moda. A previsão é de que David estreie sua coleção inicial na nova casa de moda italiana, na edição de Pre-Fall 2025


Anúncio sobre David Koma nas redes sociais da marca (Foto: reprodução/Instagram/@blumarine)

Quem é David Koma

O estilista fundou sua marca de luxo no mercado da moda voltada para mulheres, há 15 anos, e até hoje tem ganhado cada vez mais destaque e sucesso em passarelas de eventos de grande prestígio como a London Fashion Week.


David Koma é o novo diretor criativo da Blumarine (Foto: reprodução/Instagram/@davidkoma)

Koma é reconhecido no mundo da moda por seu estilo único, sensual, o qual contém uma boa dose de romance, requinte e elegância, com peças que possuem contornos bem-marcados que valorizam as formas do corpo feminino. E, devido a essa marca registrada, David está conquistando até mesmo os red carpets nos últimos tempos.

Vestindo celebridades

Koma é um dos estilistas favoritos de artistas de grande renome como as cantoras Beyoncé, Cardi B, Jennifer Lopez, Willow Smith, e a atriz Anne Hathaway. Também não pode ficar de fora outros nomes icônicos como os das cantoras Lady Gaga, Miley Cyrus e Ciara, que também aderiram aos looks de David.

Histórico e trajetória de Koma

O novo diretor criativo da Blumarine estudou Belas Artes na cidade portuária de São Petersburgo, na Rússia, e inaugurou sua coleção inicial com apenas 15 anos.


David Koma é o novo diretor criativo da Blumarine (Foto: reprodução/Instagram/@davidkoma)

Há 21 anos foi para a capital inglesa para ocupar um lugar na Central St. Martins College of Art and Design, e em seguida, seis anos depois, após se formar, estreou sua própria marca, como também esteve presente na London Fashion Week.

No período dos anos de 2013 a 2017, foi diretor artístico da marca francesa Thierry Mugler. No ano anterior, em 2023, Koma também foi diretor criativo da Walter Chiapponi, por alguns meses, até este ano, e logo em seguida foi para Blumarine.

Lanvin anuncia Peter Copping como novo diretor criativo

A Lanvin anunciou Peter Copping como novo diretor criativo da marca, depois de meses sem ninguém na direção. Ele deve assumir o cargo oficialmente em setembro deste ano e fica responsável pela criação das coleções femininas e masculinas. 

Peter tem uma vasta experiência com as grandes grifes por já ter trabalhado na Balenciaga, Louis Vuitton e Nina Ricci. Para a CEO do grupo Siddhartha Shukla a contratação do estilista é um marco para a marca e tem certeza que a visão e o alto rigor técnico dele irá entregar muita beleza e resultado nas coleções assinadas por ele. 


Desfile Lanvin (Foto: reprodução/Pierre Verdy/Getty Images Embed)


A Lanvin aguardou muitos meses para colocar alguém na cadeira criativa da marca, pois queria escolher a dedo o estilista que traria destaque e iria continuar com maestria o trabalho de Alber Elbaz, que faleceu em 2021.

Peter Copping

O estilista é formado pela Central Saint Martins e Royal College of Arts de Londres, fez um estágio com Christian Lacroix e logo estreou os seus trabalhos na Iceberg, na Itália. Depois voltou a Paris, onde trabalhou na Sonia Rykiel e aprendeu muito trabalhando com os ateliers. 

Em 1997, foi trabalhar na Louis Vuitton sob a direção de Marc Jacobs, lançou o departamento de vestuário, se tornou responsável pela moda feminina e foi o braço direito de Marc durante 12 anos. 

Em 2009, ele começou a trabalhar na Nina Ricci como diretor artístico, ocupou o cargo por alguns anos antes de mudar para a marca nova-iorquina Oscar de la Renta, em 2014, também no cargo de diretor criativo. 


Peter Copping (Foto: reprodução/Taylor Hill/Getty Images Embed)


O último trabalho de Peter foi como diretor de alta costura na Balenciaga, supervisionando os ateliers durante a reestruturação das coleções da marca. 

Agora em seu novo trabalho, o estilista tem o desafio de trazer visibilidade e prestígio para a Lanvin que tem passado por um declínio há anos e tem tentado se relançar ano após ano. Sob a liderança de outros estilistas essa missão não foi cumprida, mas os executivos do grupo confiam muito em Peter e em seu trabalho.

Abalos

Ainda não se sabe que direção Peter irá tomar na Lanvin e a marca também não deu certeza quando voltará às passarelas. Eles já deixaram claro que não participarão da Semana de Moda de Paris em setembro.

Na última semana, muitas grifes anunciaram a despedida dos seus diretores criativos. Virginie Viard deixou a Chanel e não compareceu no seu último desfile na Semana de Alta-Costura. Pierpaolo Piccoli, deixou a Valentino e logo foi substituído por Alessandro Michele.

Alessandro Michele: confira os trabalhos mais icônicos do ex-diretor da Gucci

O grande estilista Alessandro Michele, de 51 anos e origem italiana, trabalhou por um longo período como diretor criativo a frente de uma das maiores e mais famosas grifes do mundo, a Gucci, e deixou suas impressões marcadas na memória de uma geração com seu esplendoroso desenvolvimento ao longo desse tempo.

Michele, não era apenas um grande cérebro por trás das icônicas coleções da Gucci. Por muitos anos ele foi o responsável por fazer ressurgir uma tendência a cada nova temporada, e revelar aos quatro cantos do planeta que a moda poderia ser muito mais do que apenas um estilo de se vestir. O estilista mostrou que a moda também poderia ser uma forma de cada ser humano expressar sua própria individualidade, mesmo em meio a coletividade, como também, poderia ser um viés para a inclusão social e cultural de uma população, por mais diversa que seja.


Alessandro Michele, ex-diretor criativo da Gucci, atualmente trabalha para a grife Valentino (Foto: reprodução/Michael Tran/Getty Images Embed)


Histórico sólido que precede a fama

Cercado por referências artísticas inspiradoras, Alessandro cresceu em um ambiente em que tudo indicava o caminho da moda, e no momento certo, ele embarcou de cabeça e frequentou a Academia di Costumi e di Moda, em Roma, para realizar seus sonhos.

O fim de uma era

Após uma extensa e bem-sucedida parceria com a Gucci, o estilista encerrou em 2022, o contrato com a grife italiana fundada por Guccio Gucci, e tomou a frente da direção criativa, da renomada marca Valentino, em abril de 2024.

Diferente e engajado

Comprometido com a expressividade individual, Michele quebrou padrões pré-estabelecidos pela sociedade ao longo de décadas, ao trazer as passarelas uma coleção sem gênero definido, apresentando a ideia de liberdade desvinculada de rótulos.


Coleção masculina Gucci Outono-Inverno 2015 (Foto: reprodução/VITTORIO ZUNINO CELOTTO/Getty Images Embed)


E não podemos esquecer da coleção que marcou o ano de 2015 com a sensação das Gucci slippers.


Coleção feminina Gucci Outono-Inverno 2015 (Foto: reprodução/Vittorio Zunino Celotto/Getty Images Embed)


Michele mais uma vez inovou em sua criação, com o desfile que apresentou um mundo de fantasia com seus visuais arrebatadores.


Coleção Gucci Outono-Inverno 2018 (Foto: reprodução/Victor VIRGILE/Getty Images Embed)


E para demonstrar o empenho do estilista italiano representando a Gucci, sobre o tema de liberdade de gênero, Michele e Harry Styles posaram no tapete vermelho do Met Gala de 2019, com looks ousados e totalmente fora dos padrões.


Met Gala 2019 – Michele e Harry Styles (Foto: reprodução/Kevin Tachman/MG19/Getty Images Embed)


Michele também trouxe à tona um tema de grande relevância social ao abordar acerca da saúde mental através do desfile da Gucci primavera-verão no ano de 2020.


Desfile da coleção Primavera-Verão 2020 (Foto: reprodução/Victor Boyko/Getty/MG19/Getty Images Embed)


E o que dizer da explosiva parceria entre Gucci e Balenciaga? Os diretores de criação Michele e Demna arrasaram com um desfile para lá de inesquecível.


The Hacker Project – 2021 (Foto: divulgação/Gucci)


E uma homenagem ao mundo do cinema e a presença de celebridades, é que não pôde faltar na passarela do estilista italiano, no ano de 2021.


Ator Macaulay Culkin em desfile Gucci Love Parade on November 2021 (Foto: reprodução/David Crotty/MG19/Getty Images Embed)


Em uma colaboração Gucci e Adidas, Michele mostrou que é possível unir bom gosto, estilo e conforto, que somente uma grife de luxo em parceria com a gigante do universo esportivo, podem proporcionar.


Desfile Gucci e Adidas – Outono-Inverno 2022 (Foto: Reprodução/Instagram/@imaxtree)


Desfile Primavera-Verão 2023 (Foto: reprodução/Daniele Venturelli /Getty Images Embed)


Para o desfile de sua despedida da Gucci, Alessandro apostou na apresentação de modelos gêmeos, para incitar na mente pessoas o pensamento reflexivo sobre temáticas mais profundas.

Walter Chiapponi deixa cargo de diretor criativo da Blumarine após 4 meses

Anúncio da contratação

No final do ano passado, precisamente em 2 de novembro, a marca italiana de pronto-a-vestir de luxo anunciou que o designer Walter Chiapponi iria assumir a posição de diretor criativo da mesma. Chiapponi já havia passado por diversas grifes reconhecidas mundialmente como Givenchy, Valentino, Gucci, Miu Miu, Tod’s e Bottega Veneta. Por isso, as expectativas estavam altas para sua estreia e próximas criações juntamente com a equipe da nova marca.


Walter Chiapponi (Foto: reprodução/ Getty Images Embed)


O diretor da Eccellenze Italiane, holding que a Blumarine faz parte, afirmou inclusive que estava confiante de que Walter teria sucesso na posição. Em suas palavras: “Com seu talento reconhecido internacionalmente e a sua excelente sensibilidade estilística, ele trará uma nova energia à Blumarine, ao mesmo tempo que honra a extraordinária herança da marca”. A estreia do diretor aconteceu na Semana de Moda de Milão em fevereiro de 2024.

Saída de Chiapponi

Porém, apesar das boas apostas para o futuro da colaboração, somente 4 meses após o anúncio da contratação e alguns dias depois da semana de moda, a saída do designer foi anunciada. A coleção apresentada em Milão no final de fevereiro foi um sucesso. Mas mesmo assim Walter optou por não continuar no cargo por motivos pessoais que detalhou em seu comunicado. 

Em sua rede social pessoal ele explicou porque tomou essa decisão. O ex-diretor criativo da Blumarine disse que a partir desse momento quer focar em novos projetos, agora em âmbito social e humanitário. E disse ainda que pretende retornar  às passarelas no momento oportuno. Marco Marchi agradeceu Walter Chiapponi por sua visão e empenho. “Estou grato ao Walter Chiapponi por colocar tanto de si nesta coleção, tem sido uma aventura incrível e desejo ao Walter tudo de bom para a continuação da sua jornada”, disse o diretor da Holding. 

Adrian Appiolaza estreia como diretor criativo no desfile da Moschino

Adrian Appiolaza assumiu a direção criativa da Moschino em janeiro deste ano e teve o primeiro desfile de sua coleção nesta quinta-feira (22), na semana de moda de Milão. Vale mencionar que Appiolaza assumiu o posto após o falecimento de Davide Renne.

Desfile de estreia de Appiolaza

No entanto, antes de Davide Renne, quem assumia o posto de direção criativa era Jeremy Scott. Após sua saída, em março do ano passado, Davide mal assumiu o cargo e morreu subitamente com apenas dez dias de trabalho, em novembro.

Oito dias antes da estreia oficial de Appiolaza, o novo diretor ainda não havia visto a coleção. Porém, ele revelou, em entrevista para a Vogue Brasil que levaria em conta os acontecimentos anteriores, aproveitando peças que já estavam prontas para uso.

Além disso, o diretor mostrou-se animado no pré-desfile, confessando que todas as manhãs abria os olhos e pensava em formas de poder “navegar” neste show. Adrian Appiolaza também expressou-se de maneira esperançosa com relação ao que está por vir: “[…] Sei que depois terei o tempo e os recursos necessários para dar o meu melhor. Mas por enquanto tive que usar os ingredientes que estavam aqui, não deu tempo de desenvolver novos”.

Com isso, Adrian afirma que foi preciso juntar tudo o que estava com ele para só então iniciar a construção de história dentro da Moschino, revelando que roupas que representam arquétipos ou ideias de moda fazem parte do que ele deseja transmitir.


Coleção assinada por Appiolaza (Foto: reprodução/Instagram/@Vogue)


Coleção assinada por Appiolaza (Foto: reprodução/Instagram/@Vogue)


Coleção assinada por Appiolaza (Foto: reprodução/Instagram/@Vogue)


Coleção assinada por Appiolaza (Foto: reprodução/Instagram/@Vogue)


Coleção assinada por Appiolaza (Foto: reprodução/Instagram/@Vogue)


Coleção assinada por Appiolaza (Foto: reprodução/Instagram/@Vogue)

Adrian demonstra gratidão por nova etapa

Durante entrevista, Adrian não deixou de elogiar os parceiros da moda ao longo de sua trajetória, já que essa é a primeira coleção assinada por ele desde sua formação na Central Saint Martins, em 2002, dizendo que aprendeu muitas coisas importantes com todos. Vale mencionar que Appiolaza trabalhou com grandes designers, como por exemplo Alexander McQueen, que já desenhou roupas para inúmeras famosas como Beyoncé, Rihanna e Fergie e sucedeu John Galliano na maison Givenchy, além de Miuccia Prada (Miu Miu) e Marc Jacobs (Louis Vuitton).

O estilista transpira gratidão ao falar também sobre a Moschino, dizendo que se sente emocionado por estar em uma empresa na qual muitas pessoas trabalharam com o próprio Franco Moschino, principalmente pelo fato de trabalhar na mesma mesa em que o italiano trabalhava. Entretanto, ele afirma que seu objetivo principal é mantê-lo como centro e permanecer nos bastidores, visando assim que Moschino seja sempre o personagem principal. 

Matéria por: Maria Stephany/Lorena R7