Neatnyahu critica países que reconhecem o Estado da Palestina

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, fez um discurso duro na ONU nesta sexta-feira (26), criticando países ocidentais que decidiram reconhecer o Estado da Palestina. Para ele, essa atitude equivale a transmitir a mensagem de que “matar judeus compensa”. A fala foi uma reação direta ao movimento diplomático de nações como França, Reino Unido, Austrália e Canadá, que optaram por apoiar oficialmente a independência palestina em meio à guerra prolongada em Gaza.

Netanyahu afirmou que não haverá reconhecimento de um Estado palestino por parte de Israel, reforçando a posição de seu governo após os ataques de 7 de outubro de 2023, quando militantes do Hamas mataram cerca de 1.200 pessoas em território israelense. A ofensiva de resposta já deixou mais de 65 mil mortos em Gaza, segundo autoridades locais.

Diplomatas de outros países saíram antes do discurso de Netanyahu

O clima na Assembleia Geral foi tenso. Vários delegados deixaram o salão quando Netanyahu subiu ao palco, enquanto outros o aplaudiram de pé. O premiê acusou líderes mundiais de cederem à pressão de uma mídia parcial e de grupos extremistas, mas afirmou que, nos bastidores, muitos agradecem aos serviços de inteligência de Israel.

Durante seu discurso, Netanyahu também enviou uma mensagem direta aos reféns ainda mantidos em Gaza, garantindo que Israel não os esqueceu e que continuará tentando trazê-los de volta. Ele contou que instalou alto-falantes na fronteira para que suas palavras pudessem ser ouvidas dentro do enclave palestino.


Antes de Netanyahu começar o discurso, diversas delegações saíram do salão da ONU (Vídeo: Reprodução/X/@siteptbr)


Prometeu reforçar a guerra no Oriente Médio

O primeiro-ministro disse estar comprometido em manter a guerra até a destruição completa do Hamas, mas enfrenta críticas internas de famílias dos reféns e de parte da opinião pública israelense, cansada do conflito. Mesmo assim, segue contando com o apoio dos Estados Unidos, que reforçam o veto a uma adesão plena da Palestina à ONU.

Paralelamente, o presidente palestino Mahmoud Abbas agradeceu aos países que reconheceram o Estado palestino e defendeu que sua autoridade assuma o controle de Gaza no pós-guerra, sem a presença do Hamas. Já Donald Trump, aliado de Netanyahu, declarou que não permitirá a anexação da Cisjordânia, sinalizando possíveis tensões no próximo encontro entre os dois líderes.

Trump acusa sabotagem na ONU por problemas técnicos e exige investigação

Na última quarta-feira (24), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, utilizou sua rede social, a Truth Social, para cobrar investigações por supostas sabotagens durante sua participação na Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque.

Através da rede social, o presidente americano enfatizou os “três eventos muito sinistros” que teriam acontecido com ele em sua aparição no local. Ele classificou os ocorridos como “vergonhosos” e informou que enviou uma carta ao secretário-geral do Órgão enfatizando o envolvimento do Serviço Secreto dos EUA. 

Supostas sabotagens

 Na terça-feira (23), quando Donald Trump fez seu discurso no salão oval da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), o republicano disse ter sido alvo de supostas sabotagens que, segundo ele, teriam ocorrido em três momentos distintos. 

O primeiro deles, segundo acusações feitas pelo presidente americano através de sua conta na Truth Social, teria sido no momento em que a escada rolante que levava ele e sua esposa, Melania Trump, ao andar principal dos discursos “parou bruscamente”. 

“É incrível que Melania e eu não tenhamos caído de cara”, escreveu Trump na rede social. O republicano ainda enfatizou que o desligamento da escada rolante teria sido forçado e que as pessoas que fizeram isso deveriam ser presas. 


Trump chegou a improvisar durante seu discurso na Assembleia Geral e falou sobre falha de funcionamento da escada rolante que levava ele à primeira-dama para o salão oval (Foto: reprodução/ Michael M. Santiago/Getty Images Embed)


Além disso, o presidente dos EUA disse que seu teleprompter parou de funcionar enquanto lia seu discurso no salão oval da Assembleia Geral da ONU. “[…] estava diante de uma multidão de milhões de pessoas em todo o mundo, na televisão e líderes importantes no hall, meu teleprompter não funcionou”, escreveu. 

Por fim, a última reclamação do republicano ficou para uma suposta falha de seu microfone enquanto lia o discurso. Segundo ele, as pessoas presentes no auditório do evento só passaram a escutar o que dizia o presidente americano 15 minutos depois do início de sua fala. 

Resposta da ONU

A Organização das Nações Unidas (ONU) se pronunciou após as acusações feitas pelo presidente americano. Sobre a falha na escada rolante, a ONU afirmou que um profissional da Casa Branca, responsável pelas filmagens do presidente americano no evento, teria subido os degraus de costas para filmar a chegada dele e da primeira dama e, ele poderia ter acionado, sem querer, um mecanismo de segurança que para o funcionamento da escada ao atingir o topo. 

Além disso, sobre a falha no teleprompter, a Organização emitiu um comunicado esclarecendo que o comando do equipamento que projetava o discurso de Trump estava sendo operado pela Casa Branca. 

Lula cita condenação de Bolsonaro e critica sanções dos EUA em discurso na ONU

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva citou a condenação de Bolsonaro na ONU durante seu discurso de abertura da Assembleia Geral nesta terça-feira (23), em Nova York. Ele também criticou as sanções impostas pelos Estados Unidos e reiterou a necessidade de medidas de regulação das redes sociais. Segundo o presidente, o episódio marca um momento sem precedentes na história política do país.

Na ONU, Lula destaca condenação de Bolsonaro e autonomia das instituições

Em sua fala, Lula mencionou a recente decisão do Supremo Tribunal Federal que condenou Jair Bolsonaro a 27 anos de prisão por liderar uma tentativa de golpe de Estado. Além disso, segundo o presidente, o julgamento representa um marco para o Brasil e, ao mesmo tempo, reforça que as instituições têm cumprido seu papel de forma independente. O chefe do Executivo também destacou que o episódio serve como alerta para a importância da responsabilidade de todos os líderes políticos e da observância das leis brasileiras.

Há poucos dias, e pela primeira vez em 525 anos de nossa história, um ex-chefe de Estado foi condenado por atentar contra o Estado Democrático de Direito. Falsos patriotas arquitetam e promovem publicamente ações contra o Brasil. Não há pacificação com impunidade”, declarou Lula, ressaltando que a punição foi resultado de um processo com amplo direito de defesa.


Lula discursa na Assembleia Geral da ONU em Nova York (Vídeo: reprodução/X/GloboNews)

Lula critica sanções dos EUA em discurso na ONU sobre Bolsonaro

O presidente também usou a tribuna para criticar diretamente as sanções econômicas impostas pelo governo norte-americano como resposta às investigações e ao julgamento de Bolsonaro. De acordo com Lula, tais medidas são arbitrárias e atingem não apenas o governo, mas a própria população brasileira.

Não há justificativas para as medidas unilaterais e arbitrárias contra as nossas instituições e nossa economia. Mesmo sob ataque sem precedentes, o Brasil optou por resistir e defender sua democracia reconquistada há 40 anos”, destacou.

Dessa forma, Lula buscou transmitir a ideia de que o país não cederá a pressões externas.


Lula discursa na Assembleia Geral da ONU em Nova York (Vídeo: reprodução/X/GloboNews)

Regulação digital gera polêmica internacional

Outro ponto central do discurso foi a defesa da regulação das redes sociais. Lula criticou a atuação das plataformas digitais, que, segundo ele, facilitam campanhas de desinformação e ataques à democracia. Além disso, afirmou que a resistência à regulação parte de setores que buscam proteger interesses particulares.

Ataques a medidas de controle sobre as plataformas servem para encobrir interesses escusos. Não se trata de censura, mas de proteger a vida das pessoas”, disse Lula.

No entanto, a fala gerou reação imediata nos bastidores diplomáticos, pois alguns países consideraram a proposta uma ameaça à liberdade de expressão. Com isso, tornou-se um dos pontos mais polêmicos da participação do presidente na ONU.

Lula encerrou seu discurso reforçando a disposição do Brasil em participar ativamente de debates globais sobre governança digital e cooperação internacional. Ele destacou que, apesar das tensões recentes, o país busca soluções equilibradas que garantam transparência, segurança e responsabilidade no uso das plataformas digitais.

Nikolas Ferreira é condenado por discurso considerado transfóbico 

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal, condenou o deputado Nikolas Ferreira, na data de ontem, terça-feira (29), a pagar multa de R$ 200 mil reais em favor da comunidade trans. A decisão refere-se ao discurso feito pelo parlamentar em 2023, na Câmara dos Deputados.

Proferida pela juíza de direito, Priscila Faria da Silva, lotada na 12ª Vara Cível, em Brasília, a sentença destaca que o deputado federal promoveu discurso de ódio, excedendo a liberdade de expressão:

“(Constitui) verdadeiro discurso de ódio, na medida em que descredibiliza a identidade de gênero assumida pela população transexual e insufla a sociedade a fazer o mesmo.”

Na decisão, que cabe recurso, a juíza enfatiza que as declarações do deputado dizem respeito a “uma coletividade social vulnerável” e que a imunidade parlamentar não pode ser usada para fundamentar irresponsabilidades.

Sentença anterior

Esta condenação atual figura na esfera cível e a ação foi promovida por representantes da comunidade LGBTQIAP +. Anteriormente, em 2024, o Ministro do STF André Mendonça arquivou o processo na área criminal, contra Nikolas Ferreira, pelo mesmo discurso.

À época, o Ministro Mendonça informou que o deputado possui imunidade parlamentar e que caberia à Câmara dos Deputados verificar se houve ou não quebra de decoro.

O discurso

Em meio às comemorações do Dia Internacional da Mulher, em 08 de março (2023), o deputado federal Nikolas Ferreira, subiu ao plenário da Câmara dos Deputados e vestiu uma peruca loira. Alegando “sentir-se mulher” e autodeclarando-se como “deputada Nikole”, o parlamentar fez declarações referentes à comunidade trans.

O deputado, em sua fala, declarou que as mulheres estavam “perdendo espaço para homens que se sentiam mulheres”. Ainda, segundo o parlamentar, isso configura um perigo, uma vez que existe uma imposição que não condiz com a realidade.


Discurso do deputado federal Nikolas Ferreira, em 2023, no plenário da Câmara dos Deputados (Vídeo: reprodução/YouTube/@OAntagonista)

A cena protagonizada pelo deputado visava provocar parlamentares da esquerda política, sobretudo a bancada feminina, uma vez que, segundo o deputado, ele “não teria direito de fala” sobre as comemorações por não ser mulher.

Resposta do Deputado

Após saber da condenação, o deputado Nikolas Ferreira utilizou suas redes sociais para comentar sobre o assunto. Conforme o parlamentar, ele foi condenado por usar uma peruca e ter dado a opinião dele.


Publicação do deputada Nikolas Ferreira (Foto: reprodução/X/@nikolas_dm) 

Nos comentários, seguidores e simpatizantes propõem realizar uma “vaquinha online” para pagar a multa imposta ao deputado pela justiça.

A Aliança Nacional LGBTI+, uma das associações representante da comunidade trans, também utilizou suas redes sociais para divulgar a condenação de Nikolas Ferreira.

As demais partes do processo e a deputada federal Erika Hilton, uma das interessadas na ação, até a manhã desta quinta-feira, não haviam se manifestado sobre o assunto.

Kamala Harris chama Trump de “tirano mesquinho” em discurso

A poucos dias da eleição americana de 2024, marcada para dia 5 de novembro, Kamala Harris apresentou suas críticas finais a Donald Trump, o candidato republicano. A candidata o acusou de ser uma pessoa instável, vingativa e sedenta de poder. A fala ocorreu em discurso realizado nesta terça-feira (29), em um palco de extrema importância para a história da democracia norte-americana: o parque The Ellipse, onde em 6 de janeiro de 2021, apoiadores de Trump invadiram o Capitólio, alegando fraude nas eleições de 2020, quando Joe Biden se tornou presidente.

A fala de Kamala

O discurso final da candidata democrata serviu como um lembrete do evento de quatro anos atrás.“Olhem, nós sabemos quem é Donald Trump. Ele é a pessoa que esteve exatamente neste mesmo lugar, quase quatro anos atrás, e enviou uma multidão armada ao Capitólio dos Estados Unidos para reverter a vontade do povo em uma eleição livre e justa”, disse Kamala ao iniciar sua fala.

A candidata foi muito vocal em suas críticas ao rival durante toda a campanha, dizendo que um segundo mandato de Trump seria um retrocesso à democracia. A candidata pede que os eleitores rejeitem Trump, a quem chama de “tirano mesquinho”. Kamala argumenta que as liberdades fundamentais conquistadas à custa de vidas americanas há 250 anos não deveriam ser renunciadas e que não deveriam ser submetidas à vontade de outro comando tirânico. 


A candidata democrata à presidência teceu duras críticas às propostas republicanas e à Donald Trump (Foto: Reprodução/Brandon Bell/Getty Images embed)


Kamala também teceu duras críticas às propostas de Trump. A candidata mencionou sua própria visão de união nacional, que contrasta com a do republicano. “Diferente de Donald Trump, eu não acredito que pessoas que discordam de mim sejam inimigas. Ele quer colocá-las na prisão. Eu lhes darei um lugar à mesa”, disse a candidata. Kamala também declarou que a proposta econômica de Trump sobre um novo pacote de impostos para bilionários impactaria as famílias de classe média, alegando que o custo desta proposta aumentaria o gasto anual delas em cerca de U$4 mil.

Outro ponto enfatizado no discurso foi o da segurança nacional e fortalecimento das relações internacionais com aliados. Kamala afirmou que Trump despreza os heróis da nação e que se rende com facilidade a Vladimir Putin e Kim Jong-Un, notórios líderes autoritários. Ela usou a oportunidade para prometer um pulso firme e comprometimento com a segurança dos americanos, defendendo a “liberdade ao redor do mundo”.

O discurso da democrata atraiu uma multidão para o parque de Washington, com o público se estendendo até o obelisco de National Mall. A campanha espera que este evento possa ter ajudado a dissuadir eleitores dos estados decisivos, especialmente aqueles que ainda não decidiram em quem votar.

A plataforma de Kamala Harris

A candidata democrata apresentou durante sua campanha contrastes com o candidato rival. De acordo com os dados, ambos os candidatos estão tecnicamente empatados, fazendo com que esses últimos eventos sejam decisivos para as eleições presidenciais. Kamala tenta se conectar com os cidadãos norte-americanos insatisfeitos com o governo Biden, apresentando-se como uma representante da “nova geração” de liderança. A candidata diz que sua presidência será diferente e que o principal desafio será reduzir os custos, que subiram desde o período da pandemia.

Um dos pontos mais importantes das promessas de campanha de Kamala é restaurar o direito ao aborto nacionalmente. A candidata critica a Suprema Corte, que foi moldada por Trump, afirmando que o ex-presidente tem intenções não apenas de abolir esse direito para todos os 50 estados americanos, mas também de restringir acesso a métodos contraceptivos e monitorar a gravidez das mulheres. Se eleita, ela garantiu que as cidadãs norte-americanas terão liberdade reprodutiva sob seu mandato.

Lula clama por ação imediata contra a crise climática no BRICS

Nesta quarta-feira(23), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, por meio de videoconferência, da importante reunião presidencial da Cúpula do Brics, que aconteceu em Kazan, na Rússia. Lula tinha a intenção de comparecer ao evento presencialmente, no entanto, ele foi forçado a cancelar a viagem internacional no último sábado (19), após sofrer uma queda no banheiro do Palácio da Alvorada. Esse incidente resultou em um ferimento em sua nuca, necessitando de cinco pontos para a sutura.

Durante a cúpula, o presidente brasileiro fez um discurso breve, com uma duração de pouco mais de sete minutos, dirigindo-se aos líderes dos países membros do Brics. Seu discurso foi precedido pela fala do presidente do Egito, Abdul Fatah Khalil Al-Sisi, e seguido pelo presidente da Etiópia, Taye Atske Seto. A reunião foi coordenada pelo presidente russo, Vladimir Putin, que atualmente ocupa a presidência rotativa do bloco.


Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Reprodução/Hugo Barreto/metrópoles)

Discurso

Lula enfatizou que o Brics é um “ator incontornável” na realização das metas globais estabelecidas pelo Acordo de Paris, que visam limitar o aumento da temperatura média global a, no máximo, 1,5 ºC em comparação com os níveis pré-industriais.

O presidente ressaltou que a maior responsabilidade recai sobre os países desenvolvidos, cujas emissões históricas desencadearam a crise climática que enfrentamos atualmente. Ele destacou a necessidade de ir além dos 100 bilhões de dólares anuais que foram prometidos e não cumpridos, além de reforçar as medidas de monitoramento dos compromissos assumidos nessa área.

Lula também declarou que, durante a presidência do Brasil no Brics, buscará reforçar o papel do bloco na promoção de um mundo multipolar e na redução das assimetrias nas relações entre os países. Ele defendeu a ampliação do acesso a tecnologias, como vacinas e inteligência artificial, para nações mais pobres.

Ele também elogiou o trabalho do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), atualmente liderado por Dilma Rousseff, e enfatizou a importância de discutir, com seriedade e solidez técnica, a criação de métodos alternativos de pagamento para transações entre os países do bloco.

Negociação de paz

O presidente brasileiro reiterou suas críticas à resposta militar de Israel nos confrontos contra o Hamas e o Hezbollah, enfatizando que é “crucial” o início de negociações de paz. Em sua intervenção diante do presidente russo Vladimir Putin, Lula também mencionou o conflito entre a Ucrânia e a Rússia, mas não condenou a invasão de maneira tão enfática quanto o fez ao descrever a Faixa de Gaza como o “maior cemitério de crianças e mulheres do mundo”.

Erdoğan faz discurso contra EUA por ajuda a Israel

O presidente da Turquia Tayyip Erdoğan, acusou nesta quinta-feira (11), em entrevista ao Newsweek, o presidente dos Estados Unidos Joe Biden e membros de seu governo, de serem cúmplices de possíveis crimes contra civis cometidos por Israel desde que iniciou a ofensiva contra o grupo militar palestino, Hamas, na Faixa de Gaza.

Erdoğan criticou a administração do governo Joe Biden, afirmando que eles apoiam as supostas violações do direito internacional por Israel na Faixa de Gaza. Ele endureceu seu discurso ao acusar o exército israelense de cometer assassinatos brutais contra civis.

Pontos-chave da entrevista

O presidente turco está em Washington para a cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), em comemoração do aniversário de 75 anos da aliança. Ele concedeu uma rápida entrevista à Newsweek e fez duras acusações à ajuda dos Estados Unidos para Israel neste conflito contra o Hamas.

Erdoğan chamou os ataques do exército de Israel a hospitais, escolas e centros de ajuda a civis, de assassinatos brutais e os denominou como crimes de guerra.

Ao comentar sobre a ajuda do Governo de Joe Biden, que fornece armas para o exército de Israel, ele chamou a administração dos Estados Unidos de cúmplices de todas as possíveis violações do direito internacional.

Concluindo, Erdoğan fez um questionamento sobre possíveis sanções a Israel devido aos ataques a civis na Faixa de Gaza. Segundo o presidente turco, nenhum país do ocidente está levantando tal questão e permanecem de olhos fechados para a situação em Gaza.


Joe Biden e Erdogan se cumprimentam (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Beata Zawrzel/NurPhoto)


Israel responde

O governo israelense nega qualquer acusação de violação do direito internacional ou de cometer crimes de guerra no conflito contra o Hamas. Referente ao ataque aos civis, o exército afirma que faz as averiguações internas necessárias.

Desde o início do conflito em 07 de outubro de 2023, entidades não-governamentais e a Cruz Vermelha afirmam que mais de 38 mil palestinos, de maioria civis inocentes, foram mortos.

Vários países acusam Israel de cometer crimes de guerra, entre eles o Brasil. Todas as propostas de cessar-fogo enviadas para as partes envolvidas no conflito foram negadas, e não existe no momento perspectiva para retirada do exército de Israel da Faixa de Gaza.

Matéria por Mauricio França (Lorena R7)

Lula volta a defender exploração da margem equatorial

Durante evento envolvendo investidores no Rio de Janeiro, ocorrido nesta quarta-feira (12), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender a exploração de petróleo na margem equatorial, que fica localizado nas regiões norte e nordeste.

A medida já foi, várias vezes, alvo de críticas pelos ambientalistas. Os especialistas observam que a iniciativa pode gerar um perigo a biodiversidade e a região Amazônica.

“A hora que começarmos a explorar a chamada margem equatorial, eu acho que a gente vai dar um salto de qualidade extraordinária. Queremos fazer tudo legal, respeitando o meio ambiente, respeitando tudo, mas nós não vamos jogar fora nenhuma oportunidade de fazer esse país crescer”, disse Lula em seu discurso no evento FII Priority.


Presidente Lula durante seu discurso em um evento no Rio de Janeiro (Foto: reprodução/CNN Brasil)

A exploração da margem equatorial

Desde meados de setembro do ano passado, Lula vem apresentando alegações sobre o assunto e se posicionado a favor da exploração. A questão dentro do governo divide opções, inclusive, uma parte da ala ambiental é contra essa ideia.

A Margem Equatorial abrange todo litoral brasileiro do Rio Grande do Norte até o Amapá, passando pelas bacias hidrográficas da foz do Rio Amazonas, Barreirinhas, ceara dentre outras. Sua extensão chega a ser mais de 2.200 km.

Segundo um estudo feito pela Petrobrás em 2023, a exploração no local pode render até 5,6 bilhões de barris de óleo. Vale ressaltar que a atual presidente da estatal, Magda Chambriard é a favor de explorar a região da Margem Equatorial.

O Brasil deve receber mais investimento verde

Ainda durante seu discurso, o presidente Lula comentou que o Brasil quer receber mais investimento para uma transição energética. O presidente ainda citou, como exemplo contra as mudanças climáticas, os investimentos em carros elétricos.

Em alguns momentos, Lula destacou que deseja contar com a Arábia Saudita para apoiar e ajudar a desenvolver o Brasil. O país foi escolhido pela Conferência das Nações Unidas de forma unânime como a sede da próxima COP. A COP 30 será realizada em novembro de 2025, na cidade de Belém.

Papa Francisco não consegue realizar discurso devido à bronquite

Papa Francisco, conhecido não apenas pelo público religioso, precisou pedir ao seu assessor para fazer a leitura de um discurso durante uma cerimônia nesse sábado, (02).

Para quem não sabe, o Papa está sofrendo com bronquite e sintomas de gripe, devido a este motivo, teve dificuldade para realizar a leitura. O discurso tradicionalmente realizado pelo Papa precisou ser realizado pelo assessor na cerimônia de abertura do ano judicial do tribunal do vaticano.

Papa explica por que não conseguiu fazer o discurso

Francisco fez questão de explicar o que aconteceu e disse com suas palavras:

“Eu preparei um discurso, mas, como vocês podem ver, não estou conseguindo lê-lo devido à bronquite. Pedi ao Monsenhor (Filippo) Ciampanelli que o lesse para mim”, disse o Papa já com a voz rouca e cansada.

O esclarecimento do Papa tranquilizou os fiéis, que estranharam a forma como ele chegou e o fato de não ter realizado o discurso como de costume.


Papa Francisco acenando (Foto: reprodução/site/exame.com)

Francisco teve problemas de saúde recentemente

O papa, que tem 87 anos, passou por uma série de cuidados. Na última quarta-feira, o mesmo foi a um hospital para realizar exames com sintomas de resfriado. O papa teve que fazer o cancelamento da sua viagem onde iria para a “COP28” que foi realizada em Dubai no início de dezembro de 2023, tinha sido diagnosticado com resfriado e, por consequência, o mesmo teve problemas nos pulmões.

Vale lembrar que, ainda jovem, Francisco removeu parte de seus pulmões. O sacerdote serve atualmente como bispo de Roma e soberano do Estado da Cidade do Vaticano, além de ser o primeiro papa a ser membro da Companhia de Jesus (Jesuítas).

Ao longo de sua vida pública e religiosa, o Papa Francisco se destacou por sua humildade, ênfase na misericórdia de Deus, visibilidade internacional como papa, preocupação com os pobres e compromisso com o diálogo inter-religioso. Com seu jeito de ser, o papa conquistou muitas pessoas, por isso a preocupação. Na cerimônia que foi realizada nessa catequese, Francisco chegou de cadeira de rodas causando um receio nas pessoas e o próprio pediu desculpas por não ter voz suficiente para dar continuidade. Devido a isso, quem acabou fazendo a fala foi o monsenhor Filippo, da Secretaria de Estado. “Continuo um pouco de resfriado”, explicou o papa.