Celebridades como Beatriz Reis, Gkay, Aline Wirley e Astrid Fontenelle se unem a Ju Ferraz para celebrar a diversidade em São Paulo

Durante o último sábado (8), diversas celebridades e personalidades participaram da 4ª edição do B.O.D.Y., movimento autoaceitação idealizado por Ju Ferraz e Carol Veras, que incentiva a quebra de padrões e celebra a liberdade plena da mulher. O momento, repleto de talks inspiradores e carregados de muito propósito, aconteceu no Hotel Unique, em São Paulo. 

 

Nomes como Aline Wirley, Luiza Possi, Pequena Lo, Camilla de Lucas, Gkay, Alane Dias, Beatriz Reis, Mari Gonzalez, Julia Faria, Mileide Mihaile, Cris Vianna, Letícia Colin, Bela Gil, Flora Gil, Jude Paulla, Letticia Munniz, Giulia Costa, Mari Bridi, Priscila Pereira, Irina Cordeiro, Cris Guterres, Maria Prata, Giovana Cordeiro e mais personalidades passaram pelo evento.

 

Em 2025, o evento homenageou Preta Gil com o ‘Prêmio Preta Gil Para Vozes Que Transformam Gerações’, que contou com quatro categorias, sendo uma delas dada a cantora e atriz Pepita e outra para a apresentadora e jornalista Astrid Fontenelle. A iniciativa inédita foi desenvolvida para celebrar o legado inspirador e de transformação deixado pela cantora. 

 

Confira os cliques do momento:



Fendi celebra legado e reforça diversidade em desfile histórico

A Fendi abre mais um capítulo de sua história centenária com a apresentação da nova coleção feminina assinada por Silvia Venturini Fendi, que permanece à frente das criações enquanto o sucessor de Kim Jones ainda não é anunciado. Fiel à tradição de reunir nomes consagrados e revelações em ascensão, a maison italiana reuniu na passarela um casting de impacto, capaz de traduzir tanto a força de sua herança quanto a relevância contemporânea da marca.

Entre os destaques, a pluralidade de gerações foi evidente: modelos como Bethany Nagy e Chantall McCann dividiram espaço com rostos que conquistaram o público jovem nas redes sociais, como Alex Consani, Amelia Gray e Gabbriette. Ao mesmo tempo, ícones que marcaram décadas da moda, entre eles Karen Elson, Mariacarla Boscono, Natasha Poly, Edie Campbell e Adwoa Aboah, reforçaram a conexão da Fendi com sua própria trajetória de vanguarda.

Passarela promove representatividade

Em um momento em que o mercado da moda ainda apresenta sinais de retrocesso na representatividade, a Fendi caminhou em sentido oposto ao incluir modelos que ampliam a narrativa da diversidade. Paloma Elsesser e Devyn Garcia foram presenças marcantes, lembrando que a pluralidade de corpos não deve ser exceção, mas parte essencial da construção estética atual. Essa decisão, mais do que simbólica, aponta para um esforço consciente da maison em abraçar identidades variadas, reforçando que a beleza não está em padrões únicos, mas na multiplicidade de formas, histórias e experiências.


Desfile Fendi (Foto: reprodução/Daniele Venturelli/Getty Images Embed)


Ao abrir espaço para essa representatividade, a grife italiana envia uma mensagem clara ao setor: a moda deve refletir a sociedade em sua totalidade, e não apenas reproduzir estereótipos. Nesse sentido, o desfile da Fendi se destaca como um manifesto visual de inclusão, sem perder o refinamento característico de sua identidade.

Herança de cem anos inspira futuro

Completando cem anos em 2025, a Fendi não apenas celebrou sua tradição como também lançou sinais de continuidade e renovação. O desfile deixou claro que a marca enxerga sua herança como base sólida para experimentar novas linguagens, equilibrando códigos clássicos com olhares frescos. Sob a direção de Silvia Venturini Fendi, o espírito da maison se mantém vibrante, sem abrir mão da sofisticação que a tornou referência no cenário global.


Desfile Fendi (Foto: reprodução/Estrop/Getty Images Embed)


Assim, o mais recente desfile reafirma a relevância da Fendi no presente e projeta sua permanência no futuro, em sintonia com os movimentos culturais e sociais que moldam a moda. Mais do que uma simples celebração estética, a apresentação se consolidou como uma vitrine de intenções: valorizar a tradição, dialogar com a atualidade e, sobretudo, propor caminhos para os próximos anos. Ao investir em diversidade, em múltiplas gerações de modelos e em uma narrativa que une inovação e memória, a maison demonstra que não se limita a acompanhar tendências, mas busca antecipá-las.

Entenda o que é o “DEI”, programa de diversidade suspenso por Trump

No dia de posse de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos (20), uma das primeiras medidas tomadas pelo chefe de estado foi suspender os funcionários de setores públicos destinados a políticas de diversidade e inclusão.

O conjunto destas iniciativas que promovem a contratação de pessoas sub-representadas, ou que tenham sofrido discriminação é conhecido como DEI. O afastamento foi do tipo “licença administrativa remunerada”, que significa que eles serão suspensos, mas por enquanto manterão seus salários.


Trump diz que as iniciativas do DEI não fazem sentido em discurso no Fórum Econômico Mundial (Foto: reprodução/Youtube/Associated Press)

Como funciona o DEI?

Estes setores incluem políticas de contratação e promoção, auditorias sobre equidade salarial, programas de mentoria e estágio, eventos sociais do empregador para o empregado e outros fatores.

De acordo com o governo estadunidense, programa é dividido em três pilares:

  • Diversidade: Presença das diferenças nas dimensões da identidade humana. Dimensões de diversidade podem incluir raça, idade, sexo, identidade de gênero, expressão de gênero, deficiências, crenças religiosas, orientação sexual, etinia, origem nacional, status imigratório, cidadania, status socioeconômico, linguagem, perspectiva política entre outros fatores.
  • Equidade: É a justa alocação de recursos, acesso e oportunidades de forma que as pessoas tenham o que precisam para ter sucesso, crescimento, contribuição e serem representadas em todas as camadas da sociedade. Equidade não se refere a providenciar recursos idênticos a todos os cidadãos, mas é sobre distribuir recursos e oportunidades baseadas nas necessidades de cada um.
  • Inclusão: É o constante esforço de assegurar que as diversidades individuais tenham o mesmo acesso de qualquer um, além de envolvimento na comunidade e tomada de decisões. Como uma ação, a inclusão engloba o acolhimento, suporte, respeito e valorização de diversidades individuais e de grupo por suas únicas contribuições e perspectivas, enquanto assegura que ninguém seja excluído da participação com dignidade.

As empresas têm focado no aumento da diversidade durante as últimas décadas. No entanto, estas políticas cresceram consideravelmente após o movimento “Black Lives Matter”, criado em 2020 após diversos casos de abuso e violência policial contra pessoas negras.

Práticas do DEI

As políticas do DEI podem incluir anúncios de oportunidades apenas para grupos minoritários, como vagas dedicadas exclusivamente a mulheres ou pessoas negras, por exemplo. Além disso, o pilar da equidade tenta garantir que as empresas eliminem preferências por candidatos por terem frequentado universidades de elite.

Assim, o objetivo principal é garantir que todos os indivíduos tenham iguais condições de receber oportunidades, de forma que não dependa de fatores externos às próprias habilidades dos candidatos. Além disso, o programa também foca em diversificar as alteridades em todos os cargos corporativos e públicos.

Rock in Rio 2024: Brasilidade é resgatada pela performance de artistas em “Pra sempre MPB” no Palco Mundo

Um encontro inédito de grandes artistas brasileiros da MPB abrilhantou o Palco Mundo na noite deste sábado (21). Foi um momento especial para celebrar a nossa música e inspirar transformações que possam contribuir para a construção de um mundo melhor.

Dia dedicado ao Brasil coloca o país de frente para o espelho

O icônico cantor de “Secos e Molhados” abriu o show, cantando em ritmo suave. “Poema”, “Balada do louco” e “Pro dia nascer feliz” foi o repertório escolhido por Ney Matogrosso. Ao som dessas canções, um telão em formato de bandeira do Brasil projetava imagens brasileiras da fauna, flora, indígenas e negros com suas culturas, rios, mares e queimadas, lembrando que o país está em chamas.


Zeca Baleiro faz homenagem a Charlie Brown Jr (Vídeo: reprodução/Instagram/@gshow)


“Heavy metal do senhor”, “Proibida para mim” e “Telegrama” foram apresentadas por Zeca Baleiro com sua voz peculiar.  Zeca chamou Gaby Amarantos, que entrou segurando uma bandeira do Brasil, em um look mega extravagante. A paraense, com seu estilo tecno-brega, reforçou a importância do empoderamento feminino. Ao som de “Ex mai love”, a plateia foi ao delírio. Inesperadamente, Majur entrou cantando “Xirley” com Gaby. A parceria foi aplaudida pelos fãs.


Majur e Gaby Amarantos em perfeita sincronia (Vídeo: Reprodução/Instagram/@rockinrio/youtube)


 

A inclusão das minorias vem ganhando espaço

Majur enfatizou a importância daquele momento. Ela jamais poderia imaginar que um dia estaria naquele palco, e salientou a importância de não desistir dos sonhos. Enquanto cantava “Andarilho”, o público ligou a lanterna do celular, e o que se viu foi um céu estrelado na plateia.   A artista também tocou piano, enquanto cantava “Amarelo”.  A arte de Majur reflete uma jornada de autodescoberta e empoderamento. Ela tornou-se um ponto de inspiração na luta pela visibilidade e respeito às pessoas trans.  

O grupo Baianasystem encheu a cidade do rock com som de tambores, característico da musicalidade soteropolitana.  A banda é conhecida por fazer uma mix singular e inovador de ritmos, refletindo a diversidade cultural do Brasil

Uma das maiores interações com a plateia foi feita por Carlinhos Brown. Passeando pelo universo do samba, ligado ao axé e representante da MPB, o cantor escolheu um repertório bem eclético. Saiu de “Seu Zé” e “Uma brasileira”, indo parar em “Já sei namorar”. Ele cantou à capela “Água mineral” com a plateia. A empolgação foi tanta que parecia carnaval.


Daniela Mercury performando “O Canto da Cidade” no Rock In Rio (Vídeo: Reprodução/Instagram/@rockinrio/@danielamercury)


Daniela Mercury, que era a sensação da noite, entrou após uma pausa, o que quebrou, um pouco, o ritmo. Ela e os músicos estavam todos vestidos de branco. O visual e o ritmo musical reportavam à cena de religiões de matriz africana. A rainha do axé cantou sucessos inesquecíveis como “Rapunzel”, “Maimbê dandá”, “Swing da cor”, “Nobre vagabundo”. Ao cantar “Macunaíma”, Daniela lembrou a “Antropofagia”, manifestação artística brasileira.

A proposta “Para sempre MPB”, explorando elementos que compõem a identidade brasileira, foi entregue. Os cantores trouxeram para o palco, canções que refletem a diversidade cultural e histórica do país. No entanto, faltou interação entre os artistas. Apenas Majur e Gaby, Majur e Baianasystem cantaram juntas. Houve um vácuo entre Baianasystem e Carlinhos, e entre Carlinhos e Daniela. Talvez, o problema tenha sido o atraso que houve neste penúltimo dia de festival.

Desfile de moda na cerimônia de abertura da Olimpíada tem como tema Boate

A cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos também trouxe um toque de moda, com um desfile de jovens designers franceses.

O evento apresentou uma variedade de estilos, incluindo um macacão nas cores da bandeira da França, oferecendo um show de moda bastante diversificado.


Desfile durante a abertura (Foto:Reprodução/Getty Images Embed/Alex Broadway)


Estilo e diversidade no Rio Sena

Enquanto as embarcações navegavam pelo rio Sena, transportando atletas de várias nações para a competição, a Ponte D’Iéna transformou-se em uma vasta passarela.

Até o último momento, o local foi palco de um desfile de moda com criações de novos estilistas, destacando cores vibrantes e brilhantes.

Além disso, diversas performances artísticas, representando uma ampla gama de estilos, corpos e identidades, foram apresentadas, celebrando a diversidade e a liberdade como tendências predominantes.

Homenagem à cultura noturna

O evento também prestou homenagem à cena de boate de Paris e à comunidade LGBTQIAP+, destacando a participação marcante de drag queens e apresentações de dança ao ritmo da DJ Barbara Butch.

O perfil oficial das Olimpíadas na rede social X (anteriormente Twitter) descreveu a ocasião com a frase: “O mundo é um palco e Paris é uma passarela.”


Desfile durante a abertura (Foto:Reprodução/Getty Images Embed/Markus Gilliar)


A pesquisadora e analista de moda Paula Acioli ressalta que a destacada presença da moda em eventos como este sublinha a importância crucial da indústria no mundo esportivo.

“Além disso, ao servir como uma plataforma para celebrar a diversidade, a moda demonstra sua compreensão e alinhamento com os valores contemporâneos.”

A iniciativa foi muito elogiada nas redes sociais. “Paris está realizando um desfile de moda com uma passarela em uma ponte! Mesmo com a chuva, o evento está incrível”, comentou um usuário no X. Outro acrescentou: “Não poderia haver um evento olímpico em Paris sem um desfile de moda”.

A interseção entre moda e esporte não apenas enriquece a experiência do evento, mas também reforça a influência cultural da moda na formação de um cenário global mais inclusivo e vibrante.

Saiba o significado de LGBTQIAPN+ e motivos de mudanças ao longo dos anos

O Dia do Orgulho LGBTQIAPN+, comemorado nesta sexta-feira (28), reforça a importância do respeito e luta pelos direitos das pessoas desse grupo. A sigla, que começou sendo GLS (gays, lésbicas e simpatizantes), passou por mudanças ao longo dos anos até chegar ao que é atualmente. A troca foi feita para incluir todo tipo de diversidade que existe.

Mudanças ao longo dos anos

Até 2008 era comum utilizar a sigla GLS, mas ela não era considerada inclusiva. Após discussões, optou-se por usar LGBT. As letras B e T foram adicionadas para incluir pessoas bissexuais, trans e travestis. Além disso, o L foi colocado na primeira posição, para dar mais visibilidade às lésbicas. 


Sigla LGBTQIAPN+ representa a luta por direitos dessa comunidade (Reprodução/Alexander Grey/Unsplash)

Essa forma foi utilizada até 2013, quando pessoas que não se consideravam representadas lutaram por sua inclusão, fazendo com que letras fossem adicionadas.

Significado de cada letra

L =  Lésbicas – mulheres atraídas sexual ou afetivamente por mulheres

G = Gays – homens atraídos sexual ou afetivamente por homens

B = Bissexuais – pessoas atraídas sexual ou afetivamente por mais de um gênero

T = Transgêneros e travestis = pessoas que não se identificam com o gênero que nasceram

Q = Queer – pessoas que não se identificam com expressões de gênero e sexualidade heteronormativas.

I = Intersexo – pessoas que não se identificam com as características biológicas típicas dos sexos masculino ou feminino.

A = Assexuais, agênero ou arromânticos – pessoas que não sentem atração sexual por outras

P = Pansexuais e polissexuais – pessoas atraídas por outras, sem considerar o gênero.

N = Não-binários –  pessoas que não se identificam totalmente com um único gênero ou se identificam com vários.

+ = outras identidades e orientações sexuais não mencionadas, reconhecendo a diversidade dentro da comunidade. 

Escolha da data 

A escolha do dia 28 de junho é uma homenagem à Revolta de Stonewall, que ocorreu em Nova Iorque no ano 1969. Na ocasião, policiais invadiram violentamente um bar frequentado por pessoas da comunidade LGBTQIAPN+ e prenderam uma lésbica. 

A situação indignou as pessoas e motivou protestos que duraram dias. Marsha P., mulher trans negra, foi um nome de destaque nessa luta e uma das organizadoras da primeira Parada do Orgulho Gay, evento que ocorre até os dias de hoje em diversos lugares do mundo. 

Marca de maquiagem causa polêmica ao vender tom mais escuro de base

A marca de maquiagem Youthforia, não disponível no Brasil, entrou em sua mais recente polêmica após o vídeo de uma influencer de beleza viralizar no Tik Tok nesta segunda-feira (30). Criticada por sua falta de diversidade, a marca lançou novos tons para a base Date Night para peles mais escuras que contém apenas o pigmento preto em sua composição. Influencers que testaram a base tom 600, o tom mais escuro da linha, compararam o produto com tinta preta, dizendo que não há diferença entre os dois.

Críticas ao novo tom da Youthforia

“De qual lado do meu rosto está a tinta preta e a base Youthforia?”, perguntou Golloria George, uma influencer de beleza negra no Tik Tok, que conta com 1.5 milhões de seguidores. A pergunta iniciou um debate sobre racismo no mercado de beleza.

A Youthforia foi criticada em outubro de 2023 no lançamento de 15 tons para sua linha Date Night Skin Tint, que não trazia diversidade nos tons, mostrando a falta de inclusão da empresa. A marca então ampliou sua cartela, lançando dez novas tonalidades que atendiam peles mais melaninadas. Porém, a tentativa de calar as críticas deu errado, trazendo novos problemas para a marca.


Golloria compara a nova cor da Youthforia à tinta preta (Foto: reprodução/TikTok/@golloria)

“Quando dizemos que queremos que vocês façam tonalidades para nós, não queremos dizer que [vocês] devem ir ao laboratório e peçam por um preto de show de minstrel”, disse Golloria em seu vídeo testando o produto. Os shows de minstrel eram populares nos Estados Unidos no século XIX, onde os artistas brancos pintavam o rosto com carvão ou tinta escura e faziam apresentações estereotipadas e caricatas para representar a população negra. “O que queremos dizer é para vocês pegarem os marrons que já fizeram e criarem tons de base. Façam o que for necessário no laboratório para que seja um tom de marrom mais escuro.” A influencer declara que isso é nojento e desrespeitoso e pede que o produto seja retirado de circulação. 

O desafio da indústria e a resposta da marca

A influencer, química e profissional da indústria da beleza Ayeyi, postou um vídeo nesta terça-feira (30), refutando que as marcas sabem o que estão fazendo e que não é difícil estender o rol de cores e que o obstáculo é a motivação financeira. Ela explica que quando as marcas negociam com fabricantes para desenvolver os produtos, existe uma quantidade mínima a ser encomendada. 

“Custa mais dinheiro para a marca criar e desenvolver e pedir a fabricação de tons que eles sabem que não vão vender tanto e isso é algo que eles não estão dispostos a fazer”, disse Ayeyi. A influencer encerra dizendo que o lançamento desse tom é asinino e que a marca não está preocupada com as minorias, ao contrário de marcas como a Fenty Beauty, lançada pela cantora Rihanna, que possui 40 tons que revolucionaram a indústria da beleza.


A fundadora da Youthforia respondeu às críticas às novas tonalidades (Foto: reprodução/Instagram/@youthforia)

A fundadora da Youthforia, a empresária Fiona Co Chan, respondeu às críticas desde o lançamento de seus primeiros tons de base em 2023. A marca ficou conhecida como a maquiagem “com a qual se pode dormir” e o intuito de Fiona era criar um espaço onde a beleza individual pudesse ser celebrada, reconhecendo na época que o lançamento em outubro não respeitou esta missão. Em um vídeo, já excluído do perfil oficial da marca, ela declarou que a primeira leva da linha foi “uma prova de conceito” para testar as águas da marca no mercado.

Antes do lançamento dos novos tons em março, Fiona postou um vídeo dizendo que foi difícil encontrar um modelo de tom de pele mais escuro, que a procura foi “bem estressante”. Ela disse que procuraram agências de modelos, mas não conseguiram encontrar alguém para testar o tom mais escuro de base da Youthforia. “Espero que as agências de modelos assinem com modelos mais diversos”, escreveu Fiona.

A marca respondeu os comentários negativos nas redes sociais nesta semana, chamando a situação de uma “confusão” e que criaram a tonalidade 600 como parte de sua iniciativa de expansão, ouvindo as críticas de outubro de 2023, que diziam que as bases não eram escuras ou inclusivas o suficiente. A criadora afirma que a marca trabalhou com maquiadores e que testaram o produto com pessoas reais.

MPF processa União por falta de cotas para pessoas trans no “Enem dos Concursos”

O Ministério Público Federal (MPF) ingressou com uma ação civil pública exigindo que a União pague uma indenização por danos morais no valor de R$ 5 milhões devido à ausência de reserva de vagas para pessoas transexuais e travestis no chamado “Enem dos concursos”. A ação refere-se especificamente ao cargo de auditor fiscal do trabalho, que ostenta o maior salário (R$ 22,9 mil) e o maior número de vagas no Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), preenchendo 6.640 posições no serviço público.

Descumprimento de promessas ministeriais e justificativas contestadas

O Ministério Público Federal alega que tanto o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, quanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, haviam declarado publicamente que implementariam cotas para pessoas trans no “Enem dos concursos”. No entanto, os editais foram divulgados sem essa reserva de vagas, levando o MPF a entrar com a ação.

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), responsável pela organização do concurso, afirmou que segue as cotas previstas em lei e que a União ainda não foi intimada sobre a ação. O MGI justificou a ausência das cotas alegando que, ao decidir participar do concurso unificado, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) teve que aceitar as regras comuns a todos os órgãos, que não contemplavam as cotas para pessoas trans. O MPF contesta essa posição, argumentando que houve quebra da expectativa de uma parcela da população que se beneficiaria dessa reserva de vagas.


Entenda o que é o Concurso Unificado e como participar (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Pedido de condenação e medidas compensatórias

O processo movido pelo MPF busca uma condenação por danos morais coletivos e solicita que a União destine R$ 5 milhões para a capacitação de gestores públicos, campanhas educativas sobre o mercado de trabalho para pessoas trans e cursos preparatórios para concursos voltados a esse público.

O “Enem dos concursos” centraliza, este ano, 6.640 vagas em 21 órgãos públicos, utilizando uma única prova para a seleção de servidores federais. As inscrições estão abertas até 9 de fevereiro, e as provas serão realizadas em maio deste ano em 220 cidades brasileiras. O concurso reserva 5% das vagas para pessoas com deficiência (PCDs), 20% para pessoas negras e, nos cargos da Funai, 30% para indígenas.