New York Times critica crise na CBF: “Brasil é uma bagunça disfuncional”

O anúncio de Carlo Ancelotti como novo técnico da Seleção Brasileira coincidiu com um novo episódio turbulento dentro da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Nesta mesma semana, o presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, foi afastado do cargo por determinação do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Ele é acusado de adulterar documentos relacionados à eleição que garantiu sua permanência na presidência em 2022.

Repercussão internacional

Essa não é a primeira vez que Ednaldo é destituído da função. Em dezembro de 2023, ele já havia sido afastado, mas conseguiu reassumir o comando da CBF após obter uma decisão favorável do Supremo Tribunal Federal (STF), no início de 2024.

Com seu novo afastamento, quem assume temporariamente a presidência é Fernando Sarney, atual vice-presidente, cuja missão será organizar novas eleições para a entidade.

A troca na liderança da CBF ocorre pouco antes da convocação para os amistosos contra o Japão, marcados para o próximo mês, e teve grande repercussão na mídia internacional.

O jornal esportivo The Athletic, vinculado ao The New York Times, fez críticas à situação. Em tom irônico, classificou o cenário com a frase: “O Brasil é uma bagunça disfuncional. Boa sorte, Ancelotti”.

Segundo a publicação, a seleção se tornou refém de um “psicodrama contínuo”, resultado do “caos estrutural” da CBF, e o novo técnico chega ao cargo em meio a escândalos e instabilidade política.

Em sua análise, o The Athletic citou problemas como estádios vazios, campos malcuidados, arbitragem fraca e a ausência de um projeto tático consistente, além de uma atmosfera de desânimo generalizado.


Justiça afasta Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF (Foto: reprodução/Buda Mendes/Getty Images Embed)

Críticas à gestão

O jornal também ironizou uma declaração antiga de Ednaldo, que havia chamado a negociação com Ancelotti de “estratégica”. A matéria afirma que “mil palavras poderiam descrever essa busca, mas ‘estratégica’ não é uma delas”, destacando a demora para concretizar a chegada do técnico.

A matéria ainda critica a indefinição na equipe brasileira, mencionando que, a apenas um ano da próxima Copa do Mundo, não há um time consolidado e apenas dois ou três nomes são unanimidades no elenco.

O futuro de Neymar na equipe também é alvo de questionamento. Em processo de recuperação de lesão, o jogador é descrito como uma figura de influência ainda central, apesar de sua participação reduzida nos clubes.

O jornal pondera que, mesmo que ainda possa contribuir, sua presença gera dúvidas sobre o rumo da renovação da Seleção. “Ancelotti terá que decidir se mantém Neymar como pilar ou se rompe com essa dependência”, afirma o texto.

A notícia sobre o afastamento de também repercutiu em outros países. Na Argentina, o jornal Olé apontou a situação como mais um capítulo da crise na CBF, ressaltando as tensões internas entre os dirigentes.

A publicação lembrou que Fernando Sarney, agora no comando interino, era opositor de Ednaldo e não participou da chapa vencedora na eleição por aclamação realizada em março de 2023.

O jornal espanhol AS também destacou o clima de instabilidade, descrevendo a situação como inesperada em uma semana que prometia ser tranquila após a confirmação de Carlo Ancelotti como técnico da seleção.

Ednaldo Rodrigues é afastado da CBF por decisão do TJ-RJ; Fernando Sarney assume como interventor

A presidência da CBF mudou de mãos novamente. Nesta quinta-feira (15), o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou o afastamento de Ednaldo Rodrigues do comando da entidade. A decisão é do desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro, que também nomeou Fernando Sarney, um dos atuais vice-presidentes, como interventor.

Acusações de fraude e dúvidas sobre permanência no cargo

O motivo central do afastamento é a suposta falsificação da assinatura do Coronel Nunes em um acordo firmado no início do ano. O acordo que possibilitou a reeleição de Ednaldo por aclamação, em março, acabou sendo anulado pelo desembargador. Na decisão, também foram levantadas preocupações quanto à capacidade de Ednaldo seguir exercendo a presidência da entidade. A defesa de Ednaldo ainda pode recorrer da decisão junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) ou ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Disputa política e crise de bastidores

Fernando Sarney, que agora assume como interventor, já havia se afastado politicamente de Ednaldo Rodrigues e não integrou sua chapa de reeleição. Mesmo como interventor, Fernando Sarney segue ocupando oficialmente o cargo de vice-presidente da CBF, com mandato vigente até março de 2026. A reviravolta acontece poucos dias após o próprio Sarney e a deputada Daniela do Waguinho protocolarem pedidos no STF alegando irregularidades no acordo que manteve Ednaldo no cargo.

A decisão da Justiça ocorre após o ministro Gilmar Mendes, do STF, devolver o caso ao TJ-RJ para apuração urgente. O ex-presidente Coronel Nunes chegou a ser chamado para depor, mas não pôde comparecer por questões de saúde, segundo sua defesa.


TJ-RJ afasta Ednaldo Rodrigues da CBF (Vídeo: reprodução/X/@RBandeirantes)

Tentativa de apoio e anúncio precipitado

Antes do desfecho no TJ-RJ, Ednaldo buscava apoio político. Reuniu presidentes de federações e anunciou a contratação de Carlo Ancelotti como técnico da Seleção, mesmo sem confirmação do Real Madrid. A estratégia parecia clara: garantir apoio popular em meio ao cenário conturbado. Com a nova reviravolta, a CBF volta a enfrentar um período de instabilidade e mudança no comando.

Ednaldo detalha negociação com Ancelotti e explica bastidores do acerto com a Seleção

Carlo Ancelotti será o próximo técnico da Seleção Brasileira. O acerto foi confirmado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que espera a chegada do treinador no final de maio, já com o foco na preparação para o próximo Mundial, que acontece em 2026. A negociação contou com a participação direta do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, que falou sobre como todo o processo se desenrolou.

De acordo com Ednaldo, as conversas com Ancelotti não começaram agora. As bases do contrato já estavam praticamente definidas no ano passado, mas a saída temporária do dirigente da presidência da entidade acabou interrompendo o avanço do acordo. Com seu retorno ao comando da CBF e após a saída de Dorival Júnior, as tratativas foram retomadas com mais facilidade.

Negociação retomada e sem surpresas

Segundo Ednaldo, o entendimento entre ele e Ancelotti sempre foi bom, o que facilitou a retomada do acordo. Como a proposta anterior ainda servia, não foi preciso começar tudo do zero. A única pendência era o momento certo para a liberação do técnico pelo Real Madrid. A CBF deixou claro que não esperaria até o fim do ano, caso o clube espanhol avançasse até o Mundial de Clubes.


Ednaldo conta detalhes da negociação com Ancelotti (Foto: Reprodução/Mauro Pimentel/Getty Images Embed)


Outro ponto importante foi a disposição de Ancelotti em se envolver diretamente com o dia a dia do futebol brasileiro. Ele já sinalizou que pretende morar no Rio de Janeiro e acompanhar de perto os campeonatos nacionais. O treinador quer observar jogadores de diferentes divisões, inclusive fora da Série A, para ampliar suas opções. Ele também demonstrou interesse em conhecer a Granja Comary, centro de treinamentos da Seleção, apesar de não estar previsto o uso do local nesse primeiro momento.

Próximos jogos e preparação

A estreia de Ancelotti no comando da Seleção está prevista para os dias 5 e 6 de junho, quando o Brasil enfrenta Equador e Paraguai pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. Atualmente, a equipe ocupa a quarta colocação na tabela, somando 21 pontos.

O italiano trará sua comissão técnica, que deve se integrar ao grupo de profissionais já envolvido com a equipe. A expectativa da CBF é que essa nova fase traga mais estabilidade e planejamento para o ciclo até 2026.

Ednaldo Rodrigues agradece Florentino Pérez por liberação de Ancelotti para a Seleção Brasileira

O anúncio da contratação de Carlo Ancelotti como novo técnico da Seleção Brasileira, feito nesta segunda-feira (12) pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), veio acompanhado de um agradecimento especial do presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, a Florentino Pérez, mandatário do Real Madrid.

Boa relação entre as diretorias colaborou para o acerto

Segundo Ednaldo, a negociação para trazer Ancelotti ao comando da Seleção envolveu um diálogo direto com Pérez e o diretor José Ángel Sánchez, que demonstraram compreensão ao longo de todo o processo. O dirigente brasileiro fez questão de reconhecer publicamente essa colaboração, considerada essencial para o desfecho positivo.

Gostaria de registrar meu agradecimento especial ao presidente Florentino Pérez e ao diretor José Ángel Sánchez pela compreensão e apoio ao longo das negociações. Ancelotti cumprirá seu contrato com o clube até o fim da temporada europeia e iniciará os trabalhos conosco a partir do dia 26 de maio, quando anunciará os convocados para os próximos compromissos da Seleção”.


Anúncio oficial da contratação de Carlo Ancelotti feito por Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF (Vídeo: reprodução/X/@renanmoura1989)


A liberação foi possível após um acordo entre as partes, no qual o treinador permanece no cargo do Real Madrid até o encerramento do Campeonato Espanhol, previsto para o dia 25 de maio.

Ancelotti comanda a Seleção já na próxima partida

O acerto com Ancelotti é um antigo desejo da CBF, especialmente de Ednaldo Rodrigues, que desde 2024 tenta convencer o italiano a aceitar o desafio. A negociação passou por diversos momentos de indefinição, mas ganhou força após a derrota dos merengues por 4 a 3 para o Barcelona no último domingo (11), o que praticamente afastou o clube da briga pelo título da LaLiga.


Vinicius Júnior continuará trabalhando com Ancelotti, desta vez pela Seleção Brasileira (Foto: reprodução/Angel Martinez/Getty Images embed)


Com a definição, Ancelotti será apresentado oficialmente no fim de maio, quando também anunciará os convocados para os próximos compromissos da Seleção, válidos pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2026.

Em 5 de junho, os comandados do novo treinador entram em campo contra o anfitrião Equador, às 20h pelo horário de Brasília.

Já no dia 10, às 21h45, o Brasil recebe o Paraguai na Neo Química Arena, estádio do Corinthians.

Galvão Bueno revela que CBF planeja jogar amistoso contra seleção suspensa do futebol

Durante o programa “Galvão e Amigos”, exibido nesta segunda-feira (5) na TV Bandeirantes, o narrador Galvão Bueno revelou que a CBF está negociando para marcar um amistoso da Seleção Brasileira contra a Rússia. 

Segundo ele, o presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, já teria autorizado a realização da partida. Vale lembrar que a Rússia está suspensa de competições internacionais pela Fifa desde fevereiro de 2022, em razão da invasão à Ucrânia.

Críticas ao amistoso

No programa, Galvão Bueno manifestou forte crítica à possível realização de um amistoso entre a Seleção Brasileira e a Rússia. Ele relembrou que o conflito entre Rússia e Ucrânia teve início em 23 de fevereiro de 2022 e, apenas três dias depois, resultou na suspensão da Rússia das competições internacionais pela Fifa e pela Uefa. Galvão classificou como incoerente a decisão da Confederação Brasileira de Futebol de negociar uma partida com um país que segue banido do futebol mundial.


Galvão critica a CBF pelo acordo com a Rússia (reprodução/X/esportenaband)

Ainda durante o programa, Galvão leu uma parte da carta atribuída à CBF, em que a entidade justifica a escolha dizendo que a parceria com a União Russa de Futebol contribuiria para fortalecer os laços entre as federações e enriquecer o cenário global do esporte. A CBF teria sinalizado que a Seleção Brasileira teria datas disponíveis entre 6 e 14 de outubro e entre 10 e 18 de novembro. Segundo informações, a entidade brasileira demonstrou disposição para realizar o amistoso dentro desses períodos.

Seleção ainda sem técnico

Mesmo depois da demissão de Dorival Júnior, em 28 de março, após a derrota por 4 a 1 para a Argentina, a Seleção Brasileira segue sem um treinador definido

Faltando cerca de um mês para os próximos jogos das Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2026, ainda não há um nome confirmado para comandar a equipe. O Brasil encara o Equador no dia 5 de junho, em Guayaquil, e depois o Paraguai, no dia 10, na Neo Química Arena. Sem treinador, há possibilidade de que a convocação para esses compromissos seja feita pelo diretor executivo Rodrigo Caetano.

Apesar de já ter ouvido duas recusas recentes de Carlo Ancelotti, a CBF ainda nutre expectativas de conseguir um acordo com o técnico italiano, que de acordo com grandes portais de notícias, já está acertando sua saída do Real Madrid.

Ancelotti rejeita oferta da CBF e fica mais perto da Arábia Saudita, segundo imprensa espanhola

A novela entre CBF e Carlo Ancelotti parece chegar ao fim — e sem final feliz para a seleção brasileira. Segundo os jornais espanhóis Marca e AS, o treinador italiano comunicou à confederação que não assumirá o comando da seleção. A reviravolta teria sido motivada por uma proposta milionária do futebol árabe.

O técnico do Real Madrid havia retomado as negociações iniciadas ainda em 2023 e era visto como o nome certo pelo presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues. Segundo o Marca, Ancelotti conversou diretamente com Ednaldo por telefone para agradecer o interesse e comunicar sua decisão, surpreendendo os envolvidos na negociação.


Carlo Ancelotti recusa nova investida da CBF (Reprodução/Instagram/@mrancelotti)

Proposta saudita afasta Ancelotti da seleção

O nome do clube interessado não foi revelado, mas a proposta salarial seria de cerca de 50 milhões de euros anuais (R$ 321 milhões), valor muito acima dos 8 milhões de euros por ano (cerca de R$ 50 milhões) oferecidos pela CBF — nas mesmas bases da tentativa frustrada do ano passado.

Além da diferença financeira, o cronograma também dificultou o acerto. A CBF desejava que Ancelotti estivesse disponível já em maio, para a convocação e os jogos contra Equador e Paraguai, pelas Eliminatórias da Copa de 2026. No entanto, o técnico só poderia assumir o cargo em agosto, após o Mundial de Clubes da Fifa, o que inviabilizou o acordo.

Jorge Jesus ganha força nos bastidores

Com o recuo de Ancelotti, Jorge Jesus, atualmente no Al-Hilal, volta a ser cogitado como principal opção da CBF. Segundo o jornalista Diogo Dantas, o técnico português sempre esteve no radar da entidade e já manifestou interesse em dirigir a seleção.

A negociação, porém, não é simples. Assim como o Real Madrid, o Al-Hilal também disputará o Mundial de Clubes, o que pode dificultar sua liberação imediata — uma exigência da confederação, que pretende anunciar o novo treinador até o fim de maio.


Al-Hilal e disputa do Super Mundial de Clubes dificultam negociações com Jorge Jesus (Foto: reprodução/Yasser Bakhsh/Getty Images Embed)


A seleção brasileira está sem técnico desde a saída de Dorival Júnior, demitido após a goleada sofrida para a Argentina, há um mês. Confederação corre contra o tempo para anunciar seu novo comandante antes da próxima data FIFA.

Brasileirão 2025 estreia com novas regras adotadas pela Fifa

A edição de 2025 do Campeonato Brasileiro, que começa neste sábado (29), trará mudanças significativas no regulamento. A principal inovação será a implementação da regra dos oito segundos para os goleiros. Antecipando uma alteração que será oficializada pela Fifa em junho, a CBF decidiu adotar essa norma desde o início do torneio.

Inovações no campeonato

Conforme a nova regra, se um goleiro mantiver a posse da bola por mais de oito segundos, o árbitro concederá um escanteio ao time adversário. Atualmente, o limite é de seis segundos, mas raramente a infração é marcada. Essa contagem de tempo não será aplicada aos tiros de meta.

Esse formato foi previamente testado na categoria sub-21 da “Premier League” e também no campeonato de Malta, onde os goleiros seguraram a bola 796 vezes sem ultrapassar o tempo permitido. Com base nesses resultados, a Ifab (Associação Internacional de Futebol) decidiu incorporar a nova regra ao regulamento mundial, incluindo sua aplicação no Mundial de Clubes de 2025.

Além disso, haverá uma mudança na regra da bola ao chão. Em situações fora da área, o jogo será retomado com a posse sendo concedida à equipe que detinha ou teria o controle da bola. Caso o árbitro não consiga determinar qual equipe possuía a posse, o lance será atribuído ao time que fez o último toque na bola antes da interrupção.

Mudanças na arbitragem e adoção do sistema de bolas múltiplas

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) adotará o sistema de bolas múltiplas, inspirado no modelo utilizado pela “Premier League”. Seguindo o exemplo do Campeonato Paulista deste ano, em torno do campo serão posicionados 15 suportes com bolas, facilitando uma reposição mais ágil durante as partidas. Os gandulas terão a tarefa de recolocar as bolas nos cones, sem as entregar diretamente aos jogadores. Essa iniciativa será implementada tanto na Série A quanto na Série B do Campeonato Brasileiro.

No âmbito da arbitragem, mudanças significativas também estão previstas. Wilson Luiz Seneme foi removido da presidência da comissão de árbitros, e agora um novo colegiado formado por sete integrantes irá assumir o comando. Sob a liderança de Rodrigo Martins Cintra, a equipe contará com nomes como Luiz Flávio de Oliveira e Marcelo Van Gasse. Será desenvolvido um ranking de árbitros, atualizado regularmente para garantir que os melhores profissionais sejam designados aos jogos de maior relevância.


CBF adiciona novas regras para o Brasileirão 2025. (Vídeo:reprodução/YouTube/CNN Esportes)

Comitê de consultores internacionais e protocolo antirracista

A CBF contará com um comitê formado por consultores internacionais renomados, especializados em arbitragem mundial. Entre os integrantes estão o argentino Néstor Pitana, responsável pela final da Copa do Mundo de 2018, o italiano Nicola Rizzoli, árbitro da decisão do Mundial de 2014, e o brasileiro Sandro Meira Ricci. Esses profissionais realizarão análises semanais sobre a atuação do quadro nacional de árbitros.

Outra inovação significativa será a adoção do Protocolo Global de Combate ao Racismo, desenvolvido pela Fifa. O protocolo inclui um gesto simbólico para a denúncia de atos racistas durante as partidas: os jogadores deverão cruzar os braços na altura dos punhos, com as mãos abertas e os dedos esticados. Caso um jogador ou integrante da equipe técnica seja vítima de racismo, ele poderá informar o árbitro utilizando esse gesto, o que dará início às três etapas previstas no protocolo.

Dorival Júnior deixa o comando da Seleção Brasileira

Dorival Júnior não ocupa mais o cargo de técnico da Seleção Brasileira. Após um ano e 16 jogos sob seu comando, o treinador foi desligado nesta sexta-feira pelo presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Ednaldo Rodrigues. Junto com ele, também deixam suas funções os auxiliares Lucas Silvestre e Pedro Sotero, além do preparador físico Celso Rezende.

Em comunicado oficial, a CBF manifestou seu agradecimento a Dorival pelo serviço prestado e informou que o processo de busca por um novo substituto já está em andamento.

“A Confederação Brasileira de Futebol informa que o técnico Dorival Júnior não comanda mais a Seleção Brasileira. A direção agradece ao profissional e deseja sucesso na continuidade de sua carreira. A partir de agora, a CBF vai trabalhar em busca do substituto.”

Mesmo com as alterações na comissão técnica, Rodrigo Caetano, diretor de seleções, o auxiliar Juan e Cícero Souza, gerente de seleções, permanecem em suas funções na entidade.


Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), fez um pronunciamento oficial para oficializar a demissão do Técnico Dorival Jr. (Vídeo: reprodução/YouTube/UOL Sports)

Ancelotti é o preferido para a vaga

O italiano Carlo Ancelotti desponta como o principal candidato para substituir Dorival, estando atualmente à frente do Real Madrid. Ele é o preferido de Ednaldo Rodrigues para liderar a Seleção Brasileira, especialmente com a proximidade da Copa do Mundo, que já está a menos de um ano de acontecer. Apesar do grande interesse, nenhuma negociação oficial foi iniciada até o momento para concretizar sua chegada.

Outro nome que ganha força nos bastidores da CBF é o de Jorge Jesus. Reconhecido por seu trabalho de destaque no Flamengo e hoje comandando o Al-Hilal, da Arábia Saudita, ele também está no radar como uma possível opção.

Resultados e pressão pela saída

A saída de Dorival Júnior já vinha sendo discutida nos bastidores desde o final do ano passado, em função do desempenho inconsistente da equipe. No entanto, a situação piorou após a dura derrota para a Argentina por 4 a 1, intensificando a pressão sobre a comissão técnica.

Com a demissão de Dorival, a Seleção Brasileira terá seu quarto técnico neste ciclo rumo à Copa do Mundo. Depois da saída de Tite, em 2022, a equipe foi conduzida interinamente por Ramon Menezes e Fernando Diniz antes da chegada de Dorival, no início de 2024.

Durante os 16 jogos sob seu comando, Dorival acumulou sete vitórias, sete empates e apenas duas derrotas, alcançando um aproveitamento de 58,3%. Nesse período, a equipe marcou 25 gols e sofreu 17. Agora, a CBF precisa agir rapidamente para definir o novo treinador, já que os próximos jogos da Seleção estão programados para junho, quando o Brasil enfrentará Equador e Paraguai pelas Eliminatórias da Copa do Mundo.

Leila garante que Palmeiras buscará fair play financeiro: “Não podemos ser prejudicados”

A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, afirmou que o clube irá “bater forte” na implementação do fair play financeiro no Brasil. A declaração aconteceu logo após a reeleição de Ednaldo Rodrigues como presidente da CBF, em um cenário de crescente debate sobre o controle financeiro dos clubes.

Durante sua fala, Leila destacou que o Palmeiras, apesar de honrar todos os seus compromissos, precisa que outros clubes também o façam para garantir um campeonato mais justo. “Precisamos que todos os clubes paguem em dia, inclusive para o próprio Palmeiras”, afirmou a dirigente, enfatizando o impacto negativo da falta de regularidade nos pagamentos dentro das competições.

O fair play financeiro, um conjunto de regras que visa garantir a sustentabilidade financeira dos clubes, já é amplamente adotado em ligas europeias, como na Premier League, La Liga e Bundesliga. Essas normas buscam limitar os gastos de clubes, forçando-os a viver dentro de suas possibilidades e evitar o endividamento excessivo.

A ideia é permitir que as equipes competem em igualdade de condições, sem que o desequilíbrio financeiro prejudique a integridade esportiva. De acordo com Leila, os clubes que não cumprem com suas obrigações financeiras acabam criando uma distorção no campeonato, o que prejudica clubes que pagam suas dívidas corretamente.

Debate sobre fair play financeiro no Brasil

O debate sobre a adoção do fair play financeiro no Brasil não é novo. Em setembro de 2024, a Comissão Nacional de Clubes deu início a discussões sobre a implementação dessas regras. O encontro contou com a participação de diversos clubes da Série A, B e C, incluindo o Palmeiras.

O principal objetivo do encontro foi avançar na criação de um modelo que pudesse ser implantado no Brasil até 2025. Durante a reunião, o debate foi considerado inicial, mas já gerou um bom posicionamento dos clubes, como o Palmeiras, que se mostrou favorável à aplicação do modelo.

Entretanto, a resistência de clubes endividados pode ser um obstáculo para que a ideia avance. “Sei que é difícil, porque alguns clubes devedores não vão querer, claro. Ninguém fala que não quer, mas ninguém decide. A forma de não fazer é ficar enrolando”, explicou Leila.

Apesar dos desafios, ela se mostrou determinada a continuar lutando pela implementação do fair play financeiro, convencida de que ele é essencial para a saúde financeira do futebol brasileiro.

Posição dos Clubes

A ideia do fair play financeiro tem ganhado força, especialmente após algumas declarações de presidentes de clubes, como Rodolfo Landim, do Flamengo, e John Textor, do Botafogo. Landim, em um grupo de WhatsApp, destacou os altos investimentos feitos pelo Flamengo e levantou questionamentos sobre a viabilidade de um modelo sem regras claras de controle financeiro.


John Textor e Rodolfo Landim no Estádio do Orlando City acompanhando amistoso do Flamengo (Foto: reprodução/GE)

Por outro lado, Textor, dono da SAF do Botafogo, também se mostrou favorável à adoção do fair play financeiro, citando como exemplo a gestão do Botafogo, que estaria dentro dos limites exigidos pelas regras europeias.

Esse debate tem ganhado destaque nos últimos meses, especialmente após algumas falências financeiras e a crescente concentração de poder nos clubes com maior poderio financeiro. Para Leila, o Palmeiras é um exemplo de gestão responsável, mas a falta de regras claras prejudica o próprio clube. “Clubes que pagam em dia são prejudicados por clubes que não pagam ninguém”, disse, ao criticar o desequilíbrio nas competições gerado pela falta de uma regulação eficaz.


Leila Pereira comenta sobre os clubes que não pagam as dívidas (Vídeo: reprodução/Instagram/@tntsportsbr)


Futuro do fair play financeiro no futebol brasileiro

Apesar de as discussões estarem em estágio inicial, a expectativa é de que o tema avance em 2025. A Comissão Nacional de Clubes planeja novas reuniões mensais para tentar definir um modelo que seja viável para o futebol brasileiro. A pressão de clubes como o Palmeiras, que defendem um sistema mais justo, pode ser determinante para que o modelo europeu de fair play financeiro seja adotado.

No entanto, a implementação do modelo pode não ser fácil. Muitos clubes veem as restrições financeiras como um obstáculo ao seu crescimento, e alguns gestores podem resistir à mudança. Mesmo assim, a insistência de dirigentes como Leila Pereira, que acreditam que um futebol mais equilibrado e sustentável é possível, promete continuar a alimentar o debate. A implementação do fair play financeiro no Brasil, portanto, se mantém como uma das principais pautas do futebol nacional para os próximos anos.

CBF se manifesta sobre polêmica com Daniel Alves e Robinho

Depois de um longo período de silêncio que gerou questionamentos, a Seleção Brasileira, sob a liderança do técnico Dorival Júnior e do capitão Danilo, finalmente se pronunciou sobre os casos de estupro envolvendo os ex-jogadores Daniel Alves e Robinho. A expectativa em torno dessa manifestação era alta em várias partes da sociedade, especialmente após a condenação de Daniel Alves na Espanha e a prisão de Robinho, em Santos. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) também se posicionaram.

Compromisso com a conscientização e a responsabilidade


Dorival, treinador da Seleção Brasileira, dá a sua opinião sobre os casos de Robinho e Daniel Alves (Foto: reprodução/Rafael Ribeiro/CBF)

Dorival ressalta a importância de assumir uma posição clara, frisando o compromisso de seu papel como técnico da Seleção. Além disso, ele expressa solidariedade às vítimas e sublinha a necessidade crucial de responsabilizar os culpados, mesmo que isso represente um desafio emocionalmente doloroso.

O treinador destaca sua história prévia com Robinho, reconhecendo suas qualidades como uma pessoa que, segundo ele, é maravilhosa, porém, reafirmando a necessidade de se buscar justiça. Além disso, o lateral Danilo pediu para que a CBF promova a conscientização desde as categorias de base do esporte, visando estimular um pensamento reflexivo entre os jogadores, particularmente os mais jovens.

Ação da CBF e compromisso com a mudança

Ednaldo Rodrigues, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), abordou os casos de Daniel Alves e Robinho, expressando solidariedade às vítimas e destacando a necessidade de combater todas as formas de violência e discriminação no futebol. Ele enfatizou a importância de ouvir as vítimas e encorajá-las a não se calarem diante de situações de violência, além de ressaltar o papel essencial dos homens na linha de frente contra a violência sexual.

Rodrigues também citou a questão do racismo no esporte, reconhecendo a necessidade de enfrentar esse problema, além de detalhar iniciativas recentes da CBF para promover a diversidade e garantir um ambiente seguro para todos os envolvidos no futebol.

Matéria por Deborah Gorges (Lorena – R7)