Países retiram restrição à carne de frango do Brasil após caso de gripe aviária

Após o fim do período de espera, se encerrando na última quarta-feira (18), alguns dos países que bloquearam a importação de carne de frango brasileira, devido ao recente caso de gripe aviária, retiraram o embargo e agora já estão aptos a comercializar o produto com o Brasil novamente, conforme informou o Ministério da Agricultura, nesta terça-feira (24). Isso causará um impacto muito positivo em nossa nação, que é a maior produtora e exportadora de carne de aves do mundo.

A retirada do bloqueio

O Ministério da Agricultura confirmou, nesta terça-feira (24), que o bloqueio imposto à venda internacional de carne de frango, por conta de um caso de gripe aviária registrado em uma granja em Montenegro (RS), no mês passado, foi retirado por 17 nações.

Os países que voltaram a comercializar com o Brasil são: Argélia, Bolívia, Bósnia e Herzegovina, Egito, El Salvador, Iraque, Japão, Lesoto, Líbia, Marrocos, Mianmar, Montenegro, Paraguai, República Dominicana, Sri Lanka, Vanuatu e Vietnã.

O Brasil se declarou livre da doença na última quarta-feira (18), após o cumprimento de um prazo de 28 dias sem nenhum outro caso da doença em aves comerciais. Era esperado que depois desse período alguns países começassem a liberar a barreira sobre as vendas da carne de frango.


Granja em que ocorreu o caso de gripe aviária em Montenegro, Rio Grande do Sul (Foto: reprodução/SILVIO AVILA/AFP/Getty Images Embed)


O bloqueio, apesar de ser feito para evitar a transmissão da doença, ocasionando na contaminação de granjas no exterior, não deveria impactar a venda dos produtos, visto que a gripe aviária não é transmitida por meio de alimentos.

O impacto dos bloqueios

Apesar de algumas nações, como o Japão, que é o terceiro maior comprador do Brasil, o Iraque e a Coreia do Sul já terem derrubado o embargo sobre a importação da carne de aves vinda de território brasileiro, ainda há países que mantém a barreira.


Carnes de frango à venda em mercado (Foto: reprodução/Cris Faga/NurPhoto/Getty Images Embed)


A China, que é o maior comprador, continua com o bloqueio para todos os estados. A União Europeia, o sétimo maior cliente do Brasil, juntamente com outros 14 países, também mantém o embargo sobre todo o país. Em mais 19 países, o bloqueio é sobre todo o Rio Grande do Sul, enquanto que em outros 3, a imobilização diz respeito somente à região de Montenegro.

Após apagão histórico de quatro dias, Cuba recupera energia para mais de 70% da população

Após colapso na Central Termelétrica Antonio Guiteras, o fornecimento de energia da ilha caribenha foi comprometido desde a sexta-feira (18). Nesta segunda-feira (21) Cuba também sofreu com a passagem do furacão Oscar, milhões de pessoas enfrentam os danos, além da falta de eletricidade.

Retorno gradual

Ainda na segunda-feira (21), a energia havia retornado para pelo menos 36% da população. No mesmo dia, o ministro das Minas e Energia, Vicente de la O Levy, afirmou que a normalização para a maioria da população ocorreria à noite, e que na terça-feira (22) ocorreria a normalização.

O ministro afirmou:

O último cliente poderá receber o serviço na terça-feira.”

Após o colapso da central elétrica, a ilha ficou sem energia para quase toda a população. O retorno começou no sábado (19), porém o sistema voltou a entrar em colapso. Houve relatos de comida apodrecendo nas geladeiras e outros danos para a população.

Nesta terça-feira (22), mais de 70% da população teve a energia reestabelecida. Desde o domingo (20) grande parte da capital Havana já possuía o fornecimento reestabelecido.


Crise de energia causa prejuízos para a população cubana (Reprodução/ X/ @pmanzo70)

O que aconteceu

O colapso do fornecimento de energia ocorreu porque a ilha possui uma infraestrutura de energia obsoleta e aumento na demanda da população. A normalização está sendo possível com esforços para reestruturar a cobertura. Com a passagem do furacão Oscar, a situação foi agravada e os esforços para a recuperação tiveram que ser redobrados.

Cuba tem enfrentado uma crise econômica sem precedentes. A população vive dificuldades para obter alimentos e medicamentos. O país atualmente está sob um embargo liderado pelos Estados Unidos, o que dificulta a disponibilidade de recursos para a infraestrutura. Apagões menores são constantes em toda a ilha, situação que já foi motivo de protestos por parte da população contra o regime atual.

O presidente do país, Miguel Díaz-Canel, chegou a alertar a população sobre agitações e protestos, indicando que poderiam haver processos e prisões nesses casos.