Eminem processa Meta e pede indenização milionária

O renomado rapper Marshall Mathers, mundialmente conhecido como Eminem, de 52 anos, entrou com um processo milionário contra a Meta, gigante da tecnologia responsável por plataformas como Facebook, Instagram e WhatsApp. A ação foi registrada no dia 30 de maio e tornou-se pública na terça-feira (3/6), após ser divulgada pelo portal E! News.

Violação dos direitos autorais

O processo é movido pela Eight Mile Style, empresa que detém os direitos autorais sobre as obras musicais de Eminem. De acordo com a gravadora, a Meta teria cometido violação de direitos autorais ao utilizar músicas do artista sem autorização prévia ou pagamento de licença. A acusação envolve o uso indevido de 243 músicas do catálogo de Eminem, que, segundo a ação, foram disponibilizadas, armazenadas, reproduzidas e exploradas comercialmente nas plataformas da Meta sem qualquer consentimento oficial.


Rapper Eminem (Foto: reprodução/Instagram/@barackobama)

A denúncia destaca que funcionalidades como áudios originais e reels — recursos bastante populares em aplicativos como Facebook e Instagram — permitiram que usuários utilizassem as músicas de Eminem em conteúdos de vídeo, muitas vezes sem atribuição devida ou licença para o uso das faixas. Os representantes legais do rapper afirmam que essas ferramentas não apenas possibilitam, mas também incentivam práticas de uso não autorizado de músicas protegidas por direitos autorais.

Indenização milionária

Diante da situação, Eminem e a Eight Mile Style pedem uma indenização de US$ 150 mil para cada uma das 243 músicas supostamente violadas. Esse valor, aplicado individualmente às três plataformas da Meta, resulta em uma soma impressionante de US$ 109,35 milhões, o equivalente a mais de R$ 616,7 milhões, considerando a cotação atual do dólar.

O processo aponta que a Meta teria se beneficiado financeiramente com a exploração dessas músicas, uma vez que conteúdos musicais impulsionam o engajamento e o tempo de permanência dos usuários em suas plataformas. A Eight Mile Style reforça que não concedeu nenhuma autorização para o uso das faixas e alega que tentou resolver a questão de forma amigável antes de recorrer à Justiça, mas sem sucesso.

Até o momento, a Meta não se pronunciou publicamente sobre o caso. A expectativa é que o processo tenha grande repercussão, não apenas pela quantia solicitada, mas também pelos debates sobre os limites do uso de músicas protegidas em conteúdos digitais e pelas responsabilidades das redes sociais nesse cenário.

Sean Diddy mantém fortuna mesmo após prisão

Embora esteja enfrentando acusações graves de tráfico sexual e extorsão, o magnata da música e empresário Sean “Diddy” Combs ainda mantém um patrimônio multimilionário, que preocupa promotores e advogados devido ao risco de fuga antes do julgamento. Avaliado em cerca de US$ 400 milhões pela Forbes, seu portfólio sofreu quedas enormes desde o auge em 2019, quando sua fortuna estava estimada em US$ 740 milhões. Esse declínio foi causado por uma série de processos, parcerias quebradas e perdas financeiras, impactando a imagem do império que Diddy construiu ao longo de décadas.

Fortuna em declínio e perda de parcerias

Mesmo com a queda de sua fortuna, Combs ainda é dono de um patrimônio milionário que pode ajudar em uma possível tentativa de fuga. Diddy, além de ser um dos grandes nomes do hip-hop dos anos 90, também construiu um império com múltiplos investimentos, principalmente no setor de bebidas e mídia. No entanto, com o avanço das denúncias e processos envolvendo acusações de abuso sexual, ele decidiu encerrar sua parceria com a gigante de bebidas Diageo, com quem mantinha a marca de tequila DeLeón. A Diageo preferiu cortar relações, comprando as ações de Diddy em um acordo avaliado em cerca de US$ 200 milhões. Esse rompimento, junto à pressão pública e à repercussão das acusações, também levou o magnata a se afastar da presidência de sua empresa de mídia, Revolt, com o objetivo de tentar reduzir o impacto negativo sobre suas empresas.

Com a saída de grandes parcerias, ele viu uma grande redução em sua receita, que depende agora dos empreendimentos restantes e de seu legado musical. Mesmo com uma fortuna considerável, a perda de contratos e marcas têm diminuído seu alcance e influência nos setores onde antes dominava. A origem da fortuna de Diddy está em sua gravadora, Bad Boy Records, que foi lar de artistas icônicos como The Notorious B.I.G. e Faith Evans. Apesar de um legado musical, sua coleção de direitos autorais tem gerado uma receita baixa em comparação com o passado. Estimativas recentes apontam que seu catálogo gera cerca de US$ 1,25 milhão por ano, um valor que reflete a publicidade negativa ao redor de seus problemas judiciais e os recentes casos.


P.Diddy junto com Kanye West e os príncipes Willian e Harry em 2007 no evento “Concert for Diana” em 2007 (Foto: Reprodução/Tim Graham Picture Library/Getty Images Embed)


Riqueza, conexões e risco de fuga

Os advogados de Combs enfrentam desafios em convencer o tribunal a aceitar uma fiança milionária, dado o tamanho de sua fortuna e suas extensas conexões na indústria. Com várias propriedades de luxo, incluindo mansões em Los Angeles e Miami, e milhões de dólares em contas bancárias e reservas de dinheiro, promotores dizem que ele ainda possui recursos para planejar uma fuga. Enquanto ele aguarda julgamento em uma prisão no Brooklyn, suas posses e história de vida são agora as principais evidências de acusação e defesa.

Mesmo encarcerado no Brooklyn, as conexões de Diddy e sua imensa fortuna, fazem parte das discussões entre promotores e advogados sobre a concessão ou não da fiança. Com várias propriedades de luxo, incluindo mansões em Los Angeles e Miami, e milhões de dólares em contas bancárias e reservas de dinheiro, promotores dizem que ele ainda possui recursos para planejar uma fuga. Para a defesa, no entanto, Diddy é retratado como um empresário que, apesar dos erros, ainda possui interesse em provar sua inocência e recuperar parte de sua reputação, mesmo que todas as provas atuais e sua relação com outros famosos como Tupac, Eminem e 50 Cent digam o contrário. O julgamento de Sean Combs foi marcado para 5 de Maio de 2025.

Eminem apoia Kamala Harris em comício e Barack Obama canta trecho de “Lose Yourself”

Nesta terça-feira (22), em Michigan, o rapper Eminem participou de um comício em apoio à candidata à presidência dos Estados Unidos, Kamala Harris. A democrata está na corrida eleitoral contra Donald Trump, e figuras populares como Eminem vêm demonstrando seu apoio à campanha. Durante o evento, Barack Obama, ex-presidente do país e um dos principais aliados de Harris, surpreendeu o público ao cantar um trecho de “Lose Yourself”, uma das canções mais famosas de Eminem.

Obama se arrisca no rap e diverte o público de Michigan

O momento descontraído ocorreu quando Obama, conhecido por seu carisma e capacidade de se conectar com a plateia, pegou o microfone para cantar parte da icônica “Lose Yourself”. A música foi lançada em 2002 como parte da trilha sonora do filme 8 Mile, estrelado por Eminem, e se tornou um marco na carreira do rapper. Obama admitiu que a ideia de cantar um rap o deixou um pouco desconfortável: “Não costumo me sentir nervoso nesses eventos, mas desta vez fiquei um pouco”, comentou ele antes de cantar. O público reagiu com entusiasmo, aplaudindo e gravando o momento, que rapidamente viralizou nas redes sociais.


Post de Obama sobre a companha (Foto: reprodução/Instagram/@barackobama)


Eminem reafirma sua oposição a Donald Trump

Eminem, por sua vez, não fez uma longa declaração, mas sua presença no comício reforçou seu apoio a Kamala Harris e sua contínua oposição ao governo de Donald Trump. O rapper já havia se manifestado politicamente antes, especialmente em 2017, quando criticou duramente Trump durante sua performance no BET Hip Hop Awards. Ao apoiar Harris, Eminem se junta a uma lista crescente de artistas que estão usando sua influência para mobilizar eleitores nas eleições de 2024.

A campanha de Kamala Harris tem se destacado por atrair grandes nomes do entretenimento, que ajudam a ampliar o alcance entre os jovens eleitores. Com a eleição se aproximando, a presença de personalidades como Eminem e Obama é uma estratégia chave para conectar a política à cultura pop e engajar diferentes segmentos da sociedade.

Eminem já havia exposto Diddy em seu novo álbum

A rivalidade entre Eminem e Sean “Diddy” Combs remonta aos anos 2000 e ganhou atenção renovada com “The Death of Slim Shady“, o último álbum de Eminem, lançado antes da prisão do magnata do rap. Em várias faixas, Eminem critica Diddy, fazendo referência às acusações de agressão sexual que cercam o artista, e intensificando a tensão entre eles. 

O começo da rivalidade dos rappers

A rixa começou em 2000 com a música “I’m Back“, onde Eminem menciona a, então, namorada de Diddy, Jennifer Lopez, afirmando que se tivesse a chance, estaria com ela. Ele deixa claro que não se importa com Diddy e faz comentários diretos sobre a situação. 

 Música de Eminem, “Fuel” (Video: reprodução/Youtube/EminemMusic)

O álbum The Death Of Slim Shady”

Em julho deste ano, Eminem decidiu reviver seu alter-ego Slim Shady no álbum “The Death of Slim Shady” (Coup De Grâce), trazendo de volta esse personagem icônico e dando um fim definitivo a ele. No entanto, o artista também trouxe suas rivalidades à tona, especialmente com o chefe da Bad Boy Records. 

Na faixa “Fuel“, Eminem faz referência a rumores que ligavam Diddy às mortes de Tupac Shakur, em 1996, e The Notorious B.I.G., em 1997, sugerindo uma possível conexão entre Diddy e esses eventos trágicos. Essa insinuação já havia aparecido em “Killshot“, de 2018, mas, até o momento, não há evidências concretas que confirmem o envolvimento de Combs. 

Em “Antichrist“, Eminem critica Diddy novamente, mencionando as acusações de abuso sexual feitas por Cassie, sua ex-namorada. Ele sugere que Diddy possa ter tentado causar o acidente envolvendo Kid Cudi, em 2012, ao descobrir o interesse de Cudi por Cassie. 

Cassie e Diddy fazem acordo

Cassandra “Cassie” Ventura e Diddy chegaram a um acordo legal no ano passado após as acusações, mas, em 2024, vídeos vazados mostraram o empresário agredindo Cassie em um hotel. Esse caso levou a novas acusações e motivou uma investigação policial, resultando em um pedido público de desculpas de Diddy antes de sua prisão.

Matéria por Eduarda Moreira (Lorena – R7)