Novo vírus de Coronavírus é encontrado em morcegos em Hong Kong

O Instituto de Virologia de Wuhan, em parceria com o Laboratório de Guangzhou, publicou um artigo na revista Nature, que informou sobre a possibilidade de um novo coronavírus. O vírus foi encontrado em morcegos de Hong Kong, cidade chinesa, a pesquisa revela que este microrganismo tem a mesma capacidade de infectar seres humanos encontrada no vírus SarsCov-2, o causador da covid-19. 

Como é este novo vírus

O grupo de pesquisa liderado pelo virologista Shi Zhengli já possui experiência com o coronavírus, pois atuou diretamente na pesquisa durante a pandemia de Covid-19, eles encontraram esta nova forma e a nomearam de HKU5-Cov-2, este utiliza o receptor ACE-2 do corpo humano para infectar o organismo.

Para esclarecer os riscos desta nova descoberta o infectologista responsável pela Sociedade Brasileira de Infectologia e o chefe do Departamento de Infectologia da Unesp, Alexandre Naime, declarou que este achado é apenas ao nível de vigilância e não há riscos iminentes de uma nova epidemia ou pandemia como a que se iniciou em 2020. Ele explicou que morcegos são abrigos para diversos vírus e doenças que podem infectar seres humanos, mas essas transmissões precisam de condições específicas para ocorrerem.

Cientistas analisando o coronavírus (Foto: reprodução/x/g1)

Quando ocorreu a descoberta

A observação e pesquisa são de extrema importância para identificar possíveis ameaças e investigar as possibilidades. O artigo foi publicado nesta terça-feira, dia 18 de fevereiro e os cientistas informam que a descoberta ocorreu recentemente, para investigar casos como esse o especialista utilizam uma técnica chamada Crio-EM, onde com um microscópio específico eles analisam as possibilidades e posteriormente como ocorre a contaminação de vírus em humanos. No caso deste vírus, assim como o já conhecido por causar a covid-19, é utilizado a proteína que fica ao redor da célula, a ACE-2 e ali ela recebe o vírus em uma tentativa de reconhecê-lo e neste momento a pessoa é infectada.

Segundo as pesquisas os riscos não são exagerados, mas é necessário continuar observando.

As diferenças entre Dengue, Covid, Influenza e Rotavírus

Atualmente o Brasil vem enfrentando uma epidemia de dengue e, desde janeiro, já foram registados cerca de 3,5 Milhões de possíveis casos e mais de 1,6 mil mortes confirmadas pela doença. Os sintomas são semelhantes a doenças respiratórias e com a chegada do outono, é importante saber diferenciar o para o diagnóstico.  

Conheça os sintomas

É fundamental fazer a distinção entre Dengue, Covid, Rotavírus, mesmo que possuam traços em comum, existem ncaracterísticas divergentes entre elas que permitem o descobrimento de qual enfermidade se trata. 

De acordo com a infectologista do Hospital Sírio-Libanês, Mirian Dal Ben, é necessário exame para evitar um tratamento incorreto. 

“Covid e influenza costumam dar tosse, o nariz entupido, que dengue e rotavírus não dão. Às vezes, influenza pode dar diarreia, Covid também. Mas um quadro muito mais importante de diarreia, a gente acaba pensando mais em rotavírus ou dengue. Mas, no final das contas, a gente acaba fazendo exames mesmo pra poder diferenciar uma coisa da outra”, explica a infectologista. 


Hospital Sírio Libanês(Foto/reprodução/Sírio-Libanês/Site Oficial)

Conforme o ministério da saúde, confira abaixo os principais sintomas das doenças:

Covid-19:

  • Tosse 
  • Dor de garganta 
  • Coriza 
  • Perda de paladar 
  • Diarreia 
  • Dor abdominal 
  • Febre 
  • Calafrios 
  • Dor muscular 
  • Cansaço 
  • Dor de Cabeça 

Sintomas de dengue: 

  • Dor abdominal 
  • Vômitos persistentes 
  • Febre alta (39°C a 40°C) 
  • Dor de cabeça 
  • Dor muscular 
  • Dor atrás dos olhos 
  • Mal-estar 
  • Manchas vermelhas 

Sintomas Influenza: 

  • Tosse 
  • Dor no corpo 
  • Dor de cabeça 
  • Febre 
  • Dor de garganta 

Sintomas Rotavírus: 

  • Diarreia 
  • Febre 
  • Desidratação 

Grupos de risco

Tais doenças podem afetar todos os grupos etários, porém algumas faixas de idade estão mais vulneráreis e podem obter casos graves de infecção e complicações, entre elas idosos e crianças e gestantes. 


Vacina da Dengue (Foto/reprodução/CNN)

“Pacientes imunossuprimidos com algum problema na imunidade, idosos, crianças pequenas, principalmente menores de 2 anos, sempre são grupo de risco pra qualquer dessas quatro doenças. E tem alguns grupos de risco específicos, então, a gente sabe, por exemplo, que pacientes obesos, gestantes, são grupo de risco pra influenza e pra Covid, dengue também, gestantes é um grupo de risco. Então, obesidade, principalmente pra influenza e Covid, tabagistas também, mas, no geral, o grupo de risco comum pra elas todas são idosos, imunocomprometidos e crianças pequenas, pessoas com comorbidades”, informa Mirian.

 Identificar os sintomas de cada doença pode auxiliar no processo de tratamento, porém a confirmação é feita somente através de exames médicos. 

Cidade de São Paulo amplia território de vacinação contra dengue

A partir desta quinta-feira (11), os locais de vacinação contra dengue devem expandir para todos os postos de saúde de São Paulo, segundo a prefeitura da cidade. A Imunização começou semana passada em 11 Unidades Básicas de regiões com maior incidência de casos.

O público alvo da campanha são crianças de 10 a 14 anos, como recomenda o Programa Nacional de Imunização, do Ministério da Saúde. 

O que levar para ser vacinado

Todas as crianças ou adolescentes devem estar acompanhadas de um responsável. É necessário apresentar carteira de identidade, cartão de vacina e comprovante de residência ou escolar.

Por que vacinar

São Paulo passa por uma grande epidemia de dengue, apenas no estado, em 2024 foram registrados 250 óbitos. Mais de 500 mil casos da doença foram confirmados e outros 512 mil estão sendo investigados. Desses, pelo menos 638 são graves e 5.942 com sinal de alarme. Os dados são do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).

Inicialmente, não haverá vacinação nas escolas, como de costume em grandes campanhas. As doses serão aplicadas nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs).

Quando não vacinar

É indispensável que a criança não tenha sido diagnosticada com dengue nos últimos seis meses, e não tenha suspeitas da doença para receber a dose de forma segura. As pessoas que tiveram hipersensibilidade à dose anterior ou que contém imunidade baixa (imunossuprimidos) também devem evitar.

Sintomas da dengue


“Mosquito da dengue”, o Aedes Aegypti (Foto/Reprodução/ Joao Paulo Burini/ Embed from Getty Images)


A dengue é causada pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti. Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele.

Dengue com sinal de alarme é todo caso que, no cessar da febre apresente algum sintoma como: dor abdominal, vômito, sangramento de mucosas entre outros.

É considerado grave todo caso de dengue que apresente pelo menos umas das condições: choque ou desconforto respiratório, sangramento grave ou comprometimento grave de órgãos.

Definições disponíveis no site do painel de monitoramento do Estado de São Paulo.

Medidas contra a dengue

A principal forma de se prevenir contra dengue é reduzir a infestação do mosquito Aedes aegypti, que é o responsável por transmitir o vírus. Eliminar o criadouro é fácil e pode ser feito em pouco tempo, adotando ações simples do cotidiano“, diz a recomendação do Ministério da saúde.

Para acabar com esses criadouros é necessário ficar atento aos objetos que podem acumular água parada como pneus, vasos, latas, garrafas, entre outros. Lugares com a água assim, seja suja ou limpa, são propícios para que a fêmea do Aedes aegypti possa colocar seus ovos, gerar novos mosquitos e aumentar a transmissão da dengue.

Epidemia de dengue: auge da ação do Aedes aegypti essa semana; entenda

As doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti têm um ciclo sazonal natural de aumento e redução. E de acordo com a média da última década, o Brasil está agora no meio do período mais crítico para esse aumento. Por isso, entenda mais a respeito da doença e de como se prevenir nesse período e no resto do ano.  

Piora nos casos de doenças 

Entre a 15ª e a 17ª sétima semana do ano historicamente são os dias onde normalmente mais ocorrência de zika, dengue e chikungunya são registrados. Atualmente entramos na 16ª semana então é importante redobrar os cuidados. O alerta é divulgado pelo pesquisador Wanderson Oliveira, ex-chefe da Secretaria Nacional de Vigilância em Saúde (SVS) e epidemiologista do Hospital das Forças Armadas. Na análise que o especialista publicou na última semana acendeu-se uma preocupação com a dinâmica da doença no Brasil.

Leva-se um tempo entre a detecção do caso, com o preenchimento da ficha do paciente e a digitação dessa informação no banco de dados. Então o que a gente está visualizando hoje é um retrato de algumas semanas atrás”, afirma Wanderson Oliveira. O epidemiologista comparou os anteriores com os atuais e diz que os números inspiram bastante cautela. Desde 2023, por conta de ondas de calor e distribuição de chuvas, a situação está piorando para essas arboviroses, nome dado às viroses transmitidas por artrópodes (no caso, insetos).

Casos notificados por semana neste ano comparados à média dos 10 anos anteriores

Veja a seguir a ocorrência de dengue, zika e chikungunya em 2024 nas diferentes regiões do Brasil. Nos gráficos com os dados divulgados pelo DataSUS:


*Casos dos últimos 45 dias ainda são registros muito incompletos, e devem subir (Foto: reprodução/site/O Globo/DataSUS

Cuidados para proteção contra as doenças

Wanderson Oliveira confirma que estamos em um momento que requer atenção. Alertando para os cuidados na prevenção de focos para a proliferação do mosquito da dengue. “Dediquem uns 10 minutos por dia para procurar possíveis focos de larva do mosquito da dengue”, afirmou o especialista. Nos municípios em que a vacinação está disponível é de suma importância que os responsáveis levem as crianças para vacinar. A seguir pode-se ver algumas precauções para evitar o acúmulo de água parada:


Prevenção ao mosquito da dengue (Foto: reprodução/site/Prefeitura de Marechal Floriano)

Esses são alguns dos passos a serem seguidos para evitar problemas de saúde no futuro. Além de claro, vacinação e acompanhamento médico adequado. 

Cientistas brasileiros desenvolvem projeto para prever epidemias de dengue   

O ano de 2024 começou com uma nova epidemia da dengue e outras doenças geradas pelo Aedes Aegypti, Zika vírus e Chikungunya, com 1,6 milhões de ocorrências confirmadas nos primeiros 3 messes, trouxe a população um sinal de alerta. Por conta disso, alunos e pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), desenvolveram uma técnica capaz prever com antecedência locais com a maior possibilidade de casos utilizando a IA. 

A Inteligência artificial é utilizada em conjunto com um modelo matemático, para compreender similaridades e padrões em espaços e regiões, utilizando informações como umidade relativa do ar, temperatura, taxas de precipitação e internações hospitalares, assim permitindo que sejam emitidos níveis diferentes de surtos epidemiológicos. 


Profissional de saúde em ação na Cidade de Contagem, Minas Gerais (Foto: reprodução/Douglas Magno/AFP/Getty Images)

Mapeamento de dados

A pesquisa é encabeçada por Fábio Teodoro de Souza, pós-graduado em Gestão Urbana (PPGTU) e da Engenharia Civil da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), iniciou um período de teste em Campo Mourão, município do interior do Paraná, entre 2019 e 2020.

Em uma entrevista recente ao Jornal ‘’O Globo’’, o professor menciona sua primeira experiência com o projeto: “Com a parte da análise espacial, nós também conseguimos entender a partir de onde a doença se espalha. Nós descobrimos que ali em Campo Mourão, por exemplo, o surto de dengue surgiu de um ferro velho da cidade”.

Para o especialista, um dos objetivos da tecnologia é poder auxiliar na criação de políticas públicas focadas mobilização comunitária e identificação dos casos, e para tais ações sejam implementadas, é fundamental que entendemos os comportamentos das doenças endêmicas. 

IA e prevenção

Com a previsão gerada pela IA pode contribuir com o planejamento das autoridades para casos futuros, exemplos como preparar as equipes de saúde, campanhas de prevenção e organizar a logística hospitalar entre outras que podem servir de curto a longo prazo.  

Brasil atinge marca de 1 milhão de casos de dengue e 214 mortes em 2024

O Brasil enfrenta uma situação alarmante em relação à dengue em 2024, com mais de 1 milhão de casos registrados e 214 mortes confirmadas até o momento. A rápida propagação da doença levou seis estados (AC, GO, MG, ES, RJ e SC) e o Distrito Federal a declararem emergência em saúde pública. A preocupação crescente com a situação levou o Ministério da Saúde a planejar uma mobilização nacional contra a dengue.

Início precoce e curva ascendente

Especialistas destacam que o início precoce e a rápida escalada de casos chamam atenção para o comportamento atípico da dengue neste ano. Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), ressalta a imprevisibilidade da doença, que pode apresentar variações significativas de temporada para temporada.

Até o momento, 214 mortes foram confirmadas desde janeiro e 687 seguem em investigação. Em 2023, foram 149 óbitos entre os meses de janeiro e fevereiro.


Entenda os sintomas da Dengue (foto: reprodução/ Bio-Manguinhos/Fiocruz)

Emergência nacional: O “Dia D” contra a dengue

Com a escalada dos casos, autoridades de saúde planejam uma mobilização nacional contra a dengue, marcada para o próximo sábado, 2 de março. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, enfatiza a importância do evento como um momento de atenção e ação coordenada em todo o país.

Combatendo a dengue

A prevenção e o controle da dengue dependem do combate ao mosquito Aedes aegypti, principal vetor da doença. Segundo o Ministério da Saúde, a maior parte dos criadouros do mosquito está nos domicílios, destacando a importância da participação da sociedade, do governo e dos profissionais de saúde no combate aos focos de proliferação do vetor.


Entenda os criadouros do mosquito e ajude a eliminar os focos de proliferação (Vídeo: reprodução/YouTube/Jovem Pan)

Kleber Luz, infectologista e consultor da Organização Mundial da Saúde (OMS), reforça a gravidade da dengue e a necessidade de diagnóstico e tratamento rápidos ao apresentar sintomas da doença.

A situação alerta para a importância da conscientização e ação coletiva na luta contra a dengue, visando mitigar os impactos dessa doença que afeta milhares de brasileiros todos os anos.

São Paulo registra aumento de casos de dengue com 92 mil confirmações

São Paulo enfrenta surto de dengue em 2024, com mais de 92,6 mil casos confirmados até o momento, conforme dados divulgados pela Secretaria Estadual da Saúde. O número representa o dobro do registrado no mesmo período do ano anterior, evidenciando um aumento alarmante da doença.

Apenas nos últimos 10 dias, o estado registrou mais de 41,4 mil casos. Além disso, foram confirmadas 17 mortes pela doença, enquanto outros 90 óbitos estão sob investigação.

Urgência na Distribuição da Vacina

De acordo com o G1, um óbito já foi confirmado, e outros 19 estão sendo investigados. A cidade concentra 21,6% dos casos registrados no estado. Apesar da gravidade da situação, São Paulo enfrenta dificuldades na distribuição da vacina contra a dengue.

Dos cerca de 500 municípios brasileiros inicialmente selecionados para receber as doses, apenas 11 estão no estado, excluindo a capital. Os municípios paulistas iniciaram a vacinação gradual contra a dengue a partir de 19 de fevereiro.


Governo do Estado de São Paulo se reuniu para definir próximas medidas de combate à dengue (foto: reprodução/governodoestadodesãopaulo)

Medidas preventivas

Para combater a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, é fundamental que a população adote medidas preventivas, como eliminar qualquer reservatório de água parada sem proteção, incluindo caixas d’água e piscinas, pequenos objetos como tampas de garrafa e vasos de planta.

Além disso, pneus velhos devem ser furados e guardados com cobertura, recipientes vazios entregues à limpeza pública, e vasos e baldes vazios devem ser colocados de boca para baixo. Medidas simples como essas ajudam a evitar a reprodução do mosquito e, consequentemente, a propagação da dengue.

Reconhecimento precoce dos sinais da dengue

O Ministério da Saúde destacou a importância do reconhecimento precoce dos sinais e sintomas da dengue, uma doença febril aguda que pode progredir para formas graves, resultando em complicações sérias e até mesmo óbito.

De acordo com as orientações do Ministério, qualquer pessoa que apresente febre súbita acompanhada por pelo menos duas das seguintes manifestações – dor de cabeça, prostração, dores musculares e/ou articulares e dor atrás dos olhos – deve buscar imediatamente atendimento médico.

Embora a maioria dos pacientes se recupere, a dengue pode evoluir para formas graves, especialmente em indivíduos com condições preexistentes, mulheres grávidas, lactentes, crianças (até 2 anos) e pessoas com mais de 65 anos, que estão em maior risco de complicações.