FBI acessa celular do atirador responsável pela tentativa de assassinato contra Trump

Thomas Matthew Crooks, que tentou assassinar o ex-presidente Donald Trump em um comício na Pensilvânia no sábado, teve seu celular acessado por técnicos do FBI. Os investigadores estão atrás de pistas sobre as motivações do crime nos dispositivos eletrônicos.

Investigação do FBI

Segundo o FBI, o acesso ao celular de Crooks era uma prioridade máxima para as autoridades. “O FBI recebeu centenas de dicas de mídia digital que incluem fotos e vídeos feitos na cena do crime e continuamos a analisar as dicas recebidas”, disse o departamento em um comunicado.

O FBI concluiu as buscas na casa e no carro do atirador. Crooks tinha explosivos em seu carro e em sua casa em Bethel Park, Pensilvânia. Desde sábado, quase 100 entrevistas foram realizadas com policiais, participantes do evento e outras testemunhas. 

Tentativa de assassinato 

No atentado contra Trump, Crooks posicionou-se no telhado de um prédio próximo ao local do comício em Butler, onde o ex-presidente foi atingido de raspão na orelha direita durante o tiroteio. O incidente, que resultou em oito tiros, conforme relatado pelo New York Times, causou a morte de um eleitor de Trump.


Donald Trump levanta o punho após ser socorrido por agentes do serviço secreto no comício na Pensilvânia (Reprodução/REBECCA DROKE/Getty Images Embed)


Quem era o atirador?

Até agora, sabe-se que o franco-atirador de 20 anos era natural de Bethel, Pensilvânia, e havia se formado em Ciências da Engenharia na Faculdade Comunitária do Condado de Allegheny dois meses antes, conforme informações da instituição.

Embora registrado como eleitor do Partido Republicano, não foram encontradas evidências de condutas ameaçadoras online ou vínculos partidários. A polícia recuperou a arma usada no crime, um fuzil AR-15 semiautomático, no local do atentado após a morte de Crooks.

Autoridades indicaram que ele não sofria de algum tipo de transtorno mental. Os colegas de escola mencionaram que Crooks sofria bullying devido a dificuldades de adaptação, apesar de ser considerado inteligente.

Crooks não tinha registros criminais, e o FBI acredita que ele agiu sozinho na tentativa de assassinar o ex-presidente Donald Trump, embora as investigações ainda estejam em curso.

A rede social Discord identificou e excluiu uma conta associada ao atirador, mas afirmou que a conta estava inativa há meses e não havia evidências de seu uso para planejar o incidente, promover violência ou discutir opiniões políticas, segundo comunicado da empresa.

Biden reafirma sua candidatura à presidência dos EUA em coletiva de imprensa

Após o encerramento da cúpula da OTAN, o atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, participou de uma coletiva de imprensa em Washington, nesta quinta-feira (11). Esta foi considerada uma etapa decisiva para o candidato à presidência dos Estados Unidos depois da má performance no debate contra Donald Trump, também candidato, pela CNN. Biden comentou sobre os principais assuntos que regem o mundo, os Estados Unidos, e, principalmente, sua idade.

Desempenho na coletiva

Em uma das raras coletivas de imprensa propostas a fazer, o presidente dos Estados Unidos apresentou um desempenho melhor do que nos últimos eventos em que sua postura foi colocada à prova. Dos muitos assuntos circulados durante a série de perguntas e respostas, os principais foram voltados a saúde de Joe Biden, sua idade e sua capacidade para comandar a maior potência mundial.

Devido às más performances recentes, a postura de Biden e suas palavras na coletiva reafirmaram que o presidente continuará como candidato na corrida presidencial.

Joe Biden declarou que é a pessoa mais qualificada para ser presidente e que irá continuar com sua campanha para a presidência, mesmo com a pressão dos aliados nos últimos dias acerca de sua desistência.

O democrata também disse estar determinado em concorrer além de expressar querer tirar a imagem de que não está pronto para encarar a campanha sem roteiro prévio.

Biden recebeu perguntas excessivas sobre uma possível desistência da candidatura e rebateu dizendo não pretender desistir a menos que sua equipe diga que “não há como vencer” Donald Trump.”Ninguém está dizendo isso. Nenhuma pesquisa diz isso.”, declarou o presidente.

De acordo com o democrata, até o momento nenhuma pesquisa de intenção de voto já o eliminou da corrida mesmo existindo a vantagem republicana na corrida. O presidente também falou na condição de candidato, expressando promessas e interagindo como possível eleito.

Além disso, Biden ainda foi perguntando sobre a suposta redução de sua agenda para dormir mais cedo e sobre possíveis novos exames cognitivos.


Joe Biden em coletiva de imprensa em Washington (Foto: reprodução/ Graeme Sloan/ Bloomberg)

Isso não é verdade […] O que eu disse foi que, em vez de começar todos os dias às 7h e ir para a cama à meia-noite, seria mais inteligente manter um ritmo melhor…é disso que estou falando. Minha agenda está lotada…e no próximo debate, não viajarei 50 fusos horários uma semana antes [como no debate]“, respondeu sobre a questão do descanso ser mais cedo.

Quanto aos exames, Biden disse: “Se me disserem que eu precise fazer outro exame cognitivo, eu o farei. Não sou oposto a fazer caso meus doutores o peçam“. Alfinetando o adversário, Joe Biden também comentou sobre as condições de Trump e disse ser transparente quanto aos seus registros médicos.

Entretanto, apesar do desempenho assertivo na maior parte da coletiva, o atual presidente também cometeu gafes penosas que podem afetar seu discurso de aptidão. Em um momento, Joe Biden confundiu sua vice-presidente, Kamala Harris, com seu adversário Donald Trump ao se enrolar nas palavras e chamá-la de “vice-presidente Trump”.

Em outro, pouco antes da coletiva, Biden se confundiu e chamou o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, de Vladmir Putin, presidente da Rússia.

O que diz Biden sobre o mundo

As perguntas sobre sua posição a respeito de assuntos do mundo e dos Estados Unidos também foram excessivas. Perguntado sobre uma importante declaração na campanha de 2020, onde afirmava ser a nova ponte entre a nova geração de jovens, Biden respondeu não ter percebido o “quão duro” era o desafio que está tendo que lidar como presidente. Na época, ele apontava não poder disputar um segundo mandato, aos 77 anos. Hoje, o atual presidente disputa aos 81.

O presidente também recebeu perguntas sobre Kamala Harris, sua vice-presidente, como por exemplo se a vice estaria pronta para ser presidente a partir do primeiro dia de mandato. O democrata reforçou o companheirismo e disse acreditar em sua parceira de chapa. Ele também ressaltou que não escolheria Harris se não soubesse de sua capacidade para comandar a nação estadunidense.

Em outras questões, Joe Biden garantiu ser a melhor opção para lidar com a guerra da Ucrânia e atestar o sucesso do país invadido assim como a força da OTAN. Além disso, respondeu sobre a atuação da aliança militar em apoio a Ucrânia dizendo que “Kiev ainda está de pé”.

O presidente salientou estar pronto para lidar com Putin, presidente russo, agora ou daqui há três anos. Quanto a guerra na Faixa de Gaza, o democrata reforçou o desejo de chegar a um cessar-fogo.

Kamala Harris pede união do partido com democratas

Kamala Harris é o primeiro nome na linha de sucessão de Joe Biden, tanto na Casa Branca quanto na disputa contra Donald Trump nas eleições marcadas para novembro. A vice-presidente dos Estados Unidos, conversou com outras autoridades eleitas nesta última semana, com o propósito de que o partido Democrata permaneça unido.

Essa ligação aconteceu em meio a especulações sobre o futuro do atual Presidente Joe Biden. O nome de Kamala vem sendo cotado como uma possível substituta caso Joe Biden escolha se afastar como candidato do partido.

No entanto, à medida que os democratas se preocupam em substituir Joe Biden, de 81 anos, como candidato do partido nas eleições de novembro, devido ao seu desempenho decepcionante e, às vezes, incompreensível como no debate contra Donald Trump, o número de jornalistas que acompanham Harris aumentou significativamente.

A vice-presidente não discutiu temas polêmicos, como a aptidão de Biden para exercer o cargo e se deveria desistir da disputa e passar a responsabilidade para ela, a sua equipe vem mantido descrição diante das consequências.

Ser presidente nem sempre é fácil. Joe Biden é um lutador excepecional!

Kamala Harris, ao falar sobre Joe Biden

Joe Biden e Kamala Harris em foto publicada pelo candidato democrata (Foto: reprodução/Twitter/@JoeBiden)

Na terça-feira (9), Kamala Harris disse que os últimos dias para o presidente Joe Biden são uma oportunidade para relembrar que a função de presidente “necessariamente é fácil”, mas continuou defendendo-o mesmo diante dos pedidos para que ele se afastasse após o seu desempenho decepcionante no debate de junho.

Continuaremos a lutar e nos organizar para, em novembro, triunfar. Estamos em primeiro lugar. É difícil trabalhar. Trabalho árduo é bom.

, acrescentou a vice-presidente

A narrativa americana de Harris

Kamala Harris nasceu em uma família de acadêmicos imigrantes na Califórnia, em 1964. A mãe de Harris, Shyamala Gopalan, era uma pesquisadora do câncer de mama nascida na Índia, enquanto o pai, Donald J. Harris, era da Jamaica. Os pais de Harris participaram de forma ativa no movimento pelos direitos civis da década de 1960.

De acordo com o seu livro “Aquilo em que Acreditamos”, “The Truths We Hold”, essa experiência influenciou sua própria carreira. Harris relata que se recorda da mãe dizendo a ela e à sua irmã Maya: Não se deixem sentar e reclamar das coisas. Façam algo!

O casamento dos pais terminou quando Harris tinha sete anos. Cinco anos depois, Gopalan conseguiu um emprego de pesquisa no Canadá e a família se mudou para Montreal.

A futura vice-presidente norte-americana estudou o Ensino Médio no Canadá. Em seguida, retornou aos Estados Unidos para estudar ciências políticas e economia, em Washington, DC. Em 1986, ele retornou à sua terra natal, a Califórnia. para analisar direito.

Harris obteve a aprovação no exame da Ordem dos Advogados em 1990 e iniciou sua carreira como promotora pública, subindo de posto até se tornar procuradora-geral da Califórnia em 2011. Ela foi a primeira mulher negra e sul-asiática americana a assumir o cargo.

Cooper Flagg se destaca em treino com o Dream Team dos Estados Unidos

Os Estados Unidos montaram um novo Dream Team para buscar o quinto ouro no torneio masculino de basquete das Olimpíadas. LeBron James, Stephen Curry, Kevin Durant e Anthony Davis são alguns jogadores que estarão em Paris, para disputar as Olimpíadas de Paris.

Na última segunda-feira (8), um ala de 17 anos chamou a atenção em treino da equipe americana, ele é recém-saído do ensino médico, Cooper Flagg foi convidado para participar da atividade e protagonizou belas jogadas.

Preparação para as Olimpíadas

Na preparação para grandes eventos, como por exemplo, Olimpíadas e Copas do Mundo, os Estados Unidos costuma chamar atletas que não possuem tanta experiência para participarem de treinamentos, e enfrentarem a seleção principal, que possui várias estrelas. Geralmente, esses jovens estão no in;icio da caminhada para a liga principal de basquete. Em 2024, esse é o caso de Jaime Jaquez Jr., armador de 23 anos do Miami Heat.



Desde o ano de 2013, um jogador não era convidado para os treinos com a seleção principal dos EUA. Naquela ocasião, Doug McDermott e Marcus Smart receberam oportunidade de conviver com grandes estrelas da modalidade. Flagg, se destaca ainda mais, pelo fato de que ele estava no ensino médio na última temporada e ainda nem estreou pela Universidade Duke.

Fase de Flagg

Depois do treino de segunda-feira (8), que terminou com vitória suada da seleção principal por 74 a 73, Flagg falou: “a oportunidade (de estar nos treinos dos EUA) foi legal. Fiquei surpreso e muito animado com ela. Eu me sinto muito abençoado por ter vindo, aproveitado a chance e mostrado o que tenho. Sou grato por aprender aqui. Essa foi a melhor coisa para mim: pode aprender e crescer, dividir a quadra com esses grandes jogadores, lendas”.

Vale destacar, que apesar do convite para participar dos treinamentos, o ala não disputará as Olimpíadas de Paris. Ele vai se preparar para a temporada de estreia no basquete universitário e já aparece como provável escolha do Draft de 2025 da NBA.

The New York Times afirma que Biden é inapto para a presidência e que deve desistir  

Em um editorial publicado na terça-feira (09), o jornal The New York Times voltou a criticar duramente o presidente dos Estados Unidos e candidato à reeleição, Joe Biden. O jornal fez um pedido público para o Partido Democrata escolher outro candidato e que fale a verdade para Biden sobre sua incapacidade de continuar com a campanha. 

Desde o primeiro debate eleitoral ocorrido em junho, o periódico vem publicando artigos sobre a retirada de Biden. Porém, o recém-divulgado se trata de um editorial de opinião assinado por todo o conselho editorial do jornal, afirmando que o presidente não é apto para assumir um novo mandato. 

Palavras duras

No editorial, o jornal afirma que Joe Biden estaria “passando vergonha” e que, ao manter a candidatura, ele continuará colocando em risco todo o seu legado na política. Em determinado momento do texto, eles citam uma pesquisa de público onde 74% dos entrevistados acreditam que Biden está muito velho para assumir novamente o cargo de presidente. 

Atualmente, o democrata tem 81 anos e, se for reeleito, ele terminará o mandato em 2028 com 86 anos. Para os jornalistas, nessa idade, ele não deve realizar dois dos trabalhos mais exigentes no mundo: “servir como presidente e fazer campanha para a presidência”.


Capa do editorial do The New York Times (Foto: reprodução/The New York Times/nytimes.com)

O The New York Times, prossegue destacando que a candidatura do político pode significar uma possível ameaça de vitória de Donald Trump e, se os democratas desejam fugir desse cenário, devem convencer Joe Biden a desistir da campanha. O jornal declara que Trump também não é apto para comandar a Casa Branca e que sua vitória colocaria a democracia em risco. 

Eles encerram a matéria dizendo que Biden se perdeu no papel de presidente e que a melhor chance dos democratas na eleição será a sua desistência. 

Debate iniciou as discussões

O primeiro debate eleitoral entre os dois candidatos à presidência, ocorrido no dia 27 de junho, iniciou as discussões sobre a desistência de Joe Biden. No evento, o democrata não conseguiu rebater as acusações falsas feitas por Donald Trump e se mostrou muito confuso no confronto. 


Debate entre Biden e Trump (Foto: reprodução/Justin Sullivan/Getty Images Embed)


O líder da Casa Branca admitiu posteriormente que não se saiu bem durante o debate, o que levantou os comentários e apoio para sua desistência. Ele chegou a mandar uma carta para o partido democrata na segunda-feira (08), alegando que continuará na disputa e que o movimento para sua retirada só contribui para beneficiar Trump.

 As eleições americanas estão previstas para acontecer no dia 5 de novembro, ainda sem mudanças nos candidatos. 

Shakira irá se apresentar na final da Copa América 2024

Está em andamento a Copa América 2024, competição sul-americana entre seleções, onde participam também países da América Central e do Norte, como México, Canadá, Panamá, Jamaica e Estados Unidos. Uma novidade desta edição é o show anunciado da cantora Shakira, que está confirmada para se apresentar na grande decisão, algo que vem se tornando tradição nas competições organizadas pela entidade sul-americana, se inspirando em outros eventos como Super Bowl, Copa do Mundo e UEFA Champions League. A cantora se apresenta no próximo domingo (14), antes da partida final.

Shakira

A cantora está confirmadíssima na final da Copa América, no dia 14 de julho, onde irá se apresentar antes da grande final, no show de abertura. Um detalhe interessante é que a Colômbia, país da cantora, vem fazendo grande campanha na competição e pode chegar na grande decisão, algo que seria um feito histórico para o país, aliado ao show da cantora.

Shakira, além de ter seus sucessos em álbuns como “Fijación Oral” e “Donde Estan Los Ladrones”, é muito conhecida também pelas suas músicas de Copa do Mundo, como Waka Waka (2010) e La La La (2014), para as Copas de África do Sul e Brasil, respectivamente.

Waka Waka – Shakira (2010) (Reprodução: Música/Spotify/Shakira)

A relação da cantora com futebol, além das músicas citadas, é de conhecimento público, tendo em vista que Shakira teve um relacionamento duradouro com o zagueiro espanhol Gerard Piqué, ex-jogador de futebol. O fim da relação entre os dois foi extremamente conturbado e gerou uma repercussão muito grande, com Shakira tendo lançado algumas músicas sobre situação.

A final da competição

A Copa América terá fim dia 14 de julho, no domingo, ainda aguardando quem serão os times presentes na final da competição. As semifinais serão disputadas nesta terça (9) e quarta (10), com Argentina x Canadá e Colômbia x Uruguai, onde o vencedor de cada duelo estará na grande decisão.

Imigrantes usam Brasil como rota ilegal para os Estados Unidos

Em 2023, houve um aumento significativo no número de concessões para refugiados concedidas no Brasil. Porém, uma parcela considerável desses estrangeiros não tem vontade de permanecer no país. Os imigrantes indianos, por exemplo, têm utilizado o Brasil como ponto de partida para uma perigosa travessia até Estados Unidos, passando por nove países diferentes. Este roteiro é orquestrado por venezuelanos e abrange várias etapas clandestinas.

São Paulo como ponto de partida

Tudo começa em Guarulhos, no Aeroporto Internacional de São Paulo, onde estrangeiros desembarcam em voos vindos da Europa em busca de asilo. Em junho, cerca de 400 pessoas – predominantemente indianos – encontraram-se acampando nas instalações do aeroporto devido a complicações relacionadas com o sistema de cadastro de refugiados. Após a solicitação de refúgio, os imigrantes podem obter documentos brasileiros como o CPF (Cadastro de Pessoa Física) e concede acesso a serviços públicos. No entanto, um número considerável acaba tendo estadia de curta duração no país.


Brasil é o inicio de uma rota de imigração ilegal até os Estados Unidos (Foto: reprodução/TV Globo)

Após a liberação, os imigrantes ficam hospedados em um hotel no centro de São Paulo por cerca de uma semana. De lá, vão até a rodoviária e embarcam em ônibus para Campo Grande (MS) e depois para Corumbá, na fronteira com a Bolívia. Na cidade, motoristas de táxi e aplicativos os levam até a fronteira, onde atravessam ilegalmente para Porto Quijarro.

Depois das liberações, os imigrantes ficam hospedados em um hotel no centro de São Paulo por aproximadamente uma semana. De lá, seguem até a rodoviária e viajam para Campo Grande (MS), e em seguida, para Corumbá, na fronteira com a Bolívia. Na cidade, táxis locais e motoristas de aplicativos facilitam o transporte até a fronteira boliviana, onde atravessam de forma ilegal para Porto Quijarro.

Perigos da rota para os EUA

Após entrar na Bolívia, os imigrantes ainda passam por outros nove países antes de tentar entrar nos Estados Unidos. A travessia entre a América do Sul e a América Central passa pela perigosa Selva de Dárien, entre a Colômbia e o Panamá. Essa região é dominada por grupos criminosos, que extorquem e violentam os migrantes.


Imigrantes na Selva de Dárien, entre a Colômbia e o Panamá (Foto: reprodução/Federico Rios/The New York Times)

Segundo o procurador do Ministério Público Federal, muitos imigrantes são enganados e passam por situações desumanas. “Há muitos relatos de pessoas que são estupradas, violentadas… é um pesadelo”, afirma o procurador.

Fraude e regulamentação de refúgio

A Polícia Federal (PF) alertou o Ministério da Justiça sobre possíveis fraudes em pedidos de refúgio no Brasil. De janeiro a junho de 2023, 8.327 pessoas pediram refúgio no Aeroporto de Guarulhos, mas apenas 117 continuaram o processo no país, o que significa que 99,59% deixaram o Brasil ou estão irregulares. A PF solicita uma regulamentação mais condizente com os verdadeiros propósitos de refúgio, destacando que muitos utilizam o refúgio como subterfúgio para migração irregular.


PF em operação contra suspeitos de levar brasileiros ilegalmente (Foto: reprodução/Lalo de Almeiada/FolhaPress)

Selva de Dárien: rota suicida

O Estreito de Dárien, uma selva densa entre a Colômbia e o Panamá, é uma das rotas mais perigosas do mundo. Controlada por organizações criminosas, a passagem exige pagamentos elevados e não garante segurança. Extorsão, rapto e agressões sexuais são comuns. Em 2023, mais de meio milhão de pessoas atravessaram o estreito, enfrentando perigos naturais e violência.



A travessia na selva inclui montanhas íngremes, rios de correnteza forte e trilhas lamacentas. A falta de água potável e a presença de doenças transmitidas por vetores tornam a viagem ainda mais perigosa. Muitos migrantes deixam marcas para identificar corpos ao longo do caminho, na esperança de que possam ser recuperados no futuro.

A busca por segurança e uma vida melhor leva essas pessoas a arriscarem suas vidas em uma rota traiçoeira, movidas pela esperança de alcançar os Estados Unidos.

Ordem de retirada é feita por conta de incêndio Thompson no norte da Califórnia  

Momentos de horror foram testemunhados por habitantes da região norte da Califórnia. Um incêndio descontrolado, conhecido por ‘Thompson’, continua avançando sem controle algum em meio a nova onda de calor no oeste do Estados Unidos. 

Incêndio Thompson

Sob alerta, a região tomada pelo incêndio que assombra habitantes e autoridades foi evacuada em razão da falta de qualquer controle contra o fogaréu intenso. Segundo dados oficiais, mais de 1.200 hectares já foram consumidos desde seu início, na terça-feira (2).  

Foi emitido ordem de retirada para cerca de 13.000 pessoas no condado de Butte. A propagação do fogo chega até o norte da comunidade de Oroville, em Butte, com cerca de 20.000 moradores. 

O condado [Butte] está sob alerta vermelho desde ontem à noite e se manterá assim até a noite de amanhã“, declarou Garrett Sjlound, chefe dos bombeiros do local. A declaração foi feita nesta quarta-feira (3) pela KCRA, emissora local afiliada à NBC. 


Incêndio Thompson em Butte, Califórnia (Foto: reprodução/ John Edelson/ AFP)

Gavin Newsom, governador do estado da Califórnia, declarou estado de emergência. Mais de 400 bombeiros já estão combatendo as chamas de Thompson por terra e ar, com máquinas pesadas além de aviões e helicópteros. O chefe dos bombeiros ainda informou que equipes e pessoal de outras regiões foram chamados para reforçar o combate.  

As condições em nosso condado neste verão [hemisfério norte] são muito diferentes das que vivenciamos nos dois últimos. O material combustível é bastante denso. O mato está seco, e como vocês podem ver, qualquer vento vai espalhar um incêndio muito rapidamente“, comentou Garrett Sjolund para a KCRA.  

Incêndios na Califórnia

De acordo com especialistas, a temporada de incêndios começou mais cedo na Califórnia neste ano. O fogo já consumido chega a cerca de 17 mil hectares. Eles ainda afirmam que tal acontecimentos podem ser um prenúncio para o país após dois anos de mais umidade.  

Não obstante, a onda de calor que assola os Estados Unidos ainda está em seu início. Com o verão começando, diversas regiões do oeste já tiveram renovação de recordes nas temperaturas e muitas passaram dos 40°. O serviço de meteorologia de San Francisco emitiu alertas para várias localidades do norte devido à onda de calor arrasadora. 

Uma situação excepcionalmente perigosa avança na medida em que entramos em uma onda de calor potencialmente letal, histórica e prolongada“, comentou o departamento nesta terça.  

Em Butte, a preocupação de autoridades com relação ao incêndio também está voltada ao 4 de julho, feriado do Dia da Independência dos Estados Unidos. Como tradição da festividade, utiliza-se de bastante fogos de artifício e esta é considerada um terrível agravante para o momento. 

“Esta é uma temporada ruim de incêndios. […] A última coisa que precisamos é alguém que comprou fogos de artifício saindo para fazer uma estupidez. Não sejam idiotas!“, afirmou o xerife de Butte, Kory Honea, em declaração exposta na AFP. 

Butte está a 110 quilômetros ao norte de Sacramento, capital da Califórnia, e apenas a 38 quilômetros de Paradise, comunidade anteriormente assolada pelo incêndio Camp. Em 2018, Camp foi o mais letal incêndio da história do estado e deixou cerca de 85 mortes.

Estados Unidos aprova novo remédio que promete diminuir o avanço do Alzheimer

Na terça-feira (02), a agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, Food and Drug Administration (FDA) aprovou a utilização do medicamento Donanemabe para o tratamento do Alzheimer. Segundo a agência, seu uso é recomendado para pessoas no estágio inicial da doença para que não haja um avanço grande da enfermidade.  

O remédio foi fabricado pela farmacêutica Eli Lilly and Company e se trata da primeira terapia focada nas placas de amiloide. Essas placas se forem tóxicas e se acumularem no cérebro podem provocar problemas de memória, cognição e o desenvolvimento do Alzheimer em um indivíduo, o tratamento busca a retirada delas para gerar mais qualidade de vida ao paciente.

Testes do Donanemabe

O Donanemabe é um remédio injetável que deve ser aplicado uma vez por mês e sua utilização leva em torno de 30 minutos. Os fabricantes realizaram diversas pesquisas e testes para comprovar a eficácia do medicamento, ao todo foram 1.736 voluntários em oito países diferentes e metade dos participantes ficaram usando o fármaco durante um ano. 


Idosa se consultando com o médico (Foto: reprodução/Halfpoint Images/Getty Images Embed)


Os resultados mostraram que o declínio cognitivo de pessoas com Alzheimer diminuiu cerca de 35% e também reduziu o avanço da doença em 39%. Em relação às placas de amiloide, o remédio também causou sua diminuição, a aplicação durante 12 meses provocou uma redução de 80% e as pessoas que utilizaram por 18 meses, apresentaram uma queda de 84% das placas. 

A pesquisa também apresentou alguns efeitos colaterais que surgiram, três pacientes faleceram com a utilização do remédio após desenvolverem ARIA. A Anomalia Relacionada à Amiloide, costuma se desenvolver em terapias das placas amiloides e podem causar inchaços em partes do cérebro e pequenos sangramentos. 

A empresa afirmou que outros casos de ARIA foram rapidamente identificados nas primeiras 6 semanas de uso e a medicação foi pausada para não agravar a situação dos pacientes. Eles informam que somente 2% dos voluntários apresentaram esses efeitos e a anomalia, apesar de séria, se tratada não leva uma pessoa ao óbito.


Remédio Kisunla para Alzheimer (Foto: reprodução/Eli Lilly and Company/Lilly.com)

Caso o tratamento seja bem-sucedido e as placas forem removidas, é recomendado que o medicamento seja suspenso para diminuir gastos com o fármaco. 

A farmacêutica afirma que o remédio não é uma cura do Alzheimer, mas que seu efeito para diminuir o avanço da doença pode levar mais segurança para uma vida independente. Eles também declaram que estão trabalhando para que o diagnóstico consiga ser feito mais rápido para o início de um tratamento precoce. 

Preço e previsão de chegada no Brasil

O remédio será comercializado com o nome Kisunla, e custará US$ 695 dólares um frasco, já o tratamento para 18 meses custará US$ 48,6 mil dólares, no Brasil isso equivale a cerca de 4 mil e 280 mil reais respectivamente. 

O medicamento foi submetido para avaliação na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e atualmente está em espera para conclusão da análise. Sua distribuição no país ainda segue sem data definida. 

Sentença de Donald Trump é adiada para setembro

De acordo com um documento judicial divulgado nesta terça-feira (2), a data que marcava o anúncio da sentença de Donald Trump no caso de suborno a atriz de filmes adultos Stormy Daniels, foi adiada para 18 de setembro.

Anteriormente a sentença seria divulgada em 11 de julho, quatro dias antes da Convenção Nacional Republicana, que acontece em 15 de julho.

Tentativa ao mérito

Em uma tentativa de anular sua condenação, os advogados do republicano pediram, na última segunda-feira (1°), ao juiz Juan Merchan, o direito de argumentar que a sentença de Trump seja anulada em função da decisão de Suprema Corte dos Estados Unidos de que os presentes possuem direito a imunidade de processo criminal por atos oficiais.

No entanto, o pedido já entra com ato falho, uma vez que os crimes pelos quais o ex-presidente é julgado ocorreram antes de seu período presidencial, não anulando a condenação, mas sim a argumentação imposta pela defesa do candidato.

O pedido de Trump foi classificado como “sem mérito” pelos integrantes do gabinete de Alvin Bragg, o promotor público de Manhattan. Mesmo com o pedido negado, os integrantes ainda concordaram em adiar a sentença para que Trump tivesse chance de defender seu caso.

Merchan pontuou que teria uma decisão para o argumento de mérito até 6 de setembro, menos de duas semanas antes da sentença ser anunciada, caso a condenação seja mantida. O juiz deu seu parecer por escrito.

A defesa de Trump deve enviar sua argumentação até 10 de julho, abrindo espaço para que os promotores respondam até 24 de julho.

O escândalo sexual

Donald Trump foi considerado culpado pelo júri de Manhattan em 30 de maio, acusado de fraude fiscal na tentativa de encobrir o escândalo sexual que foi o percursor de sua condenação.

Visando ocultar o seu envolvimento com a estrela de filmes adultos Stormy Daniels, Trump a subornou com US$ 130 mil, pagamento feito pelo até então advogado do ex-presidente, Michael Cohen. O intuito é que a atriz pornô mantivesse seu relacionamento extra-conjugal com Trump em sigilo até depois das eleições de 2016, na qual Trump derrotou Hillary Clinton.

Os promotores classificaram o suborno como parte de um esquema criminoso para a manipular as eleições. O ex-presidente, no entanto, nega ter tido relações sexuais com a estrela de filmes pornôs e pretende recorrer da condenação após sua sentença.


Stormy Daniels no Tribunal de Manhattan, em maio de 2024 (Foto: reprodução/Getty Images embed)


Como argumento, os advogados de defesa enviaram uma carta a Merchan, em que pontuaram que os promotores fizeram uso de evidências que envolviam atos oficiais do republicano como presidente, o que, teoricamente, vai contra uma decisão emitida pela Suprema Corte dos EUA, onde os promotores não podem usar evidências de ações oficiais para acusações em casos criminais com envolvimento fora dos atos presidenciais.

No entanto, os esforços não vingaram, mesmo com uma tentativa de uso do mesmo argumento para levar o caso a um tribunal federal, que foi negado. Em nota, Alvin Hellerstein, juiz distrital dos Estados Unidos, afirmou que suborno para silenciar uma estrela de filmes adultos não se relaciona com os atos oficiais de um presidente. A defesa de Trump tentou apelar, mas acabou deixando de lado outros esforços similares.