Kamala Harris e Donald Trump empatam nas intenções de voto a poucos dias das eleições

A corrida presidencial dos Estados Unidos alcançou um marco raro: Kamala Harris e Donald Trump estão tecnicamente empatados com 48% das intenções de voto, conforme pesquisa divulgada nesta sexta-feira (25), pelo The New York Times em parceria com o Siena College. A eleição está marcada para 5 de novembro, e a polarização entre os eleitores tem sido intensa, levando a uma divisão inédita.

Empate histórico reflete polarização do eleitorado

O empate entre a democrata e o republicano é um indicativo do quão polarizado o eleitorado norte-americano está nesta final. Segundo o The New York Times, essa divisão rígida é uma má notícia para Harris, que, tradicionalmente, contaria com vantagem nas pesquisas de intenção de voto. Diferente de eleições passadas, onde os democratas possuíam vantagem ao longo da corrida, agora os eleitores parecem divididos em opiniões inabaláveis.


Kamala Harris e Trump (Foto: reprodução/Getty Images Embed/SAUL LOEB)

Em sua campanha, Kamala Harris se concentrou em construir uma base sólida em estados decisivos como Michigan e Pensilvânia. Entretanto, as recentes pesquisas nesses locais indicam uma competição acirrada. Além de Michigan e Pensilvânia, estados-chave como Arizona, Geórgia e Nevada estão indefinidos, o que torna a disputa ainda mais imprevisível.

Trump e Kamala intensificam ações para conquistar estados-chave

Para garantir votos, ambos os candidatos têm reforçado as ações de campanha. Trump, em um esforço para conquistar o apoio de eleitores hispânicos e homens de classe trabalhadora, esteve presente em ações populares, como a distribuição de refeições em um McDonald’s da Pensilvânia. Harris, por outro lado, tem buscado consolidar seu apoio entre eleitoras mulheres e afro-americanas, contando com o apoio de figuras influentes como o ex-presidente Barack Obama, que participou de eventos ao seu lado.

Nas últimas semanas, Harris também adotou uma postura mais combativa em relação a Trump, chamando-o de “fascista” em discursos. Trump, por sua vez, enfrenta uma nova acusação de assédio sexual, mas continua a reforçar sua presença em estados estratégicos para tentar garantir o voto dos indecisos. Com os dois candidatos focados nos estados decisivos e em segmentos de eleitores específicos, o desfecho da eleição de 2024 permanece imprevisível.

Tentativa de assassinato contra Trump: suspeito é preso após disparos em clube de golfe na Flórida

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi alvo de mais uma tentativa de assassinato, neste domingo (15), durante um jogo de golfe na Flórida. O suspeito, Ryan Wesley Routh, de 58 anos, foi detido após disparos contra ex-Casa Branca no Trump International Golf Club, em West Palm Beach. O diretor interino do Serviço Secreto, Ronald Rowe, permanece no estado para coordenar as investigações.


Ronald Rowe, diretor interino do Serviço Secreto (reprodução/Roberto Schimidt/AFP)

O incidente ocorreu apenas dois meses após outra tentativa de atentado contra o ex-presidente em um comício na Pensilvânia. Ronald Rowe, diretor interino do Serviço Secreto, está coordenando as investigações e se encontrará com Trump nesta segunda-feira (16), para discutir a segurança.

Um ataque em plena luz do dia

No domingo, 15 de setembro, Donald Trump estava jogando golfe no Trump International Golf Club, em West Palm Beach, quando tiros foram disparados. A cena foi presenciada por agentes do Serviço Secreto, que notaram um cano de rifle emergindo de uma cerca próxima ao campo de golfe, onde Trump se movia entre os buracos cinco e seis ao lado do doador Steve Witkoff. O xerife do Condado de Palm Beach, Ric Bradshaw, o Serviço Secreto, respondeu imediatamente, disparando contra o suspeito.  

O suspeito, Ryan Wesley Routh, tentou fugir após os disparos, mas foi detido pela polícia na rodovia interestadual 95. Routh, de 58 anos, é proprietário de uma pequena empresa de construção no Havaí e estava fortemente armado. As autoridades encontraram com ele um rifle estilo AK-47 com mira telescópica e dois coletes à prova de balas modificados. Segundo o ex-diretor adjunto do FBI, Andrew McCabe, “toda essa configuração indica um nível muito alto de planejamento prévio”.

 A resposta das autoridades


Serviço Secreto discute medidas de segurança após ataque a Trump Foto: Reprodução/Roberto Schimidt/AFP

O Serviço Secreto e o FBI estão investigando a fundo o incidente, classificado como uma tentativa de assassinato. Ronald Rowe, nomeado diretor interino do Serviço Secreto em julho deste ano após a renúncia de Kimberly Cheatle, se reunirá com Trump e autoridades locais nesta segunda-feira (16). Ele permanecerá na Flórida “indefinidamente” para acompanhar o progresso das investigações. O ex-presidente Trump, que já havia sofrido um ataque anterior em um comício na Pensilvânia, não foi ferido.

Além da prisão de Routh, a investigação continua buscando entender as motivações e o planejamento por trás da ação. O FBI, com o Serviço Secreto, está coletando provas e busca por mais informações sobre o histórico do suspeito. Segundo fontes policiais, é esperado que uma avaliação de saúde mental seja solicitada antes de qualquer processo criminal contra o suspeito.

EUA reativam programa de imigração para cubanos, haitianos, nicaraguenses e venezuelanos

O governo dos Estados Unidos anunciou a reativação de um programa que facilita a entrada legal de cidadãos de Cuba, Haiti, Nicarágua e Venezuela no país. A medida responde ao aumento expressivo de imigrantes dessas nações, todas enfrentando crises políticas, econômicas e sociais graves, que têm gerado um fluxo significativo de pessoas em busca de asilo e melhores condições de vida.

A retomada do programa tem o objetivo de oferecer alternativas seguras para esses grupos, principalmente em um momento em que as crises humanitárias em seus países de origem continuam a se agravar. A iniciativa busca controlar o número crescente de entradas irregulares, permitindo proteção a indivíduos em situações de vulnerabilidade.

Objetivos e impactos do programa

O programa pretende criar um caminho legal e seguro para a imigração, reduzindo a pressão nas fronteiras e promovendo um processo mais organizado e humanitário. Com isso, o governo dos EUA espera mitigar o fluxo de imigrantes ilegais e reforçar que existem meios legítimos para solicitar asilo e refúgio, em especial para aqueles em condições extremas de perseguição ou violência.


Imigrantes vivendo em barracas do lado de fora na Randall’s Island em Nova York (Foto: reprodução/Spencer Platt/Getty Images Embed)

Além de atender a uma necessidade humanitária, o programa demonstra o compromisso americano com a segurança nacional e a justiça social. Os imigrantes deverão cumprir critérios específicos, passando por uma triagem rigorosa para garantir que o programa beneficie quem realmente precisa de proteção.

Critérios e processos de elegibilidade

Os requisitos para participar do programa são detalhados, visando assegurar que apenas os candidatos que atendam a critérios rigorosos possam entrar legalmente nos Estados Unidos. O foco está em proteger imigrantes em situações de perigo, garantindo que possam se integrar de forma eficiente à sociedade americana. A implementação desta política faz parte de um esforço maior para reformular as práticas de imigração, buscando sempre o equilíbrio entre segurança e responsabilidade social.

Essa retomada reflete tanto as realidades globais quanto os valores fundamentais dos Estados Unidos em relação à proteção dos direitos humanos e à oferta de refúgio seguro para aqueles que necessitam.

Serviço Secreto possui informações sobre plano iraniano para executar Donald Trump, revelam fontes

Fontes revelaram a CNN que o Serviço Secreto dos Estados Unidos da América recebeu informações de que o Irã estaria arquitetando um plano para matar Donald Trump, ex-presidente e candidato pelo Republicanos. Munidos dessa informação, o Serviço Secreto reforçou a segurança de Trump e de seu entorno nas últimas semanas, garantiram as fontes.

Em comunicado, a equipe da campanha de Trump disse que não comentaria sobre os detalhes da segurança do ex-presidente e que as perguntas deveriam ser dirigidas ao Serviço Secreto. Logo, não fica claro se a campanha possui as informações sobre o plano iraniano e se a segurança do evento de sábado (13) já estaria contando com essa ameaça.

Pessoas informadas sobre o assunto disseram também para a CNN que as autoridades do Serviço Secreto alertaram veementemente a campanha de Donald Trump sobre os comícios realizados ao ar livre, pois representam maiores riscos.

Envolvimento do Irã

A missão permanente da República Islâmica do Irã na ONU negou que haja uma conspiração iraniana para assassinar o ex-presidente Donald Trump. “Essas acusações são infundadas e maliciosas. Da perspectiva da República Islâmica do Irã, Trump é um criminoso que deve ser processado e punido em um tribunal por ordenar o assassinato do general Soleimani. O Irã escolheu o caminho legal para levá-lo à Justiça”, disse um porta-voz da missão à CNN.

Há de se lembrar que o Irã jurou vingança pela morte de Qasem Soleimani, comandante do Corpo de Guarda Revolucionária Islâmica, cujo assassinato ocorreu em janeiro de 2020. Desde então, os ex-funcionários da Segurança Nacional que atuaram no governo de Trump têm segurança reforçada.


Donald Trump sofre atentado em comício do partido Republicano (Foto: reprodução/Getty Images Embed)


Durante meses, autoridades policiais têm se preocupado com a ameaça persistente de o Irã potencialmente tentar assassinar ex-funcionários de Trump e o próprio ex-presidente, de acordo com várias fontes familiarizadas com o assunto. À CNN, estas disseram que a inteligência recente sugeriu um aumento significativo na ameaça.

Atentado a Donald Trump

No último sábado (13), o ex-presidente sofreu um atentado enquanto participava de uma convenção do partido Republicano. Trump foi acertado na orelha por um tiro. Ainda não há indicações de que o atirador, Thomas Matthew Crooks, estaria envolvido com o plano do Irã.

Biden e Trump se enfrentam com ofensas em debate presidencial

Na noite desta quinta-feira (27), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o ex-presidente Donald Trump protagonizaram um debate presidencial marcado por duras trocas de acusações e insultos. Este encontro, o primeiro em que um presidente em exercício e um ex-presidente se enfrentam em um debate eleitoral, deixou claro que a corrida presidencial de 2024 será intensamente polarizada.

Biden defende veteranos e ataca Trump

O ponto alto do confronto ocorreu quando Joe Biden chamou Donald Trump de “otário” e “perdedor” ao defender seu compromisso com os veteranos militares. Trump havia sugerido que Biden não se importava com os veteranos durante uma discussão sobre políticas de imigração. Visivelmente incomodado, Biden rebateu as críticas e destacou que seu próprio filho serviu nas Forças Armadas dos Estados Unidos.

Visitei o cemitério da Segunda Guerra Mundial, ao qual Trump se recusou a ir. Ele estava com um general de quatro estrelas e disse: ‘Não quero entrar lá porque eles são um bando de perdedores e otários‘”, afirmou Biden. “Meu filho não é um otário ou perdedor. Você que é otário. Você que é perdedor“, concluiu o presidente, direcionando suas palavras a Trump.

Polêmicas e conflitos de gestão

Além das ofensas pessoais, o debate abordou temas cruciais como as guerras no Oriente Médio e na Ucrânia, imigração e políticas econômicas. Trump criticou a administração Biden pelos altos índices de inflação, enquanto Biden apontou falhas na gestão de Trump, especialmente durante a pandemia de Covid-19.

Trump negou categoricamente as acusações feitas por Biden sobre suas declarações no cemitério da Segunda Guerra Mundial, alegando que a história foi “inventada” e exigindo que Biden se desculpasse.


Biden e Trump trocam farpas durante debate presidencial (Foto: reprodução/Getty Images News/Justin Sullivan/Getty Images Embed)


Clima eleitoral e expectativas

A intensa troca de farpas entre Biden e Trump reflete a divisão atual na política americana e destaca a polarização que marca o cenário eleitoral. Analistas políticos preveem que os próximos debates serão decisivos, com os candidatos precisando equilibrar ataques pessoais e a apresentação de suas propostas para atrair os eleitores.

Com a corrida presidencial de 2024 se aproximando, tanto Biden quanto Trump estão ajustando suas estratégias e buscando fortalecer suas bases de apoio. A disputa promete ser uma das mais acirradas da história recente dos Estados Unidos, com cada movimento e declaração dos candidatos sendo cuidadosamente analisados e com potencial para influenciar o resultado.

A campanha já começa a ganhar forma, e a expectativa é de que o clima de tensão e competitividade só aumente até o dia das eleições.