O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, convidou o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, para uma nova visita à Casa Branca “em um futuro próximo”, segundo comunicado divulgado pelo gabinete do premiê nesta segunda-feira (1º). O telefonema marca mais um movimento público de aproximação entre os dois líderes, que já se encontraram quatro vezes desde o retorno de Trump ao cargo, em janeiro de 2025.
Segundo fontes próximas ao governo israelense, o convite partiu de Trump durante uma conversa que tratou diretamente das tensões crescentes no Oriente Médio. A Casa Branca, por sua vez, não deu detalhes adicionais sobre data ou formato da visita, mas reforçou o interesse em manter a coordenação política em Jerusalém.
Apesar das divergências pontuais registradas ao longo do ano, especialmente em relação a estratégias militares e decisões internas de Israel, o convite demonstra que a parceria bilateral segue como uma das prioridades do governo norte-americano no contexto geopolítico atual.
Gaza, segurança regional e a pauta em debate
O gabinete de Netanyahu afirmou que, na ligação, Trump e o premiê discutiram temas centrais para ambos os governos, incluindo o processo de desarmamento do Hamas e a desmilitarização da Faixa de Gaza, objetivos declarados de Israel desde o início da atual campanha militar no território.
Washington busca participar mais ativamente das negociações e pressiona por avanços que possam reduzir a instabilidade na região. A administração norte-americana também vê a cooperação com Israel como essencial para reorganizar alianças no Oriente Médio, sobretudo diante das movimentações recentes no Líbano, na Síria e nas dinâmicas envolvendo Irã e grupos paramilitares.
Agência da ONU critica Israel por ‘assassinato descarado’ de palestinos aparentemente rendidos na Cisjordânia https://t.co/emamPQvbVz #g1
— g1 (@g1) November 28, 2025
Guerra em gaza continua após tentativas de acordo (Foto: reprodução/X/@g1)
Uma reunião presencial poderia servir para consolidar entendimentos sobre etapas futuras em Gaza, além de abrir espaço para novos acordos militares e diplomáticos. A expectativa é que o encontro, caso se concretize, também trate de questões de segurança compartilhada e do fluxo de armamentos na região.
Um encontro com impacto internacional
Se confirmado, o encontro poderá representar não apenas uma reafirmação da aliança histórica entre os dois países, mas também uma demonstração de força do governo Trump diante de aliados e adversários. A presença de Netanyahu na Casa Branca, à luz do contexto atual, pode reforçar a posição de Israel em negociações multilaterais e fortalecer sua estratégia militar.
No entanto, a visita também pode gerar reações negativas em países árabes e entre atores defensores de uma solução pacífica para o conflito. A aproximação explícita entre Washington e Jerusalém pode ser interpretada como endosso à atuação militar israelense, o que tende a elevar a pressão diplomática sobre ambos.
Enquanto isso, o governo israelense mantém total sigilo sobre possíveis datas, reforçando apenas que o convite foi recebido positivamente. Para os EUA, a movimentação é vista como parte de um esforço maior para reconfigurar o equilíbrio de poder no Oriente Médio e conter avanços de grupos extremistas.
