Pesquisa aponta os dois melhores exercícios para baixar a pressão arterial 

Em pesquisa realizada recentemente foi possível observar a existência de exercícios ideais para a diminuição de pressão arterial. Tal estudo apontou exercícios mantidos em posição estática como os melhores pretendentes da eficácia, dispensando aqueles mais frenéticos como corrida e pesos. 

Pesquisa

Publicando um artigo para o The Conversation, Jamie Edwards, professor de Fisiologia do Exercício pela Universidade do Leste de Londres, em parceria com Alex Walker, professora de Terapia Esportiva da mesma instituição, falaram sobre os resultados da pesquisa analisada. Conforme tais resultados, aqueles exercícios que envolvem contrair um músculo ou grupo muscular mantendo-o estático para comprimento do mesmo, também conhecido como exercícios isométricos, ajudam a reduzir a pressão arterial.  

Durante a pesquisa, Edwards observou cerca de 270 ensaios clínicos randomizados envolvendo mais de 15 mil participantes, tendo assim a constatação de que o melhor jeito para ter a pressão arterial reduzida era realizando em média três sessões isométricas por semana. O grupo participante do material também apresentou resultados positivos e significativos na função, estrutura e mecânica do coração, desempenho do sistema nervoso autônomo e saúde do sistema vascular. 

“Cada sessão consistiu em quatro séries de dois minutos de exercícios isométricos, com um período de descanso de um a quatro minutos entre cada uma. A redução resultante da pressão arterial foi comparável à observada em pessoas que tomam medicamento padrão para a pressão arterial”, apresentaram os autores. 


Prática de agachamento estático (Foto: reprodução/ Freepik)

Salientando, o professor Jamie Edwards também escreveu que “todas essas mudanças são importantes para uma boa saúde cardiovascular e menor risco de doenças”. Ainda segundo os autores, a natureza única de manter uma contração muscular estática pode ser o fator decisivo pelo qual a isomeria pode ser tão eficaz. Com o comprimento dos vasos sanguíneos e depois a liberação da retenção isométrica, leva-se um maior fluxo sanguíneo para os vasos antes comprimidos.  

“Nossos ligamentos desempenham um papel essencial na estabilização das articulações quando nos movemos. Mas lesões podem acontecer se colocarmos muita pressão em um ligamento, como uma aterrisagem desajeitada com uma perna ao saltar. Mas os nossos músculos desempenham um papel importante na redução da força colocada nos nossos ligamentos, ajudando a criar estabilidade em torno de uma articulação”, expuseram no artigo.  

Resultados eficazes

Um dos resultados vistos na pesquisa foi a ajuda na resolução dos desequilíbrios musculares. Sabendo-se que é comum os músculos serem mais fortes de um lado do corpo do que no outro, por consequência da lateralidade, isso aumenta o risco de lesões e desempenhos de atletas, sendo que os exercícios isométricos — unilaterais — como agachamento dividido ou prancha lateral, podem ajudar a reduzir a diferença de força entre os membros, por visarem uma parte do corpo. 

Foi visto que estes exercícios também melhoram o desempenho, melhorando a força em posições fixas específicas, ocorrendo por causa da capacidade que tais exercícios tem de ativar músculos ou grupo musculares específicos, ajudando assim o desenvolvimento da força necessária para suportar a carga colocada sobre o corpo durante o exercício e a vida cotidiana.  

Nos estudos que investigaram os benefícios dos exercícios isométricos para a saúde cardíaca, em sua maioria, exigiram que os participantes apenas fizessem oito minutos de exercícios por sessão. Colocado em proporção, isso equivale cerca de quatro séries de isometria, com cada sessão sendo realizada por dois minutos e tendo um descanso de um a quatro minutos entre as séries. Outros estudos também já apontaram que esses exercícios só precisam ser realizados três vezes por semana durante três semanas para que mudanças significativas sejam notadas. 

Os exercícios isométricos são frequentemente usados como parte de programas de reabilitação de fisioterapia e terapia esportiva para pessoas em recuperação de lesões musculoesqueléticas. Isso porque podem ser realizados com mobilidade limitada e onde a dor pode ser um fator limitante. Como os exercícios isométricos são realizados em posição estática, podem ser mais toleráveis do que exercícios que exigem muito movimento”, disseram.  

Além disso, os professores, pesquisadores e autores do artigo indicaram iniciar a prática desses exercícios com agachamentos na parede (estar com as costas pressionadas contra a parede enquanto finge estar sendo numa cadeira) e ainda, pranchas (apoiar-se nos antebraços e na ponta dos dedos dos pés, elevando o estômago e mantendo-se nivelado). É recomendado também consultar um profissional de saúde antes de mudar o plano de exercícios pré-determinado.  

Estudo sugere ampliação do intervalo entre colonoscopias para 15 anos

Um estudo recente, conduzido por pesquisadores internacionais da área de saúde e publicado na renomada revista científica JAMA Network Open em 2 de maio, propõe uma mudança significativa no intervalo recomendado para colonoscopias, um exame crucial para o rastreamento do câncer colorretal.

A colonoscopia, um procedimento que examina o cólon e o íleo terminal, é fundamental na detecção precoce do câncer colorretal, o que pode aumentar substancialmente as taxas de sucesso no tratamento. Atualmente, as diretrizes médicas recomendam a repetição do exame a cada 10 anos após um resultado negativo. No entanto, novas evidências indicam que esse intervalo poderia ser estendido para 15 anos.

Resultados conclusivos do estudo

Em um estudo anterior, realizado em 2023, pesquisadores já haviam sugerido que a detecção precoce de câncer colorretal avançado após uma colonoscopia negativa é rara até mesmo após 10 anos. O estudo atual, que avaliou 110.074 adultos suecos sem histórico familiar da doença, confirma essa tendência.


Pesquisadores sugerem espaçar exames de rastreamento do câncer colorretal para evitar procedimentos invasivos sem aumentar o risco de câncer (Fotografia: Reprodução/Freepik/Freepik)

Os resultados mostraram que o grupo que recebeu colonoscopias negativas inicialmente tinha um risco significativamente menor de desenvolver câncer colorretal ou morrer por causa da doença durante um período de 15 anos, em comparação com um grupo controle de quase 2 milhões de indivíduos que nunca haviam realizado o exame.

Limitações reconhecidas

Os pesquisadores concluíram que o intervalo entre as colonoscopias poderia ser estendido para 15 anos após um resultado inicial negativo, o que poderia reduzir a necessidade de procedimentos invasivos desnecessários. Apesar dos resultados promissores, os autores do estudo reconhecem algumas limitações, incluindo a homogeneidade da amostra, composta principalmente por participantes suecos brancos, o que pode limitar a generalização dos resultados para outras populações.

Enquanto isso, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) mantém sua recomendação de colonoscopia a cada 10 anos para pessoas a partir dos 45 anos, mesmo para aqueles sem histórico familiar de câncer colorretal e com resultados negativos no primeiro exame.

Descoberta científica revela fenômeno da “lucidez terminal” em pacientes com demência

Em um estudo pioneiro realizado pela Universidade de Virginia em 2009, o termo “lucidez terminal” foi cunhado para descrever um fenômeno intrigante: momentos fugazes de clareza mental experimentados por indivíduos com demência pouco antes de sua morte. Embora relatos desse fenômeno remontem ao século XIX, apenas recentemente tem ganhado maior atenção da comunidade científica.

De acordo com uma nova análise conduzida por pesquisadoras da Universidade Monash, na Austrália, publicada na plataforma acadêmica The Conversation, a explicação para esse fenômeno ainda permanece em grande parte um mistério. No entanto, evidências recentes, incluindo um estudo publicado na revista científica Resuscitation no ano passado, sugerem que mudanças na atividade cerebral antes da morte podem desempenhar um papel crucial na manifestação da lucidez terminal.

Um estudo recente, publicado na revista científica Resuscitation, analisou a consciência de pacientes durante a ressuscitação cardiopulmonar após uma parada cardíaca. Os resultados revelaram que 43% das pessoas que experimentaram lucidez terminal morreram dentro de 24 horas e 84% dentro de uma semana. Apesar dessas descobertas, os mecanismos exatos por trás da lucidez terminal permanecem obscuros.

O que a ciência explica sobre a ‘lucidez terminal’


Episódios de lucidez terminal acontecem sem gatilhos evidentes, apesar de alguns estarem ligados à presença de entes queridos ou à música (Fotografia: Reprodução/Freepik)

Yen Ying Lim e Diny Thomson, as pesquisadoras responsáveis pela análise, destacam que embora haja relatos de gatilhos como a presença de entes queridos ou música, muitos episódios de lucidez terminal ocorrem sem um fator precipitante óbvio. Além disso, observam que esses momentos de clareza não são necessariamente indicativos de morte iminente, como demonstrado por um estudo recente publicado no periódico Alzheimer’s & Dementia.

Entenda a dificuldade de estudar a “lucidez terminal”

Embora seja difícil estudar a lucidez terminal devido à sua imprevisibilidade e à ética envolvida em pesquisas durante momentos tão delicados, as pesquisadoras enfatizam a importância de compreender esse fenômeno para auxiliar tanto os pacientes quanto seus entes queridos. Para muitos, testemunhar um breve retorno à lucidez em um ente querido pode ser uma experiência confusa e perturbadora. No entanto, estar ciente da lucidez terminal pode permitir que os familiares reconheçam e valorizem esses momentos preciosos de conexão antes que a demência os leve definitivamente.

Creatina pode elevar capacidade cerebral e memória de curto prazo

Um recente estudo conduzido por pesquisadores alemães revelou que uma única dose elevada de creatina pode melhorar temporariamente o desempenho cognitivo, especialmente em situações de fadiga mental decorrente da privação de sono. Publicado na renomada revista Scientific Reports, o experimento observou um efeito positivo no metabolismo cerebral e na capacidade cognitiva de participantes após a ingestão do suplemento, indicando uma associação com o processamento cerebral e a memória de curto prazo. O suplemento é popular entre atletas e praticantes de atividades físicas.

Benefícios cognitivos e metabólicos

O estudo contou com a participação de 15 pessoas submetidas a uma noite de privação de sono. Houve melhorias significativas no metabolismo cerebral e no desempenho cognitivo do grupo após a ingestão de creatina. Os efeitos positivos foram observados aproximadamente três horas após a administração do suplemento, atingindo seu pico após quatro horas e mantendo-se por um total de nove horas. Essas melhorias foram especialmente notáveis na capacidade de processamento e na memória de curto prazo dos participantes.


Saiba o que é a creatina e como age no organismo (vídeo: reprodução/YouTube/Max Titanium)

O uso e benefícios da creatina


A creatina, conhecida por seu papel como combustível para os músculos esqueléticos, também demonstrou ser benéfica para o cérebro, especialmente em situações de estresse como a privação de sono. Além de promover o crescimento muscular, os suplementos de creatina podem auxiliar na recuperação muscular pós-treino e na prevenção de doenças crônicas, devido ao aumento da densidade óssea decorrente do ganho de massa muscular magra.
A creatina, conhecida por seu papel como combustível para os músculos esqueléticos, também demonstrou ser benéfica para o cérebro, especialmente em situações de estresse como a privação de sono. Além de promover o crescimento muscular, os suplementos de creatina podem auxiliar na recuperação muscular pós-treino e na prevenção de doenças crônicas, devido ao aumento da densidade óssea decorrente do ganho de massa muscular magra.

Efeitos colaterais e advertências

Apesar dos potenciais benefícios da creatina, é importante destacar que seu consumo em excesso pode gerar desconforto gastrointestinal, como náuseas e diarréia. Também há o riso de outros efeitos adversos como inchaço, cãibras e desidratação.

O uso pode sobrecarregar os rins e o fígado e é uma preocupação, especialmente quando a substância é consumida em excesso. Portanto, os pesquisadores recomendam cautela e sugerem que estudos futuros possam explorar doses menores de creatina para investigar seu potencial impacto positivo no desempenho cognitivo.

Embora os resultados sejam promissores, os cientistas alertam que o consumo de altas doses de creatina em casa ainda não é aconselhável devido aos potenciais riscos à saúde. No entanto, a continuação das pesquisas pode eventualmente posicionar a creatina como uma alternativa viável ao café durante períodos prolongados de trabalho ou estudo.

Estudo revela vínculo entre poluição do ar e riscos cardíacos em São Paulo

A relação entre a poluição atmosférica e os problemas cardíacos dos habitantes de São Paulo é um tema que merece atenção especial. Um estudo recente realizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), com o suporte da FAPESP, revelou que a exposição prolongada à poluição está diretamente ligada ao aumento dos riscos cardiovasculares na população paulistana. Essa descoberta é particularmente preocupante para aqueles que sofrem de hipertensão, pois o perigo é ainda maior para eles.

Publicado na revista Environmental Research, o estudo utilizou uma abordagem multidisciplinar, analisando autópsias de 238 pessoas, dados epidemiológicos e entrevistas com familiares das vítimas. Os pesquisadores observaram a presença e quantidade de carbono negro nos tecidos pulmonares, um indicador crucial da poluição atmosférica, e também identificaram a fibrose cardíaca nas amostras de miocárdio.

Resultados do estudo

Os resultados revelaram uma correlação significativa entre a presença de carbono negro nos pulmões e o desenvolvimento de fibrose cardíaca, indicando que quanto mais tempo uma pessoa é exposta à poluição, maior é o risco de problemas cardíacos. Esse achado ressalta a importância da autópsia na compreensão dos efeitos adversos do ambiente urbano na saúde.


Uma pesquisa realizada pela USP e divulgada na revista Environmental Research examinou os resultados de autópsias de 238 indivíduos (Fotografia: Reprodução/Freepik/Freepik)

Além disso, o estudo mostrou que os indivíduos hipertensos estão em maior risco. Tanto fumantes quanto não fumantes que sofrem de hipertensão enfrentam um aumento significativo na presença de marcadores de doenças cardíacas em resposta à exposição à poluição. Essa descoberta enfatiza a necessidade de uma abordagem holística para lidar com os fatores de risco associados à saúde cardiovascular.

Hipertensão cada vez mais prevalente

A hipertensão, uma condição muitas vezes assintomática, está se tornando cada vez mais prevalente, especialmente entre os idosos. Segundo dados do Ministério da Saúde, a taxa de mortalidade relacionada à hipertensão tem aumentado ao longo dos anos. Portanto, é crucial que medidas eficazes sejam implementadas para reduzir a exposição da população à poluição do ar.

Praticar exercício físico pode retardar o processo de envelhecimento

Uma nova pesquisa conduzida por cientistas da Amsterdam UMC revelou descobertas promissoras sobre o papel do exercício físico na promoção da saúde e potencialmente na reversão do processo de envelhecimento.

Durante anos, os pesquisadores observaram o acúmulo de uma gordura específica, chamada bis (monoacilglicerol) e fosfato (BMPs), em vários tecidos do corpo à medida que as pessoas envelhecem. No entanto, esta pesquisa recente sugere que a prática regular de atividade física pode ser eficaz em combater esse acúmulo.

Benefício da prática de exercícios

O estudo, publicado recentemente na Nature Aging, revela que indivíduos mais velhos que se envolvem em exercícios físicos diários demonstram uma diminuição significativa nos níveis de BMPs em comparação com aqueles que levam um estilo de vida mais sedentário.


Estudo sugere que a prática regular de exercícios físicos pode reverter os efeitos do envelhecimento (Fotografia: Reprodução/Freepik/Freepik)

Essa descoberta sugere não apenas uma conexão entre o exercício e a redução do acúmulo de gordura relacionada à idade, mas também abre novas perspectivas para compreendermos melhor os mecanismos subjacentes ao processo de envelhecimento.

Riekelt Houtkooper, professor no laboratório de Doenças Genéticas Metabólicas da Amsterdam UMC, observa que, anteriormente, a ideia de reverter o envelhecimento era considerada ficção científica, mas as pesquisas estão levando a uma melhor compreensão dos complexos processos que estão por trás do envelhecimento.

O que dizem os resultados

Esses resultados não apenas destacam a importância do exercício físico na saúde geral, mas também incentivam uma exploração mais aprofundada dos mecanismos moleculares subjacentes ao envelhecimento.

Georges Janssens, professor assistente na Amsterdam UMC e autor principal do estudo, expressa que estamos apenas no início da compreensão dos mistérios do envelhecimento e suas relações com a atividade física, indicando que há uma vastidão de conhecimento a ser explorada nessa área.

Perspectivas futuras sobre a pesquisa

À medida que a pesquisa avança, será essencial continuar investigando como o acúmulo de BMPs afeta o envelhecimento e se o exercício é a única maneira de influenciar esses níveis.

Estudos de acompanhamento estão planejados para explorar mais profundamente essas questões e potencialmente abrir caminho para intervenções mais direcionadas no processo de envelhecimento.

Estudo revela que solidão acelera o envelhecimento biológico

A solidão está emergindo como uma preocupação cada vez maior em termos de saúde pública. Vários estudos indicam que ela tem efeitos negativos tanto na saúde física quanto mental, e pode até aumentar o risco de mortalidade. Um estudo recente realizado pela Mayo Clinic reforça essas descobertas, sugerindo que pessoas socialmente isoladas parecem envelhecer biologicamente mais rápido do que sua idade real.

Publicado em março no Journal of the American College of Cardiology: Advances, o estudo destaca a importância dos vínculos sociais para a saúde física e longevidade. Além de acelerar o envelhecimento biológico, a solidão também está associada a um aumento no risco de morte por várias causas.

Para chegar a essas conclusões, os cientistas analisaram o Índice de Rede Social em relação aos resultados de eletrocardiogramas assistidos por inteligência artificial (IA-ECG) de mais de 280 mil adultos que compareceram a consultas ambulatoriais entre junho de 2019 e março de 2022. Os participantes preencheram um questionário sobre fatores sociais determinantes para a saúde e tiveram seus registros de IA-ECG armazenados durante um período de um ano.

Modelo de estudo

Utilizando um sistema de inteligência artificial para análise de eletrocardiogramas desenvolvido pela Mayo Clinic, os cientistas avaliaram a idade biológica dos indivíduos, que foi então contrastada com suas idades cronológicas convencionais.


Nova descoberta confirma estudos anteriores que evidenciam os danos à saúde física e mental causados pela ausência de conexões sociais (Fotografia: Reprodução/Freepik)

Estudos anteriores confirmaram que a estimativa de idade feita pelo sistema reflete a idade biológica do coração. Uma diferença positiva indica um envelhecimento biológico acelerado, enquanto uma diferença negativa sugere um envelhecimento biológico mais gradual.

Os participantes responderam a um questionário que abordava diversos aspectos da interação social, como participação em atividades sociais, conversas com familiares e amigos, envolvimento em eventos religiosos e estado civil.

Resultados do estudo

Os resultados indicaram que os participantes com uma vida social mais ativa, como indicado por pontuações mais altas no Índice de Rede Social, apresentaram uma menor disparidade na idade biológica determinada pelo IA-ECG. Em contraste, aqueles com pontuações mais baixas enfrentaram um aumento no risco de mortalidade em comparação com outros grupos.

Além disso, o estudo observou diferenças de saúde entre grupos étnicos, destacando que participantes não brancos exibiram diferenças médias de idade biológica mais acentuadas, especialmente entre aqueles com menor envolvimento social. A maioria esmagadora dos participantes, cerca de 86,3%, era de origem branca não hispânica.

Os pesquisadores enfatizam a importância de abordar o isolamento social como um fator de risco significativo para o envelhecimento precoce, sugerindo que mudanças no estilo de vida, como aumentar a interação social, praticar exercícios regularmente e adotar uma alimentação saudável, podem contribuir para aprimorar a saúde de forma geral.

Estudo revela impacto das dietas na saúde mental e cognitiva

Manter uma alimentação equilibrada é crucial para promover uma vida mais saudável tanto fisicamente quanto mentalmente. De acordo com uma pesquisa recente publicada na revista Nature Mental Health, foi analisado o impacto de quatro tipos de dietas na saúde mental e função cognitiva. Concluiu-se que uma dieta que não restrinja nenhum grupo alimentar e inclua uma variedade de nutrientes pode ser a mais vantajosa.

O estudo investigou os padrões alimentares de mais de 180 mil adultos no Reino Unido, dividindo-os em quatro grupos: dieta sem amido ou com baixo teor de amido, vegetariana, com alta ingestão de proteínas e baixa em fibras, e equilibrada (sem restrições). A maioria dos participantes seguia uma dieta equilibrada, e entre estes, observou-se resultados superiores em relação à saúde mental e função cognitiva em comparação com os outros grupos.

Motivos da adoção de dietas restritivas

Um estudo recente, que foi publicado no periódico Perceptual and Motor Skills e conduzido por pesquisadores do Brasil e de Portugal, explorou as principais razões por trás da adoção de dietas restritivas. Foi constatado que as motivações mais comuns para esse comportamento incluem preocupações com saúde, humor, controle de peso e questões éticas relacionadas ao consumo de alimentos naturais.

No entanto, os pesquisadores advertem que essa prática entra em conflito com o Guia Alimentar para a População Brasileira, que promove uma abordagem de alimentação saudável sem restrições excessivas ou rigidez.

Dieta rica em proteínas e vegetariana


Estudo destaca que uma dieta equilibrada está ligada a uma melhor saúde mental e cognitiva (Foto: reprodução/Freepik)

Aqueles que escolheram uma dieta com alto teor de proteínas e baixo teor de fibras demonstraram uma redução no volume de massa cinzenta numa região cerebral envolvida na coordenação dos movimentos corporais, em comparação com os seguidores de uma dieta balanceada. Adicionalmente, houve um aumento no risco de distúrbios mentais entre aqueles que aumentaram o consumo de frutas e vegetais enquanto restringiam outros grupos de nutrientes.

Por outro lado, os seguidores de uma dieta vegetariana exibiram um maior volume de massa cinzenta em áreas cerebrais ligadas à transmissão e integração de informações sensoriais. O estudo sugere que uma dieta equilibrada, sem restrições específicas, está associada a uma melhor saúde mental e função cognitiva, embora outros fatores como sono, exercício físico e gestão do estresse também sejam importantes.

Crescimento do cérebro humano pode reduzir risco de demência, revela estudo

Um estudo recente realizado por pesquisadores da Universidade da Califórnia – Davis Health revelou que os cérebros humanos estão aumentando de tamanho, o que pode estar correlacionado a um menor risco de demência. Comparando imagens cerebrais de pessoas nascidas nas décadas de 1930 e 1970, os cientistas descobriram um aumento notável no volume cerebral e na área de superfície cerebral ao longo do tempo.

Redução do risco de demência

Segundo os pesquisadores, o aumento do tamanho cerebral ao longo das décadas pode levar a uma maior reserva cerebral, o que potencialmente reduziria o risco de demência relacionada à idade. Publicado na revista científica JAMA Neurology, o estudo levanta a hipótese de que fatores genéticos e externos, como saúde, educação e ambiente social, podem influenciar no desenvolvimento cerebral e na saúde cognitiva.


Descubra o que o cérebro humano tem de tão especial (vídeo: reprodução/YouTube/Charles Darwin/TED)

Mudanças cerebrais entre gerações

Utilizando imagens de ressonância magnética do cérebro de participantes do Framingham Heart Study (FHS), os pesquisadores compararam o tamanho do cérebro de indivíduos nascidos em diferentes décadas. As análises revelaram um aumento constante no volume cerebral e na área de superfície cerebral dos participantes nascidos na década de 1970 em comparação com os nascidos na década de 1930. Os participantes nascidos na década de 1970 apresentaram um volume cerebral médio de 1.321 mililitros, representando um aumento de aproximadamente 6,6% em relação aos nascidos na década de 1930, cujo volume médio cerebral era de 1.234 mililitros. Além disso, a área de superfície cerebral também registrou um aumento significativo, com uma média de 2.104 centímetros quadrados para os nascidos na década de 1970, em comparação com 2.056 centímetros quadrados para os nascidos na década de 1930, indicando um aumento de quase 15% ao longo das décadas.

Ao longo de 75 anos de estudo, foram observadas mudanças significativas nas estruturas cerebrais, incluindo substância branca, substância cinzenta e o hipocampo, indicando um desenvolvimento cerebral mais saudável e uma potencial redução nos efeitos tardios de doenças cerebrais relacionadas à idade, como Alzheimer e demências associadas. O aumento do tamanho do cérebro humano ao longo do tempo representa uma possível estratégia de proteção contra essas condições neurodegenerativas.

Grazi Massafera rebate cobranças sobre não estar em um relacionamento

Após o término do relacionamento sério de quase um ano com o ex-namorado, o modelo Marlon Teixeira (32) em janeiro deste ano, Grazi Massafera (41) está solteira e afirma que não acredita que estar em um relacionamento deve ser o único ou maior motivo de felicidade das mulheres.

Nova fase da vida de Grazi

De acordo com a revista Quem, a atriz e apresentadora, se encontra em um momento da vida onde busca se entender como mulher e qual o seu papel na sociedade além do que é esperado pelas pessoas.

A atriz também afirma que, atualmente prefere ficar com outras pessoas de forma casual do que se manter em um relacionamento sério. Segundo a ex-modelo, namorar é bom, mas não deve ser dado tanto crédito a isto em relação a ser o principal motivo de felicidade feminina, muitas vezes, essa alegria pode ser apenas momentânea e sem compromisso.

“Sou mulher, tenho tesão, não namoro, fico… Que julguem. Estou abrindo caminhos para que outras mulheres também deem vazão aos seus desejos e a liberdade com o seu corpo”, afirma Grazi em entrevista para Quem.

Desejo de se redescobrir

Segundo a atriz paranaense, seu desejo e processo de se redescobrir como mulher e pessoa nasceu durante a pandemia do Covid-19, ao ser questionada pela colega de trabalho Taís Araújo (45), quando ela iria continuar a contar sua história mas de uma forma mais atualizada.

Depois do ocorrido, Grazi passou a estudar com a historiadora Fernanda Felisberto, onde passou dois anos corridos buscando entender o papel e participação da mulher na sociedade como um todo. 

(Reprodução/Instagram/@massafera)

Novos projetos

Sem deixar de ser quem é, a apresentadora buscou renovar a forma de falar e ter um novo olhar sobre as suas escolhas profissionais.

Como no seu novo filme, Uma Família Feliz, Grazi interpreta a protagonista, Eva, uma mulher que passa por um puerpério difícil e  que sente na pele a pressão que a sociedade exerce sobre a mulher e suas escolhas individuais.

O filme é inspirado na obra literária de mesmo, autoria de Raphael Montes e estreia dia 4 de abril nos principais cinemas do Brasil.

Uma Família Feliz abordará assuntos pertinentes, como o julgamento perante as mulheres e a maternidade.