Trump insere imagem de caneta automática no lugar da foto de Joe Biden na Casa Branca

 O presidente dos EUA, Donald Trump, na data de ontem, quarta-feira (24), decidiu substituir o retrato oficial do seu antecessor, Joe Biden, por uma imagem de uma caneta automática usada para replicar a assinatura humana, conhecida como “autopen”. A decisão foi tomada em meio à inauguração de sua “Presidential Walk of Fame”, ou “Calçada da Fama Presidencial” em tradução livre, local decorado com fotos em preto e branco de ex-presidentes, na Ala Oeste da Casa Branca. 

A substituição do retrato de Biden, frequentemente alvo de críticas por Trump devido ao uso da autopen durante sua administração, gerou atenção imediata, denotando mais uma vez o embate simbólico entre os dois líderes. Em outras ocasiões, Biden já havia rebatido as falas do atual presidente estadunidense, declarando que: “Eu tomei as decisões sobre os perdões, ordens executivas, legislações e proclamações. Qualquer sugestão de que eu não as fiz é ridícula e falsa”.

Início da polêmica

A questão sobre o uso do autopen ganhou força este ano (2025), após Donald Trump vencer as eleições presidenciais pela segunda vez. Trump ordenou uma investigação oficial sobre o uso do autopen por Biden, alegando que poderia haver uma conspiração para ocultar o estado mental do ex-presidente, declarando que o uso do equipamento indicava um “declínio cognitivo” do ex-mandatário.

Essa mudança de retrato na Casa Branca, portanto, não só reforça uma disputa de narrativas, como também a postura crítica de Trump sobre o uso da autopen em detrimento de uma assinatura manual. A passarela na Ala Oeste não apenas celebra o legado de outros presidentes, mas enfatiza a singularidade de Trump, tanto em seus feitos quanto em suas críticas ao governo anterior.


Donald Trump em inauguração da “Presidential Walk of Fame”, Ala Oeste da Casa Branca (Foto: reprodução/Instagram/@whitehouse)


A criação da “Presidential Walk of Fame” e a escolha de imagens para decorar a Casa Branca têm sido um reflexo das ideias de Trump sobre a construção de seu próprio discurso político. Para especialistas, a inauguração da nova Ala é uma forma de se distanciar das escolhas de Biden e estabelecer uma visão própria de sua presidência, colocando um marco pessoal em um dos espaços mais simbólicos do governo estadunidense.

Resposta de apoiadores de Joe Biden

A resposta veio de Chris Meagher, ex-assistente do secretário de Defesa dos EUA na gestão Biden. Meagher ironizou a atitude de Trump, declarando estar “impressionado” como a Casa Branca tem se empenhado em “tornar a vida mais fácil para as famílias que lutam para sobreviver”. A fala do ex-assistente denota que o ato de Donald Trump seria uma distração sobre temas mais urgentes. 


Publicação de Chris Meagher sobre a “Presidential Walk of Fame”, inaugurada por Donald Trump (Vídeo: reprodução/X/@chrismeagher)

Contudo, a troca de retratos e a inauguração da passarela também revelam uma estratégia de Trump em relação à reeleição e ao seu posicionamento referente ao Partido Democrata. O presidente estadunidense tem moldado seu legado, muitas vezes desafiando as convenções da Casa Branca, indicando que busca a construção de uma imagem de poder pessoal. 

Dessa forma, para especialistas, gestos simbólicos, como a substituição do retrato de Biden por uma caneta automática, fazem parte de uma estratégia maior para reforçar sua identidade e seus princípios políticos para o futuro. Ao utilizar símbolos e imagens, Trump busca por uma narrativa sobre seu mandato presidencial, marcado por decisões consideradas audaciosas e polarizadoras. 

Assim sendo, a atitude do atual mandatário dos EUA, é visto por estudiosos e analistas políticos como um movimento que simboliza mais do que uma simples questão de decoração é uma reafirmação de seu compromisso em contrastar com a administração de Joe Biden, ao mesmo tempo, uma maneira de consolidar sua marca política diante de um público cada vez mais dividido.

Do governo chinês para a nuvem americana: como o algoritmo do TikTok será reinstaurado sob supervisão dos EUA

O TikTok nos EUA passa por uma transformação inédita, com investidores americanos liderados pela Oracle e pela família Murdoch prestes a assumir 80% das operações, enquanto a ByteDance manterá apenas uma participação minoritária. A Oracle vai supervisionar e treinar novamente o algoritmo da plataforma usando dados americanos armazenados em servidores locais, visando reduzir a influência do governo chinês. O acordo ainda precisa da aprovação das autoridades dos EUA e da China e inclui uma taxa multibilionária ao governo americano.

Controle do TikTok e algoritmo americano

O acordo coloca a Oracle no comando do algoritmo, responsável por determinar quais vídeos aparecem para os usuários. Por isso, a empresa vai ajustar o sistema com base em dados americanos, garantindo armazenamento seguro e monitoramento ativo pelos investidores locais. A medida busca aumentar a autonomia nacional e, ao mesmo tempo, responder às preocupações de segurança relacionadas à influência estrangeira na plataforma.


Declaração da ByteDance sobre o TikTok nos EUA (Foto: reprodução/X/@Política do TikTok)

Desafios regulatórios e participação da ByteDance

Apesar do avanço, o acordo ainda enfrenta barreiras regulatórias. O presidente Donald Trump declarou que Xi Jinping concordou com a estrutura, porém, Pequim ainda não confirmou oficialmente. A ByteDance vai licenciar o algoritmo para a nova entidade americana, o que gera dúvidas sobre quanto controle ainda terá. Além disso, especialistas questionam quem definirá os critérios de recomendação e a supervisão do conteúdo, levantando debates sobre privacidade e possíveis influências políticas.


Trump e Xi Jinping negociam acordo sobre TikTok nos EUA (Vídeo: reprodução/YouTube/Band Jornalismo)

Impactos para usuários e criadores de conteúdo do TikTok nos EUA

Para os 170 milhões de usuários americanos, a experiência no aplicativo deve continuar estável. No entanto, mudanças no algoritmo podem alterar gradualmente os vídeos exibidos, afetando criadores e anunciantes que dependem do alcance orgânico. Por outro lado, pesquisadores alertam que armazenar dados nos EUA não elimina todas as incertezas sobre acesso e filtragem de conteúdo, e reforçam que a influência política americana ainda pode afetar recomendações e visibilidade do TikTok nos EUA.

O acordo demonstra a complexa interseção entre tecnologia, negócios globais e segurança nacional. Assim, à medida que negociações e aprovações avançam, o resultado terá impacto direto sobre usuários, criadores e a governança digital em uma das plataformas mais populares do mundo.

Wicked: divulgado o trailer final de “Wicked: Parte 2”

O universo de “Wicked” retorna com um trailer final que amplia o alcance emocional e narrativo da adaptação cinematográfica, colocando Elphaba e Glinda no centro de novas cenas, músicas e conexões diretas com A Mágico de Oz, enquanto prepara o público para a conclusão marcada para 20 de novembro nos cinemas. O registro mostra mais da relação complexa entre Elphaba (Cynthia Erivo) e Glinda (Ariana Grande).

Revelando encontros íntimos e confrontos que prometem intensificar a tensão já instalada no primeiro filme, além de esmiuçar trechos das canções clássicas do musical como “For Good” e “No Good Deed” e apresentar duas faixas inéditas: “No Place Like Home”, cantada por Cynthia Erivo, e “The Girl in the Bubble”, interpretada por Ariana Grande, já disponíveis para pré-save nas plataformas de streaming musical.

Detalhes visuais

Visualmente, o trailer expõe detalhes que aproximam a sequência do mito original de Oz: vemos versões mais reconhecíveis do Leão Covarde e do Homem de Lata, o furacão que transporta a casa de Dorothy ao mundo mágico ganha ênfase, e há imagens de Nessarose com os sapatos mágicos que a fazem flutuar, além de indicar que o destino de Elphaba estará diretamente ligado aos eventos em torno de Dorothy, o que sugere uma ligação mais forte entre as duas mitologias nesta segunda parte.


Trailer de Wicked: parte 2 (Vídeo: reprodução/Youtube/@universalpicturesbrasil)


Narrativamente, o tom anunciado pelo diretor Jon M. Chu é de um segundo filme que se distancia do primeiro tanto em forma quanto em sentimento, um capítulo onde “os sonhos de infância colidem com nossos eus adultos”, e o trailer já dá pistas de cenas novas e dolorosas, incluindo interações centradas em personagens como Madame Morrible, Fiyero, e o Homem de Lata (uma transformação mágica de Boq), além de momentos que prometem abalar emocionalmente o público fiel ao musical.

Expectativas

O trailer final também entrega pequenos mas poderosos fragmentos que funcionam como spoilers emocionais, há trechos que mostram Elphaba acariciando o Espantalho e falas carregadas sobre olhar para o outro através dos olhos da sociedade, elementos que reforçam que “Wicked: Parte 2” pretende ser a peça onde a essência dramática e moral do texto original encontra sua expressão cinematográfica mais intensa.


Ariana Grande na premier de “Wicked” em Londres (Foto: reprodução/Ian West/Getty Images Embed)


No conjunto, o material promocional transforma expectativas em imagens e canções que sugerem que a conclusão não será apenas um desfecho de trama, mas uma revisão afetiva do legado de Wicked: um filme que dialoga com a peça da Broadway e com O Mágico de Oz ao mesmo tempo, prometendo emoção, música e surpresa para a plateia em novembro.

Estátua de Trump e Epstein surge em frente ao Capitólio dos EUA

Uma estátua polêmica representando o presidente norte-americano, Donald Trump, e Jeffrey Epstein apareceu na manhã desta terça-feira (23), em frente ao Capitólio, em Washington D.C. O objeto trouxe mais força ao debate sobre a relação entre os dois, após a divulgação de documentos que ligam Trump a Epstein.

A estátua que apareceu na manhã de ontem retrata Trump e Epstein de mãos dadas e se olhando com expressões de satisfação, com placas abaixo dos dois. Entretanto, não se tem informações ainda sobre quem foi o responsável pelo objeto que está em frente ao Congresso dos EUA.

Estátua provocativa

O objeto trouxe à tona a relação entre o presidente dos EUA e o falecido empresário, que foi acusado de crimes sexuais e tráfico sexual de menores de idade. No topo, se observa Trump e Epstein de mãos dadas, se encarando e com as pernas levantadas, em uma posição cômica. No pé da estátua, se encontra uma placa que ironiza os dois, escrito: “Em honra ao mês da amizade”, com um coração. Abaixo do título, a placa insinua estar celebrando uma longa amizade entre o Presidente Donald J. Trump e seu “amigo próximo”, Jeffrey Epstein.”.

Nos pés dos dois, há mais duas placas, cada uma contendo palavras da suposta carga divulgada pelo Partido Democrata, onde contém o desenho de uma mulher nua e um diálogo escrito entre Trump e Epstein. 


Vídeo mostra pessoas parando para fotografar e filmar a escultura (Mídia: reprodução/X/@Metropoles)


A imagem atraiu uma multidão de transeuntes que passavam pela área, com muitos parando para tirar fotos e realizar gravações. O governo americano ainda não comentou sobre a estátua e nem quem pode ter sido o responsável por colocá-la em frente ao Congresso.  

Carta e documentos divulgados

Além da repercussão da polêmica estátua, a aproximação entre Trump e Epstein já estava em jogo nos debates, sendo uma crise do atual governo norte-americano. Anteriormente, no dia 8 de setembro, o Partido Democrata divulgou nas redes sociais uma carta com o desenho de uma mulher nua. O que mais chamou a atenção foi a assinatura, que foi alegada ser do presidente dos EUA. Posteriormente, Trump negou que a assinatura fosse dele e afirmou que o linguajar da carta não é o mesmo que o seu.

O conteúdo dessa carta já havia sido divulgado pelo jornal The Wall Street Journal, em julho, mas sem reproduzir o desenho. Trump negou a autoria da carta na época e processou o veículo em US$10 bilhões. De acordo com o jornal, a carta faz parte de um álbum criado por Ghislaine Maxwell, parceira de Epstein, para comemorar seus 50 anos. A situação da escultura em conjunto com os documentos e a carta vem reforçando a discussão sobre Trump e Epstein, já que muitos americanos, incluindo apoiadores do presidente, pedem que os documentos ligados ao bilionário sejam publicados. 

Lula cita condenação de Bolsonaro e critica sanções dos EUA em discurso na ONU

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva citou a condenação de Bolsonaro na ONU durante seu discurso de abertura da Assembleia Geral nesta terça-feira (23), em Nova York. Ele também criticou as sanções impostas pelos Estados Unidos e reiterou a necessidade de medidas de regulação das redes sociais. Segundo o presidente, o episódio marca um momento sem precedentes na história política do país.

Na ONU, Lula destaca condenação de Bolsonaro e autonomia das instituições

Em sua fala, Lula mencionou a recente decisão do Supremo Tribunal Federal que condenou Jair Bolsonaro a 27 anos de prisão por liderar uma tentativa de golpe de Estado. Além disso, segundo o presidente, o julgamento representa um marco para o Brasil e, ao mesmo tempo, reforça que as instituições têm cumprido seu papel de forma independente. O chefe do Executivo também destacou que o episódio serve como alerta para a importância da responsabilidade de todos os líderes políticos e da observância das leis brasileiras.

Há poucos dias, e pela primeira vez em 525 anos de nossa história, um ex-chefe de Estado foi condenado por atentar contra o Estado Democrático de Direito. Falsos patriotas arquitetam e promovem publicamente ações contra o Brasil. Não há pacificação com impunidade”, declarou Lula, ressaltando que a punição foi resultado de um processo com amplo direito de defesa.


Lula discursa na Assembleia Geral da ONU em Nova York (Vídeo: reprodução/X/GloboNews)

Lula critica sanções dos EUA em discurso na ONU sobre Bolsonaro

O presidente também usou a tribuna para criticar diretamente as sanções econômicas impostas pelo governo norte-americano como resposta às investigações e ao julgamento de Bolsonaro. De acordo com Lula, tais medidas são arbitrárias e atingem não apenas o governo, mas a própria população brasileira.

Não há justificativas para as medidas unilaterais e arbitrárias contra as nossas instituições e nossa economia. Mesmo sob ataque sem precedentes, o Brasil optou por resistir e defender sua democracia reconquistada há 40 anos”, destacou.

Dessa forma, Lula buscou transmitir a ideia de que o país não cederá a pressões externas.


Lula discursa na Assembleia Geral da ONU em Nova York (Vídeo: reprodução/X/GloboNews)

Regulação digital gera polêmica internacional

Outro ponto central do discurso foi a defesa da regulação das redes sociais. Lula criticou a atuação das plataformas digitais, que, segundo ele, facilitam campanhas de desinformação e ataques à democracia. Além disso, afirmou que a resistência à regulação parte de setores que buscam proteger interesses particulares.

Ataques a medidas de controle sobre as plataformas servem para encobrir interesses escusos. Não se trata de censura, mas de proteger a vida das pessoas”, disse Lula.

No entanto, a fala gerou reação imediata nos bastidores diplomáticos, pois alguns países consideraram a proposta uma ameaça à liberdade de expressão. Com isso, tornou-se um dos pontos mais polêmicos da participação do presidente na ONU.

Lula encerrou seu discurso reforçando a disposição do Brasil em participar ativamente de debates globais sobre governança digital e cooperação internacional. Ele destacou que, apesar das tensões recentes, o país busca soluções equilibradas que garantam transparência, segurança e responsabilidade no uso das plataformas digitais.

Primavera em listras: como incluir a estampa no look

Com a chegada da primavera, a paleta se abre para cores mais leves, tecidos mais fluidos e detalhes que brincam com o frescor da nova estação. As listras voltam a ser protagonistas: não apenas como clássico intocado, mas como elemento versátil para dar movimento, elegância ou atitude aos looks. O segredo está em saber como usá-las: alternando espessuras, formatos, direções e combinações para criar visuais modernos e que falam de estilo.

Seja em peças inteiras, em detalhes ou em mix de estampas, as listras oferecem infinitas possibilidades para renovar o guarda-roupa. O desafio é evitar o óbvio: combinar cores, texturas e proporções de modo a destacar o desenho listrado sem sobrecarregar. Nesta matéria, você vai conhecer seis ideias práticas para incorporar listras na sua produção de primavera com liberdade para ajustar ao seu estilo.

Novas formas de usar listras com estilo

1. Varie a espessura e a distância entre as listras
Listras fininhas trazem leveza e delicadeza, perfeitas para blusas fluidas, camisas ou vestidos curtos. Já as listras largas conferem impacto visual, ideal para peças únicas como saias midi ou calças amplas. Brincar com a distância entre as listras pode criar efeitos visuais interessantes: muito espaço entre elas deixa o look mais arejado, tirando qualquer sensação de sobrecarga.


Conjunto oversized listrado em azul e branco da marca Roger&Gallet. (Foto: reprodução/Instagram/@rogergallet)

2. Misture direções ou formatos contrastantes
Combine listras horizontais com verticais, pegue uma peça listrada diagonal ou use listras verticais para alongar a silhueta. Essa alternância de direção cria dinamismo no conjunto. Por exemplo: calça com listras verticais e camisa com listras horizontais ou um vestido listrado com blazer listrado com direções diferentes é uma forma de modernizar o look e chamar atenção para os pontos fortes do corpo.


Blazer de risca de giz. (Foto: reprodução/Instagram/@colccioficial)

Combinações que equilibram

3. Aposte no mix de estampas com moderação


Modelo Vitoria Macedo vestindo um conjunto colorido, listrado e despojado. (Foto: reprodução/Instagram/@glamourbrasil)


Listras, flores ou listras, poás podem render composições muito interessantes, desde que haja harmonia de cores ou que uma das estampas seja menor ou mais sutil. O segredo é usar um “respiro”, uma peça lisa que dialoga com o restante do look ou acessórios que façam essa ponte de cor. Assim você evita que o visual fique poluído.

Mais do que uma tendência passageira, as listras são um recurso atemporal que se adapta a diferentes estilos e momentos. Ao experimentar novas combinações, variar direções ou brincar com cores e texturas, você transforma uma padronagem clássica em um aliado de estilo sempre atual. Nesta primavera, a ideia é ousar sem perder a leveza, deixando que cada listra conte um pouco da sua personalidade.

Trump critica ONU e questiona eficácia da diplomacia internacional

Durante a 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez um discurso contundente criticando a atuação da ONU, apontando o que considera falhas na eficácia da organização em lidar com conflitos globais. Segundo Trump, embora a ONU tenha “muito potencial”, muitas vezes suas ações se limitam a palavras sem efeito prático.

Crítica direta à ONU e à diplomacia simbólica

“Na maior parte do tempo, ela parece ter palavras vazias e seguir uma carta apenas com palavras vazias. Elas não resolvem uma guerra, a única coisa que resolve uma guerra é uma ação”, disse o presidente, reforçando a necessidade de medidas concretas para a manutenção da paz internacional.

Trump aproveitou o discurso para destacar sua própria atuação, afirmando que, nos primeiros sete meses de seu segundo mandato, conseguiu encerrar sete conflitos internacionais. Ele enfatizou que a liderança dos Estados Unidos está disponível para colaborar com qualquer país disposto a agir de forma prática e decisiva para tornar o mundo “mais seguro e mais próspero”.


Discurso do presidente Trump (Vídeo: reprodução/X/@GloboNews)

Alianças estratégicas e responsabilidade global

O discurso, marcado por um tom crítico, também incluiu menções à importância de alianças estratégicas e à responsabilidade de países poderosos em assumir papéis ativos na resolução de crises globais. Trump sugeriu que a ONU muitas vezes falha por depender apenas de declarações diplomáticas e resoluções que não são seguidas de ações concretas, e defendeu que o caminho para a paz exige comprometimento real e medidas efetivas.

Além de críticas à ONU, Trump também ressaltou a necessidade de cooperação entre países para enfrentar desafios globais, incluindo segurança internacional, comércio e tecnologia. Segundo ele, a postura norte-americana é oferecer parceria e liderança, mas sempre com foco em resultados concretos, e não apenas em discursos ou promessas.

Perspectiva internacional e análises de especialistas

Analistas internacionais observaram que o discurso de Trump reflete uma visão pragmática e unilateral dos Estados Unidos, priorizando resultados tangíveis sobre protocolos diplomáticos formais. Especialistas apontam que, ao enfatizar a ação direta, Trump busca reforçar a imagem de liderança americana, especialmente em um momento em que a ONU enfrenta críticas por sua lentidão em lidar com crises em diferentes regiões, como Oriente Médio, África e Ásia.

O discurso chamou atenção por sua clareza em diferenciar o que Trump considera diplomacia efetiva e diplomacia simbólica. Ao longo da fala, ele reiterou que a ONU deve ser mais do que um fórum de discussões: deve ser um espaço de decisões e ações que realmente impactam a vida das pessoas e a estabilidade mundial.






Planos da Tesla para robotáxis em São Francisco preocupam reguladores

Elon Musk, presidente-executivo da Tesla, tem promovido planos para robotáxis em São Francisco, após instigar investidores em julho com atualizações sobre o projeto. De acordo com Musk, a empresa lançaria o serviço “provavelmente em um ou dois meses”. Entretanto, as autoridades locais foram pegas de surpresa com as notícias, que trouxeram preocupação para agências reguladoras.

A Tesla anunciou que pretende expandir seu projeto de robotáxis, que são veículos capazes de dirigir de forma autônoma – ou seja, sem um motorista humano – para mercados, usando de exemplo a Bay Area de São Francisco. De acordo com a empresa, o processo para permissão regulatória estava em andamento para que pudesse ocorrer o lançamento na área. No entanto, e-mails de autoridades da Califórnia e do governo federal, obtidos pela Agência Reuters revelam que as notícias na verdade surpreenderam e alarmaram os órgãos reguladores. 

Plano de Musk para São Francisco

Elon Musk anunciou publicamente que a Tesla estaria pronta para realizar o lançamento do projeto de robotáxis em São Francisco em “um ou dois meses”. A promessa feita pelo bilionário, contudo, bateu de frente com informações contraditórias obtidas pela Reuters, em meio a uma solicitação de registros públicos. 

Enquanto Musk declarava um lançamento próximo, os e-mails das autoridades californianas e federais demonstraram um cenário divergente. A realidade era de que o plano real da empresa, na verdade, envolvia apenas corridas pré-agendadas em veículos conduzidos por humanos. Ainda foi revelado que essas corridas só seriam disponibilizadas para passageiros que recebessem um convite e a licença usada pela empresa, na verdade é uma licença especial para limousines e que não autoriza o serviço de transporte sob demanda, contradizendo a ideia de que o serviço seria aberto ao público geral.

A Tesla foi questionada acerca da implantação dos robotáxias na Bay Area e se a empresa esclareceria a “confusão pública” por um alto funcionário do transporte estadual. Contudo, o representante da gigante automobilística afirmou que a empresa não responderia a perguntas da imprensa e que os clientes iriam receber informações quando fossem disponibilizadas. Musk afirmou em postagem no mês seguinte que a área em que o projeto opera já seria maior que a de concorrentes em Austin e na Baía de São Francisco.


Elon Musk, presidente-executivo da Tesla (Foto: reprodução/Chesnot/Getty Images Embed)


Reguladores surpreendidos 

Por meio dos e-mails obtidos pela Reuters, foi comprovado que o anúncio não pegou somente o público desprevenido, mas também os agentes reguladores. E-mails trocados por reguladores da Agência de Transporte do Estado da Califórnia e da Administração Nacional de Segurança do Tráfego Rodoviário questionavam se as equipes haviam se reunido com a Tesla para discutir o lançamento. A resposta dada ao e-mail foi que a empresa não tinha as licenças necessárias. Já a secretária adjunta de transporte do Estado, Emily Warren, demonstrou preocupação com a confusão do público acerca dos projetos da Tesla.

A expansão da Tesla vem ocorrendo em massa nos estados americanos. Apesar da confusão em São Francisco, Musk já expandiu a empresa para Austin em julho, mas com serviço fechado ao público geral. O bilionário afirma que está planejando expandir a Tesla também para Flórida, Nevada e Arizona. As áreas têm algo em comum com o Texas, onde a empresa já opera, que são as poucas barreiras regulatórias para teste de carros autônomos.

Após assinar ordem executiva, Trump considera movimento Antifa como grupo terrorista

Nesta segunda-feira (22), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto para que o movimento Antifa passe a ser considerado como um grupo terrorista. O presidente Trump já havia feito uma declaração na semana anterior a respeito do movimento. As ameaças aos movimentos de esquerda, por parte de Trump, ganharam mais força após o assassinato de Charlie Kirk, no dia 10 de setembro.

Ataques à esquerda e ao movimento Antifa

Donald Trump, atual presidente dos Estados Unidos, voltou a ameaçar ações contra movimentos de esquerda depois que Charlie Kirk foi assassinado. Os ataques ao movimento Antifa começaram na semana anterior à assinatura da ordem executiva: a declaração foi dada por meio de uma publicação na rede social Truth Social, que pertence ao grupo Trump Media & Technology Group. Trump disse: “Tenho o prazer de informar aos nossos muitos Patriotas dos EUA que estou designando a ANTIFA, UM DESASTRE DOENTIO, PERIGOSO E RADICAL DA ESQUERDA, COMO UMA GRANDE ORGANIZAÇÃO TERRORISTA”.


Trump assina ordem e movimento Antifa é considerado terrorista (Foto: reprodução/Instagram/@portalg1)


A ordem executiva assinada nesta segunda-feira dizia que o movimento Antifa defende derrubar o governo dos EUA e utiliza meios ilegais para organização e execução de uma campanha de violência e terrorismo. O decreto ainda trazia que o Antifa “recruta, treina e radicaliza jovens americanos para participarem dessa violência e da supressão da atividade política, utilizando depois mecanismos elaborados para esconder a identidade de seus integrantes, ocultar suas fontes de financiamento e operações, numa tentativa de frustrar a atuação das autoridades, e recrutar novos membros”

O movimento Antifa

Antifa é o nome dado para o movimento que tem ideais antifascistas – o nome do movimento vem da palavra antifascista. Os grupos lutam contra o racismo e o sexismo; podem ser vistos como pessoas de esquerda e de extrema esquerda – porém, o grupo se considera apartidário. 

O movimento Antifa está presente em diversos países. Nos Estados Unidos, o Antifa esteve presente durante as manifestações do movimento “Black Lives Matter”, que aconteceram após o assassinato de George Floyd. Na época, Donald Trump – que ainda estava terminando seu primeiro mandato – também fez críticas ao movimento. 

Trump associa o uso do paracetamol durante gravidez ao autismo

Em uma declaração que gerou controvérsia e reações imediatas da comunidade médica e científica, o presidente Donald Trump associou o uso de paracetamol durante a gravidez a um suposto aumento no risco de autismo em crianças. Em um anúncio realizado nesta segunda-feira (22), ele afirmou que a agência reguladora de medicamentos dos EUA, a FDA (Food and Drug Administration), alertará os médicos sobre essa suposta conexão, recomendando que grávidas evitem o medicamento a menos que seja “estritamente necessário”.

Declarações infundadas contrastam com consenso médico

A afirmação, no entanto, vai de encontro às diretrizes atuais de saúde e às evidências científicas. O paracetamol (acetaminofeno), vendido nos EUA sob a marca Tylenol, é globalmente reconhecido como um analgésico e antitérmico seguro para uso na gestação. Organizações de saúde, como o Colégio Americano de Obstetrícia e Ginecologia e o Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido, reforçam que não há provas de uma relação direta e causal entre o uso prudente do medicamento e problemas de desenvolvimento fetal.

A própria farmacêutica Kenvue, que produz o Tylenol, emitiu um comunicado oficial, ressaltando a ausência de “base científica” para a associação feita por Trump. A preocupação da comunidade médica é que declarações sem embasamento possam levar gestantes a evitar um medicamento essencial para tratar febre e dores, condições que, se não tratadas, podem apresentar riscos reais, como parto prematuro ou aborto espontâneo.


Reportagem aborda declaração polêmica de Trump (Vídeo: reprodução/YouTube/Rádio BandNews FM)

Trump promove leucovorina como tratamento para autismo

Além da polêmica sobre o paracetamol, Trump também defendeu o uso da leucovorina, uma forma de ácido fólico já usada em tratamentos oncológicos, como uma possível terapia para o autismo. A fala foi feita pouco depois de a FDA aprovar uma versão do medicamento para tratar uma condição rara, a deficiência cerebral de folato (CFD), que pode manifestar sintomas semelhantes ao autismo.

Embora alguns estudos limitados tenham sugerido um potencial de melhora em sintomas de autismo, a comunidade científica é unânime em apontar a necessidade de pesquisas de maior escala e rigor metodológico para comprovar qualquer benefício. A ausência de um novo estudo que embase a recomendação de Trump levanta sérias preocupações sobre a validade da indicação.