Quem são os “kids pretos”, militares suspeitos de planejar “Golpe de Estado” e morte de Lula

“kids pretos” é o nome que os integrantes militares de Operações Especiais do Exército Brasileiro são chamados informalmente. O apelido é justificado pelo gorro preto usado nas operações. São caracterizados por serem militares de elite, altamente treinados para atuarem em missões sigilosas e ambientes profundamente perigosos.

Segundo informações do exército, os “kids pretos” atuam desde 1957, e em 2023, contavam com aproximadamente 2,5 mil integrantes.

Conforme informações da jornalista Camila Bomfim, os militares integrantes dos “kids pretos” presos pela polícia federal, por suspeita de planejar um golpe de Estado, no final de 2022 e o assassinato de Geraldo Alckmin, Lula e Alexandre de Moraes, são: general Mário Fernandes; tenente-coronel Helio Ferreira Lima; major Rodrigo Bezerra Azevedo; e major Rafael Martins de Oliveira.

O agente da polícia federal Wladimir Matos Soares também foi preso nesta terça-feira (19).

Treinamento

Os militares pertencentes aos “kids pretos” passam por um processo seletivo para entrar nas Forças de Operações Especiais. Eles podem realizar seus fortes treinamentos em três localidades diferentes: Comando de Operações Especiais, em Goiânia; Centro de Instrução de Operações Especiais, em Niterói, Rio de Janeiro; ou na 3ª Companhia de Forças Especiais, em Manaus.

Eles são treinados para atuarem em situações específicas, como uma guerra irregular ou casos de terrorismo. Também são habilitados para situações que envolvam operações de inteligência e planejamento de fugas.


Apresentação do Comando de Operações Especiais em 2019 (Foto: reprodução/ Agência Brasil)

Envolvimento com golpe

As investigações, reveladas nesta terça-feira (19), mostraram que os militares envolvidos no plano de executar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes, em 2022, criaram um documento que descrevia tudo que deveria ser feito para o plano ocorrer com sucesso.

O arquivo nomeado de “FOX_2017.docx” esmiuçava o “Planejamento-Punho Verde e Amarelo”, que detalhava como deveria ser realizado o envenenamento de Lula, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes, e quais seriam os próximos passos para “restaurar” a ordem.

Cerca de 400 venezuelanos entram no Brasil após anúncio da vitória de Maduro

Depois da votação presidencial da Venezuela, a CNN pediu ao Exército Brasileiro um balanço de quantos venezuelanos cruzaram a fronteira dos países desde a última segunda-feira (29). São 419 venezuelanos e o número continua aumentando. 

Inicialmente se tratava de 50 venezuelanos na segunda-feira (29) e, nesta quinta-feira (1), registraram cerca de 184 outros cidadãos também atravessaram a fronteira. Estes dados foram obtidos por uma operação montado pelo exército chamada Operação Acolhida, em regiões fronteiriças onde acontece o processo de imigração.

Eleições na Venezuela

Uma nova crise se instaurou após o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) declarar Nicolás Maduro reeleito. Entretanto, o órgão que fez essa declaração tem como presidente um de seus aliados, e os resultados foram divulgados antes de a apuração dos votos ser concluída e sem a divulgação dos boletins de urna. 

A vitória de Maduro foi proclamada na segunda-feira (29), com resultado vitorioso de 51,2% dos votos e, seu opositor, Edmundo González, com 44,2% dos votos. Entretanto, González argumenta que baseado em contagens paralelas, ele é o vencedor da eleição. 


Polêmicas de Nicolás Maduro nas eleições (Vídeo: reprodução/Youtube/CNN Brasil)

Além disso, o site do CNE prossegue fora do ar desde o dia das eleições. No domingo (28), segundo o Ministério Público venezuelano, aliado do governo de Maduro, informou que houve um ataque hacker sobre o comando do candidato opositor. 

Segundo a oposição, os números nas urnas foram adulterados e o resultado é uma fraude. Com isso, a Organização dos Estados Americanos (OEA) está consoante a oposição e também não reconhece a vitória de Maduro.

Movimento de venezuelanos

Muitos venezuelanos que são da oposição contestaram os resultados divulgados pelo CNE e, segundo pesquisas realizadas pela agência Reuters, resultando de duas pesquisas baseadas em boca de urna, González era o vencedor e com uma larga vantagem. 

Simeão Peixoto é vice-prefeito de Pacaraima, cidade onde fica a fronteira terrestre entre Brasil e a Venezuela, comentou a situação da região em entrevista à CNN: “A insegurança é o maior impacto que temos sofrido. Tanto por parte dos Venezuela que estão saindo do país, como a insegurança fronteiriça de uma possível guerra civil“. 

Também segundo a CNN, existe o relato de filas na fronteira dos países, em mercados e em postos de combustíveis em Pacaraima. O vice-prefeito completa que o número de atendimentos relacionados a saúde, programas sociais e a movimentação das Forças Armadas venezuelanas tem preocupado bastante.