Depois da votação presidencial da Venezuela, a CNN pediu ao Exército Brasileiro um balanço de quantos venezuelanos cruzaram a fronteira dos países desde a última segunda-feira (29). São 419 venezuelanos e o número continua aumentando.
Inicialmente se tratava de 50 venezuelanos na segunda-feira (29) e, nesta quinta-feira (1), registraram cerca de 184 outros cidadãos também atravessaram a fronteira. Estes dados foram obtidos por uma operação montado pelo exército chamada Operação Acolhida, em regiões fronteiriças onde acontece o processo de imigração.
Eleições na Venezuela
Uma nova crise se instaurou após o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) declarar Nicolás Maduro reeleito. Entretanto, o órgão que fez essa declaração tem como presidente um de seus aliados, e os resultados foram divulgados antes de a apuração dos votos ser concluída e sem a divulgação dos boletins de urna.
A vitória de Maduro foi proclamada na segunda-feira (29), com resultado vitorioso de 51,2% dos votos e, seu opositor, Edmundo González, com 44,2% dos votos. Entretanto, González argumenta que baseado em contagens paralelas, ele é o vencedor da eleição.
Além disso, o site do CNE prossegue fora do ar desde o dia das eleições. No domingo (28), segundo o Ministério Público venezuelano, aliado do governo de Maduro, informou que houve um ataque hacker sobre o comando do candidato opositor.
Segundo a oposição, os números nas urnas foram adulterados e o resultado é uma fraude. Com isso, a Organização dos Estados Americanos (OEA) está consoante a oposição e também não reconhece a vitória de Maduro.
Movimento de venezuelanos
Muitos venezuelanos que são da oposição contestaram os resultados divulgados pelo CNE e, segundo pesquisas realizadas pela agência Reuters, resultando de duas pesquisas baseadas em boca de urna, González era o vencedor e com uma larga vantagem.
Simeão Peixoto é vice-prefeito de Pacaraima, cidade onde fica a fronteira terrestre entre Brasil e a Venezuela, comentou a situação da região em entrevista à CNN: “A insegurança é o maior impacto que temos sofrido. Tanto por parte dos Venezuela que estão saindo do país, como a insegurança fronteiriça de uma possível guerra civil“.
Também segundo a CNN, existe o relato de filas na fronteira dos países, em mercados e em postos de combustíveis em Pacaraima. O vice-prefeito completa que o número de atendimentos relacionados a saúde, programas sociais e a movimentação das Forças Armadas venezuelanas tem preocupado bastante.