Fernando Fernandes testa exoesqueleto no ‘Domingão do Huck’ e volta a dar passos após 16 anos

No último domingo (01), Fernando Fernandes participou do programa Domingão com Huck, na TV Globo, e viveu uma experiência marcante. Após 16 anos sem movimentar as pernas, ele voltou a caminhar com a ajuda de um exoesqueleto: uma estrutura robótica que imita os movimentos do corpo humano.

O equipamento, que foi fixado na região da cintura, utiliza sensores e articulações mecânicas para permitir que pessoas com deficiência motora consigam dar passos. Durante a exibição do programa, Fernando relatou que teve uma sensação inesperada ao tocar o chão com os pés, mesmo sem ter sensibilidade nas pernas. O momento, segundo ele, foi intenso e trouxe lembranças e emoções há muito tempo adormecidas.

Veja o vídeo da experiência de Fernando:


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Fernando Fernandes contou ao Domingão do Huck como foi a experiência de ficar de pé novamente após tantos anos (Vídeo: Reprodução/Instagram/@domingao)


Esporte, recomeços e novos sonhos

Desde o acidente de carro em 2008, que o deixou paraplégico, Fernando passou a explorar o esporte como forma de reconstruir a própria trajetória. Ele se destacou em modalidades como o paracanoísmo — no qual se tornou campeão mundial — e também se aventurou em atividades como parapente, mergulho, paraquedismo e voo livre. O apresentador reforçou que o esporte teve papel central em sua adaptação e independência ao longo dos anos.

Durante o programa, ele explicou que, com o tempo, a esperança de voltar a andar foi sendo deixada de lado. No entanto, o contato com o exoesqueleto reacendeu esse desejo. A experiência o motivou a buscar novos caminhos dentro da tecnologia assistiva, expressando a intenção de utilizar o equipamento novamente no futuro.

Tecnologia que transforma

Os exoesqueletos vêm sendo cada vez mais aplicados em centros de reabilitação e pesquisas voltadas para a autonomia de pessoas com deficiência motora. Controlado por sensores, o equipamento interpreta estímulos e permite a realização de movimentos como o de caminhar. Embora ainda não estejam amplamente disponíveis no mercado, esses recursos representam um avanço importante na área da medicina assistiva, oferecendo oportunidades concretas para que pessoas com paralisia vivenciem novos tipos de movimento e interação com o próprio corpo.