Cientistas recriam espécie de lobo extinta há 10 mil anos

Recentemente, veio à tona uma notícia bombástica no mundo da ciência: cientistas conseguiram trazer de volta à vida uma espécie de lobo que havia sido extinta há 10 mil anos. Essa ação se torna um marco no mundo, pois agora, entramos em uma era onde cientistas podem trazer de volta espécies de diferentes seres, que haviam sido extintas no passado.

Desextinção da espécie

Pela primeira vez na história da humanidade, uma espécie de animal conseguiu voltar da extinção. Em 1° de outubro de 2024, nasceram os primeiros espécimes da espécie do lobo-terrível (dire wolf), batizados como Romulus (Rômulo) e Remus (Remo) e, um pouco mais tarde, Khaleesi, nomeada por conta de uma importante personagem na série “Game of Thrones”, da HBO. O processo de desextinção desta espécie, que já estava extinta há 10 mil anos, foi realizado pela startup americana Colossal Biosciences, especializada neste processo.


Irmãos da espécie do lobo-terrível, Romulus e Remus, em trono da série “Game of Thrones” (Foto: reprodução/X/@westerosies)

O lobo-terrível é uma espécie que habitou a região das Américas, sendo que seus fósseis foram encontradas em locais como Venezuela, Estados Unidos e Canadá. Embora não possuíssem o mesmo tamanho do lobo-cinzento, ainda eram predadores formidáveis, pesando cerca de 80 quilos e caçando presas como bisões-antigos e mastodontes. Eles ganharam popularidade por aparecerem como os mascotes da família Stark, em “Game of Thrones”, e também em músicas como “Dire Wolf” da banda Grateful Dead.

Nova fase para a ciência

O renascimento dessa espécie foi possível por meio da reconstrução completa do genoma do lobo-terrível, feita com DNA antigo, extraído de fósseis que datam em até 72 mil anos. Utilizando-se técnicas avançadas de edição genética, via CRISPR, cientistas conseguiram reintroduzir a espécie ao mundo, com os três irmãos, Romulus, Remus e Khaleesi. A Colossal Biosciences comemora o feito, como um grande passo em direção ao avanço da ciência e também para a conservação e a restauração ecológica.


Lobo-terrível (Foto: reprodução/X/@jjmileo)

“Desde o início, nossa missão foi clara: revolucionar a história e ser a primeira empresa a usar a tecnologia CRISPR com sucesso na desextinção de espécies perdidas”, afirmou a empresa, nesta segunda-feira (7).

Agora, com os vídeos dos lobos viralizando na Internet, começa uma nova fase para a biologia, que está repleta de possibilidades e desafios, assim como questionamentos éticos, considerando o que é certo, errado e o que vale à pena.

Estudos revelam que biodiversidade do Pantanal está ameaçada por secas e incêndios

Dados científicos divulgados recentemente revelaram que o Pantanal, a maior planície alagada do mundo, está virando um lugar cada vez mais inflamável e seco, com 60% de sua região já foi atingida por fogo nos últimos 38 anos, se tornando o bioma mais castigado por incêndios em todo o Brasil. 

Bioma afetado

O inédito estudo foi feito pelo Mapbiomas ,será lançado por completo na semana que vem, nas informações já divulgadas constam que a última grande cheia que ocorreu no bioma foi há seis anos e que a falta de chuvas seria um dos principais fatores para o alto poder de destruição dos incêndios na região. 

“A gente tem, desde 2018, aumento desse período de seca e, também, o aumento das grandes áreas queimadas. Em 2024, o bioma Pantanal não registrou a cheia que normalmente acontece no bioma”. Comentou Eduardo Reis Rosa, o coordenador de mapeamento do Bioma Pantanal do Mapbiomas. 


Seca no Pantanal aumenta a cada ano (Foto: reprodução/Philip Morton/CC)

Eduardo também revelou que a área coberta de água no Pantanal vem se reduzindo desde 1985, que o local obter uma grande biomassa disponível para ser queimadas, ocasionado nos incêndios incontroláveis. Em 2023, a área inundada do bioma ficou certa de 61% abaixo da média história. 

Problemas na fauna

A diminuição do volume de chuvas e o aumento de queimadas tornaram a região um ambiente hostil para vários animais locais, com os pesquisadores detectando a redução de algumas espécies que correm o risco de serem extintas, entre os animais mais vulneráveis estão a capivara, onça pintada, cervo do Pantanal e a ariranha. 


Capivara é uma das espécies afetadas (Foto: Reprodução/ Pixabay)

Já os incêndios que ocorrem em 2020 causaram, aproximadamente 17 milhões mortes de animais vertebrados, já outro estudo revela que as queimadas trazem consequências a reprodução e ofertas de alimentos dos bichos. 

As mudanças do clima do Pantanal, trouxe outro grande problema para sua fauna, a migração de outras espécies como o Lobo-guará e a raposinha, ocasionando conflitos por recursos com os animais que vivem na região.  

Fertilização in vitro de rinoceronte-branco bem-sucedida é esperança para cientistas

Pela primeira vez, uma fertilização in vitro de um rinoceronte-branco foi bem sucedida, e cientistas acreditam que esse pode ser o caminho para salvar a espécie. Os pesquisadores utilizam apenas rinocerontes do sul em seus estudos para evitar que os que habitam no norte entrem em extinção, uma vez que existem somente duas fêmeas inférteis em todo planeta.


Cientistas observando a fertilização em destaque (Foto: reprodução/ BioRescue)


Detalhes do procedimento

A operação foi realizada com a transferência de um embrião de rinoceronte feito em um laboratório para uma mãe fêmea substituta. Esse procedimento é considerado como uma nova esperança para os cientistas com o principal objetivo de evitar a extinção da espécie.

Esse projeto demorou anos para finalmente ser colocado em prática, precisando superar diversos obstáculos, como, por exemplo, a coleta de ovos e a criação dos primeiros embriões. De fato, 13 tentativas foram essenciais para obter sucesso na primeira gestação.

Entretanto, apenas 70 dias depois da gravidez, a fêmea morreu por ter sido infectada pela bactéria Clostridia, que possui a possibilidade de ser fatal para os animais. Após a morte, uma autópsia realizada demonstrou que tinha 95% de chance do feto masculino de 6,5 centímetros, que já estava se formando, nascer vivo.

Novas possibilidades

De acordo com informações divulgadas pela Suzanne Holtze, cientista do Instituto Leibniz para Pesquisa em Zoológicos e Vida Selvagem, ao BBC, a conquista da gestação já foi um passo muito importante para o futuro: “Mas agora, com essa conquista, estamos muito confiantes de que seremos capazes de criar rinocerontes-brancos-do-norte da mesma maneira, e que seremos capazes de salvar a espécie”, revelou.

Ainda sobre a transferência dos embriões, o chefe do projeto BioRescue, Thomas Hildebrandt, afirma que “a situação para o rinoceronte-branco-do-norte é privilegiada para a transferência de embriões porque temos uma receptora intimamente relacionada, então o mapa interno delas é quase o mesmo”.

Os cientistas possuem o planejamento de implantar o embrião de um rinoceronte-branco-do-norte até maio ou junho de 2024.