Hamas sinaliza apoio a cessar-fogo proposto pelos EUA e acende esperança de trégua definitiva

O grupo Hamas anunciou nesta sexta-feira (4) que respondeu positivamente à proposta de cessar-fogo apresentada e mediada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O movimento, que controla a Faixa de Gaza, afirmou estar pronto para iniciar negociações imediatas com base no esboço do acordo, reacendendo esperanças de uma trégua definitiva após 21 meses de um conflito devastador.

Segundo o comunicado oficial do grupo, o Hamas “apresentou uma resposta positiva aos mediadores e está totalmente preparado para entrar imediatamente em uma rodada de negociações sobre o mecanismo de implementação deste plano“. Israel já havia aceitado o esboço do acordo proposto pelos EUA, o que deve abrir caminho para negociações finais que antecedem a assinatura formal do cessar-fogo.

Trégua de 60 dias e libertação de reféns

A proposta prevê uma trégua inicial de 60 dias. Durante esse período, o Hamas se compromete a libertar 10 reféns israelenses — 8 vivos e 2 mortos — logo no primeiro dia. Em troca, Israel libertaria um número não especificado de prisioneiros palestinos e começaria a se retirar de partes do norte da Faixa de Gaza. Ao todo, ainda restam cerca de 50 reféns israelenses em poder do grupo.

O plano também estipula que as libertações ocorrerão sem cerimônias ou celebrações por parte do Hamas. As negociações para um cessar-fogo permanente seriam iniciadas paralelamente ao andamento da trégua e da retirada militar.

Conflito prolongado e devastador

A guerra iniciou em 7 de outubro de 2023, quando militantes do Hamas invadiram Israel, matando cerca de 1.200 pessoas e sequestrando outras 251, em sua maioria civis. O ataque desencadeou uma resposta militar massiva de Israel, que desde então já matou mais de 56 mil palestinos, segundo autoridades de Gaza controladas pelo Hamas.


Destruição promovida por bombardeio israelense em Gaza, 2025 (reprodução/Bashar Taleb/AFP/Getty Images embed)


A ofensiva deixou grande parte do território de Gaza em ruínas. A maioria da população foi deslocada e vive em condições humanitárias críticas, com relatos alarmantes de desnutrição generalizada, especialmente entre crianças.

Um possível ponto de virada

Apesar das repetidas tentativas fracassadas de cessar-fogo ao longo dos últimos meses, a adesão formal do Hamas à proposta atual pode representar o avanço mais significativo rumo à paz desde o início do conflito. Se confirmada, a trégua de 60 dias pode não apenas aliviar a crise humanitária, como também abrir caminho para um acordo duradouro entre as partes envolvidas.

Líder do Hamas morreu por explosão de bomba no Irã, diz jornal americano

Ismail Haniyeh, chefe do grupo terrorista, morreu devido à explosão de uma bomba plantada em sua acomodação no Irã há alguns meses, de acordo com informações divulgadas por um jornal americano.

A explosão ocorreu em uma residência que estava sendo usada pelo líder do grupo, e a morte só foi confirmada recentemente por fontes próximas ao Hamas. A identidade do líder morto não foi divulgada, mas fontes afirmam que ele era uma figura proeminente dentro do grupo.

A explosão e a morte subsequente são vistas como um golpe significativo para o Hamas, que tem enfrentado crescente pressão internacional e conflitos internos.

Explosão mortal no Irã

A bomba que causou a morte do líder do Hamas foi plantada meses atrás em uma acomodação no Irã. A origem da bomba e os responsáveis pela sua colocação ainda não foram identificados. No entanto, a morte do líder do Hamas no Irã levanta questões sobre a segurança e as operações do grupo fora dos territórios palestinos. A notícia provocou diversas reações no Oriente Médio, com alguns analistas sugerindo que a explosão pode ter sido resultado de uma operação de inteligência estrangeira.


Ismail Haniyeh, líder do Hamas, foi morto em uma explosão de bomba escondida na casa em que estava no Irã (Foto: Reprodução/AFP/Getty Images Embed)


A morte do líder do Hamas ocorre em um momento de tensão crescente entre o Irã e várias nações ocidentais, bem como entre o Hamas e Israel. O grupo Hamas, que controla a Faixa de Gaza, tem sido alvo de críticas e ações militares por parte de Israel, que considera o grupo uma organização terrorista. A relação do Hamas com o Irã tem sido complexa, com o Irã frequentemente fornecendo apoio financeiro e militar ao grupo.

Consequências para o Hamas

A perda de um líder pode afetar significativamente as operações do Hamas, tanto em termos de moral quanto de capacidade operacional. O grupo já enfrenta desafios internos e externos, e essa morte pode exacerbar as dificuldades. Observadores internacionais estarão atentos às próximas movimentações do Hamas e às respostas do Irã e de outras nações envolvidas.

A morte do líder é uma adição recente a uma série de eventos tumultuados que têm impactado a organização. A pressão internacional sobre o Hamas tem aumentado, com muitos países intensificando suas sanções e ações contra o grupo. Além disso, o Hamas tem lutado para manter o controle interno e a coesão em face de desafios econômicos e sociais significativos na Faixa de Gaza.

Vírus da Poliomielite é encontrado em águas residuais de Gaza

As autoridades de saúde em Gaza estão em alerta após a detecção do vírus causador da poliomielite em amostras de águas residuais. O achado, anunciado nesta quinta-feira (18), levanta preocupações sobre a possível disseminação da doença em uma área já afetada por conflitos e problemas sanitários. A descoberta foi feita durante monitoramentos regulares que visam identificar a presença de patógenos perigosos na região.

A poliomielite, uma doença viral que pode causar paralisia permanente, é particularmente perigosa para crianças. Embora tenha sido praticamente erradicada em muitos países, surtos ainda ocorrem em regiões com baixa cobertura vacinal. A presença do vírus em Gaza representa um risco significativo, dado o sistema de saúde fragilizado e as condições de vida precárias da população.

Riscos e medidas de prevenção

A descoberta do vírus da poliomielite nas águas residuais de Gaza acende um sinal de alerta para as autoridades de saúde locais e internacionais. A detecção precoce é crucial para a implementação de medidas preventivas e de contenção. Especialistas em saúde pública estão agora trabalhando para aumentar a vigilância e intensificar as campanhas de vacinação, especialmente entre crianças, as mais vulneráveis à doença.


O vírus da poliomielite foi detectado em águas residuais de Gaza (Reprodução/
Anadolu/Getty Images Embed)

As condições de saneamento em Gaza são um fator crítico que contribui para a disseminação de doenças. A infraestrutura precária, agravada pelos constantes conflitos, dificulta o acesso à água potável e saneamento básico adequado. As autoridades estão apelando para a comunidade internacional por apoio na melhoria das condições sanitárias e no fornecimento de vacinas.

Resposta internacional e apoio humanitário

Organizações internacionais de saúde, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), estão mobilizando recursos para ajudar Gaza a enfrentar esta ameaça. A colaboração entre entidades locais e globais é vital para garantir uma resposta eficaz e rápida, prevenindo um possível surto.

A comunidade internacional é chamada a contribuir com recursos financeiros e logísticos para apoiar as campanhas de vacinação e as melhorias necessárias na infraestrutura de saneamento. A prevenção da poliomielite exige um esforço conjunto, e a solidariedade global é essencial para proteger as populações mais vulneráveis.