Gaza afirma que ataque israelense deixou mais de 200 mortos

As autoridades da região de Gaza apontam que a operação israelense, a qual resgatou quatro reféns do Hamas, deixou cerca de 210 pessoas mortas e 400 feridas. O ataque na região central de Gaza teve o relatório emitido pelas autoridades, neste sábado (8), pelo escritório de mídia do governo enclave, porém, os mortos e feridos continuam a chegar em pares aos dois hospitais centrais do local, Hospital Al-Awda em Nuseirat e o Hospital dos Mártires Al-Aqsa em Deir al-Balah. 

A operação foi realizada pelas Forças de Defesa de Israel (FDI), nas áreas de Nuseirat, Deir al-Balah e al-Zawaideh.

Operação foi compromisso de Netanyahu

O Primeiro-Ministro de Israel Benjamin Netanyahu pronunciou-se após a libertação dos quatro reféns do Hamas em Gaza, dos quais estavam cativeiros. Ele também afirmou que, Israel não cede ao terrorismo e a FDI opera “de forma corajosa e criativa”, para trazer os demais reféns para casa.


As FDI existem desde 1948 e estão no ranking das forças armadas mais experientes do mundo (Foto: reprodução/Getty Images Embed)


Estamos empenhados em fazê-lo também no futuro. Não desistiremos até completarmos a missão e devolvermos para casa todos os reféns – tanto os vivos como os mortos”, disse ele.

Netanyahu encontra-se com os resgatados

Neste sábado (8), o primeiro-ministro se encontrou com os reféns libertados e suas famílias, no Hospital Sheba em Ramat Gan, uma cidade perto de Tel Aviv.

Em uma coletiva, ele comemorou com Noa Argamani e sua família (resgatado), o fato de também seu pai, Yaakov estar comemorando aniversário, hoje (8).

Recebi o melhor presente que poderia esperar”, disse ele, que logo após, seguiu a visitação. Também na oportunidade, Netanyahu visitou outros resgatados e deixou uma mensagem de um deles. “Andrey me disse que tinha um caderno enquanto estava em cativeiro e que todos os dias escrevia uma linha. Cada dia é um presente”.

Desse modo, reiterou o compromisso de libertar os demais reféns da região de Gaza.

Israel dá ordem de evacuação a Rafah

A ordem de evacuação da cidade de Rafah, por Israel, neste sábado (11), permite que a Força de Defesa de Israel avance sobre o sul da Faixa de Gaza, área pouco explorada pela guerra Israel-Hamas, onde a mesma já disputava território. Isso porque, nos últimos dias, aumentaram os confrontos entre as tropas aos arredores de Rafah. O que segundo a ONU, casou neste dia, a saída de mais de 110 mil civis palestinos do local.

O ataque que marca a ação das forças israelenses sobre Gaza, até o momento, apresenta estimativa menor do que o planejamento feito por Israel. O local estratégico abrigava mais da metade da população de Gaza – 1,5 milhão de palestinos, já que faz fronteira com o Sinai, no Egito. Assim, ajuda humanitária, assistência médico-hospitalar e alimentar eram possíveis de serem mantidas.

Saída de mais de 100 mil civis-palestinos de Rafah, na Faixa de Gaza, em 11 de maio de 2024 (Foto: reprodução/Ramadan Abed/g1)

Efeitos da ação de Israel em Rafah

Segundo o porta-voz do Exército Palestino, Avichay Adraee, a orientação na qual os civis deverão seguir é a saída das áreas vizinhas, pois o local vai ser alvo de forças violentas de Israel-local de combate. Todos eles estão se encaminhando para o lado oeste da cidade.

O norte de Gaza foi dado por Israel, no ano passado, como combatido, mas, em função da alegação de reagrupamento do Hamas, novamente as áreas próximas aos seus arredores estão em confronto pelas forças israelenses.

Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu

A cidade de Rafah foi invadida a mando do primeiro-ministro de Israel, para destruir o Hamas. Segundo ele, são os próprios israelenses que desejam a eliminação do grupo terrorista, portanto, sua capacidade de ataque, naquela área.

Em conversa com o Presidente Joe Biden, o primeiro-ministro alega tê-lo informado sobre o caso, porém, o presidente americano se diz contra a invasão, visto que, no local existem 1,5 milhão de palestinos. O governo americano também pediu para que ele repensasse sobre essa ação.

Hoje, segundo a FDI de Israel, dos 24 batalhões do Hamas, 18 já foram destruídos por suas ações.