São Paulo registra nove mortes por febre amarela

Segundo divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP), o estado de São Paulo chegou a sua nona morte por febre amarela. Quatorze casos da doença já foram registrados, sendo todos em regiões rurais do estado.

Trinta casos da doença também foram registrados em primatas não humanos nas regiões de Ribeirão Preto, Barretos, Bauru, Campinas e Osasco.

Os primatas, que atuam como hospedeiros do vírus, são os responsáveis por alertar a população para a circulação da doença na local.

Em 2024, o estado registrou somente uma morte pela doença.

Devido à proximidade do feriado de Carnaval, O Governo de São Paulo reafirmou a importância da vacinação para quem for viajar, principalmente as pessoas que têm as regiões rurais como destino. 

Para garantir a imunização completa durante o feriado, é necessário tomar a vacina 10 dias antes de se expor a locais onde o vírus possa estar circulando.

Alerta

No dia 2 de fevereiro, o Ministério da Saúde emitiu um alerta sobre o aumento de casos de febre amarela nas regiões de São Paulo, Minas Gerais, Tocantins e Roraima. Nos estados da região norte do Brasil, os registros da doença foram em primatas, não humanos.

Devido à maior proliferação da doença, o Governo de São Paulo solicitou 600 mil doses de vacina contra febre amarela para a vacinação de rotina e mais de 1,3 milhão de doses para intensificar a vacinação.


Vacina de febre amarela (Foto: reprodução/ Tomaz Silva/ Agência Brasil)

Sintomas

A febre amarela é uma doença infecciosa transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti que causa febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores musculares, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza.

Alguns dos pacientes contaminados podem desenvolver os sintomas graves da doença e ir a óbito.

A principal forma de prevenção da doença é a imunização. A vacinação em crianças menores de 5 anos é realizada em duas doses. A primeira aos 9 meses e a segunda, aos 4 anos.

Após os 5 anos, é necessário somente uma dose.

São Paulo confirma o primeiro caso da febre amarela

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo confirmou nesta segunda-feira (13) de janeiro de 2025, o primeiro caso de febre amarela em humanos neste ano. O paciente, um homem de 27 anos, que reside na capital paulista, e recentemente esteve em uma área rural no município de Socorro, na região de Campinas, onde, segundo a revista Veja, houve notificação recente de um caso da doença em macacos. 

Casos da doença foram registrados em 2024

Em 2024, o estado registrou dois casos da doença em humanos, sendo um dentro do estado e outro em um homem em Minas Gerais, que veio a falecer. O Instituto Adolfo Lutz confirmou nove casos em macacos, onde sete são da região de Ribeirão Preto, e um em Pinhalzinho e o último em Socorro.


Notícia sobre caso de febre amarela em São Paulo ( Foto: reprodução/ @itatiaia)

E embora os macacos possuem a doença, não transmitem ela, mas são indicativos de circulação do vírus, os macacos são os hospedeiros do vírus, mas os vetores de transmissão são o mosquitos, que picam os macacos, e depois de infectados pelo vírus pode transmitir a doença para outro vetor, e assim  para o homem.

Quais os sintomas e sobre vacinação

Os sintomas iniciais incluem febre súbita, calafrios, dores intensas no corpo e na cabeça, náuseas, vômitos, fadiga e fraqueza. A vacinação é a principal forma de prevenção e está disponível nos postos de saúde.

É recomendável que a vacina seja tomada pelo menos 10 dias antes de deslocamentos para áreas de risco. Ainda segundo o site Veja, o Ministério da Saúde, após ser notificado que a Universidade de São Paulo (USP), de que quatro macacos do campus testaram positivo para febre amarela, tomou a decisão de enviar 100 mil doses extras da vacina para São Paulo para intensificar a imunização contra a doença.

Lembrando que a vacina contra a febre amarela, faz parte do calendário de imunização e fica disponível nos postos de saúde de todo estado, e desde do ano 2017 o Brasil adota o esquema vacinal de somente uma dose durante toda a vida, esta medida está de acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Brasil tem mais de 250 mil casos de chikungunya

Segundo o secretário adjunto da Vigilância em Saúde, Rivaldo Venâncio, no cenário atual de arboviroses no Brasil, a chikungunya vem ganhando maior importância nacional, devido 254.095 casos prováveis, além de 161 mortes confirmadas, e mais 155 em investigação.

Apesar do número alto, Rivaldo relata que diversas semanas foram averiguadas, em torno de dez seguidamente, e houve um decréscimo no número de casos de dengue. O comentário ocorreu em Brasília, na reunião da Comissão Intergestores Tripartite.

Transmissão e grupos afetados

A transmissão da dengue, assim como da chikungunya, ocorre por meio do mosquito Aedes aegypti, também vetor da febre-amarela e da zika.

A maior parte das infecções, 60%, ocorreu entre as mulheres. Pessoas pardas representam 66,7% dos casos, os brancos 24,4%, pretos 7%, amarelos 1,5% e indígenas 0,2%. Quanto às faixas etárias atingidas, os grupos mais atingidos são, respectivamente, de 20 a 29 anos, 40 a 49 anos, 30 a 39 anos, e de 50 a 59 anos.

Os estados com maior concentração de casos são Minas Gerais, Mato Grosso, Bahia, Espírito Santo e São Paulo, respectivamente. O número de casos em Minas chegou a 159.844. E os que menos possuem são Roraima, Amazonas, Rondônia, acre e Amapá.

Conscientização e prevenção

Com o aumento de casos, é preciso manter-se atento e conscientizar-se sobre os métodos de prevenção desta infecção que até hoje é responsável por mortes no País.

Segundo o Ministério da Saúde, é preciso que os criadouros dos mosquitos sejam eliminados nas residências, trabalhos, e na vizinhança, sendo este o método mais eficaz para prevenção. A proliferação do Aedes aegypti ocorre principalmente por água armazenada, como em vasos de plantas, garrafas plásticas, piscinas inutilizadas, e até mesmo tampas de garrafas podem causar a reprodução.


Vídeo mostrando um criadouro do mosquito Aedes aegypti (Vídeo: Reprodução/X/@carlaayres)

Ademais, é sugerido que se use calças e camisas de mangas compridas como uma forma de proteger as áreas que podem ser picadas, utilizar repelentes à base de DEET (N-N-dietilmetatoluamida), IR3535 ou de Icaridina nas partes expostas, e usar mosquiteiros.