Eliezer faz apelo por pacto entre pais no combate à violência contra a mulher

Na tarde desta quinta-feira (31), o ex-BBB Eliezer, que é esposo de Viih Tube – com quem teve dois filhos, Ravi, de 8 meses, e Lua, de 2 anos – postou em suas redes sociais um vídeo como forma de alerta e apelo para pais, principalmente de meninos, sobre a criação dos filhos.


O influenciador veio a público abordar o assunto após um caso ocorrido na última semana: a tentativa de feminicídio de Juliana Garcia, de 35 anos, que foi brutalmente espancada em um elevador por seu namorado, Igor Eduardo, com mais de 60 socos. O agressor foi preso em flagrante graças ao porteiro do prédio, que acompanhou tudo pelas câmeras e acionou a polícia.

Pedido de Eliezer

Como a notícia tomou grandes proporções e mobilizou uma grande parcela da população na luta contra a agressão à mulher, Eliezer gravou um vídeo ressaltando a importância da criação e do exemplo para os filhos em relação a esse tema. No vídeo, o ex-BBB afirma que as crianças não nascem agressoras ou com qualquer tipo de preconceito; elas aprendem isso ao longo do crescimento. Ele faz um apelo aos pais por um pacto de compromisso para ensinar e demonstrar a importância de sempre combater esses crimes brutais — especialmente ensinando aos meninos a maneira correta de tratar as meninas.



Visão de Eliezer como pai de um casal

Também em seu vídeo, Eliezer compartilha seus medos como pai de um casal de filhos:
“Primeiro, olhando para a menina, né? Com a possibilidade de isso um dia acontecer com a minha filha… e olhando para o menino, principalmente olhando para o menino, com a possibilidade de o meu filho, menino, ser um cara desse no futuro.” O influenciador ressalta que a atuação dos pais é essencial enquanto os filhos ainda são crianças, destacando a importância da cautela na criação, especialmente dentro de casa, evitando agressões verbais ou atitudes extremas. Ele enfatiza a necessidade de sempre mostrar que a violência nunca é a solução.


Eliezer com seu filho Ravi e sua filha Lua (Foto: reprodução/Instagram/@eliezer)

Após o apelo do influenciador, é importante destacar que, neste mês de agosto, tem início a campanha criada pelo Governo Federal chamada “Agosto Lilás”, que tem como principal objetivo a conscientização e o combate à violência contra a mulher.

Google pretende facilitar o acesso à ajuda em casos de violência doméstica

Google levanta bandeira contra a violência doméstica em nova iniciativa. Ao pesquisar por “violência contra a mulher” na ferramenta de busca, em vez de exibir apenas as notícias mais recentes, a plataforma agora redireciona os usuários para serviços de apoio às vítimas. Esse tipo de recurso já está em funcionamento em países como Estados Unidos, Argentina, Bolívia, entre outros.

Luisa Phebo, líder de parcerias estratégicas de impacto social da plataforma na América Latina afirma:

A violência doméstica é um problema social que requer uma resposta coletiva. Ajudar as vítimas a encontrar rapidamente um contato para suporte faz parte da nossa missão de tornar a informação universalmente acessível”.



Google levanta bandeira contra a violência doméstica (Foto: reprodução/studiostockart/Getty Images Embed)


Aumento de casos de violência doméstica

Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), dados que constituem o relatório “O Poder Judiciário na Aplicação da Lei Maria da Penha: ano 2022”, que engloba a atuação do Poder Judiciário na aplicação da Lei Maria da Penha, apontam 640.867 mil processos de violência doméstica e familiar ou feminicídio em 2022.

No mesmo período, foram proferidas 399.228 mil sentenças. e, no ano passado, os números de casos registrados aumentaram. A estatística é revelada no novo boletim Elas Vivem: liberdade de ser e viver, divulgado em 2024.  Foram registradas 3.181 mulheres vitimadas, apresentando um aumento de 22,04%.

1 mulher é morta a cada 6 horas no Brasil

Segundo levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), 1.463 mulheres foram vítimas de feminicídio no país em 2023. Por isso, o Ministério das Mulheres lançou também a campanha  “Feminicídio Zero – Nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada”. A campanha trata de questões que passam pela violência psicológica, física e moral que muitas mulheres sofrem diariamente, simplesmente por serem mulheres. 

A violência doméstica tem consequências amplas e profundas que afetam não apenas as vítimas diretas, mas também a sociedade como um todo. Crianças expostas à violência doméstica têm maior probabilidade de desenvolver problemas emocionais, cognitivos e comportamentais. Isso pode afetar seu desempenho escolar, suas interações sociais e suas perspectivas futuras.