Vida da floresta inspira a nova coleção de Flavia Aranha

A marca Flavia Aranha abriu o segundo dia da São Paulo Fashion Week com uma coleção que alia inovação e consciência ambiental, apresentada no Parque Trianon, na Avenida Paulista. A coleção foi inspirada na floresta, refletindo a conexão profunda entre a natureza e a moda sustentável.

Em conversa antes do desfile, Flavia compartilhou que está em uma fase de reestruturação:

“Com esta apresentação, quis refletir sobre o que a moda foi, é e ainda será. Aquilo que muitos consideraram uma tendência passageira é, na verdade, o cerne do meu trabalho.”

A grife tem se destacado por um método único de criação ao fazer pesquisas de tecnologias sustentáveis para criar suas peças. Essa abordagem faz da marca uma referência em moda responsável, que coloca o impacto ambiental no centro do seu trabalho.

Sobre a coleção

A coleção “Floresta” da Flavia Aranha é uma verdadeira homenagem à Amazônia, cheia de referências à natureza e à vida. As peças foram pensadas para proteger do frio, do vento e da água, com um toque poético que lembra as formas e movimentos das folhas e da dança da vida. Flavia usou materiais super especiais, como látex amazônico e tecidos feitos com algas, além de corantes naturais que dão um toque único a cada peça.


Flavia Aranha publica vídeo do desfile (Vídeo: Reprodução/Instagram/@flaviaaranha_)

Ela continua sua pesquisa com tinturas botânicas, usando plantas como Araucária, Chá Preto, Cebola Roxa e Urucum, que cria desenhos delicados em vestidos de seda bem fluidos. O azul da coleção vem do índigo produzido por um assentamento do MST no Pará, algo raro na pigmentação natural. Já os tons de lilás e verde saíram de uma parceria com uma empresa que faz corantes bacterianos. 

Além disso, a coleção traz um toque artístico com biojoias, marchetaria e pinturas feitas por artistas indígenas e artesãos brasileiros, mostrando que dá pra juntar moda, arte e sustentabilidade de um jeito lindo e consciente.

Flavia Aranha

Flavia Aranha é uma estilista brasileira que vem se destacando por unir criatividade e sustentabilidade nas suas criações. Ela está sempre buscando maneiras de produzir roupas que respeitem o meio ambiente, sem deixar de lado o estilo e a inovação. A sua marca é referência quando o assunto é moda consciente, mostrando que é possível ser moderno e sustentável ao mesmo tempo.


 

Flavia Aranha para sua página oficial (Foto: Reprodução/Instagram/@flaviaaranha_)

Além disso, Flavia tem uma conexão especial com a natureza, principalmente com a floresta, que é uma grande inspiração para suas coleções. Para ela, moda não é só seguir modinhas rápidas, mas criar peças que tenham significado e durem no tempo, sempre com respeito pelo planeta. Por isso, quando ela apresenta suas coleções em eventos como o São Paulo Fashion Week, fica claro esse compromisso com uma moda mais responsável.

Incêndios voltam a impactar Los Angeles, forçando a evacuação de moradores

Nesta quarta-feira (22), novos incêndios florestais devastadores foram registrados na região de Los Angeles, nos Estados Unidos, gerando preocupação e mobilização das autoridades. Em decorrência das chamas, pelo menos 31 mil pessoas foram forçadas a abandonar suas casas em busca de segurança, enquanto outras 23 mil residentes receberam avisos de alerta para evacuação. As chamas, que se proliferaram rapidamente em uma área localizada a aproximadamente 80 km de Los Angeles, foram intensificadas por uma combinação de ventos fortes e vegetação extremamente seca, características que favorecem a rápida propagação do fogo.

As equipes de combate ao incêndio estão trabalhando para controlar a situação. Helicópteros e aeronaves especializadas estão sendo utilizados para lançar água e retardantes sobre as chamas, enquanto cerca de 1.100 bombeiros foram mobilizados para enfrentar o fogo e minimizar os danos. As autoridades locais continuam monitorando a situação de perto, avaliando os riscos e a necessidade de novas evacuações, enquanto buscam garantir a segurança da população afetada.


Incêndio em Los Angeles (Foto: Reprodução/Instagram/@conexao.america)


Extensão do incêndio

O incêndio, de proporções devastadoras, já consumiu uma extensão alarmante de 32 km², o que corresponde a mais de impressionantes 4 mil campos de futebol. Essa catástrofe em grandes dimensões vem sobrecarregando as equipes de brigadistas, que ainda se empenham incansavelmente no controle das chamas que, tragicamente, resultaram na morte de 28 pessoas nos primeiros dias de janeiro.

Atualmente, o mais recente balanço da situação indica que os dois grandes incêndios, que tiveram início em 7 de janeiro, denominados Eaton e Palisades, estão com níveis de contenção de 91% e 68%, respectivamente. É notável que, em um período de apenas 15 dias, esses dois incêndios juntos consumiram uma área que se aproxima do tamanho da capital dos Estados Unidos, Washington, D.C., um indicativo da gravidade da situação.

Na quarta-feira, a eclosão de novos focos de incêndio forçou a implementação de medidas de contenção adicionais, resultando no fechamento de vários parques.

Chefe dos bombeiros

A região de Los Angeles está sob alerta de bandeira vermelha para risco crítico de incêndio, embora os ventos estejam mais controlados em comparação ao início dos incêndios, permitindo a atuação das aeronaves de combate. O chefe dos bombeiros do condado, Anthony Marrone, destacou que a situação atual é bem diferente da de 16 dias atrás.

A região não teve chuvas significativas há nove meses, o que favoreceu a propagação dos incêndios, mas há previsão de chuva para o fim de semana. A AccuWeather estima que as perdas econômicas ultrapassem US$ 250 bilhões, com mais de 16 mil imóveis destruídos, incluindo empresas e mansões de celebridades.

Incêndios florestais no Rio de Janeiro disparam em 2024

Em 2024, o Rio de Janeiro enfrentou um crescimento de 85% nos casos de incêndios florestais, de acordo com o Corpo de Bombeiros Militar do estado. Apenas nos primeiros oito meses do ano, foram atendidas 6.178 ocorrências a mais do que no mesmo intervalo do ano anterior.

Segundo os dados, em 2023 foram registrados 11.037 casos de incêndios em vegetação. Entre 1° de janeiro e 23 de agosto deste ano, houve 7.417 chamados, enquanto no mesmo período de 2024, foram 13.595 ocorrências, representando um aumento de 2.558 casos em relação ao ano anterior.

Municípios que estão sofrendo com os incêndios

Os municípios mais afetados por esses incêndios incluem Rio de Janeiro, São Gonçalo, Maricá, Nova Iguaçu, Araruama, Nova Friburgo, Campos dos Goytacazes, Volta Redonda, Niterói e Duque de Caxias.

Liderando o ranking temos Rio de Janeiro (4.513), São Gonçalo (569) e Duque de Caxias (561) os municípios mais afetados por esse tipo de queimadas.


Incêndio no Parque Nacional do Itatiaia (Foto: reprodução/corpodebombeiros_rj)

Em nota, a corporação destaca que o esforço dos Bombeiros no combate aos incêndios florestais é crucial para a proteção ambiental e a segurança da comunidade.

“Noventa e cinco por cento dos incêndios no Rio de Janeiro a causa é o ser humano, ou acidental, ou proposital. É fundamental lembrar que o balão é um dos vilões, balão é crime, não soltem balões, isso é muito importante. A gente precisa entender que o mato, incialmente, não pega fogo sozinho. Raras as exceções. Para o mato se incendiar tem que estar entre 260 e 400 graus celsius. Isso não acontece no dia a dia, mesmo com dias muitos quentes. Por isso que a ação do homem está sempre ali e a prevenção é muito importante”, ressaltou o porta-voz do Corpo de Bombeiros, major Fábio Contreiras.

Investimentos para o combate aos incêndios

Cláudio Castro (PL), governador do Rio de Janeiro, revelou que foram aplicados mais de R$ 1 bilhão na corporação, com a adição de novas tecnologias e recursos. Além disso, mais de R$ 115 milhões foram alocados para fortalecer as operações no combate a incêndios florestais.

Incêndios florestais devastam o Chile e deixam mais de 130 mortos e centenas de desaparecidos

No Chile, uma das mais graves tragédias dos últimos 15 anos assola o país, com mais de 130 vítimas fatais e centenas de pessoas desaparecidas devido aos incêndios florestais. Os repórteres especiais, Bruno Tavares e Wellington Valssechi, testemunharam a devastação na área turística de Viña del Mar.

O fogo teve início no Parque Nacional Peñuelas, uma vasta reserva florestal, alimentado por fortes rajadas de vento atingindo até 80 km/h em direção às áreas mais densamente habitadas da região.

Dois fatores adicionais contribuíram para a propagação dos incêndios: o clima seco, típico do Chile, e o intenso calor. Na semana passada, o país foi atingido por uma onda de calor, com temperaturas atingindo os 40°C na região de Viña del Mar.

Desdobramentos do incêndio

O número de mortos ultrapassa os 130 e ainda há pessoas desaparecidas nas regiões de Viña del Mar e Valparaíso. Os bairros mais afetados foram os localizados na periferia, distantes do centro, incluindo áreas de ocupação com casas de madeira. Isso contribuiu significativamente para o alto número de vítimas.

Neste momento, os bombeiros estão concentrados em realizar operações de rescaldo, uma vez que a maioria dos focos de incêndio está sob controle. Além disso, estão empenhados em localizar e identificar as vítimas desse desastre.

Cenário devastador causado pelo fogo


A extensão afetada pelo fogo equivale ao tamanho da cidade de Guarulhos, São Paulo (reprodução/BBC)

Incêndios florestais não são raros nessa região do Chile, mas, desta vez, atingiram uma dimensão sem precedentes. Muitas vítimas só serão reconhecidas por meio de testes de DNA. Mais de 300 pessoas continuam desaparecidas.

Voluntários estão entregando alimentos para os moradores. Outra prioridade é aplicar vacina antitetânica e atender quem sofreu danos oculares pelas fagulhas. Veterinários tratam os animais feridos.

Causas e investigação

Nos últimos dias, autoridades afirmaram que alguns dos focos de incêndio foram iniciados deliberadamente. O presidente Gabriel Boric visitou as áreas afetadas e declarou que todas as possibilidades serão investigadas.

Os incêndios no Chile já são considerados um dos três mais mortais do mundo neste século, comparáveis aos ocorridos na Austrália em 2019 e no Havaí em agosto de 2023. O governo chileno também ressalta que esta é a maior tragédia nacional desde o terremoto de 2010, que resultou na morte de mais de 500 pessoas.