Antes do Grande Prêmio de Miami, Norris viu a vitória escapar por recusar um pit-stop

Lando Norris alcançou pela primeira vez o ponto mais alto do pódio em sua carreira na Fórmula 1, após 110 corridas disputadas. No GP de Miami, estrategicamente aguardou sua ida aos boxes, aproveitando a presença do carro de segurança para sair à frente de Max Verstappen.

A partir daí, construiu uma vantagem significativa sobre o tricampeão, garantindo a tão almejada vitória. Vale destacar que sua primeira posição quase foi alcançada no GP da Rússia de 2021, quando optou por não trocar os pneus durante a chuva, resultando na perda da liderança para Lewis Hamilton.


Momento em que Lando Norris venceu seu primeiro GP (Reprodução/X/@F1)

Antes da sua vitória do seu primeiro GP de Miami

Norris partiu da quinta posição em Miami, com Verstappen na pole position. Sua oportunidade de ouro surgiu durante a volta 28, quando liderava e adiara sua parada nos boxes. Sob bandeira amarela, ele manteve a liderança, segurando Verstappen durante o período de carro de segurança, e finalmente venceu com uma vantagem final de +7s612.

Foram 952 dias de expectativa desde a estreia de Lando Norris na Fórmula 1, lá em 2019. Durante esse período, ele se tornou o piloto com o maior número de aparições no pódio, mas sem vitórias na categoria. Antes do GP de Miami, Norris já havia subido ao pódio em quinze ocasiões, porém sempre ficando abaixo do primeiro lugar. A oportunidade de vencer escapou por entre os dedos no GP da Rússia de 2021.

Na 15ª etapa da temporada de 2021 da Fórmula 1, a pole position pertencia a Lando Norris. No Autódromo de Sochi, o promissor piloto britânico almejava manter sua posição de destaque na largada e alcançar sua primeira vitória na categoria. Vindo de cinco pódios consecutivos, incluindo um segundo lugar em Monza, as expectativas estavam altas para Norris.


GP da Rússia em 2021 (Reprodução/X/@felipemmeira)

O que aconteceu durante o GP da Rússia 2021

McLaren e Norris estavam sincronizados na estratégia para manter a liderança da corrida. Lando iniciou a corrida com pneus médios e depois trocou para os pneus duros em uma pista ainda seca em Sochi. Logo atrás dele estava Lewis Hamilton, determinado a alcançar sua 100ª vitória. Manter seu compatriota atrás representava um desafio considerável para o jovem piloto, mas ele conseguiu segurar a liderança.

A oito voltas do final da corrida, as primeiras gotas de chuva começaram a cair sobre a pista. Embora a chuva parecesse diminuir, a superfície começou a ficar escorregadia. Diante disso, os pilotos decidiram entrar nos boxes para trocar para pneus intermediários. Enquanto Norris e Hamilton disputavam a liderança, tanto a McLaren quanto a Mercedes recomendavam o pit-stop como a estratégia mais acertada.

Hamilton, apesar de mencionar que a chuva parecia diminuir, optou por seguir a estratégia da equipe e trocar para pneus intermediários. Em contrapartida, Norris escolheu manter os pneus duros. À medida que a chuva se intensificava, o piloto da McLaren começou a perder aderência e enfrentou dificuldades para se manter na pista. Em um momento crítico, Lando acabou rodando e quase colidindo com a barreira de proteção, mas conseguiu retornar à pista antes de decidir entrar nos boxes. No entanto, mesmo com a troca, sua recuperação foi limitada, resultando em uma sétima colocação, enquanto Lewis Hamilton conquistou sua 100ª vitória na Fórmula 1.

Estou profundamente desapontado. Foi uma decisão difícil não entrar nos boxes, e acabou sendo a escolha errada. A equipe McLaren recomendava o pit stop, mas optei por não seguir essa sugestão. Foi uma decisão minha, e acreditei que fosse a correta naquele momento. É angustiante, especialmente quando estamos tão perto do final da corrida. Se ainda faltassem 20 voltas, talvez não teria sido uma decisão tão drástica, mas confiamos no que parecia ser o certo, e infelizmente, estava equivocado no final das contas.

Lando Norris

O chefe da McLaren, Andreas Seidl, reconheceu a gravidade da situação, porém, procurou diminuir a responsabilidade de Norris, descrevendo-a como uma decisão conjunta entre equipe e piloto, e uma oportunidade de aprendizado.

A Fórmula 1 retorna em duas semanas, no dia 19 de maio, com o Grande Prêmio da Emilia-Romagna. A corrida, que acontecerá no Autódromo Enzo e Dino Ferrari, representa a sétima etapa do campeonato.

Filmes e séries para conhecer a trajetória do piloto Ayrton Senna

O dia 1º de maio de 1994 ficou marcado na história por um trágico acidente. Há exatamente 30 anos morria, no auge da sua carreira, um ídolo. Durante o GP de San Marino em Bolonha, na Itália, Ayrton Senna, aos 34 anos, colidiu seu carro contra um muro de concreto. Naquele momento morria um herói que marcou uma geração inteira e mudou para sempre a história do esporte, mas que vive até hoje na memória dos brasileiros.

30 anos da morte de Senna

Para relembrar a história e trajetória do tricampeão da F1, séries, filmes, documentários e teasers foram anunciados com estreia para quarta-feira (01) nas plataformas de streamings, algumas já foram disponibilizadas.

Confira alguns filmes e séries sobre Ayrton Senna

  • Senna por Ayrton – Globoplay
  • Com várias entrevistas e depoimentos, a nova série documental Original da Globoplay, composta por três episódios, estreia hoje (01), e irá narrar a história de Senna com o olhar do próprio protagonista.

Ayton Senna no carro no carro de Roberto Carlos na série “Senna por Ayrton” (Foto: Reprodução/ Globo/ Globoplay)

  • Senna: 30 Anos – GNT
  • Para homenagear o piloto, a série estreia hoje (01), às 22h30 no canal da GNT. A partir do dia 15 de maio, a série ficará disponível no Globoplay.
  • Em Senna – ESPN e Star+
  • O programa estreia também nessa quarta (1), e contará histórias marcantes, curiosidades, e momentos especiais vividos pelo piloto, contadas por Adriane Galisteu, Christian Fittipaldi e Geraldo Rodrigues. O programa irá ao ar às 20h no canal da ESPN e na Star+.
  • Senna 30 Anos: O Dia que Ainda Não Terminou – Câmera Record e Play Plus
  • O documentário, já disponível na Play Plus, produzido pelo Roberto Cabrini, investiga e conta os principais momentos vividos por Ayrton Senna na véspera da corrida antecedeu sua morte.
  • Senna – Netflix
  • A Netflix divulgou o trailer da nova série adaptada que mostrará a história desde o auge até a morte do tricampeão da F1, Ayrton Senna. A série será lançada em 2024, mas ainda não tem data de estreia.

Trailer da série Senna (Vídeo: Reprodução/ Youtube/ Netflix)

  • Senna: O Brasileiro, O Herói, O Campeão – Disponível para aluguel na Apple TV+, Google Play, Claro Video e Prime Video
  • A série aclamada de 2010, tem como foco a disputa de Senna com Alain Prost e a rivalidade com dirigentes da Federação Internacional de Automobilismo (FIA).

30 anos sem Ayrton Senna: uma lenda brasileira do automobilismo

Ayrton Senna, o lendário piloto de Fórmula 1 das décadas de 1980 e 1990, é reverenciado como maior ídolo brasileiro do automobilismo. Nascido em São Paulo, em 21 de março de 1960, sua paixão pelas pistas o levou a se tornar uma lenda do esporte.

No entanto, foi em 1º de maio de 1994 que o destino interrompeu a trajetória de Senna de maneira trágica. Durante o GP de San Marino, em Ímola, na Itália, uma colisão com uma mureta de proteção tirou a vida do piloto, deixando o Brasil e o mundo de luto.

O velório de Ayrton Senna foi marcado por uma comoção nacional. Durante cerca de 22 horas, aproximadamente 240 mil pessoas de despediram do ídolo.

O início de uma lenda

Assim como muitos outros pilotos, a carreira de Ayrton Senna no automobilismo teve início no kart. Aos quatro anos de idade, ele ganhou seu primeiro kart, construído pelas mãos de seu pai. Equipado com um motor retirado de um cortador de grama, o kart de Senna alcançava incríveis 60km/h. Este brinquedo se tornou o favorito de Ayrton durante sua infância.

Aos sete anos, Ayrton Senna já mostrava sua afinidade com o volante, começando a dirigir kart profissional, embora ainda não participasse de competições. Foi aos 11 anos que Senna deu sua primeira volta em um circuito.

Com uma curiosidade insaciável e um desejo constante de aprimorar seu desempenho, aos 12 anos, Ayrton decidiu desmontar seu próprio kart com o objetivo de compreender a função de cada peça e buscar maneiras de torná-lo mais rápido nas pistas.

Em 1973, aos 13 anos de idade, ele fez sua estreia nas corridas de kart em um circuito improvisado na cidade de Campinas, em São Paulo. Apesar de ser consideravelmente mais jovem que seus adversários, Senna não apenas se destacou, como liderou boa parte da corrida, deixando todos que assistiam maravilhados com seu talento precoce.

Aos 14 anos, Ayrton Senna conquistou seu primeiro título ao vencer o Campeonato Paulista de Kart. Dois anos depois, em 1976, ele repetiu a façanha, consolidando seu domínio no kartismo paulista.

Entretanto, Senna não parou por aí, ele se tornou um nome dominante no kartismo brasileiro, conquistando o tricampeonato brasileiro em 1978, 1979 e 1980. Além disso, Ayrton também alcançou o título de campeão sul-americano em 1977 e 1980.

No final da década de 1970, Ayrton Senna decidiu desafiar as pistas internacionais de kartismo na Europa e na Ásia, buscando o título mundial. Entre 1978 e 1982, Senna participou do campeonato mundial. Apesar de não ter conquistado o título, ele deixou sua marca e enfrentou quem ele considerava seu maior rival: o inglês Terry Fullerton. Em uma entrevista, Senna afirmou que a disputa com Fullerton era a melhor lembrança de toda sua carreira, até mesmo superando seus feitos na Fórmula 1.


Ayrton Senna em seu kart (Foto: reprodução/Instituto Ayrton Senna)

Fórmula Ford

No início de 1980, Ayrton Senna se viu diante de uma decisão crucial em sua carreira. Apesar de estar estudando Administração para assumir os negócios da família ao lado do pai, ele não estava satisfeito com seu futuro. Seu verdadeiro desejo era de continuar no automobilismo, competir nos grandes campeonatos e buscar o estrelato nas pistas.

Sua decisão de se mudar para a Inglaterra foi um ponto importante em sua evolução como piloto. Senna dedicou um ano de sua vida para testar carros de fórmula no circuito de Snetterton, em Norwich. Essa experiência foi fundamental para aprimorar suas habilidades e se adaptar ao ambiente altamente competitivo das corridas de monopostos.

O talento de Ayrton Senna não passou despercebido pelos olhos atentos dos patrocinadores. Em 1981, o jovem piloto entrou para a Fórmula Ford 1600, competindo pela equipe Van Diemen Racing. Logo em seu primeiro ano na categoria, Senna conquistou o título de campeão.

O domínio de Senna nas pistas chamou a atenção de Ralph Firman, chefe da equipe Van Diemen, que não poupou elogios ao afirmar que ele seria um dia campeão mundial de Fórmula 1.

Mesmo com o sucesso avassalador na Fórmula Ford 1600, Ayrton Senna se viu obrigado a retornar ao Brasil devido à falta de patrocínio para a temporada seguinte. De volta às raízes e trabalhando na empresa de seu pai, Senna recebeu uma ligação que mudaria seu destino: Ralph Firman oferecendo a oportunidade de competir outra categoria, a Fórmula Ford 2000.

A transição para a Fórmula 2000 apresentou um novo desafio, com um carro mais agressivo e tecnologicamente mais avançado em comparação com a Fórmula 1600, especialmente devido à presença do aerofólio. No entanto, Senna mostrou mais uma vez sua capacidade e, ao longo da temporada venceu 13 das 15 corridas disputadas e sendo campeão.


Ayrton Senna na competição pela Fórmula Ford 1600 (Foto: reprodução/Instituto Ayrton Senna)

Fórmula 3

Após conquistar os títulos na Fórmula 1600 e Fórmula 2000, Ayrton Senna traçou seu próximo objetivo: competir na prestigiada Fórmula 3 Britânica, reconhecida como a porta de entrada para a Fórmula 1 na época. Seu talento foi notado e logo recebeu o convite para testar um carro de Fórmula 3.

O convite veio de uma figura proeminente no automobilismo, o renomado irlandês Eddie Jordan, que mais tarde se toraria uma figura influente na Fórmula 1 como proprietário de equipe. Durante o teste, Senna superou o piloto titular da equipe na época.

Em 1982, Ayrton Senna escreveu mais um capítulo de sua ascensão no automobilismo ao estrear na Fórmula 3. Na época, ainda competindo pela Fórmula 2000, ele recebeu o convite da equipe West Surrey Racing para participar de uma corrida em Thruxton, onde viu uma oportunidade para atrair patrocinadores. Após a corrida, assinou seu contrato para a próxima temporada.

O ano de 1983 marcou uma batalha épica na Fórmula 3 entre Ayrton Senna e o piloto inglês Martin Brundle, que mais tarde também ingressaria na Fórmula 1. Brundle, então pilotando para a equipe de Eddie Jordan, foi um adversário formidável para Senna, mas o brasileiro mostrou sua habilidade excepcional ao longo da temporada.

Vencendo a maioria das corridas, Ayrton Senna conquistou o título a Fórmula 3, deixando Brundle para trás.

O talento excepcional de Senna ao volante de monopostos foi reconhecido pelas equipes da Fórmula 1. Em 1983, antes mesmo de se tornar campeão da Fórmula 3, Senna recebeu o convite especial para testar o carro da equipe Williams, uma das mais renomadas da categoria.

Durante os testes em Donington Park, o piloto deixou todos “perplexos”, nas palavras de Frank Williams, o chefe da equipe na época. O brasileiro bateu o recorde da pista com o carro da Williams, entretanto, por uma triste coincidência, Senna encontraria seu destino fatal 11 anos depois, guiando um carro da mesma equipe.

Em um movimento que antecipava uma das parcerias mais bem-sucedidas da Fórmula 1, Ayrton Senna teve a oportunidade de testar o carro da McLaren em 1983. O convite veio do próprio chefe da equipe, Ron Dennis. Ele deu duas voltas, deixando uma forte impressão em Dennis. Anos depois, essa breve demonstração de talento seria o início de uma parceria lendária entre Senna e McLaren, marcando uma era de domínio e conquistas na Fórmula 1.

Fórmula 1

Apesar de impressionar em testes pela Williams e McLaren, o jovem Ayrton Senna encontrou desafios para garantir um lugar como piloto titular em equipes de ponta da Fórmula 1. Consciente dos riscos, ele ponderou suas opções e recebeu uma proposta oficial da modesta equipe Toleman.

No dia 25 de março de 1984, os olhos do mundo automobilístico se voltaram para o Brasil, onde Ayrton Senna fazia sua estreia na Fórmula 1, no GP do Brasil, realizado no circuito de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Ansioso por uma performance memorável em seu país, Senna enfrentou uma falha no motor que o obrigou a abandonar a corrida na oitava volta.

Porém, na segunda corrida, na África do Sul, Senna mostrou sua determinação ao cruzar a linha de chegada em sexto lugar, garantindo assim seu primeiro ponto na Fórmula 1. Esse foi apenas o começo de uma jornada brilhante, que resultaria em um total impressionante de 614 pontos ao longo de sua carreira na categoria.

Em sua primeira temporada na elite do automobilismo, Ayrton Senna deixou sua marca, encerrando o campeonato na nona posição e acumulando 13 pontos, sendo seu destaque um segundo lugar no GP de Mônaco. Especialistas da época acreditam que Senna teria vencido se a corrida não tivesse sido interrompida devido à forte chuva. Demonstrando sua habilidade na chuva e nas ruas apertadas de Mônaco, Senna estabeleceu seu domínio, um prelúdio para o título de “Rei de Mônaco” com seis vitórias em dez corridas disputadas ao longo de sua carreira.


Toleman-Hart TG184 usada por Ayrton Senna que foi leiloada em 2018 e arrematada por R$ 6,2 milhões (Foto: reprodução/Tony Hisgett/Wikimedia Commons)

Ayrton Senna na Lotus

Em seu segundo ano Fórmula 1, Ayrton Senna trocou a Toleman pela Lotus, equipe pela qual competiu por três temporadas. A mudança permitiu que ele competisse nas primeiras posições e até mesmo brigasse por vitórias.

O momento histórico veio em 21 de abril de 1985, no GP de Portugal, quando Senna conquistou sua primeira vitória na Fórmula 1. Sob condições de chuva intensa, mais uma vez mostrou sua genialidade na pista molhada. A corrida foi interrompida com apenas nove carros na pista, e Ayrton cruzou a linha de chegada em primeiro lugar.

Durante sua passagem pela Lotus, Ayrton Senna alcançou seis vitórias memoráveis: Portugal e Bélgica em 1985, Espanha e Estados Unidos em 1986, e Mônaco e Estados Unidos em 1987. Nos campeonatos, Senna conquistou o quarto lugar em seus dois primeiros anos e terminou em terceiro na temporada de 1987.


Ayrton Senna conseguiu suas primeiras vitórias na Fórmula 1 pilotando a Lotus 97T (Foto: reprodução/Peterhanna/Wikimedia Commons)

Ayrton Senna na McLaren

Apesar dos bons resultados conquistados na Lotus, Ayrton Senna tinha um objetivo claro: se tornar campeão da Fórmula 1. Para isso, sabia que precisava estar em uma equipe de ponta. Na época, as melhores opções eram a McLaren e a Williams, com a Ferrari um pouco atrás. Quando as portas da McLaren se abriram para ele, não houve hesitação. A decisão foi facilitada pelo fato de a McLaren e a Lotus usarem o mesmo motor, Honda, o que tornou a negociação mais viável.

Após anos liderando suas equipes anteriores, Senna enfrentou uma mudança significativa ao ingressar na McLaren. Acostumado a ser o piloto principal, agora encontrava um companheiro de equipe, o bicampeão mundial Alain Prost.


Alain Prost e Ayrton Senna (Foto: reprodução/Angelo Orsi/Wikimedia Commons)

Ao final de 1989, a relação entre Ayrton Senna e Alain Prost atingiu um ponto crítico na McLaren. Prost, sentindo que Ron Dennis favorecia Senna, optou por deixar sua equipe e se transferir para a Ferrari. Em seu lugar, a McLaren contratou o austríaco Gerhard Berger, que mais tarde se tornaria um dos grandes amigos de Senna na Fórmula 1.

Pela terceira vez, Senna e Prost travaram uma batalha pelo título da Fórmula 1. Em 1990, a situação se inverteu, e Senna chegou ao GP do Japão à frente no campeonato. Com um duplo abandono, o brasileiro conquistaria seu segundo título mundial. No emblemático circuito de Suzuka, o Ayrton forçou uma ultrapassagem sobre Alain na primeira curva, resultando em um acidente que tirou ambos da corrida. Este incidente amplamente considerado como uma revanche de 1989, marcou o desfecho dramático de uma temporada intensa.

Em 1991, a Ferrari de Alain Prost não conseguiu acompanhar o ritmo da McLaren, deixando o caminho livre para Ayrton Senna brilhar. Nas quatro primeiras corridas da temporada, incluindo o GP do Brasil, Senna dominou as pistas.

Sua primeira vitória em Interlagos foi épica, enfrentando problemas no câmbio, Ayrton perdeu marchas e teve que realizar um esforço sobre-humano para controlar o carro. A situação ficou ainda mais desafiadora com a chuva que começou a cair. Mesmo exausto e sem forças para levantar o troféu no pódio, ele conseguiu manter o carro na pista até a bandeira quadriculada.


Ayrton Senna tricampeão mundial da Fórmula 1 pela McLaren (Foto: reprodução/Instituto Ayrton Senna)

O declínio da McLaren

Na Fórmula 1, as mudanças são constantes e as equipes podem rapidamente subir ou cair no grid de largada. Em 1992, a Williams apresentou um carro notavelmente superior, o que tornou difícil para Ayrton defender seu título. Apesar das adversidades, Senna mostrou sua maestria no volante e conquistou três vitórias na temporada. Uma delas, em Mônaco, foi particularmente memorável. Durante várias voltas, ele enfrentou uma pressão de Nigel Mansell, se mantendo firme defendendo sua posição nas estreitas ruas do principiado.

O retorno de Alain Prost à Fórmula 1 em 1993 trouxe consigo um novo capítulo na rivalidade entre ele e Senna. Substituindo Nigel Mansell, Prost rapidamente se mostrou um adversário formidável para o brasileiro. Embora Ayrton Senna tenha conquistado cinco vitórias ao longo da temporada, Prost teve um desempenho ainda mais impressionante, vencendo sete corridas e garantindo o título mundial. No entanto, uma das vitórias de Senna foi destaque, o GP da Europa, em Donington, na Inglaterra, onde ele protagonizou o que muitos consideram a melhor volta da história da Fórmula 1.

Acidente de Ayrton Senna

Com a saída de Prost, Ayrton Senna viu na Williams a oportunidade de recuperar o título que tanto desejava. Contudo, seu início na equipe não foi como o esperado.

Após a aposentadoria de Alain Prost, Senna fez a mudança para a Williams, mas enfrentou contratempos nas duas primeiras corridas da temporada. Embora tenha largado na frente em ambas, problemas no carro o obrigaram a abandonar. Para complicar ainda mais, o jovem a talento alemão Michael Schumacher emergiu como um ótimo competidor, vencendo as duas corridas.

No final de abril, a Fórmula 1 desembarcou no circuito de Ímola, em San Marino, na Itália, para a terceira etapa do campeonato. Mas, esse GP ficaria gravado na memória como o mais trágico da história de toda a categoria.

No mundo da Fórmula 1, o ritual de treinos livres na sexta-feira, classificatórios no sábado e corrida no domingo é uma tradição. Na sexta-feira, o piloto brasileiro Rubens Barrichello, então no início de sua carreira, enfrentou um acidente, ele foi levado ao hospital com uma fratura no nariz e algumas escoriações, e felizmente sobreviveu. No dia seguinte, no sábado, o austríaco Roland Ratzenberger enfrentou um destino muito mais trágico. Durante o treino classificatório, seu carro colidiu violentamente contra o muro, mas infelizmente ele não sobreviveu ao impacto, perdendo a vida aos 33 anos.

Com a pressão de não deixar Schumacher escapar no campeonato, Ayrton Senna sabia que precisava de uma performance impecável. Determinado a conquistar a vitória, ele retornou ao carro e, com maestria cravou a volta mais rápida do treino classificatório, garantindo mais uma vez a primeira posição no grid de largada.

No domingo, Senna liderava a corrida com Schumacher em sua cola. Porém, na sexta volta, um incidente terrível aconteceu: uma quebra na barra de direção fez ele perder o controle do carro enquanto contornava a curva Tamburello, resultando em um impacto violento contra a mureta de proteção a quase 300 km/h.

Após o impacto, uma das rodas do carro atingiu o capacete de Ayrton Senna, causando um afundamento em seu crânio. O piloto brasileiro foi imediatamente transferido para o hospital de helicóptero, mas, lamentavelmente, não sobreviveu aos ferimentos. Senna faleceu no dia 1º de maio de 1994.

No dia 5 de maio de 1994, São Paulo parou para homenagear e se despedir de Ayrton Senna em seu velório, que se estendeu por 22 horas. Cerca de 240 mil pessoas acompanharam o cortejo fúnebre, que foi transmitido ao vivo pela televisão, unindo o país em luto. O caixão de Senna foi carregado por uma comovente fila de pilotos, incluindo Emerson Fittipaldi, Gerhard Berger, Alain Prost, Rubens Barrichello, Christian Fittipaldi, Thierry Boutsen, Jackie Stewart, Raul Boesel, Roberto Moreno, Michele Alboreto, Johnny Herbert, Pedro Lamy, Wilson Fittipaldi e Damon Hill.

Títulos de Ayrton Senna

Títulos de Ayrton Senna antes da Fórmula 1

  • Bicampeão Paulista de Kart: 1974, 1976.
  • Tricampeão Brasileiro de kart: 1978, 1979 e 1980.
  • Bicampeão Sul-Americano de Kart: 1977 e 1980.
  • Campeão de Fórmula Ford 1600: 1981.
  • Campeão de Fórmula Ford 2000: 1982.
  • Campeão de Fórmula 3 Britânica: 1983.

Títulos e números de Ayrton Senna na Fórmula 1

  • Tricampeão: 1988, 1990 e 1991.
  • Vitórias: 41
  • Pódios: 80
  • Pole Positions: 65
  • Voltas mais rápidas: 19
  • Corridas disputadas 161

Homenagens à Ayrton Senna

Ayrton Senna recebe inúmeras homenagens em todo o mundo após sua trágica morte. Em Ímola, onde ocorreu o acidente, uma estátua foi erguida em sua memória. Além disso, no circuito de Donington Park, onde fez uma das melhores primeiras voltas da história, uma escultura foi criada em sua honra.


Estátua de Ayrton Senna no circuito de Ímola (Foto: reprodução/Graham Montanari/Wikimedia Commons)

No dia 1º de maio de 2019, em memória aos 25 anos do falecimento de Ayrton Senna, o Autódromo de Interlagos foi palco do 1º Senna Day. O evento foi marcado por uma série de atividades que celebraram a vida e o legado do piloto. Com a presença de atrações musicais, exposições de objetos pessoais e carros históricos de Senna, além de corridas de kart e diversas atividades voltadas paras as crianças, o dia foi uma emocionante homenagem ao eterno capitão das pistas.

 F1: Ferrari revela que usará macacão azul em GP de Miami

A Ferrari divulgou oficialmente, nesta quinta(25), os macacões de corrida de seus pilotos, Charles Leclerc e Carlos Sainz, eles serão azuis ao invés do vermelho tradicional da escuderia italiana. Além dos pilotos, o SF-24, carro do time, terá uma cobertura em azul, fazendo uma  homenagem aos 70 anos da marca nos Estados Unidos

Azzurro La Plata

A escuderia italiana não adotará qualquer tom de azul, usará o “Azzurro La Plata”, relembrando a cor usada pelo bicampeão Alberto Ascari em seus dois títulos na F1 em 1952 e 1953, pela escuderia, também usados nos GPs dos EUA e México de 1964, e que, das corridas da Argentina, serviu ainda como cor oficial.

A equipe usará também, outro tom de azul, o “Azzurro Dino”, usado pela última vez em 1974 quando Clay Regazzoni foi vice-campeão da F1. Essa foi a última ocasião em que a cor cobriu os carros da escuderia italiana.



Ferrari multicor

A Ferrari já trocou suas pinturas em algumas ocasiões especiais na F1:

  • 2023, a escuderia adotou uma pintura com amarelo e vermelho para o GP da Itália, celebrando a vitória do 499P nas 24 Horas de Le Mans do mesmo ano.
  • 2023, Sainz e Leclerc guiaram no GP de Las Vegas com um carro com tons de branco junto ao tradicional vermelho da equipe.
  • 2020, o SF1000 foi pintado de bordô em homenagem à centésima corrida do time, no GP da Toscana.

Ferrari correndo na F1 sem adesivos de patrocínio em luto pelo 11 de setambro (Foto: reprodução/motor24.pt)

Quase 25 atrás, o vermelho Maranello da escuderia também cedeu espaço para o preto cobrir o bico do F2001, todos os patrocinadores foram retirados dos carros, capacetes e macacões da equipe, os carros, na época, foram guiados pelo alemão Michael Schumacher e o brasileiro Rubens Barrichello na temporada 2001 da F1.

A mudança aconteceu no GP da Itália como sinal de luto pelos atentados ao World Trade Center em Nova York, em 11 de setembro.

Esse gesto se repetiria em 2005 no GP do Bahrein, em decorrência da morte do Papa João Paulo II.

Lewis Hamilton fala sobre a longevidade na Fórmula 1

Com 39 anos Lewis Hamilton parece distante de uma aposentadoria da Fórmula 1. O piloto tem dois anos de contrato com a Ferrari, que começa em 2025, quando completa 40 anos de idade, o heptacampeão afirmou que parar de correr na categoria não é algo no horizonte dele.

Ida de Hamilton para a Ferrari

Nunca pensei que chegaria aos 40 anos. Tenho quase certeza de que disse que não faria isso. Mas a vida é uma viagem tão louca. Não me sinto com 40 anos. Geralmente me sinto ótimo”.

Na scuderia, o britânico irá assumir o lugar de Carlos Sainz. O espanhol negociava a renovação de seu contrato com a equipe desde o final de 2023, porém, as conversas foram interrompidas. O outro piloto da Ferrari, Charles Leclerc, teve o seu contrato multianual anunciado, a duração não foi revelada.

Na última semana, Fernando Alonso renovou o contrato com a Aston Martin por mais duas temporadas. Piloto mais velho do grid, o espanhol terá 45 anos no final de 2026.

Hamilton fala: “não sou piloto mais velho aqui. Ainda vou correr por algum tempo, então é bom que (Alonso) ainda esteja por aí. Fernando é um dos melhores pilotos que tivemos no esporte, então ele continuar aqui e continuar a ter a produção que tem mostra o que é possível. E mostra a nova era do atleta, o que o corpo humano pode fazer e continuar fazendo se você nutri-lo”.



O britânico não vence um GP de Fórmula 1 há dois anos, desde 5 de dezembro de 2021, no GP da Arábia Saudita. A temporada em branco tornou-se algo inédito na carreira de Hamilton em 2022, porém, esse feito se repetiu em 2023, ano em que a Mercedes também não venceu depois da insistência inicial no conceito de “zeropod”.

Hamilton com a Mercedes

O jejum sem vitória segue em 2024. Nas quatro primeiras corridas da temporada, Lewis atingiu a melhor colocação no GP do Bahrein, quando ficou na sétima colocação. O heptacampeão chegou a abandonar a corrida na Austrália e ainda afirmou não esperar evolução na Mercedes durante o ano.

O britânico está na Mercedes desde 2013, depois de começar a carreira na Fórmula 1 pela McLaren. No time alemão, Hamilton conquistou seis títulos, disputou 222 GPs, com 82 vitórias, 78 pole positions e 148 pódios.

Lando Norris é pole da sprint no GP da China depois de caos por causa da chuva

Na madrugada desta sexta-feira (19), aconteceu a classificação da corrida sprint do GP da China, onde a chuva foi o elemento surpresa e transformou o final em uma confusão. Entre as voltas deletas e devolvidas, a pole position ficou com Lando Norris, que teve a volta com 1m57s940. Lewis Hamilton ficou com o segundo lugar e logo atrás vem Fernando Alonso.

Esta será a primeira corrida sprint da temporada, que irá contar com seis no total. O formato ainda será visto nos GP’s de Miami, Áustria, Estados Unidos, São Paulo e Catar.

A classificação

A chuva chegou no circuito no final do SQ2, que sacramentou a eliminação precoce de George Russell, que ficou em 11º lugar, porém, Guanyu Zhou, piloto da casa, ficou no top 10 do grid pela primeira vez na temporada.

No SQ3, a chuva deu ainda mais trabalho, a pista molhada provocou escapadas de Leclerc, Norris e Max Verstappen, que foi líder nos segmentos anteriores. O holandês encerrou a sua sessão perto da bandeirada, o caos que culminou com o top 3 composto por Norris, Hamilton e Alonso começou.



Verstappen foi parar na brita ao concluir sua última volta rápida, bem perto da reta principal. Sainz e Norris escaparam da pista no mesmo lugar, porém, o britânico conseguiu completar o giro em terceiro lugar. Porém, a volta foi deletada por exceder os limites de pista.

Alonso conseguiu fechar a volta mesmo com a pista escorregadia e assumiu a ponta, logo em seguida, Hamilton o superou, que estava em oitavo depois de ter o seu último giro deletado, Norris teve tempo para mais uma tentativa, que valeu a pole position, esta, porém, acabou excluída pela direção de prova, que decidiu validá-la segundos depois e tirar a pole das mãos de Hamilton.

Esta é a primeira pole de Norris em corridas sprints e, contabilizando as corridas tradicionais, a segunda da sua carreira. Ele não larga do primeiro lugar desde o GP da Rússia de 2021, onde ele abdicou de brigar pela sua primeira vitória na categoria por postergar a troca de pneus quando começou a chover.

A sprint

A ordem de largada para a sprint será: Norris, Hamilton, Alonso, Verstappen, Sainz, Pérez, Leclerc, Piastri, Bottas, Zhou, Russell, Magnussen, Hulkenberg, Ricciardo, Stroll, Gasly, Ocon, Albon, Tsunoda, Sargent.

A largada da corrida sprint do Circuito de Shangai está marcada para a meia-noite deste sábado (20), no horário de Brasília.

Lewis Hamilton sugere fim de semana combinado entre MotoGP e F1: “Seria épico”

A empresa que cuida do gerenciamento da Fórmula 1 desde 2016, a Liberty Media, anunciou oficialmente algum tempo atrás, que adquiriu a MotoGP em uma transação bilionária de 4,2 bilhões de libras, que se convertem a 26 bilhões de reais. Na visão do futuro piloto da Escuderia Ferrari, foi um ótimo negócio, pois assim, abriria portas para uma difícil oportunidade, porém possível, um final de semana para as duas categorias, um prato cheio aos fãs de velocidade.

De acordo com Hamilton, a Liberty, faz um ótimo trabalho na Fórmula 1, assim consequentemente, aumentando o valor da categoria e acha que eles podem fazer um ótimo trabalho no gerenciamento da MotoGP. Lewis, complementa, dizendo que ama a competição de moto velocidade e seria algo épico ter ambas as categorias no mesmo final de semana.

Troca entre F1 e MotoGP

Não é uma sugestão nova do piloto britânico, pois o mesmo, já teve experiência com uma moto da categoria no ano de 2019. Naquele ano, trocou de equipamentos com a lenda da categoria e também heptacampeão, Valentino Rossi.

Valentino Rossi e Lewis Hamilton. Foto: (Reprodução/Guido de Bortoli/Getty Images)

Na ocasião, os dois se encontraram no Circuito Ricardo Tormo, localizado em Valência, na Espanha. Hamilton pilotou a Yamaha do italiano e Rossi, conduziu o W08, carro especial, no qual o britânico foi tetracampeão mundial da Fórmula 1 em 2017.

Segundo o diretor da Yamaha na MotoGP Massimo Meregalli, era apenas a nona vez de Hamilton com uma moto de corrida, e as condições de tempo não eram ideais para a pilotagem, porém o piloto da Mercedes só freou quando viu a bandeira quadriculada.

Por outro lado, Valentino Rossi já estava mais familiarizado com carros de F1. O italiano, aposentado desde 2021, guiou carros da categoria em 2004, 2005, 2006 e 2010, porém nestas vezes em Ferraris, chegou a surpreender Michael Schumacher, então piloto da época na Escuderia.

Aston Martin anuncia a renovação de contrato de Fernando Alonso

Nesta quinta-feira (11), a Aston Martin anunciou que o piloto Fernando Alonso continuará na equipe por mais duas temporadas. O anúncio da renovação do contrato do bicampeão foi confirmado nas redes sociais.

A nota sobre a renovação, que foi enviada para todos os jornalistas especializados, contém somente a data desta quinta-feira, 11 de abril de 2024, junto com a frase: “estou aqui para ficar”.

Alonso e a permanência

No início do ano, o espanhol chegou a sugerir que não estava certo a sua permanência na Fórmula 1. Fernando Alonso afirmou que iria esperar as primeiras corridas de 2024 para decidir se iria ficar ou não na categoria.



A ida de Hamilton para a Ferrari na próxima temporada e a vaga aberta na Mercedes, tornaram o bicampeão um potencial candidato para a equipe, bem como para a vaga de Sergio Pérez na RBR. Fernando Alonso, porém, declarou que a vaga na Mercedes não lhe parecia tão atraente.

Aos 42 anos, o espanhol tem quase o dobro da idade do piloto mais jovem do grid da F1 em 2024, Oscar Piastri, com seus 23 anos. O veterano espanhol disputada a sua 21ª temporada na categoria, sendo o mais experiente dentre os 20 titulares. Ele conquistou seus dois títulos mundiais em 2005 e 2006, enfrentando Michael Schumacher.

A temporada 2024 é sua segunda pela Aston Martin, ano passado o piloto foi responsável por quase 74% dos pontos conquistados pela equipe no campeonato de pilotos, que a equipe terminou no quinto lugar. Alonso subiu o pódio oito vezes na temporada passada.

Carreira do piloto espanhol

Antes de ir para Aston Martin, Alonso ficou dois anos na Alpine, antiga Renault. Foi com o time francês que ele voltou para a Fórmula 1 em 2021, depois de três anos fora, desde 2018. Neste período, ele foi bicampeão das 24h de Le Mans, do Mundial de Endurance (WEC), e ganhou as 24h de Daytona, além de ter competido nas 500 milhas de Indianápolis e até no Rally Dakar.

Na atual temporada, a Aston Martin é a quinta colocada no campeonato de construtores com 33 pontos. No Mundial de pilotos, Alonso ocupa o oitavo lugar, com 24 pontos; seu melhor resultado em 2024 foi o quinto lugar no GP da Arábia Saudita, segunda corrida desta temporada.

GP do Japão de 2024 muda de data pela primeira vez

Esta será a primeira vez em 37 anos, que o GP do Japão irá ser no começo do ano e não no fim dele, que geralmente ocorre entre setembro e novembro. A Fórmula 1 organizou o calendário de 2024 pensando em regionalizá-lo: as corridas foram reagrupadas, dentro do possível, por continentes. As cinco primeiras corridas dessa temporada, Bahrein, Arábia Saudita, Austrália, Japão e China, estão entre a Ásia e a Oceania.

Outro exemplo de mudança é que a partir de outubro, a maioria das corridas acontecerá nas Américas, começando no GP dos Estados Unidos, que é localizado em Austin, e termina em Las Vegas. Foi por esse motivo que a F1 trocou o GP do Japão de data com o GP do Azerbaijão, que passa a ser em setembro.

O circuito

O GP do Japão estreou na F1 em 1976, no Circuito de Fuji, que sediou mais uma corrida em 1977 antes de ser substituída por Suzuka, sucedendo dez anos sem provas no país.

A primeira corrida japonesa foi realizada em 24 de outubro, mês que voltaria a sediar a corrida em outras 30 vezes. Já tiveram três GPs do Japão em novembro, e três em setembro, incluindo o da temporada passada, que foi vencida por Max Verstappen.


Max Verstappen no GP do Japão de 2024.


A corrida acontecer no final do calendário, permitiu o Japão a sediar decisões de títulos, como em 1976 entre Niki Lauda e James Hunt; em 1988, 1989 e 1990 entre Ayrton Senna e Alain Prost; em 1998 e 2000 entre Michael Schumacher e Mika Hakkinen; e os mais recentes, Sebastian Vettel em 2011 e Max Verstappen em 2022.

Tufões na região

Mudar a corrida de data terá outro benefício: fugir de tufões no Oceano Pacífico. O país sofre com fortes chuvas entre setembro e outubro, o que afetou com mais destaque, os GPs dos anos de 2004, 2010, 2014, 2017, 2018, 2019 e 2022.

Nos anos de 2004, 2010, 2014, 2018 e 2019, os tufões causaram preocupação ou interromperam as atividades em pista. Na temporada de 2014, a tempestade ocasionou em vários temporais que culminaram no acidente fatal de Jules Bianchi.

 Em 2017, as chuvas tornaram a afetar os planos da Fórmula 1; em 2018, Kong-rey deixou a competição em alerta, assim como o Hagibis, que fez em 2019 a classificação ser realiza poucas horas antes da corrida no domingo.

 No GP de 2022, onde Max Verstappen confirmou o bicampeonato, não havia um tufão na região. Porém, as fortes chuvas não passaram em branco: a prova foi paralisada por quase 2 horas, com direito a confusão com a pontuação final e até trator na pista, que gerou críticas da família de Jules Bianchi e de Pierre Gasley, que era muito amigo do francês, que faleceu em julho de 2015, nove meses depois da batida.

A corrida no Japão teve Max Verstappen como vencedor no GP de 2023. A vitória impulsionou a campanha do holandês pelo seu tricampeonato, conquistado na corrida sprint da etapa seguinte, no GP do Catar. E ainda foi palco do hexacampeonato de construtores da Red Bull com seis corridas de antecedência.

Vettel revela que pode ter competitividade de Hamilton e Leclerc na Ferrari

A partir da próxima temporada, Lewis Hamilton passará a ter como colega na Ferrari o jovem Charles Leclerc, com o qual tem uma boa reação. Porém, a dupla pode dar problema para a equipe, pelo menos é isso que Sebastian Vettel prevê, ele conhece bem os dois, o alemão disputou o título com Hamilton em 2017 e 2018, e foi companheiro de equipe do Leclerc em 2019 e 2020.

Fala do Vettel

O ex-piloto, que foi campeão quatro vezes na F1, deu uma entrevista exclusiva para o canal “Sky Sports F1”, e nela revelou: “Charles é bom, Charles é tranquilo. Ele é muito rápido, muito competitivo, mas Lewis também é. Então, acho q será mais difícil a equipe gerenciá-los”.

Vettel conhece o britânico como rival desde 2008, seu primeiro ano inteiro na F1. Porém, eles só chegaram a disputar de forma direta os títulos de 2017 e 2018, quando o alemão corria pela Ferrari e o Hamilton pela Mercedes levou a melhor.


Lewis Hamilton e Sebastian Vettel. (Foto: reprodução/ Instagram/ @lewishamilton

No ano seguinte, Valtteri Bottas, piloto da Mercedes, passou a ocupar a vice-liderença, Vettel recebeu Leclerc como companheiro na Ferrari. Porém, a parceria foi de altos e baixos, marcada por confrontos na pista e até batidas.

O alemão foi demitido da Ferrari em 2020 e foi substituído por Carlos Sainz, que irá deixar a equipe em 2025, para a chegada de Hamilton. Em seus últimos anos na Fórmula 1 até a aposentadoria em 2022, passou a desenvolver uma amizade com o britânico.

Entrevista com a Sky Sports Alemanha

Na última semana, em uma entrevista à Sky Sports da Alemanha, Vettel se revelou incrédulo com a notícia da ida de Hamilton para a Ferrari e entrou em contado com o britânico em sequência. O alemão voltou a falar sobre sua surpresa com a novidade. “Fiquei surpreso, como acho que a maioria de nós. Mas foi emocionante. Obviamente, ele está em busca de um novo desafio e será diferente vê-lo de vermelho, em uma cor diferente”.

Em fevereiro, dias depois do anúncio da transferência de Hamilton para Ferrari, Leclerc revelou que já sabia do acordo com o britânico antes de renovar o seu contrato com a scuderia. O monegasco afirmou já ter trocado mensagens com o futuro companheiro e nutre boas expectativas com a parceria.