Ventos fortes derrubam árvores e deixam mais de 100 mil sem luz na Grande SP

Nesta quarta-feira (28), rajadas de ventos superiores a 60km/h atingiram a Grande São Paulo, deixando duas pessoas feridas e mais de 100 mil sem eletricidade. O Corpo de Bombeiros recebeu mais de 50 chamados para ocorrências envolvendo árvores caídas ou em risco. No Tatuapé, uma árvore atingiu duas pessoas, deixando uma delas com traumatismo na cabeça.

Além disso, os fortes ventos afetaram o Aeroporto Internacional de Guarulhos, onde três aviões precisaram realizar manobras de arremetida devido às condições climáticas. A Defesa Civil alerta para a continuidade dos ventos fortes e recomenda evitar áreas próximas a árvores e redes elétricas.

O avanço de uma frente fria está provocando rajadas de vento na capital e na região metropolitana, segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) da Prefeitura de São Paulo. Dessa forma, o órgão orienta a população a buscar abrigo em locais seguros. Evitando sempre permanecer sob árvores ou próximas a redes elétricas, para reduzir riscos de acidentes.

Enel registra mais de 123 mil clientes sem energia

Segundo a Enel, mais de 123 mil clientes estão sem energia na Grande São Paulo. A capital foi a mais afetada, com 75.950 domicílios sem luz, seguida por Santo André (10.205), São Bernardo do Campo (9.611) e Diadema (5.216). No entanto, a concessionária informou que os desligamentos ocorreram por diferentes motivos, incluindo quedas de árvores e danos à rede elétrica.

Além disso, a situação se agravou com rajadas de vento superiores a 60 km/h, que derrubaram postes e afetaram a distribuição de energia. Segundo a Enel, equipes de emergência estão mobilizadas para restabelecer o fornecimento, mas algumas áreas podem enfrentar longos períodos sem eletricidade devido à complexidade dos reparos.


Equipes atuam para restabelecer energia após apagão causado por ventania em SP (Foto: Reprodução/X/@EnelClientesBR)

Frio, chuva e ventos de até 100km/h

Bem como já se sabe, uma massa de ar polar avança sobre o Brasil e promete derrubar as temperaturas nos próximos dias. No Sul do país, cidades como Porto Alegre e Curitiba podem registrar mínimas próximas de -3°C, com risco de geada e até neve em áreas serranas. Em São Paulo, a capital pode ter a menor temperatura do ano, chegando a 7°C na sexta-feira (30).

Portanto, o fenômeno que começou a atuar na terça-feira (27), trazendo chuvas e ventos fortes, deve se estender até o início de junho. Além do frio intenso, a frente fria vem acompanhada de rajadas de vento que podem ultrapassar 100 km/h, o que aumenta o risco de quedas de árvores e, consequentemente, interrupções no fornecimento de energia. Meteorologistas alertam que essa massa de ar polar tem trajetória continental, o que significa que o frio será mais duradouro e penetrante. A recomendação é reforçar os agasalhos e evitar exposição prolongada ao ar livre.

África do Sul registra 12 mortos após chuvas intensas 

Foram confirmadas 12 mortes, na África do Sul, devido às inundações e forte chuvas com rajadas de ventos, a tempestade afetou as províncias litorâneas do país, as informações são das autoridades locais, que divulgaram a quantidade de vítimas na última segunda-feira (13).

Na província costeira Cabo Oriental, situada no sudeste do país africano, foram contabilizados sete mortos, segundo informações à AFP o porta-voz do município Nelson Mandela Bay, local da tragédia.

Na região leste, foram registradas 5 mortes, próximo à cidade portuária de Durban, região vizinha de Kwazulu-Natal, além de dezenas de feridos que estão sendo tratados, segundo informações do governo da província.


Detalhes sobre a tragédia enfrentada na África do Sul (Vídeo: reprodução/ YouTube/@SBTNews/Jornal SBT Brasil)

Cenário de destruição e previsão de mais chuva

No total são mais de 2 mil pessoas realocadas, entre elas, famílias que viviam em comunidades carentes. O município está recebendo doações de alimentos, mantas e roupas para os desabrigados.

As chuvas fortes estão concentradas na costa leste, em direção ao oceano Indico, porém, há alertas dos serviços meteorológicos, para quatro das nove províncias do país.

Além das inundações o cenário é de calamidade, com casas destruídas, árvores arrancadas pela raiz, foi necessário cortar a energia em determinados locais por questões de segurança.

Pior enchente da história da África do Sul

Não é a primeira vez que a região de Durban e arredores, são afetadas pelas chuvas, em 2022, ocorreu uma das maiores cheias da história, foram registrados 450 milímetros de chuva num intervalo de apenas  48 horas, a catástrofe resultou em mais de 400 mortos.
Ocorreu uma força tarefa para socorrer os moradores afetados, com 300 agentes da polícia e mobilização da força aérea nacional, com o envio de aviões para ajudar nas operações de resgate.


Detalhes da tragédia em 2022 na África do Sul (Vídeo: reprodução/YouTube/@RFI Brasil)


Além das vítimas, houve destruição por todo território afetado pela chuva, com mais de 2 mil casas destruídas, e ainda mais de 4 mil moradias informais (barracos) afetados pela tragédia, devido às inundações e deslizamento em áreas de risco.