Explosões derrubam duas pontes na Rússia e deixam mortos e feridos perto da fronteira com a Ucrânia

Duas explosões ocorridas em um intervalo de poucas horas derrubaram pontes em regiões próximas à fronteira da Rússia com a Ucrânia, deixando pelo menos sete mortos e mais de 60 feridos entre sábado (31) e domingo (1º). Os incidentes, que levantaram suspeitas de sabotagem, aconteceram nas regiões de Briansk e Kursk, ambas localizadas no oeste da Rússia.

O primeiro episódio foi registrado em Briansk, onde uma ponte rodoviária cedeu repentinamente sobre uma linha férrea no exato momento em que um trem de passageiros passava. A composição, que seguia de Klimovo para Moscou, transportava 388 pessoas. Com o colapso da estrutura, diversos caminhões que transitavam pela ponte despencaram, e alguns vagões do trem descarrilaram. A tragédia resultou em sete mortos e 69 feridos, segundo autoridades locais. As vítimas foram rapidamente socorridas e encaminhadas para hospitais da região, enquanto equipes de emergência atuavam no local.

Declaração do serviço rodoviário

De acordo com o serviço ferroviário de Moscou, a queda da ponte foi provocada por “interferência ilegal nas operações de transporte”, sem dar maiores esclarecimentos. Já o governador de Briansk foi mais direto, afirmando que o desabamento ocorreu em decorrência de uma explosão, reforçando a suspeita de um possível ataque planejado.


Putin e Zelensky juntos em uma conferência (foto: reprodução/x/@g1)

Poucas horas depois, uma segunda ponte desabou, desta vez na região vizinha de Kursk. No momento do colapso, um trem de carga cruzava a estrutura. Um dos maquinistas ficou ferido. Felizmente, não houve registro de outras vítimas.

Segundo as autoridades

As autoridades russas tratam os dois episódios como interligados. Investigadores abriram inquéritos e trabalham com a hipótese de sabotagem coordenada. Um parlamentar russo chegou a acusar diretamente a Ucrânia de envolvimento, classificando os ataques como atos de terrorismo. Até o momento, o governo ucraniano não comentou os acontecimentos.

O clima de tensão entre os dois países, agravado pela guerra em curso, ganha mais um capítulo com essas ações misteriosas, que afetam diretamente a infraestrutura civil e colocam em risco vidas inocentes.

Trump tem jantar com primeiro ministro canadense enquanto tensões com vizinhos aumentam

Donald Trump se reuniu com o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, na noite da última sexta-feira. O encontro é considerado estratégico, especialmente por ocorrer poucos dias após a promessa de Trump de implementar aumentos massivos nos impostos sobre produtos vindos do México e do Canadá já nos primeiros dias de seu novo mandato na Casa Branca.

É esperado que alguns membros do gabinete do primeiro-ministro canadense tenham participado do jantar, enquanto Trudeau deve deixar Mar-a-Lago logo após o encontro, considerado de interesse para ambos os lados.

Medidas de Trump se aprovadas pode causas estragos

De acordo com especialistas, se aprovadas, as tarifas podem causar estragos na cadeia de abastecimento dos Estados Unidos e nas indústrias que dependem de produtos dos parceiros comerciais mais próximos do país.

Ainda de acordo com informações divulgadas, Trump e Trudeau tiveram uma breve ligação após o anúncio da eleição do presidente americano, na qual discutiram questões relacionadas à segurança das fronteiras e ao comércio.


Fronteiras vem foram ponto importante durante campanha de Trump (Foto:reprodução/Getty Images News/Rebecca Noble/Getty Images Embed)


Lembrando que, durante a primeira administração de Trump, os Estados Unidos e o Canadá tiveram uma relação muitas vezes complicada, especialmente na questão do comércio. Isso ocorreu principalmente porque Trump, em seu primeiro mandato, utilizou tarifas contra o Canadá para substituir o Acordo de Livre Comércio da América do Norte.

Declarações conflitantes entre Trump e presidente mexicana

Ainda durante esta semana, Trump conversou com a presidente do México, Claudia Sheinbaum. No entanto, ambos fizeram declarações conflitantes sobre a ligação: enquanto Trump afirmou que Sheinbaum concordou com o fechamento das fronteiras entre os EUA e o México, a presidente mexicana negou ter feito tal acordo.

Sheinbaum também comentou que o México retaliaria caso Trump concretizasse sua ameaça, uma posição já manifestada em discursos anteriores da presidente mexicana.

Guarda Costeira Filipina acusa China de bloqueio marítimo para retirada de um enfermo

Nesta sexta-feira (7), a Guarda Costeira das Filipinas acusou a China de um bloqueio bárbaro nas fronteiras marítimas do país. Essa acusação se deu pela tentativa de um resgate de um membro das Forças Armadas Filipinas que se encontrava doente no Mar do Sul da China. As autoridades Filipinas chamaram o bloqueio chinês de ações “bárbaras e desumanas”.

Sobre o incidente 

O incidente ocorreu no mês passado, de acordo com as Filipinas, e um pequeno contingente de fuzileiros navais destacados estavam designados para guardar um navio filipino preso no disputado Second Thomas Shoal, um local onde aconteceram diversos confrontos com a China no último ano. 


Embarcação das Filipinas no Sul da China (Foto: reprodução/Mikhail Flores/Reuters)

Jay Tarriela, porta-voz da guarda costeira, afirmou que os barcos da Guarda Costeira e da Marinha foram assediados pelas embarcações da China, mesmo tendo informado que a operação marítima era médica. 

Tarriela fez um comunicado, afirmando o seguinte: “O comportamento bárbaro e desumano exibido pela Guarda Costeira da China não tem lugar em nossa sociedade”. 

Pronunciamento da China

Nesta sexta-feira (7), o Ministério de Relações Exteriores da China emitiu um comunicado, afirmando que as Filipinas têm a autorização para a entrega de suprimentos e retirada do pessoal, desde que Manila notifique Pequim antes de sua missão.

Mao Ning, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, afirmou em um pronunciamento que as Filipinas não podem usar este caso como desculpa para o transporte de materiais de construção naval para uma tentativa de ocupação permanente de Ren’ai Jiao, que é como a China se refere ao Second Thomas Shoal. 

Nesta terça-feira (4), Romeo Brawner, chefe militar das Filipinas, disse que a primeira tentativa de resgate de soldado doente fracassou após a China bloquear a província ocidental de Palawan. 

Mais uma tentativa foi feita no dia seguinte, com a ajuda da Guarda Costeira da Filipinas, e o resgate do soldado foi feito com sucesso, de acordo com Brawner. 

A China tem uma reivindicação para todo o mar do Sul de seu país, que é um canal de mais de 3 trilhões de dólares de comércio anual de navios. O país enviou centenas de embarcações da Guarda Costeira, a até 1.000 km de seu continente, para supervisionar o que diz ser seu direito.  

Novas medidas do governo Biden permite fechamento temporário das fronteiras

Nesta terça-feira (04), uma série de normas marcam uma mudança controversa das políticas migratórias apresentadas por Joe Biden no início de seu mandato. Através das alterações, Biden pode barrar a chegada de novos imigrantes na fronteira mexicana. 

Migração de pensamento 

A série de mudanças representa uma reviravolta conflitante com as políticas de Biden, que no início se mostravam, em parte, contrárias às de seu antecessor, o ex-presidente Donald Trump. 

Com as novas implantações, há um viés para tornar as fronteiras temporariamente inoperantes, não permitindo a entrada de novos imigrantes. As normas ainda garantem às autoridades permissão para expulsar do país novos imigrantes, sem ao menos ter seu pedido de asilo atendido, o que contraria o Estatuto dos Refugiados das Nações Unidas, documento que conta com a assinatura dos Estados Unidos. 

A procura por medidas mais severas quanto às imigrações e a notável mudança de jogo, levam Biden aos comentários populacionais, que classificam as novas normas como uma medida “desesperada” para atrair mais votos. 

Entenda as medidas 

As novas medidas implementadas trazem consigo alterações detalhistas quanto à entrada e permanência dos imigrantes nos Estados Unidos. 

A entrada ilegal acarretará em expulsão, sem ao menos garantir o auxílio asilo; o imigrante pode ser deportado de volta à fronteira mexicana ou ao seu país de origem. O prazo de deportação pode ser imediato ou até mesmo levar dias.

Com as novas regras, a fronteira terá um limite diário para a passagem de pessoas, sendo ele de 2.500. Quando esse número estiver completo, a imigração será temporariamente suspensa. 

Momentaneamente, a solicitação de asilo pode ter sua aprovação aguardada dentro das fronteiras do país norte-americano. 

A Casa Branca se manifestou quanto às novas regras, afirmando que só entrarão em funcionamento quando os limites das fronteiras ultrapassarem a capacidade.

Repercussão 

As novas implantações não foram bem recebidas, principalmente, por órgãos de defensores dos direitos migratórios, como ONGs, que contestaram as ideias de Biden e demonstraram sua insatisfação. 

Conforme apuração da Associated Press, o texto já estava quase finalizado; entretanto, ainda não havia sido lançado por razões eleitorais, uma vez que Biden estava no aguardo dos resultados prévios do México, onde a candidata Claudia Sheinbaum saiu vitoriosa. 

O documento em questão teria sua assinatura executiva validada nesta tarde, em um cerimônia na moradia oficial do presidente dos Estados Unidos e contaria com a presença de diversos nomes políticos de cidades texanas, inclusive republicanos. 

Biden afirma que o propósito das novas medidas é impedir a entrada de imigrantes ilegais pela fronteira e que aqueles dentro dos trâmites ainda poderão receber asilo no país. 

Quanto à vitória de Cláudia nas terras mexicanas, Biden a parabenizou e afirmou que espera trabalhar em conjunto com Sheinbaum. Biden também discursou, citando o atual presidente, Andrés Manuel López Obrador e também Claudia.  

“Com os acordos [que os EUA fizeram com o México], o número de imigrantes caiu drasticamente, mas não foi o suficiente”, afirmou o presidente dos EUA. “Se não houver uma mudança na política de fronteira, não haverá limites para o número de pessoas que vão entrar”, afirmou Joe Biden.

Diferenças entre a política imigratória de Biden e Trump

Entenda a seguir as partes notáveis nas diferenças de pensamento quanto a imigração entre Joe Biden e o ex-presidente Donald Trump. 


Imigrantes aguardam travessia na fronteira, em 2023 (reprodução/Getty Images)


  • As desconexões de pensamento entre os dois líderes começam prontamente na abordagem empregada. Enquanto Biden tinha o foco mais humanitário, com o principio de garantir os direitos imigratórios e a unificação das famílias que deixaram seus países em uma busca por melhora, Trump era visivelmente mais restritivo, implementando medidas para restringir a entrada de refugiados no país. Uma das medidas foi a construção do muro divisório, para garantir freio nas tentativas de refúgio. 
  • Outro ponto notável que difere os líderes é em relação à política do “Migrant Protection Protocols” ( Protocolos de Proteção ao Migrante, em inglês), que no governo Trump bloqueava a permanência nos Estados Unidos a quem aguardava a aprovação do asilo;
  • Ainda no viés humanitário, Biden implementou um mecanismo para reunir familiares que foram separados na fronteira, diferente de Trump, que os tratava com indiferença.
  • Uso de prisões privadas, permitidas no governo Trump e encerradas no governo Biden.

A dessemelhança entre os dois líderes, que outrora serviam para diferir os governos, agora são postas à prova, gerando pensamento crítico e também movimentações por parte daqueles que discordam fervorosamente das novas medidas do governo Biden.