União Europeia e Mercosul avançam em acordo comercial histórico

A União Europeia deu um passo significativo em direção à consolidação de um dos maiores acordos comerciais do mundo ao apresentar formalmente o pacto com o Mercosul para aprovação. Este movimento estratégico visa não apenas fortalecer os laços econômicos entre os blocos, mas também responder a um cenário global de crescente protecionismo e dependência de mercados específicos. O acordo, que foi finalmente alcançado em dezembro passado após mais de duas décadas de negociações, representa uma oportunidade de ouro para impulsionar o comércio, atrair investimentos e gerar empregos e renda para ambas as regiões.

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços do Brasil, Geraldo Alckmin, celebrou a notícia como um “passo concreto para o Brasil e a nossa região terem acesso a um grande mercado”. Ele destacou que o acordo envia um “sinal claro para o mundo” sobre o potencial de integração e colaboração, ressaltando que a união das economias do Mercosul e da UE resultará em maior força e prosperidade mútua. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou essa visão, expressando o desejo de finalizar o acordo ainda este ano, durante a presidência brasileira do Mercosul.

Superando obstáculos e garantindo segurança para agricultores

A aprovação do acordo, no entanto, ainda enfrenta um processo formal dentro da União Europeia, que inclui a votação no Parlamento Europeu e a obtenção de uma maioria qualificada entre os governos dos 27 Estados-membros. A França, tradicionalmente um dos maiores produtores agrícolas da UE e uma voz influente no bloco, havia expressado forte oposição ao acordo, considerando-o “inaceitável”. Outros países, como a Polônia, também manifestaram preocupações, principalmente em relação ao impacto sobre seus setores agrícolas.


Grelado Alckmin fala sobre o acordo com a comissão europeia (Vídeo: reprodução/X/@geraldoalckmin)

Para mitigar essas objeções e garantir o avanço do acordo, a Comissão Europeia propôs um mecanismo de salvaguarda. Essa medida prevê a possibilidade de impor limites temporários às importações de produtos agrícolas do Mercosul, como a carne bovina, caso os volumes de importação aumentem mais de 10% ou os preços caiam na mesma proporção em um, ou mais países membros. A Comissão se comprometeu a monitorar de perto as importações e a agir rapidamente para restringir o acesso caso os gatilhos sejam acionados.

Além disso, um fundo de crise de €6,3 bilhões (aproximadamente US$7,38 bilhões) foi anunciado para apoiar os agricultores da UE. Essas medidas parecem ter surtido efeito, com o ministro do Comércio da França reconhecendo a cláusula de salvaguarda como um “passo na direção certa”, e o primeiro-ministro polonês indicando que, embora seu país ainda se oponha ao acordo, não há mais parceiros suficientes para bloqueá-lo.

Diversificação comercial e minerais estratégicos

A importância estratégica deste acordo para a UE é amplificada pelo atual contexto geopolítico. A Comissão Europeia vê o pacto com o Mercosul como uma forma de compensar as perdas comerciais decorrentes das tarifas impostas pelos Estados Unidos sob a administração de Donald Trump e de reduzir a dependência excessiva da China, especialmente no fornecimento de minerais essenciais para a transição energética. A busca por diversificar as relações comerciais tornou-se uma prioridade, levando a UE a acelerar negociações com outros países e a aprofundar laços com parceiros existentes.


Matéria sobre o acordo da Comissão Europeia e Mercosul (Vídeo: reprodução/YouTube/SBT News)

Os defensores do acordo destacam o potencial do Mercosul como um mercado em crescimento para produtos europeus como carros, máquinas e produtos químicos, além de ser uma fonte confiável de minerais cruciais, como o lítio, para a fabricação de baterias. Por outro lado, os benefícios para os países do Mercosul incluem maior acesso a tarifas reduzidas para produtos como queijos, presuntos e vinhos europeus.

Apesar das preocupações de alguns setores agrícolas europeus e de grupos ambientalistas sobre a conformidade com os padrões de segurança alimentar e ecológica, a Comissão Europeia refuta essas alegações. Com as salvaguardas em vigor e a diminuição da oposição organizada, o acordo comercial UE-Mercosul avança em direção a uma nova era de cooperação econômica global.

Lula tem reunião com Alckmin para ajustar plano de contingência contra tarifaço

Nesta segunda-feira (11) o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá uma reunião com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. O encontro deve servir para ajustar os pontos finais do plano de contingência destinado a reduzir os efeitos das tarifas de 50% aplicadas pelos Estados Unidos sobre produtos do Brasil. 

A expectativa é que as ações sejam divulgadas ainda nesta segunda-feira. Antes, a estimativa era de que o anúncio acontecesse até na terça-feira.

Encontro de hoje

Entre as medidas estudadas estão a oferta de linhas de crédito para empresas afetadas pelas sanções dos Estados Unidos, destinadas a financiar investimentos e capital de giro. A prorrogação por até dois meses do prazo para pagamento de tributos e contribuições federais, iniciativa semelhante a do Planalto durante a pandemia, além da realização de compras públicas de produtos perecíveis. O problema é especialmente sobre estoques de alimentos como peixes, frutas e mel, que estão parados desde o anúncio feito pelo presidente americano, Donald Trump.


Reunião marcada hoje deve finalizar o plano contra as tarifas de Trump (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

O encontro no Palácio do Planalto está previsto para às 17h. Integrantes do governo informaram que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e outros ministros também devem participar.

Segundo Geraldo Alckmin, alguns setores geram maior preocupação, como o de café, carne e, principalmente, o de máquinas, incluindo motores e equipamentos. Ele destacou que enquanto produtos considerados commodities podem ser direcionados com mais facilidade para outros mercados, a indústria possui características mais específicas, o que torna esse redirecionamento mais difícil.

Cancelamento de compromissos

No fim de semana, Alckmin cumpriu compromissos em São Paulo, mas decidiu cancelar a agenda que teria nesta segunda-feira na capital paulista e antecipou o retorno a Brasília.

Pela manhã, ele estava previsto para participar do 24º Congresso Brasileiro do Agronegócio. Já à tarde, compareceria ao lançamento do Programa de Qualificação para Exportação, iniciativa da Agência Brasileira de Promoção de Exportações.

Senadores brasileiros buscam redução de tarifas em visita a Washington

Uma delegação de senadores brasileiros embarca para Washington em 29 de julho, durante o recesso parlamentar, para uma importante missão diplomática. O objetivo principal da viagem é discutir com congressistas norte-americanos a redução da tarifa de 50% imposta por Donald Trump sobre produtos brasileiros. Essa taxação, que permanece em vigor mesmo após a mudança de governo nos Estados Unidos, afeta negativamente diversos setores da economia brasileira, como o agronegócio, a indústria de transformação e o comércio de commodities, gerando perdas consideráveis e incerteza para investidores.

A iniciativa partiu da Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado, que busca uma solução efetiva para o “tarifaço”, visto como um grande obstáculo às exportações do Brasil. A urgência do assunto foi debatida em uma reunião que contou com a presença do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), o presidente da CRE, Nelsinho Trad (PSD-MS), e o vice-presidente e atual ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, além de outros parlamentares envolvidos nas discussões econômicas. A união de esforços entre diferentes esferas governamentais ressalta a relevância do tema.


Encontro entre o presidente do senado Davi Alcolumbre, presidente da Câmara, Hugo Motta e o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (Vídeo: reprodução/Instagram/@tvsenado/@radiosenado)


Missão busca destravar comércio

Os senadores acreditam que a diplomacia entre legisladores pode abrir portas onde os canais tradicionais entre os Poderes Executivos têm encontrado dificuldades. A delegação brasileira pretende intensificar o diálogo com o Congresso dos EUA, buscando avançar nas negociações comerciais e fortalecer os laços institucionais entre os dois países, promovendo uma relação mais equilibrada e estratégica. Essa abordagem direta visa construir pontes duradouras para o futuro.

Agenda inclui reuniões estratégicas e proposta de grupo Brasil-EUA

A agenda da missão, que vai até 31 de julho, inclui reuniões com senadores norte-americanos, representantes do setor privado e entidades comerciais. A expectativa é que essa aproximação direta ajude a resolver impasses e crie um ambiente mais positivo para as relações bilaterais. Além da questão tarifária, a comitiva também pretende estabelecer um grupo interparlamentar Brasil-Estados Unidos, focado em diplomacia econômica, proteção de empregos, inovação, sustentabilidade e previsibilidade no comércio exterior. Apostam no diálogo construtivo para superar os desafios atuais e fortalecer parcerias.

Geraldo Alckmin comenta sobre PIX e tarifas impostas pelos EUA ao Brasil

Nesta terça-feira (16) o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, se pronunciou quanto às tarifas impostas pelos Estados Unidos sob produtos brasileiros e às críticas de Donald Trump, presidente norte-americano, sobre o PIX. 

Alckmin definiu o modelo de pagamento PIX como “um sucesso”, após o governo norte-americano iniciar investigações independentes sobre esse método utilizado no Brasil.  Porém, ele definiu como prioridade resolver a questão das tarifas impostas por Trump, que coloca taxas de 50% em exportações brasileiras.  

Ações norte-americanas sob o Brasil

Nas últimas semanas, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou em uma carta enviada ao presidente Lula no dia 9 que iria taxar em 50% as exportações brasileiras, em resposta a ação penal que o ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e alegou um déficit o na relação comercial entre os dois países. O tarifaço entrará em vigor a partir do dia 1 de agosto.

Nesta segunda-feira (15), o governo norte-americano abriu uma investigação comercial contra o PIX, método de pagamento muito usado no Brasil, alegando desvantagem competitiva para empresas norte-americanas no setor, assim como propriedade intelectual e desmatamento.

Ações do governo brasileiro

Alckmin informou que irá fornecer todas as informações para o governo dos EUA e que não é a primeira vez que o governo norte-americano abre uma investigação comercial contra o Brasil. Na outra ocasião, o governo brasileiro trouxe explicações e o processo foi encerrado.


Para discutir os pontos de negociação, Geraldo Alckmin convocou uma reunião comercial nesta terça-feira (16) (Foto: reprodução/Júlio César Silva/MDIC)

O vice-presidente defendeu uma resposta firme e transparente por parte do Brasil, contra as medidas impostas por Trump. O governo brasileiro enviou uma carta para o governo dos EUA, onde manifestou sua indignação com o tarifaço e se colocando à disposição para negociar tal taxa, além de cobrar por um retorno de uma mensagem enviada em maio. A carta, enviada nesta quarta-feira (16), foi assinada por Alckmin e por Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores.

Tentativas de acordo

O vice-presidente e ministro também afirmou que o governo brasileiro já tinha enviado uma carta para o governo norte-americano no dia 16 de maio, para negociar e rever pontos tarifários, porém segundo Alckmin, o governo brasileiro não teve um retorno. 

Ele também defendeu que empresários e trabalhadores brasileiros e norte-americanos se unissem e trabalhassem juntos para solucionar a questão, dando prioridade a uma comunicação diplomática e comercial. O ministro declarou: “É urgente. O bom é que se resolva nos próximos dias, se houver necessidade nessa negociação de prorrogar, não vejo problema. Agora, o importante era resolver.”

A Amcham Brasil, Câmara Americana de Comércio para o Brasil, prestou apoio a negociação sugerida pelo governo brasileiro, de acordo com Geraldo Alckmin, e destacou que as relações comerciais não devem ser contaminadas com visões políticas. Além da Amcham, Alckmin se reuniu com outros empresários de empresas norte-americanas para discutir sobre a negociação do tarifaço, como Gustavo Bonora Biscassi, da Coca-Cola e Nayana Rizzo Sampaio, da Amazon.  

Após Trump aumentar tarifas Lula assina decreto que regulamenta “Lei de Reciprocidade”

Nesta segunda-feira(14), o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, assinou o decreto que regulamenta a chamada lei de reciprocidade, a medida foi apontada como resposta ao “tarifaço”, anunciado pelo presidente dos EUA, Donald Trump.

O que se espera é que estabeleça, os procedimentos que deverão ser adotados na criação de um comitê para discutir esses impostos que serão inseridos nas importações de produtos do Brasil pelos Estados Unidos da América. A decisão será publicada no diário oficial da união nesta terça-feira(15).

Entenda a situação

Donald Trump, recentemente, informou que a partir de agosto (2025) será inserido 50% em cima dos produtos brasileiros que serão exportados para os EUA. A decisão acabou sendo criticada pelo presidente Lula, que considera tudo isso uma retaliação política, pois para ele o governante norte-americano estaria tomando essa atitude em resposta às investigações feitas no caso da trama golpista. Trump já havia feito críticas a respeito do julgamento em questão.

O governo brasileiro anunciou, também, que haverá uma reunião em breve entre o governo federal e representantes do setor privado, para discutir como será a resposta a esse aumento das tarifas. O comitê interministerial, reunirá o ministério de desenvolvimento, indústria, comércio e serviços( MDIC), a casa civil e ainda, os ministérios da Fazenda e o das Relações Exteriores. Geraldo Alckmin organizará estas reuniões em blocos, sendo que em cada horário, trará grupos diferentes para discutir a respeito da situação.


Lula e Geraldo Alckmin no dia 14 de julho em reunião sobre a tarifa de 50% imposta pelo presidente Donald Trump (Foto: reprodução/Evaristo S.A/Getty Images Embed)


Como serão as reuniões

Conforme o vice-presidente informou, as reuniões serão parte de um trabalho vindo do comitê interministerial criado pelo presidente Lula. Na reunião, que se iniciará as 10h desta terça-feira (15), os setores convidados serão:

  • Aço
  • Aviões
  • Celulose
  • Móveis
  • Autopeças
  • Alumínio
  • Máquinas
  • calçados

A tarde, por volta das 14 horas, ocorrerá outra leva de conversas com convidados de mais alguns setores, entre eles:

  • Pescado
  • Couro
  • Mel
  • Frutas
  • Carne
  • Suco de laranja

Conforme Geraldo Alckmin disse, há cerca de dois meses, o Brasil chegou a enviar uma proposta para os EUA, porém não obteve resposta. A respeito da taxa de 50% o vice-presidente disse que não houve ainda um pedido para prorrogação.

Código Penal é alterado e penas são endurecidas para crimes cometidos contra mulheres

O Decreto-Lei no 2.848, promulgado em 07 de dezembro de 1940, “Código Penal” teve a redação de seus artigos 65 e 115 alterada por uma lei, que foi sancionada ontem pelo Presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, prevendo que os condenados pela prática de crimes que envolvam violência sexual contra a mulher não possam invocar circunstâncias atenuantes para redução de suas penas, nem tampouco farão jus a um prazo prescricional deste crime menor.

Endurecimento das regras

O crescente aumento do número de crimes que envolvem violência sexual contra a mulher; a redação extremamente antiga do Código Penal (CP), datada de 1940, bem como o clamor popular para que ocorra a redução da maioridade penal, levaram à sanção da Lei 15.160/25,a qual não só modificou a redação, mas endureceu seu teor.

Antigamente, quem tinha entre 18 e 21 anos de idade na data do crime ou maiores de 70 anos, na data da sentença, contava com um atenuante para a aplicação da pena, assim como uma redução, pela metade, do prazo de prescrição do crime, que é aquele tempo para que seja ajuizada ação. Eram, exatamente, as redações dos recém reformados inciso I, do artigo 65 e 115, ambos do CP.


Foto: Detento algemado (reprodução/ Douglas C. Pizac-Poo/Getty Images Embed)


O Governo Federal, através do Ministério das Mulheres, lançou em março deste ano o Raseam 2025, que é o Relatório Anual Socioeconômico da Mulher, produzido pelo Observatório Brasil da Igualdade de Gênero, publicação que retrata a situação de mulheres brasileiras a partir de 328 indicadores.

Um dos capítulos trata do Enfrentamento de Todas as Formas de Violência contra Mulheres, o qual, além de estatísticas sobre notificações e atendimento às mulheres em situação de violência, relata ocorrências de homicídios, feminicídios e estupros.


Registros de violência

Os registros do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan/MS) apontaram que os homens são os principais agressores das mulheres, para os casos de violências domésticas, sexual e/ou outras violências, sendo a maioria mulheres pretas e pardas, entre 20 e 59 anos.

A residência, que deveria ser o espaço seguro para as mulheres, é o local de maior risco, onde 71,6% das notificações de violência ocorrem. Entre 2015 e 2024, o Brasil registrou 591.495 casos de estupros, segundo os dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Brasil e Argentina fecham acordo de tarifa zero para o mercado automotivo

Conforme divulgado pelo Diário Oficial da União (DOU), o vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, assinou nesta terça-feira (17) um decreto com a finalidade de ampliar o acordo juntamente com a Argentina. Esse acordo flexibiliza condições de acesso ao mercado automotivo para os países, além da redução total das tarifas de importação de autopeças não produzidas no país.

Esse benefício de tarifa zero concede às empresas a obrigatoriedade em investir cerca de 2% do valor das importações em pesquisa, inovação ou programas industriais prioritários para o setor automotivo. O acordo prevê também flexibilização entre os países no mercado de ônibus, vans e caminhões com até 5 toneladas.

Acordo Brasil-Argentina

No dia 29 de abril deste ano, Brasil e Argentina firmaram um acordo, em parceria entre os países, após negociações entre eles e outros órgãos envolvidos, como o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).

Para o Ministério do Desenvolvimento, o acordo firmado entre Brasil e Argentina aprimora as condições de acesso ao mercado e isenta importações de autopeças não produzidas no território dos países.


Comunicado oficial do Governo do Brasil através do X, anunciando a assinatura do decreto. (Foto: Reprodução/X/@canalgov)

Impacto nas vendas

Para Alckmin, às medidas favorecem os países como um todo, já que o Brasil é o 8° país no ranking mundial de produção de veículos. O Vice-presidente ressaltou que o mercado automotivo no Brasil gera cerca de 1 milhão de novos empregos todos os anos e aumentando o número de vendas do país.

Quando se fala do fluxo comercial Brasil-Argentina, o mercado automotivo se destaca positivamente, sendo um dos maiores bens comercializados entre os países. No ano de 2025, o fluxo de comércio entre os países já atingiu a marca de US$ 12,6 bilhões até maio, uma crescente de 26,2% em relação ao mesmo período de 2024.

Geraldo Alckmin passa mal com suspeita de inflamação intestinal

O vice-presidente da República do Brasil e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, realizou uma consulta médica nesta quinta-feira (29), no hospital Sírio-Libanês, em Brasília, após apresentar enjoo e fortes dores abdominais. O quadro clínico levou a equipe médica a realizar exames preliminares, que indicaram uma possível inflamação intestinal.

Vice-presidente diagnosticado

De acordo com a nota oficial divulgada pela Vice-Presidência da República, Geraldo Alckmin está sob acompanhamento médico e passará por avaliações complementares ao longo da tarde para confirmar o diagnóstico e definir o conduto necessário.

Devido à intercorrência, toda a agenda do vice-presidente foi imediatamente cancelada, incluindo reuniões com os deputados Pedro Campos (PSB-PE) e Jonas Donizette (PSB-SP), além de sua participação em uma plenária do Grupo Executivo do Complexo Econômico-Industrial da Saúde.

A ocorrência de problemas de saúde em altas autoridades do governo chama atenção, especialmente pelo fato de que, há apenas três dias, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também esteve na mesma unidade hospitalar após relatar mal-estar.

Na ocasião, Lula passou por exames de rotina e foi liberado no mesmo dia, sem a necessidade de internação. Apesar da preocupação gerada entre aliados e membros do governo, a equipe médica do hospital afirma que o quadro de Alckmin é estável e que o vice-presidente está respondendo bem aos cuidados iniciais. Até o momento, previsão oficial de alta ou retomada de suas atividades públicas.


Vice-presidente Geraldo Alckmin no centro de pesquisa Eurofarma (Foto: reprodução/Instagram/@geraldoalckmin)


Agenda suspensa

Com uma longa trajetória na vida pública e conhecido por seu estilo discreto e disciplinado, Geraldo Alckmin vem desempenhando papel estratégico no governo, sobretudo nas articulações relacionadas ao desenvolvimento industrial e à reindustrialização do Brasil. Seu afastamento temporário, embora preventivo, tem impacto simbólico na gestão federal, justamente por ocorrer em um momento de intensa movimentação política e econômica no país.

A Vice-Presidência informou que novas atualizações serão divulgadas conforme a evolução do quadro clínico. A expectativa é de que Alckmin retome suas funções nos próximos dias, caso os exames confirmem um quadro leve e tratável. A população e o meio político aguardam com atenção e solidariedade o pronto restabelecimento do vice-presidente.

Embora esteja internado, Lula não passará presidência para Geraldo Alckmin

Após realização de cirurgia para drenagem de hemorragia cerebral, feita na madrugada desta terça-feira (10), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva escolheu não transferir o exercício da presidência para seu vice, Geraldo Alckmin. A Constituição Federal de 88 não é clara sobre transferência de poder em casos de cirurgias breves.

O documento é claro apenas em situações apenas como viagens ao exterior que durem mais de 15 dias; afastamentos prolongados por motivos de saúde; licença solicitada, que não pode ultrapassar 120 dias; suspensões temporárias, ou processo de impeachment. Como o caso do Lula se trata de uma cirurgia breve e um afastamento curto, não há obrigatoriedade de transmissão formal do cargo.

Apesar de se recuperar bem, Lula ainda não está apto para voltar ao trabalho. É previsto que o presidente seja liberado para retornar a Brasília na próxima semana.

Caso parecido

Lula não foi o único presidente a optar por não transferir o exercício da presidência para seu vice. Durante o governo de Jair Bolsonaro, o então presidente decidiu não transferir a presidência para seu vice, Hamilton Mourão, mesmo se ausentando em determinados períodos para a realização de cirurgias, como a da retirada da bolsa colostomia, onde ele tirou uma licença de 48 horas.


Lula e Geraldo Alckmin em 2024 (Foto: reprodução/ Marcelo Camargo/ Agência Brasil)

Reunião

Nesta terça-feira (10), Geraldo Alckmin se reuniu com o primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico. Alckmin, que tinha agenda para realizar em São Paulo, voltou para Brasília para substituir o presidente Lula no compromisso.

O vice agradeceu Robert Fico pelo apoio da Eslováquia nas negociações de acordo comercial entre Mercosul e União Europeia, que foi finalizado semana passada. Fico destacou a importância da aliança e informou que tentará convencer os outros integrantes da União Europeia sobre a relevância da implementação do acordo.

Robert desejou pronta recuperação a Lula, frisando sua importância no cenário internacional. O político também convidou o presidente brasileiro para uma visita à Eslováquia.

Deputada do PSOL solicita prisão preventiva de Bolsonaro ao STF

A deputada federal Sâmia Bomfim, (PSOL-SP), encaminhou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), um pedido de prisão preventiva contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo a parlamentar, a liberdade do ex-chefe de Estado ameaça a ordem pública e pode comprometer a integridade das investigações sobre uma organização criminosa que planejava atentados contra lideranças políticas.

O ofício foi enviado após a Polícia Federal deflagrar uma operação que identificou militares e policiais ligados ao planejamento de assassinatos contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.


Sobre a operação policial (Vídeo: reprodução /YouTube /CNN)

Pedido de prisão

No documento enviado ao STF nesta terça-feira (19), Sâmia Bomfim aponta que Bolsonaro tem influência sobre um grande número de pessoas, o que poderia ser utilizado para intimidar testemunhas ou dificultar as investigações. A deputada também sugere que o ex-presidente tinha conhecimento das ações criminosas e pode ter autorizado sua execução.

Para a parlamentar, a prisão preventiva seria necessária devido à gravidade das acusações e ao risco que a liberdade de Bolsonaro representa. “A manutenção da livre circulação do elemento é temerária, considerando sua presença ativa nas redes sociais e sua capacidade de mobilização política”, destacou Sâmia no ofício.

A operação da Polícia Federal

Na mesma data, a Polícia Federal realizou uma operação contra uma organização criminosa que planejava os assassinatos de Lula, Alckmin e Moraes. Entre os investigados estão militares da reserva e da ativa, além de um policial federal. A operação revelou a presença de um núcleo articulado dentro das forças de segurança, que utilizaria a estrutura militar para ações ilegais.

Até o momento, a defesa de Jair Bolsonaro não se pronunciou sobre o pedido apresentado pela deputada do PSOL. A solicitação segue em análise pelo ministro Alexandre de Moraes.