“A Menina que Voa”: Viola Davis vai produzir filme sobre a vida de Daiane dos Santos  

A produtora de Viola Davis, Julius Tennon e Maurício Mota, a Ashé Ventures, em parceria com a Maria Farinha Filmes, vai co-produzir o filme biográfico sobre a trajetória da ginasta brasileira Daiane dos Santos. O projeto está em fase de pré-produção, ainda sem data de estreia definida para estreia. 

A longa contará a história inspiradora de superação e resistência da primeira brasileira e primeira mulher negra a conquistar o ouro no Campeonato Mundial de Ginástica Artística, quebrando barreiras raciais e sociais, além de explorar os bastidores do esporte, expondo as pressões enfrentadas pela atleta em sua luta contra o racismo e a exclusão. 

“O filme explora a jornada de uma jovem que desafiou expectativas físicas, mentais e estéticas para se tornar um ícone global”, destacou a produtora em comunicado.  

Produção e roteiro

O roteiro está sendo escrito por Flávia Vieira, diretora de “São as Regras” (2025), e Janaína Tokitaka, roteirista de “De Volta ao 15” (2022-2024). A Ashé Ventures, que apoia produções sobre diáspora africana, reforça o compromisso com narrativas que celebram a ancestralidade negra. 


“A menina que voa”, produção de Viola Davis (Foto: Reprodução/Instagram/@portalpopline)


O co-produtor e sócio da produtora Ashé Ventures, Maurício Mota,ressaltou a importância de se evidenciar a carreira de “heróis”: 

“Estamos em um momento em que o público busca novos heróis. Este filme pode se tornar um caso de sucesso não só no Brasil, mas globalmente.”  Ressaltou.

Daiane dos Santos

A ginasta Daiane dos Santos marcou seu nome no esporte ao criar dois movimentos inéditos na ginástica artística, dentre eles, o “Dos Santos I” (duplo twist carpado), lhe rendeu o ouro no Mundial de Anaheim (2003), e o “Dos Santos II” (duplo twist esticado), apresentado nas Olimpíadas de Atenas (2004). Foi participante de três edições dos Jogos Olímpicos e abriu caminhos para outras mulheres sul-americanas, especialmente negras, na ginástica competitiva.  


Daiane dos Santos (Foto: Reprodução/Paul Gilham/Getty images embed)


“A menina que voa” promete celebrar a trajetória desta grande atleta brasileira, destacar seu legado como pioneira em sua área de atuação e reforçar a grandiosidade das conquistas negras no esporte. 

Flávia Saraiva passa por cirurgia no ombro após Olimpíadas

Nesta quinta-feira (05), a atleta revelou que precisou passar por uma pequena cirurgia no ombro, mas garantiu que tudo correu bem e que está focada em sua reabilitação. Além disso, garantiu em sua postagem no Instagram que logo voltará aos treinos.

Nos comentários de sua postagem, diversos atletas demonstraram apoio e enviaram mensagens de força para Flávia.

A postagem de Flávia Saraiva

Uma das potências da ginástica brasileira, Flávia Saraiva, costuma compartilhar bastante do seu dia a dia em sua conta no Instagram. Seja através de entrevistas, treinos ou até mesmo momentos mais pessoais, como a recuperação de sua cirurgia.


Publicação de Flávia Saraiva sobre procedimento no ombro (Foto: Reprodução/Instagram/@flavialopessaraiva)


Entre os atletas que enviaram mensagens de apoio para Flavinha estavam suas colegas de equipe, Rebeca Andrade, Jade Barbosa, e Lorrane Oliveira. Elas expressaram solidariedade e desejaram uma rápida recuperação à ginasta.

A trajetória de Flavinha nas Olimpíadas

Flávia Saraiva já afirmou que pretende competir nas Olimpíadas de Los Angeles em 2028. A ginasta, que estreou no circuito olímpico nos Jogos do Rio em 2016, está há quase uma década no cenário olímpico.

Cheia de carisma e talento, Flávia Saraiva, carinhosamente chamada de “Flavinha” pelos fãs, tem acumulado diversos prêmios importantes na ginástica. No entanto, até antes de Paris 2024, a tão desejada medalha olímpica ainda não havia chegado.

Durante o aquecimento para a final geral por equipes na ginástica artística, Flávia Saraiva sofreu uma queda nas barras paralelas, abrindo o supercílio. O momento foi tenso para Flávia e a equipe, mas a atleta manteve a compostura e entregou uma performance extraordinária na competição.


Flávia após sua queda das barras paralelas (Foto: Reprodução/Jamie Squire/Getty Images Embed)


O resultado foi espetacular: Flávia, Rebeca, Lorrane, Jade e Julia conquistaram a primeira medalha olímpica do Brasil nessa modalidade da ginástica artística.

Após seu desempenho impressionante em Paris, mesmo após a queda, Flavinha apenas reforçou o quão determinada, forte e talentosa ela é. Não há dúvida de que enfrentará a cirurgia no ombro com a mesma garra, e como mencionado, em breve estará de volta aos treinos.

Chefe do Tribunal Arbitral do Esporte já havia representado a Romênia

Nesta quarta-feira (14), o caso da disputa pelo bronze no solo da ginástica artística nas Olimpíadas de Paris teve um desdobramento. De acordo com a imprensa norte-americana, o chefe do painel no Tribunal Arbitral do Esporte, que anulou a revisão dos Estados Unidos, reforçando o bronze de Ana Barbosu, representou a Romênia em outros casos. O Tribunal Arbitral do Esporte havia negado o pedido de revisão da Confederação de Ginástica Artística dos EUA, na última segunda-feira (12), alegando que as regras não permitem a reconsideração de uma sentença arbitral.

Revisão dos Estados Unidos

Segundo as informações, os novos documentos revelaram que o Dr. Hamid G. Gharavi, chefe do painel de três pessoas do Tribunal Arbitral do Esporte que anulou a revisão dos EUA, trabalhou para a Romênia em outros casos de arbitragem. Depois da repercussão da notícia, atletas e treinadores da ginástica artística apontaram conflito de interesse no caso.



A USA Gymnastics e a Federação Romena de Ginástica ainda não se pronunciaram. A Corte Arbitral do Esporte (CAS) e Gharavi também não se manifestaram.

A USA Gymnastics havia enviado um pedido de revisão depois do CAS ordenar que Jordan Chiles devolvesse a medalha à romana Ana Barbosu após a reavaliação das notas. A confederação norte-americana alegou que não existe irregularidades na nota de Jordan Chiles, e enviou um vídeo mostrando a conversa do treinador com a arbitragem depois da prova.

A confederação alegava que o pedido de reavaliação da nota de Chiles foi dentro do prazo estabelecidos pelas regras e tentou pedir uma noca revisão do Tribunal Arbitral do Esporte. Mas, nesta segunda-feira, o pedido foi negado em uma decisão final das autoridades.

Entenda o caso

Depois de uma audiência realizada pelo CAS no sábado (10), onde ouviu as partes envolvidas, o órgão considerou irregular o acréscimo de 0.100 dado à nota de Jordan Chiles após um recurso pedido pela delegação da Romênia. Este acréscimo permitiu que a ginasta americana superasse as duas romenas. Sem ele, Chiles fina na quinta posição, com 13.666, e Barbosu e Sabrina seriam as terceiras e quartas colocadas, respectivamente.

A decisão do CAS não afeta nem a vencedora Rebeca Andrade, do Brasil, nem a medalhista de prata Simone Biles, dos Estados Unidos, que marcaram 14.166 e 14.133, respectivamente.

Olimpíadas 2024: Rebeca Andrade explica por que não concede entrevistas em inglês

Durante a Olimpíada de Paris, muitos internautas ficaram confusos ao perceber que a ginasta Rebeca Andrade falava apenas português nas coletivas de imprensa, mesmo tendo sido flagrada conversando com a ginasta americana Simone Biles. Em uma entrevista para Galvão Bueno nesta terça-feira (6), a atleta esclareceu a situação.

O comentarista questionou Rebeca como ela conseguia conversar com Biles, considerando que nenhuma delas fala a língua da outra. A ginasta brasileira explicou a situação da seguinte maneira:

“A gente se fala em inglês. Eu não sou fluente, porém eu falo inglês. Eu só não gosto de dar entrevista em inglês, eu não me sinto confortável. Eu sou brasileira, eu falo português (…) e eu consigo me expressar muito mais falando na minha língua do que em outra, e eu vou falar português e pronto”

Rebeca Andrade

Assim, a própria mostrou que é uma questão de preferência evitar entrevistas internacionais, que podem gerar estresse, já que ela não se sente confortável falando em outra língua. No entanto, é motivo de orgulho para os internautas ver a multimedalhista reservar suas respostas exclusivamente para o público brasileiro!

Rebeca Andrade, o tesouro brasileiro

A ginasta, que compete nas Olimpíadas desde o Rio 2016, ganhou destaque na Olimpíada de Tóquio, onde conquistou medalhas em diversos aparelhos da ginástica. Agora, em Paris, seu talento foi ainda mais enaltecido ao trazer mais quatro medalhas para casa!

A brasileira enfrentou a fenomenal Simone Biles e até a superou! Além disso, Biles já admitiu ter medo de Rebeca, afirmando:

 “Não quero mais competir com a Rebeca. Estou cansada. Tipo, ela está muito perto. Nunca tive uma atleta tão perto”

Simone Biles

Para Rebeca, Paris consolidou sua grandeza como atleta da ginástica, já que nunca havia competido com Simone Biles em Olimpíadas antes. Biles havia desistido dos Jogos de Tóquio devido a problemas críticos de saúde mental. Assim, em 2024, a brasileira provou que é capaz de desafiar e vencer a ginasta considerada a maior de todos os tempos.

Além de ser um fenômeno da ginástica brasileira e global, a atleta exibe carisma e humildade em suas entrevistas. Ela, por exemplo, revela que durante as competições costuma pensar em receitas de comida.

Nosso tesouro não faz exceções

Durante uma entrevista com uma jornalista internacional no dia da competição geral em grupos, Rebeca, membro do time brasileiro composto por Flávia, Júlia, Lorrane e Jade, se recusou a responder em inglês, mesmo com Jade traduzindo e respondendo por ela.


@mariafbeatriz

eu nao sei falar ingleixxxxxx 😂😂 rebeca vc eh a maioral #olympics #olimpiadas #ginastica #rebecaandrade #bronze #brasil #paris2024 @Rebeca Andrade

♬ original sound – Bia
Entrevista internacional com a equipe da ginástica brasileira (Vídeo: Reprodução/TikTok/@mariafbeatriz)

A situação acabou ficando até engraçada. Quando Rebeca afirmou não falar “inglexxx“, Jade tentou ajudar para não deixar a repórter sem resposta. No entanto, Jade acabou reduzindo a resposta de Rebeca, que esboçou saber um pouco de inglês, sim, como comprovado após a entrevista com Galvão Bueno.

Rebeca Andrade pode se despedir das competições de solo em Paris

Rebeca Andrade é a sensação da Olimpíada de Paris 2024. Nesta segunda-feira (5), a brasileira participará de sua última final na capital francesa. Embalada por Beyoncé e Anitta, a apresentação da ginasta pode ser a última de sua carreira nas provas de solo.

Três cirurgias e muitas dores

Segundo a atleta, em entrevista para jornalistas em Paris, o solo é a prova mais difícil por conta do seu joelho. Foram três cirurgias que deram para Rebeca Andrade muitas dores, o que prejudicou as apresentações. Por conta disso, a ginasta de 25 anos pretende se aposentar do aparelho.

Com certeza, o solo é o mais difícil para mim. Não é difícil eu fazer os meus exercícios, é que é pesado para minha perna, meus joelhos, meus pés e meu tendão. São dores que sinto que eu não preciso ter mais.


Rebeca Andrade comemora medalha em Paris 2024 (Foto: Alexandre Loureiro/COB)

Rotina pesada

A rotina de uma atleta é pesada, mas para Rebeca Andrade pode ser ainda pior. Com três cirurgias do ligamento cruzado anterior (LCA), uma das lesões mais graves no esporte, a brasileira quer evitar essa rotina de treinos e competições no próximo ciclo. Com isso, a atleta pode focar em outros aparelhos.

Por exemplo, Rebeca apresentará 19 séries em apenas 12 dias, contando com o treino de pódio, espécie de ensaio geral dos atletas da ginástica. Por conta das dores provocadas pelas lesões, a brasileira cogita dar um descanso para o corpo.


Rebeca Andrade se apresenta na competição de solo (Foto: Miriam Jeske/COB)

Saída do individual geral

Além disso, a atleta deixou o futuro em aberto no individual geral, prova que consiste na ginasta competir em quatro aparelhos: barras, trave, salto e solo. Segundo Rebeca, essa prova também exige muito do seu corpo, mas deixou claro que, no futuro, pode mudar de ideia.

Eu queria muito que hoje fosse uma competição especial para mim, e foi. Por ser o meu último individual geral. Exige muito do meu corpo, principalmente das minhas pernas, dos meus joelhos e de tudo mais. Falo que o futuro a Deus pertence. Vai que, do nada, se der um tchan na minha cabeça, se meu corpo melhorar, eu mude de ideia.

Nessa modalidade, a brasileira tem duas pratas: Tóquio 2020 e Paris 2024. Além disso, ela ainda conquistou o ouro no salto em Tóquio e prata e bronze no salto e equipes, respectivamente, em Paris.

Rebeca Andrade recebe medalha de prata nas Olimpíadas de Paris

Na manhã deste sábado (03), Rebeca Andrade conquistou a medalha de prata nas Olimpíadas de Paris 2024, consolidando-se como uma das maiores medalhistas olímpicas do Brasil. Com dois saltos impecáveis e cheios de graça, ela garantiu sua quinta medalha e empatou com os velejadores Torben Grael e Robert Scheidt no seleto grupo de heróis olímpicos brasileiros.

Vencedora em Tóquio 2020, nesta ocasião, Rebeca terminou atrás de Simone Biles, que realizou o extraordinário salto Biles II, desafiando mais uma vez a gravidade com um movimento que é exclusivo dela. Sua compatriota Jade Carey levou a medalha de bronze.

Somente Simone e Rebeca conseguiram saltos com notas acima de 15.000, um para cada uma. Na soma dos dois saltos, Rebeca teve 2,333 pontos a mais em execução em relação a Biles. Contudo, a dificuldade foi um fator decisivo para a americana, que se destacou com o Biles II, avaliado em 6.4.


Rebeca Andrade e Simone Biles (Foto: reprodução/Eurasia Sport Images/Getty Images Embed)


Duelo acirrado

Com grau de dificuldade 5,6, as duas ginastas realizaram o Cheng. Rebeca obteve uma pontuação superior à de Simone no salto, alcançando 15.100 em comparação aos 14.900 de Simone. No segundo salto, Rebeca brilhou com um esplêndido Amanar, com grau 5.4, conquistando 14.833 e finalizando com uma média de 14.966. Contudo, Simone apresentou o Biles II, impressionando com sua execução e anotando extraordinários 15.700, alcançando a medalha de ouro com uma média total de 15.300.

Assim, Simone e Rebeca repetiram suas posições no pódio do individual geral, com Simone levando o ouro e Rebeca, a prata. Na disputa por equipes, Simone levou os Estados Unidos à medalha de ouro, enquanto Rebeca guiou o Brasil rumo ao bronze.

A ginasta brasileira agora acumula cinco medalhas: um ouro no salto e uma prata no individual geral em Tóquio 2020, além de uma prata no salto, uma prata no individual geral e um bronze por equipes em Paris 2024. Simone Biles, por sua vez, conquistou sua décima medalha olímpica. As duas têm um novo encontro marcado para segunda-feira, dia 5, nas finais de trave, às 7h30, e no solo, às 9h20.


Rebeca Andrade finalizando sua apresentação (Foto: reprodução/Naomi Baker/Getty Images Embed)


Apresentação que levou medalha

Deslumbrante em um collant branco adornado com pedrinhas azuis, Rebeca fez uma apresentação encantadora na Bercy Arena, em Paris, ao executar um Cheng impecável, alto, elegante e perfeito, que lhe rendeu a nota 15.100, em um salto de dificuldade 5.6. Para este salto, a ginasta realiza uma rondada com meia volta até alcançar a mesa, seguido de uma pirueta e meia.

Sendo a sexta a saltar, ela então apresentou o Amanar, com dificuldade 5.4, pela primeira vez nesta edição dos Jogos Olímpicos. Esse salto formou a mesma combinação que lhe valeu a medalha de ouro em 2020. Com uma aterrissagem perfeita, o Amanar de Rebeca obteve a nota 14.833, resultando numa média final de 14.966. O Amanar envolve uma entrada de Yurchenko com duas piruetas e meia na fase de voo.


Simone Biles durante apresentação (Foto: reprodução/Anadolu/Getty Images Embed)


Desafiando a gravidade

Neste ponto, Simone já havia realizado seu salto e, ao receber suas notas, Rebeca percebeu que não alcançaria o degrau mais alto do pódio. Restava esperar as performances da coreana Seojeong Yeo e da americana Jade Carey. Contudo, a medalha de prata já era garantida para ela.

Simone foi a quarta a se apresentar. Ela começou com o Biles II, o salto mais desafiador (6.4) e impressionante da ginástica artística feminina. Sua postura foi impecável, embora tenha dado um pequeno passo para trás na aterrissagem. No Yurchenko Double Pike, também conhecido como Biles II, a ginasta inicia com uma rondada, completa uma volta com impulso do trampolim e aterrissa de costas na mesa de salto. Em seguida, ela se lança no ar, executando um duplo mortal carpado. Com uma nota altíssima de 15.700, Simone saiu radiante, ciente de que havia garantido sua medalha de ouro.

Logo depois, ela saltou com grande altura, realizando um elegante Cheng, novamente com um pequeno passo atrás. Recebeu a nota de 14.900, 0.200 pontos a menos que Rebeca. Contudo, sua média chegou a impressionantes 15.300.

Rebeca Andrade revela que Paris foi o seu último individual geral olímpico

Depois de conquistar o segundo lugar na prova individual geral da ginástica artística nos Jogos Olímpicos, a brasileira Rebeca Andrade revelou que não irá mas disputar a categoria individual na carreira.

Decisão da ginasta

Em uma entrevista à TV Globo, a brasileira revelou: “eu trabalhei isso na minha cabeça, queria que fosse uma competição especial, porque vai ser o meu último individual geral”.

Rebeca ainda afirmou que só em caso de uma mudança drástica, que ela voltará a disputar a prova em que conquistou duas medalhas olímpicas, além de ouro no Mundial de 2022, em Liverpool, na Inglaterra. A ginasta falou: “fazer o individual geral exige muito do meu corpo, principalmente os membros inferiores, minhas pernas, joelhos. Mas o futuro a Deus pertence. Vai que do nada, dá um ‘tchan’ na minha cabeça e eu corpo melhora”.



Brasileira recordista

Nesta quinta-feira (1), Rebeca Andrade se tornou a mulher do país com mis medalhas, além de ser considerada uma das esportistas brasileiras mais talentosas da história.

Com a conquista da medalha de prata, Rebeca faturou a sua quarta medalha olímpica na carreira: uma de ouro, duas de pata e uma de bronze (por equipes na edição de Paris). Com isso, a ginasta superou a ex-jogadora de vôlei Fofão, que tem uma de ouro e duas de bronze, e a judoca Mayra Aguiar, que possui três de bronze.

Depois da conquista da medalha de prata, Rebeca falou: “estou muito feliz mesmo. Sei que não foi minha melhor competição, e poder estar representando meu país, eu amo representar o Brasil”.

Rebeca Andrade ainda pode aumentar o seu número de medalhas. A brasileira irá disputar nos próximos dias, as finais de salto, do solo e da trave. No individual geral, as norte-americanas Simone Biles e Sunisa Lee ficaram com as medalhas de ouro e bronze, respectivamente.

Brasil dobra a quantidade de atletas medalhistas na ginástica artística

A conquista inédita de medalha de bronze pelo time feminino de ginástica artística, na disputa por equipes, que aconteceu na Olimpíada de Paris nesta terça-feira (30), fez com que o número de atletas que subiram ao pódio pela modalidade dobrasse.

Até a última olimpíada, apenas Arthur Zanetti, Diego Hypolito, Arthur Nory e Rebeca Andrade haviam conquistado medalhas. Entretanto, Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Julia Soares e Lorrane Oliveira se juntaram time de atletas campões.

No histórico de olimpíadas na modalidade de ginástica artística, o Brasil conquistou entre as equipes masculina e feminina, um total de sete medalhas.

Nessa edição dos Jogos Olímpicos, até o momento o Brasil alcançou um total de quatro medalhas: Willian Lima conquistou prata no judô, e são 3 medalhas de Bronze conquistadas por Larissa Pimenta também no Judô, Rayssa Leal no Skate Street e a conquista por equipes da ginástica artística.


Lista de medalhas do Brasil na ginástica artística em Olimpíadas (Foto: Reprodução/GE)


Oportunidade de medalhas na ginástica artística brasileira

Nas Olimpíadas de Paris, o Brasil ainda poderá aumentar a quantidade de medalhas no esporte. A equipe feminina de ginástica artística também se classificou para a final em outras disputas individuais da modalidade.

São, ao todo, quatro oportunidades de conquista, através das decisões de solo, individual geral, trave e salto. Vale ressaltar que Rebeca Andrade se classificou para as quatro disputas e, na última edição, a atleta conquistou duas medalhas, sendo ouro no salto e prata nas barras assimétricas.


https://www.youtube.com/watch?v=pC4pEY7i9c8
Entrevista com as ginastas após a conquista do Bronze (Reprodução/YouTube/GE/TV Globo)

Próximos confrontos da equipe brasileira de ginástica artística

Na próxima quinta-feira (1), o Brasil disputará a decisão no individual geral às 13h15 (de Brasília), com as ginastas Rebeca Andrade e Flávia Saraiva. No sábado (3) às 11h20, Rebeca disputará a final do salto.

Na próxima segunda-feira (5) às 7h38, Rebeca e Júlia Soares irão buscar a medalha na trave e, no mesmo dia, às 9h20, Rebeca participará da decisão de solo.

Olimpíadas 2024: conheça os uniformes das ginastas artísticas finalistas

A final da ginástica artística por equipes contará com a participação de oito países: Brasil, Estados Unidos, Japão, Reino Unido, Romênia, Canadá, China e Itália. No último domingo, (28), o Brasil garantiu a quarta colocação nas classificatórias.

Além da final por equipes, as ginastas brasileiras também brilharam nas finais individuais. Em sua primeira Olimpíada, aos 18 anos, Júlia Soares conquistou uma vaga na final da trave, enquanto Flávia Saraiva se classificou para a final do individual geral. Rebeca Andrade, a principal rival do fenômeno americano, Simone Biles, avançou para as finais em quatro aparelhos. Com isso, a ginástica artística feminina brasileira garantiu um total de sete finais em Paris.

Além das classificações, a ginástica artística, especialmente a feminina, é famosa por sua beleza, que se reflete tanto nos movimentos desafiadores quanto na elegância dos uniformes. Os collants exibidos nas classificatórias foram verdadeiramente deslumbrantes, com brilhos e as cores dos respectivos países, capturando a atenção de todos.

Brasil

Desenvolvidos com a colaboração da ginasta Jade Barbosa pelo terceiro ano consecutivo, os collants apresentaram de forma discreta as cores da bandeira brasileira, predominando o azul escuro. Adornados com strass, os uniformes não apenas brilharam para os juízes, mas também destacaram o talento das ginastas brasileiras.


Jade Barbosa competindo nas classificatórias das Olimpíadas 2024 (Foto: Reprodução/Loic Venance/Getty Images Embed)


O time, composto por Jade Barbosa, Rebeca Andrade, Júlia Soares, Flávia Saraiva e Lorrane Oliveira, já se destacava nos treinos por seus looks únicos. Com estampas mais infantis, os uniformes foram projetados para abraçar o público jovem da ginástica artística, que é predominante na modalidade.

Estados Unidos

O time liderado por Simone Biles dominou o ranking das classificatórias. Além disso, o uniforme das americanas se destacou por seu deslumbrante detalhamento, com mais de 10 mil cristais Swarovski bordados em seus collants.


Simone Biles competindo nas classificatórias das Olimpíadas 2024 (Foto: Reprodução/Anadolu/Getty Images Embed)


O time composto por Simone Biles, Jade Carey, Jordan Chiles, Suni Lee e Hezly Rivera teve seus uniformes projetados por Jeanne Diaz, diretora de design da GK Elite. Segundo Diaz, ela concebeu os uniformes com uma inspiração de looks noturnos para celebrar a anfitriã da competição e também capital da moda, Paris. Em suas palavras:

“Eles são realmente looks de vestuário de noite. Queríamos nos aprofundar nisso para Paris, a capital da moda do mundo. Então, utilizamos muitos elementos modernos, como espartilhos, a arquitetura Art Nouveau e o glamour de Hollywood dos anos 1920”

Todo esse investimento nos uniformes das atletas reflete o apoio que elas recebem, evidenciando que o time é um dos mais condecorados da ginástica artística.

Japão

A nação asiática também está competindo intensamente com o Brasil na ginástica artística feminina. No quarto dia de competição, os brasileiros, conhecidos por sua criatividade nos memes, já geraram diversas piadas sobre o fato de que, em todas as modalidades em que Brasil e Japão se enfrentam, os asiáticos frequentemente saem por cima. No entanto, em questão de vestimentas, ambos os países estão equiparados.


Mana Okamura competindo nas classificatórias das Olimpíadas 2024 (Foto: Reprodução/Steve Christo/Getty Images Embed)


Também repletos de strass, os uniformes das ginastas japonesas destacaram as cores da bandeira nacional, com a adição do preto e detalhes em transparências. Assinados pela marca japonesa Mizuno, os uniformes refletiram a elegância e o estilo característicos da equipe.

Reino Unido

A delegação britânica se classificou em penúltimo lugar, à frente apenas da Romênia, que ficou na última posição.


Ruby Evans competindo nas classificatórias das Olimpíadas 2024 (Foto: Reprodução/Naomi Baker/Getty Images Embed)


Assim como a delegação brasileira, as ginastas britânicas também escolheram o azul escuro como a cor predominante de seus collants. Incorporando as cores da bandeira, elas adicionaram o vermelho e optaram por deixar o branco de fora. Além disso, investiram em um bordado com linhas verticais para destacar os strass.

Romênia

A delegação da icônica ginasta Nadia Comaneci, famosa por ter sido a primeira a receber a nota máxima de 10, participa da competição em Paris. Hoje, as pontuações não utilizam mais a escala de 0 a 10 como na época de Comaneci. No entanto, a Romênia foi a última colocada nas classificações.


Sabrina Maneca-Voinea competindo nas classificatórias das Olimpíadas 2024 (Foto: Reprodução/Paul Ellis/Getty Images Embed)


As ginastas romenas escolheram collants na cor preta, detalhados com as cores da bandeira, azul, amarelo e vermelho nas laterais. Tal artifício criou um efeito visual interessante durante a execução dos movimentos. Além disso, os uniformes apresentam strass na parte da frente, dispostos em um formato de V.

Canadá

As ginastas canadenses optaram por uma paleta de cores completamente diferente da da bandeira nacional, escolhendo tons de azul em vez de branco e vermelho.


Cassandra Lee competindo nas classificatórias das Olimpíadas 2024 (Foto: Reprodução/Paul Ellis/Getty Images Embed)


Embora não tenham utilizado o vermelho e o branco em seus uniformes, as ginastas canadenses incluíram a folha de bordo, um símbolo da bandeira canadense. Além disso, utilizaram strass em todo o collant, destacando-os especialmente na gola, de forma semelhante às ginastas estadunidenses.

China

A delegação chinesa, medalhista de prata na ginástica artística masculina, batalha para garantir medalha na modalidade feminina.


Ou Yushan competindo nas classificatórias das Olimpíadas 2024 (Foto: Reprodução/Paul Ellis/Getty Images Embed)


As ginastas chinesas escolheram usar as cores da bandeira nacional, amarelo e vermelho, além de adicionarem o preto para criar contraste. Assim como nos collants anteriores, os strass estão presentes, acompanhando os desenhos no tecido e realçando o visual.

Itália

As ginastas italianas, ao contrário das demais delegações, abandonaram completamente as cores da bandeira e optaram pela presença da cor preta na totalidade de seus uniformes da competição.


Manila Esposito competindo nas classificatórias das Olimpíadas 2024 (Foto: Reprodução/Paul Ellis/Getty Images Embed)


Não é incomum que a delegação italiana fuja das cores tradicionais da bandeira, optando por roxo, preto ou outras tonalidades. Por exemplo, no campeonato de Liverpool, as italianas também escolheram um look semelhante ao de Paris, com preto, transparências e brilhos prateados, além de strass. No entanto, o uniforme das Olimpíadas apresenta um design mais adornado, com um toque de rebeldia e intensidade.

Estes foram os collants escolhidos pelas competidoras para a fase de classificação das Olimpíadas de 2024. Agora, fique atento para conferir os looks da final e, claro, torcer para que o Brasil conquiste um lugar no pódio!

Rebeca Andrade participa de processo coreográfico de seu solo: “ajudei em tudo”

A campeã olímpica Rebeca Andrade (25), trouxe seu hobby dos dias de folga, para a Olimpíada de Paris, isso porque, a ginasta irá se apresentar com coreografia que possui trechos das dancinhas que grava no TikTok e em outras redes sociais.

No último ciclo, Rebeca trabalhou com o coreógrafo da Confederação Brasileira de Ginástica, Rhony Ferreira, em busca de movimentos rítmicos que se encaixassem com as acrobacias e saltos que treina com o técnico Francisco Porath.

“Foi a vez que mais participei. Nos últimos dois ciclos, 2016 e 2020, o Rhony veio com a surpresa das músicas. Agora, eu pude escolher, eu mostrei as músicas que queria. Foi muito legal poder participar e ficar pesquisando, ir no YouTube, ver coreografias diferentes de coisas diferentes e ver se combinava comigo, e também criar da minha cabeça. Amei participar. Mas é muito difícil!”, Declarou Rebeca

A atleta se apresentou no Mundial de Ginástica de 2023 com medley das músicas de Anitta “Movimento da Sanfoninha”, Beyoncé “End of Time”, cantoras de quem é fã, houve o acréscimo do hit “Baile de Favela” de MC João, a faixa é constantemente reproduzida em diversas modalidades nos eventos esportivos e quando toca levanta a torcida.


Rebeca Andrade (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Buda Mendes) 


A apresentação de Rebecca será no próximo domingo (28), à partir de 16:10 (horário de Brasília), a equipe brasileira está na subdivisão 5.

O trabalho com o coreógrafo

Rebeca teve participação ativa na elaboração da dança com o coreógrafo Rhony, além da leveza nos movimentos a expressão da ginasta é extremamente importante para alcançar a melhor pontuação.

O coreógrafo aponta as mudanças sobre a evolução da dança nas apresentações, hoje a participação das ginastas é muito mais ativa. Rhony deu detalhes das táticas utilizadas nos ensaios com as atletas.

Ele declarou que além da coreografia, ter muita importância, a interpretação nas apresentações é avaliada, por conta disso, ensaia as ginastas mantendo contato visual com o árbitro.

Sobre Rebeca Andrade

De origem humilde Rebeca foi criada por mãe solo, com outros sete irmãos, enquanto Rosa trabalhava de faxineira, para pagar os treinos da filha, seu irmão mais velho a levava às aulas de ginástica, os dois faziam um percurso de duas horas a pé, até conseguirem uma bicicleta que facilitou a locomoção de Rebeca.

A paulista de Guarulhos–SP, fez história nos jogos olímpicos de 2020, tornando-se a primeira ginasta brasileira campeã olímpica e a primeira atleta do Brasil a ganhar duas medalhas numa mesma edição das Olimpíadas.

Rebeca é campeã olímpica de salto com duas medalhas, sendo uma de ouro e outra de prata (2020) bicampeã mundial no salto (2021,2023) e campeã mundial individual de 2022. Outro feito importante da ginasta, é ser a primeira atleta latino-americana medalhista e campeã olímpica na ginástica artística feminina. Atualmente compete pelo clube de Regatas Flamengo.