O atacante Memphis Depay, do Corinthians, voltou a manifestar sua insatisfação com o uso de gramados sintéticos no futebol brasileiro. A declaração ocorreu após a vitória do Timão por 1 a 0 sobre o Athletico-PR, na última quarta-feira (27), na Arena da Baixada, pela partida de ida das quartas de final da Copa do Brasil.
Por meio de suas redes sociais, o holandês criticou o impacto da tecnologia no jogo. “A grama artificial mata o jogo. Brasil, quando vocês vão ouvir os jogadores?”, publicou. Essa não é a primeira vez que o atacante se posiciona contra os campos artificiais, tema que tem gerado debates frequentes entre atletas e dirigentes.
Vampeta Ídolo do Corinthians(Foto: reprodução/ Buda Mendes/Getty Images Embed)
Vampeta sai em defesa do atacante
Um dia após a declaração, o ex-volante Vampeta, ídolo corintiano e comentarista da rádio Jovem Pan, saiu em defesa de Depay durante o programa Bate-Pronto. Para o ex-jogador, o gramado sintético não é adequado ao futebol profissional.
“Para o futebol profissional acredito que realmente não é adequado. Os clubes da Série A, que jogam sozinhos em seus estádios, não é possível que não consigam manter a grama natural. Quem vai jogar é o atleta, deixa os caras decidirem”, afirmou.
Vampeta ainda criticou o argumento de que o uso da grama sintética facilita a realização de shows e outros eventos. “Tudo bem, mas ninguém pode responder melhor sobre a grama do que quem está jogando. Não é diretor de futebol ou dono de empresa de grama sintética. Vamos ter jogos das Eliminatórias, e o Brasil não vai jogar em estádio de grama sintética. Sempre vou ser a favor da grama natural”, completou.
Debate recorrente no futebol brasileiro
Além de Depay, outros nomes de peso já criticaram os gramados artificiais no país. Neymar (Santos), Lucas Moura (São Paulo) e Thiago Silva (Fluminense) estão entre os atletas que lideraram, no início da temporada de 2025, uma campanha pedindo o fim da tecnologia no futebol nacional.
A Arena da Baixada, do Athletico-PR, foi pioneira no uso do gramado sintético no Brasil e, desde então, tornou-se palco de debates sobre desempenho, impacto físico nos jogadores e a preservação do espetáculo. A pressão pública de atletas, agora reforçada por Depay, deve manter o tema em evidência ao longo da temporada.
