Palestinos morrem afogados em busca de ajuda humanitária

Palestinos morrem novamente, após envios de pacotes de ajuda humanitária, ao menos 12 cidadãos não sobreviveram nesta terça-feira(26), tentando alcançar nos pacotes aéreos que caíram no mar. 

Os habitantes de Gaza sofrem frequentemente com os arremessos dos recursos que lhe são feitos. Recentemente, no início de março, 5 palestinos foram mortos e 10 ficaram feridos, após pacotes caírem do céu sobre eles.

A chegada das ajudas humanitárias 

Segundo imagens recebidas pela CNN, é possível ver diversos palestinos que se arriscaram nadando no mar, para tentar chegar em pacotes arremessados a uma grande distância. 

Uma testemunha que presenciou o acontecido de hoje comentou à CNN, que as ajudas caíram no oceano a pelo menos um quilômetro de distância, além de dar explicações sobre as condições marítimas do dia.



“Havia fortes correntes e todos os paraquedas caíram na água. As pessoas querem comer e estão com fome”, disse Abu Mohammad. “Não tenho conseguido receber nada. Os jovens podem correr e buscar esses auxílios, mas para nós é uma história diferente” completou. A modalidade de envio da ajuda humanitária vem sendo duramente criticada pelos palestinos que não gostam do jeito que são feitas.

Palestinos argumentam a maneira que é disponibilizada essas ajudar

Após entrevista a TV Al Jazeera, o morador de Gaza, Muhammad Sobeih, contestou a proibição de transportes terrestres para a entrega dos pacotes de ajuda. “Porque aqueles que entregam ajuda não podem entregá-la através das travessias?” indagou Sobeih em entrevista. Além disso, esses modelos podem apresentar riscos para os habitantes locais, caso cai em cima deles, tendo em vista os últimos acontecimentos.

Mesmo após diversos questionamentos por parte dos Palestinos, o fornecimento destas ajudas continua sendo feito de forma violenta e apresenta críticas até da ONU(Organização das Nações Unidas).Segundo Richard Gowan, diretor da ONU, seria “uma péssima maneira de entregar ajuda”.

Enquanto não é feita mudanças no jeito de disponibilizarem essas ajudas, autoridades locais reforçam que essas ações feitas são “falhas” e não são “a melhor forma de trazer ajuda”.

Rússia já perdeu mais de 45 mil soldados em guerra na Ucrânia, diz imprensa internacional 

Na última quinta-feira (21), foi realizado um balanço do número de soldados russos mortos no conflito com a Ucrânia. De acordo com pesquisas dos veículos Mediazona e BBC, a força militar da Rússia perdeu aproximadamente 45 mil homens desde sua primeira invasão em terras oponetes.

Atrelado a assuntos de interesses territoriais e demais questões geopolíticas, os dois países reafirmam uma guerra de mais de dois anos de duração.  

Detalhes sobre a pesquisa

Os veículos responsáveis pela nota relataram que suas análises partiram de 24 de fevereiro de 2022 e percorreram até o dia 20 do mesmo mês de 2024. Além disso, foram utilizadas como recursos de base: materiais de acesso livre, obituários divulgados publicamente, comunicados de autoridades locais e necrologias compartilhadas nas mídias dos últimos tempos. No entanto, a BBC alegou que o levantamento real de toda a guerra é de fato mais abrangente, podendo ser o dobro da estimativa.

Além disso, as fontes afirmam que, ao menos, dois terços das vítimas não integravam o Exército Russo antes da invasão acontecer. Com isso, muitos os soldados em campo de batalha eram voluntários, exerciam serviços de companhias privadas ou eram indivíduos presos que foram alistados com a promessa de conseguirem sua anistia quando retornassem para suas casas.

Outros números estimados por fontes internacionais


Imagens feitas no dia das primeiras explosões ocorridas em Kiev, na Ucrânia, em fevereiro de 2022 (Foto: reprodução/Gabinete do Presidente da Ucrânia via EBC/jornal.usp.br)

É importante lembrar que não é a primeira vez que o número de soldados mortos é pauta de notícias internacionais. Em agosto do ano passado, o jornal americano The New York Times soltou uma matéria da qual estimava-se que o número de perdas civis, incluindo militares americanos, passava da linha dos 120 mil. 

Vale ressaltar que o número de vítimas não foi confirmado por nenhum dos governos oficiais. Em dezembro do ano passado, autoridades russas e ucranianas lançaram um balanço de vítimas. Segundo As Forças de Defesa de Kiev – capital da Ucrânia – cerca de 348,3 mil civis russos morreram em territórios conflituosos.

Do outro lado, o Ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, declarou que 383 mil soldados ucranianos foram mortos ou tiveram ferimentos durante a guerra. A falta de precisão na contagem de vítimas está principalmente ligada ao fato da dificuldade extrema de acessar os territórios em conflito, especialmente localidades ucranianas ocupadas pelas Forças Russas.

Biden culpa congresso por avanço russo na Ucrânia e faz apelo urgente

Em uma ligação com o líder ucraniano Volodymyr Zelensky, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, atribuiu o avanço do exército russo na cidade ucraniana de Avdiivka à inação do Congresso americano.

A retirada das forças ucranianas de Avdiivka foi destacada por Biden como resultado direto da escassez de suprimentos, causada pela falta de aprovação de um pacote de ajuda ao país em guerra.

A Casa Branca enfatizou a urgência de aprovar um projeto de financiamento suplementar de segurança nacional para reabastecer as forças ucranianas e enfrentar a crescente pressão russa na região.


Zelensky continua a pedir auxílio para os EUA contra a Rússia (Foto: reprodução/AP Photo/Matthias Schrader)

Situação atual

Apesar da aprovação bipartidária no Senado de uma lei de ajuda externa de 95,3 bilhões de dólares, com 60 bilhões destinados à Ucrânia, o presidente da Câmara, Mike Johnson, sinalizou que não pretende avançar com o projeto de lei.

Autoridades americanas expressaram preocupação com os recentes ganhos russos na guerra, sugerindo que a paralisação do projeto de lei está refletindo na desaceleração do suporte.

A porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Adrienne Watson, afirmou que a retirada de Avdiivka é um resultado direto da inação do Congresso, destacando a necessidade crítica de agir rapidamente.

Reunião presidencial

Em um encontro com o presidente Zelensky, a vice-presidente Kamala Harris pediu ao Congresso que enviasse ajuda urgente à Ucrânia, e criticou os republicanos por bloquearem o projeto na Câmara.

Zelensky, por sua vez, enfatizou a importância vital do pacote de ajuda para enfrentar a crescente pressão russa, enquanto Biden criticou a pausa de duas semanas na Câmara, classificando-a como ultrajante e aumentando as preocupações sobre a confiabilidade dos EUA como aliado.

A Ucrânia enfrenta agora uma pressão renovada na frente oriental, com a retirada de Avdiivka marcando o maior ganho russo desde o ano passado, intensificando a necessidade de uma resposta rápida e eficaz por parte dos Estados Unidos e de aliados.

Donald Trump considera encerrar ajuda dos EUA à Ucrânia caso vença as eleições

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaça encerrar qualquer ajuda futura do país à Ucrânia, que permanece em conflito com a Rússia; a medida seria feita através dos seus aliados no Congresso. A promessa foi feita logo após a divulgação de um texto pelo Senado americano, no qual prevê que US$ 60 bilhões sejam enviados para a Ucrânia, e mais US$ 14 bilhões para Israel. Além disso, há também uma quantia de US$ 20 bilhões que seria destinada à reforma do sistema de imigração dos EUA, cujo os aliados do ex-presidente desaprovam.

Debate sobre imigrantes desvia atenção da guerra na Ucrânia

Donald Trump já declarou que, caso seja eleito em novembro, pode resolver a guerra entre russos e ucranianos “dentro de 24 horas”, mas não chegou a explicar como faria isso. Com a aproximação das votações para o novo mandato de presidente do país, seus aliados consideram que votar um texto acordado entre os dois partidos seria considerado uma vitória para os seus adversários, o que pode ter motivado as falas do candidato republicano.


Donald Trump, candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, após encontro com a Irmandade Internacional dos Caminhoneiros (Foto: reprodução/Andrew Harnik/AP)

Desde que a guerra na Europa começou, a Rússia tem feito pressão pelo fim da ajuda vinda do Ocidente ao país comandado por Zelensky. Como os Estados Unidos são os principais apoiadores das forças ucranianas, uma diminuição do seu apoio poderia significar um grande passo dos russos em direção à vitória.

Trump é a favor de fechar as fronteiras

Há meses, os republicanos pedem uma política migratória mais forte, principalmente devido à chegada de um número alto de imigrantes vindos da América Latina, através da fronteira com o México. O novo texto, segundo o líder da Câmara dos Representantes e aliado de Trump, Mike Johnson, é “morto”, embora os democratas considerem a nova proposição como a mais rígida em décadas. 

Para ser aprovado, a lei precisa ter o “sim” das duas casas do Congresso; os democratas são a maioria no Senado, mas a Câmara Baixa é controlada majoritariamente pelos republicanos: isso significa que, provavelmente, nenhuma resolução efetiva será feita em um futuro breve.

Putin diz que avião militar russo foi derrubado pela Ucrânia

Vladimir Putin disse que o avião militar russo Ilyushin Il-76, que caiu perto da fronteira com a Ucrânia e matou 74 pessoas que estavam a bordo, foi derrubado por forças ucranianas, “de propósito ou por engano”. A aeronave transportava 65 soldados ucranianos que foram capturados e seriam trocados por prisioneiros de guerra russos. Durante as acusações, Putin não apresentou provas, mas afirmou que é óbvio que o fizeram”.

Ucrânia não nega, mas diz que não foi avisada do avião

O governo ucraniano não confirmou ou negou as acusações russas sobre ter derrubado o avião. No entanto, a versão deles é de que não foram avisados com antecedência de que uma aeronave transportando soldados da Ucrânia estaria sobrevoando a região de fronteira naquele momento. Além disso, foi dito que existiam discrepâncias em uma lista veiculada pela mídia russa acerca de quem seriam os soldados no avião.


Vídeo mostra momento em que avião russo que transportava prisioneiros de guerra é atingido (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)


Putin afirmou que é impossível ter ocorrido um “fogo amigo”, visto que os sistemas russos têm mecanismos de defesa para evitar esse tipo de situação: “Não importa o quanto o operador pressione o botão, nossos sistemas de defesa aérea não funcionariam”, disse. Ele ainda acrescentou que os mísseis disparados provavelmente são americanos ou franceses, mas que isso ainda seria apurado.

Assessor ucraniano fala em campanha de desinformação

Mykhailo Podolyak, assessor do presidente da Ucrânia, disse que os comentários de Vladimir Putin são apenas uma campanha de “desinformação barata”. Segundo ele, os russos estão cometendo erros em termos de regras e costumes de guerra. Ainda em sua visão, essas declarações da Rússia têm o objetivo de tirar o direito ucraniano de receber mísseis de países aliados para seus sistemas de defesa.