Vladimir Putin disse que o avião militar russo Ilyushin Il-76, que caiu perto da fronteira com a Ucrânia e matou 74 pessoas que estavam a bordo, foi derrubado por forças ucranianas, “de propósito ou por engano”. A aeronave transportava 65 soldados ucranianos que foram capturados e seriam trocados por prisioneiros de guerra russos. Durante as acusações, Putin não apresentou provas, mas afirmou que “é óbvio que o fizeram”.
Ucrânia não nega, mas diz que não foi avisada do avião
O governo ucraniano não confirmou ou negou as acusações russas sobre ter derrubado o avião. No entanto, a versão deles é de que não foram avisados com antecedência de que uma aeronave transportando soldados da Ucrânia estaria sobrevoando a região de fronteira naquele momento. Além disso, foi dito que existiam discrepâncias em uma lista veiculada pela mídia russa acerca de quem seriam os soldados no avião.
Vídeo mostra momento em que avião russo que transportava prisioneiros de guerra é atingido (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)
Putin afirmou que é impossível ter ocorrido um “fogo amigo”, visto que os sistemas russos têm mecanismos de defesa para evitar esse tipo de situação: “Não importa o quanto o operador pressione o botão, nossos sistemas de defesa aérea não funcionariam”, disse. Ele ainda acrescentou que os mísseis disparados provavelmente são americanos ou franceses, mas que isso ainda seria apurado.
Assessor ucraniano fala em campanha de desinformação
Mykhailo Podolyak, assessor do presidente da Ucrânia, disse que os comentários de Vladimir Putin são apenas uma campanha de “desinformação barata”. Segundo ele, os russos estão cometendo erros em termos de regras e costumes de guerra. Ainda em sua visão, essas declarações da Rússia têm o objetivo de tirar o direito ucraniano de receber mísseis de países aliados para seus sistemas de defesa.