Bateria de lítio pega fogo e avião da Air China desvia para Xangai

Uma bateria de lítio pegou fogo na bagagem de mão de um passageiro durante o voo CA139, da Air China, realizado neste sábado, que partia de Hangzhou (China) com destino a Incheon, na Coreia do Sul. A mala estava no compartimento superior quando o incêndio começou, e a tripulação interveio prontamente. Ainda não está claro se a bateria fazia parte de um dispositivo eletrônico ou se era uma unidade reserva.

Fogo no bagageiro e pouso de emergência

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o bagageiro superior em chamas, com fumaça tomando a cabine e deixando os passageiros apreensivos. A aeronave desviou e realizou um pouso de emergência no Aeroporto Internacional de Pudong, em Xangai. Não houve feridos, informou a companhia.


 

Momento do acidente no avião (Vídeo: reprodução/X/@aviationbrk)

O incidente ocorreu poucos meses depois de a China impor, em caráter emergencial, restrições a determinados tipos de baterias portáteis em voos. A medida, em vigor desde junho, foi adotada após o órgão regulador alertar para o aumento do risco associado a essas baterias durante o transporte aéreo.

Baterias de lítio na aviação

Nos últimos anos, milhões de baterias de lítio presentes em celulares, notebooks, carregadores portáteis e cigarros eletrônicos foram alvo de recalls por risco de incêndio. A Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) ressalta que esses componentes podem entrar em combustão espontânea quando danificados ou submetidos a curto-circuito.

Até 30 de junho deste ano, a FAA contabilizou 38 ocorrências em voos de passageiros e de carga envolvendo baterias de lítio que resultaram em fumaça, fogo ou superaquecimento; no ano anterior, foram 89 registros.

Diante disso, governos e companhias aéreas apertaram as regras de transporte, definindo onde essas baterias podem ser acomodadas nas aeronaves. Nos Estados Unidos, por exemplo, elas são proibidas na bagagem despachada, salvo quando os dispositivos que as contêm estão completamente desligados.

Na China, após o governo classificar as baterias como risco à segurança, passou a ser proibido que passageiros levem em voos domésticos baterias portáteis sem a marcação visível de certificação de segurança chinesa. A regra, porém, não se estende às baterias removíveis. De acordo com a companhia aérea, o incêndio deste sábado teve origem justamente em uma bateria desse tipo.

Chanel apresenta coleção Métiers d’Art em Hangzhou

No encontro entre tradição e modernidade, o Lago do Oeste, em Hangzhou, serviu o cenário perfeito para a apresentação da coleção Métiers d’Art 2024/25 da Chanel na última terça-feira (3). O desfile aconteceu no final da tarde, no Patrimônio Mundial da UNESCO, dando espaço para esse conceito artesanal.

Criadas no Le 19M, em Paris, um centro que abriga 11 ateliês de artesãos especializados, como bordadores, joalheiros e chapeleiros, as peças da coleção traduzem a essência da alta costura em uma narrativa que une o charme parisiense à beleza intemporal da cultura chinesa.

Conceito da Métiers d’Art

Inspirada pelos antigos biombos Coromandel, pelas delicadas expressões da chinoiserie e pelas obras de arte em laca chinesa que tanto encantaram Gabrielle Chanel, a coleção Métiers d’Art 2024/25 da maison mergulha no universo do luxo e da história.

O Lago do Oeste, em Hangzhou, China, um lugar celebrado por poetas e artistas desde o século IX, com suas ilhas serenas, templos imponentes, jardins exuberantes e pontes graciosas, tornou-se o cenário ideal para essa homenagem.


Desfile Métiers d’Art da Chanel (Foto: reprodução/Chanel)

A escolha do local

O local não foi coincidência. Um dos biombos mais queridos de Coco Chanel, adornado com cenas da vida cotidiana tendo o Lago do Oeste como pano de fundo, decorava as paredes de seu estúdio no icônico 31 Rue Cambon, em Paris.

Agora, o mesmo ambiente que outrora serviu de inspiração artística torna-se palco para um desfile que exalta o glamour, a arte de viajar e os sonhos que conectam culturas. A coleção, feita à mão no Le 19M, revela um diálogo entre o legado de Chanel e a beleza intemporal da paisagem chinesa, traduzindo memórias e poesia em cada detalhe.


Desfile Métiers d’Art da Chanel (Foto: reprodução/Chanel)

Apresentação da coleção

A coleção apresenta uma variedade de casacos que transitam com elegância entre o dia e a noite. Modelos longos de ombros à mostra destacam-se ao lado de peças confeccionadas em tweed, cetim e veludo, enriquecidas por bordados de pequenas flores que evocam mistério e sofisticação.

Entre os destaques estão os casacos duffle e oversized, decorados com delicados botões em forma de sapos criados por Paloma, além de forros de cetim de seda que elevam o luxo. Casacos retos com cinturas marcadas contrastam com modelos abotoados de lado e versões de jantar, forradas em cetim branco, que são combinados com saias volumosas de pregas, saias ajustadas, calções e calças curtas, criando looks que equilibram modernidade e refinamento.


Desfile Métiers d’Art da Chanel (Foto: reprodução/Chanel)

A coleção reflete o tema da exploração com malas, estojos de beleza e malhas sofisticadas. O macacão com o padrão do biombo Coromandel aparece como forro sob os looks, enquanto as calças de ganga desbotadas evocam as ondulações do lago.

Tons escuros lembram a madeira das construções antigas e a noite. Detalhe para os acessórios dourados em cascata, trazendo ainda mais sofisticação aos looks. O calçado, que inclui botas de cano alto, sapatilhas de verniz e botas médias da Massaro, combina luxo e conforto, com materiais nobres que exaltam o legado de Chanel.

Chanel revela que próximo desfile da coleção Métiers d’Art será na China

A Chanel revelou que o próximo desfile Métiers d’Art acontecerá na China. A apresentação vai acontecer no dia 3 de dezembro, em Hangzhou.

Bruno Pavlovsky, presidente da Chanel SAS, concedeu uma entrevista ao site WWD, e durante a conversa, ele explicou que escolheu Hangzhou como destino por conta das telas de laca Coromandel, que decoram o apartamento de Gabrielle Chanel, em Paris. Ele comentou sobre a atmosfera intrigante e a história por trás desses painéis, mesmo que imaginária. Pavlovsky ainda mencionou que a cidade possui uma aura misteriosa, similar à encontrada nas telas de laca, o que contribuiu para a decisão.


Último desfile da coleção antes da China (Foto: reprodução/Chanel)

Métiers d’Art x China

Chanel já havia levado sua linha Métiers d’Art para a China há alguns anos. A relação da marca com o país é resistente, ainda mais pelo fato de que a China representa um significativo mercado de luxo. Em 2009, uma coleção assinada por Karl Lagerfeld foi apresentada em Xangai. Além do desfile em Hangzhou, a Chanel também irá reapresentar a coleção cruise 2025 em Hong Kong, no dia 5 de novembro.

Atrás de um sucessor

A responsabilidade pela coleção recai sobre o estúdio criativo da Chanel com a recente saída de Virginie Viard A grife já confirmou que está em busca de um sucessor, mas ainda não possui nada previsto para um novo nomeado.

Conexão com o mercado chinês

Essa decisão de fazer o desfile Métiers d’Art em Hangzhou além de reforçar a união da Chanel com o mercado chinês, traz destaque para a importância da China no cenário global da moda. O evento tem tudo para ser marcante, já que terá uma junção da herança cultural de Hangzhou com a magnitude da Chanel. O próximo passo é aguardar o que terá nesse desfile que promete encantar ainda mais os amantes da moda.