A Fendi abre mais um capítulo de sua história centenária com a apresentação da nova coleção feminina assinada por Silvia Venturini Fendi, que permanece à frente das criações enquanto o sucessor de Kim Jones ainda não é anunciado. Fiel à tradição de reunir nomes consagrados e revelações em ascensão, a maison italiana reuniu na passarela um casting de impacto, capaz de traduzir tanto a força de sua herança quanto a relevância contemporânea da marca.
Entre os destaques, a pluralidade de gerações foi evidente: modelos como Bethany Nagy e Chantall McCann dividiram espaço com rostos que conquistaram o público jovem nas redes sociais, como Alex Consani, Amelia Gray e Gabbriette. Ao mesmo tempo, ícones que marcaram décadas da moda, entre eles Karen Elson, Mariacarla Boscono, Natasha Poly, Edie Campbell e Adwoa Aboah, reforçaram a conexão da Fendi com sua própria trajetória de vanguarda.
Passarela promove representatividade
Em um momento em que o mercado da moda ainda apresenta sinais de retrocesso na representatividade, a Fendi caminhou em sentido oposto ao incluir modelos que ampliam a narrativa da diversidade. Paloma Elsesser e Devyn Garcia foram presenças marcantes, lembrando que a pluralidade de corpos não deve ser exceção, mas parte essencial da construção estética atual. Essa decisão, mais do que simbólica, aponta para um esforço consciente da maison em abraçar identidades variadas, reforçando que a beleza não está em padrões únicos, mas na multiplicidade de formas, histórias e experiências.
Desfile Fendi (Foto: reprodução/Daniele Venturelli/Getty Images Embed)
Ao abrir espaço para essa representatividade, a grife italiana envia uma mensagem clara ao setor: a moda deve refletir a sociedade em sua totalidade, e não apenas reproduzir estereótipos. Nesse sentido, o desfile da Fendi se destaca como um manifesto visual de inclusão, sem perder o refinamento característico de sua identidade.
Herança de cem anos inspira futuro
Completando cem anos em 2025, a Fendi não apenas celebrou sua tradição como também lançou sinais de continuidade e renovação. O desfile deixou claro que a marca enxerga sua herança como base sólida para experimentar novas linguagens, equilibrando códigos clássicos com olhares frescos. Sob a direção de Silvia Venturini Fendi, o espírito da maison se mantém vibrante, sem abrir mão da sofisticação que a tornou referência no cenário global.
Desfile Fendi (Foto: reprodução/Estrop/Getty Images Embed)
Assim, o mais recente desfile reafirma a relevância da Fendi no presente e projeta sua permanência no futuro, em sintonia com os movimentos culturais e sociais que moldam a moda. Mais do que uma simples celebração estética, a apresentação se consolidou como uma vitrine de intenções: valorizar a tradição, dialogar com a atualidade e, sobretudo, propor caminhos para os próximos anos. Ao investir em diversidade, em múltiplas gerações de modelos e em uma narrativa que une inovação e memória, a maison demonstra que não se limita a acompanhar tendências, mas busca antecipá-las.
