Luxo francês domina o ranking Kantar BrandZ 2024

A lista das 100 marcas mais poderosas do mundo em 2024 foi liberada pela Kantar BrandZ, destacando as marcas francesas Louis Vuitton, Hermès e Chanel, estando em destaque na categoria de luxo. Louis Vuitton por sua vez saiu do Top 10, enquanto Hermès se consolidou, superando a concorrência e tendo um aumento de 23% em valor, enquanto o setor de luxo cresceu em 8%.

Louis Vuitton segue em Destaque

Louis Vuitton que antes ocupava o décimo lugar, agora ocupa o décimo oitavo, ficando atrás dos cinco gigantes da internet (Apple, Google, Microsoft, Amzon e Facebook), o Mc Donalds e NVIDIA que agora com o uso de IA, foi levada ao sexto lugar.


Bolsa da Louis Vuitton (Foto: reprodução/ Christian Vierig/ Getty Images Embed)


Líder em influência, a Louis Vuitton teve um aumento de 4% em seur valor de marca, tendo um total de 129,8 bilhões de dólares; a Hermès por sua vez está em segundo lugar no pódio totalizando cerca de 93,676 bilhões de dólares devido a exclusividade de seus produtos. A Chanel fica em terceiro, avaliada em 60,152 milhões de dólares tendo um aumento de 8%.

A chave de seu sucesso reside na relação estabelecida com os consumidores. A solidez dos laços criados pelas marcas em geral, e em especial pelas marcas de luxo, com seus clientes, possibilitou-lhes avançar neste ano, focando em aspectos cruciais do marketing, como sua “diferença” e seu “significado”. A Hermès, por exemplo, está acompanhando os aumentos de preços (em média 7% até 2022) com uma maior comunicação sobre as habilidades de seus artesãos em couro, bem como a qualidade e durabilidade de seus produtos.

Batendo recordes

O Kantar BrandZ 2024 teve seu valor do Top 100 aumentado em 20%, com 8.300 bilhões de dólares, consequentemente, se aproximando do pico histórico de 2022 de 8.700 bilhões de dólares, devido ao alto consumo pós pandemia.

A pesquisa BrandZ 2024 da Kantar destaca quatro marcas de destaque: Celine (do grupo LVMH), classificada como “potência futura” em 109º lugar, com foco em acessórios de sucesso e o próximo lançamento de uma linha de beleza em 2025; Givenchy em Paris, além da joalheria Van Cleef e Arpels (do grupo suíço Richemont) e da britânica Burberry, ambas passando por um período dinâmico no mercado americano.


Desfile da Gucci em Londres (Foto: reprodução/ Tristan Fewings/ Getty Images Embed)


As marcas europeias seguem liberando o setor de luxo, ao apresentar um crescimento positivo, ultrapassando em 4% os valores de 2022. O valor total do top 10 atinge a cifra de 357 bilhões de dólares. Por outro lado a Gucci teve uma redução de 9% de seu valor em relação a 2023, seguida de Dior, em 11,982 bilhões de dólares, Cartier, com 10,514 bilhões de dólares e Rolex, 11,982 bilhões de dólares.

Na indústria da moda, a líder Nike manteve a posição mais cobiçada (27º lugar no Top100), enquanto a Zara avançou 24 posições, alcançando a 70ª posição (+47% em valor). Lululemon, marca de vestuário esportivo canadense, viu seu valor aumentar em 24% e subiu para o 92º lugar.

Desfile em NY: Hermès exibe o segundo episódio da coleção outono-inverno feminina

Na última quinta-feira (6), no East River, Nova York, EUA, ocorreu um dos momentos mais aguardados pelos amantes da moda, a exibição da coleção outono-inverno feminina da Hermès. Para a diretora artística da marca francesa, Nadège Vanhée, o desfile foi um grande sucesso alcançando fora das terras francesas. O tema da apresentação foi Manhattan Rocabar, em alusão a um tapete de cavalo de listras, que fazia menção a mistura de culturas entre as capitais da França e dos Estados Unidos.


Desfile da coleção feminina outono-inverno, Hermès (2024-25), que ocorreu em NY (Foto: divulgação/©Launchmetrics/spotlight)


Migrando e miscigenando estilos

Enquanto na exibição da primeira coleção pode-se notar um estilo mais ousado e revolucionário, ditado por um ritmo agitado e esportivo, na segunda apresentação percebe-se a continuidade desses traços, encaixados nos tons mais predominantes da atual estação de NY, mesclados com um pouco do gênero da música popular, advinda diretamente de bairros como o Bronx, em Nova York, a partir da década de 1970.


Desfile da coleção feminina outono-inverno, Hermès (2024-25), que ocorreu em NY (Foto: divulgação/©Launchmetrics/spotlight)


Coalizão de cores, texturas e muita criatividade

A decoração do local contou elementos comumente presentes no dia a dia do novaiorquino, como os letreiros multicoloridos, que trouxeram luz e brilho ao local do evento. Com uma variedade de cores alegres e vibrantes, que se misturaram a tons neutros e discretos, a marca de luxo francesa soube traduzir perfeitamente, de modo inteligente e criativo, a combinação de ícones e referências de Nova York.


Desfile da coleção feminina outono-inverno, Hermès (2024-25), que ocorreu em NY (Foto: divulgação/©Launchmetrics/spotlight)


Diversidade de estilos, estampas e acessórios

A diretora artística da Hermès, Nadège Vanhée, se empenhou em trazer as passarelas um estilo bastante diverso, multifacetado e cheio de cor, com seus looks que despontavam a agitação das ruas novaiorquinas, intrinsecamente entrelaçadas ao glamour das calçadas parisienses, ao exibir, desde os grandes, coloridos e esportivos casacos de sua coleção, como também os macacões, minissaias, coletes despojados, e os marcantes bonés que adornaram as cabeças dos modelos durante o desfile.


Desfile da coleção feminina outono-inverno, Hermès (2024-25), que ocorreu em NY (Foto: divulgação/©Launchmetrics/spotlight)


Desfile da coleção feminina outono-inverno, Hermès (2024-25), que ocorreu em NY (Foto: divulgação/©Launchmetrics/spotlight)


E o que não faltou foi apresentação de acessórios, uma novidade que está aparecendo cada vez mais nas coleções de Nadège, além das icônicas bolsas já conhecidas da estilista, que proporcionaram visuais que esbanjavam charme, praticidade, inovação e modernidade. Depois do desfile rolou a party pós-evento, que teve a presença de artistas em um show com música ao vivo e DJs renomados.

Hermès pode ultrapassar receita da Louis Vuitton e se tornar maior marca de luxo

A marca de luxo Hermès deve se tornar a grife mais lucrativa e ultrapassar a Louis Vuitton, que há anos é a brand de moda que mais gera receita do grupo LVMH. A análise foi feita pelo Citigroup Inc, maior empresa do ramo de serviços financeiros.

Maior receita até 2027

Segundo o analista da Citi Thomas Chauvet, a projeção é que a Hermès ultrapasse a receita de 20 bilhões de euros até o ano de 2027, patamar que a Louis Vuitton atingiu em 2022. A análise tem como base números recentes da marca, que, de acordo com o Citigroup, alcançou em 2023 a receita de 14,3 bilhões de euros. “A Hermès desfruta de um dos perfis de crescimento, margem e fluxo de caixa mais previsíveis da indústria do luxo”, disse Chauvet.

Ainda segundo o analista, a Hermès tem um dos perfis de crescimentos mais sólidos e previsíveis do mercado de moda de luxo. Chauvet destacou que a marca tem produtos com preços mais acessíveis (para o universo das grifes) e outros com preços muito elevados, o que faz seu público variar bastante. O Citi também analisou o desempenho da Hermès no pós-pandemia e conclui que a marca teve resultados melhores que outras brands de luxo, como a Louis Vuitton. 


Birkin é uma das bolsas mais desejadas do mundo das peças de luxo (foto: reprodução/Jeremy Moeller/Getty Images Embed)


Só esse ano, as ações da fabricante de bolsas Birkin aumentaram em 20%. Para se ter uma noção, a marca está em um crescimento tão exponencial que, nesta segunda-feira (15), as ações da grife subiram 1,8%. De acordo com a empresa de análises financeiras, a indústria de luxo teve um crescimento de 6,8% neste mesmo período e o grupo da Louis Vuitton teve um aumento de 8,2% nas ações.

Chanel eleva preços para competir com Hermès


Bolsa “Classic Flap” usada por Maria Barteczko em Berlim, na Alemanha (foto: reprodução/ Jeremy Moeller/Getty Images Embed) 


Uma das bolsas mais conhecidas da Chanel, a “Classic Flap”, sofreu um reajuste de preço e atingiu seu maior valor em 2024: R$59.600. O site Havre de Luxe, comparou o preço da bolsa em 2023 e descobriu que a mesma peça foi avaliada em fevereiro em R$45.200 e logo em março o valor subiu para R$51.900.

Hermès é processada por vender bolsas “Birkin” às clientes que compram mais

A marca francesa de luxo está sofrendo processos de dois clientes insatisfeitos com a atitude da marca. Tina Cavalleri e Mark Glinoga entraram com uma ação na Justiça esta semana após darem depoimentos sobre tentativas negadas de adquirirem bolsas “Birkin”.

De acordo com eles, mesmo gastando milhares de dólares na loja, ainda assim, não puderam comprar suas bolsas “Birkin” por elas ser extremamente restrita à clientes frequentes que “apoiam a marca”.

O sonho de toda uma classe

A bolsa “Birkin” é conhecida por ser super exclusiva e um dos itens mais cobiçados da “Hermès”, além de ser trend nos guarda-roupas de artistas como; Kim Kardashian, Drake, Cardi B etc. Para muitas pessoas, ter uma “Birkin” é sinônimo de riqueza e “drip” que te permite ser considerado em um patamar social mais alto. 


(Foto: reprodução/ Getty Images Embed)


Nem tão políticamente correto

Porém, a marca tem um processo de venda da bolsa que é considerado crime nos Estados Unidos, violando a regulamentação “anti-confiança” ao vincular a venda do produto exclusivamente à quantidade de outros gastos na loja. Ou seja, o que se assemelha no Brasil com o conceito de “venda casada” que também é crime. Junto a isso, foi revelado que durante o processo de compra, os compradores são levados para uma sala exclusiva vazia onde recebe a bolsa.


(Foto: reprodução/ Getty Images Embed)


Com isso, foi apurado também que este processo incorpora até mesmo comissões de funcionários da “Hermès”, onde os vendedores não recebem comissões pelas vendas especificamente de “Birkins”, mas são recompensados com porcentagem em cima do valor que vendem junto com as cobiçadas bolsas, logo são incentivados a empurrar outros itens aos clientes. A “Rolex” éoutra marca que tem um processo de venda extremamente parecido com esse e também já sofreu processos ao longo dos anos.

“Hermès” já havia falado sobre esse assunto no passado, negando as acusações e que proibia esta ação, mas desde os novos processos, ainda não há um novo pronunciamento.