Kendrick x Drake: “Not Like Us”, de Lamar, pode concorrer ao Grammy

A faixa “Not Like Us”, de Kendrick Lamar, poderá ser indicada ao Grammy. A música, que é resultado de uma briga histórica no mundo do hip-hop mundial entre Kendrick e Drake, foi lançada em maio e conta com milhões de visualizações.

O CEO da Recording Academy, responsável pela premiação de maior prestígio no mundo da música, revelou a informação ao site norte-americano TMZ. De acordo com o chefe Harvey Mason Jr., “Kendrick obviamente teve sucesso com a organização, então não vejo nenhuma razão para que isso não aconteça”, contou ao TMZ.


Entrevista do CEO da Recording Academy, do Grammy (Foto: reprodução/YouTube/TMZ)

Kendrick tem 50 indicações ao Grammy e já conquistou 17 troféus da premiação. Para Harvey, o rapper americano é um sucesso e reafirmou a qualidade da faixa gravada. “Not Like Us” conseguiu ocupar o topo da Billboard Hot 100.

A indicação ao prêmio depende das escolhas e avaliações da Academia do Grammy. “É tudo uma questão de qualidade do registro. É sobre os membros [da Academia]. Se eles gostarem, será indicado”, disse o CEO.

Kendrick X Drake

Os dois rappers são os grandes nomes no estilo musical. Com carreiras estabelecidas há anos, ambos conquistaram diversos prêmios e fãs pelo mundo. A rivalidade entre os artistas já ultrapassa uma década.


Rapper canadense Drake (Foto: reprodução/Instagram/@champagnepapi)

Para trocar acusações, os rappers gravaram diversas “diss track” contra o outro. No hip-hop, a diss é utilizada para ofender ou acusar alguém. Os artistas lançaram 10 “disses” em um período de 2 meses.

A confusão começou quando o rapper J.Cole insinuou que eram os “três grandes” no cenário do rap na faixa “First Person Shooter”, colaboração com Drake. Em resposta, Kendrick disse na música “Like That”, com o Future, que “não há os três grandes, só há o grande eu”.

A troca de diss tornou-se palco para acusações mais sérias entre os rappers. Drake afirmou que Kendrick é agressor da esposa e o rapper acusa Drake de pedofilia e que esconde uma filha de 11 anos.

“Not Like Us”

Lançada no dia 4 de maio, a faixa faz acusações de pedofilia ao rapper canadense Drake. A capa da faixa é uma imagem da mansão do rapper com alfinetes vermelhos, usados para indicar criminosos sexuais.


A diss “Not Like Us” no Spotify

“Not Like Us” quebrou recordes que pertencia ao canadense. Tornou-se a música de hip-hop com maior número de streamings em um dia no Spotify dos Estados Unidos, superando “Girls Wants Girls”, de Drake.

Em menos de 9 dias, a diss chegou a marca de 100 milhões de reprodução no Spotify. O recorde era de Drake com a música “God’s Plan”.

Exibição de jóias em Nova York homenageia ícones do Hip Hop

Na última quinta-feira (09/03), o Museu Americano de História Natural em Nova York inaugurou sua nova exposição: “Ice Cold: An Exhibition of Hip Hop Jewelry”, com o propósito de expor diversas jóias clássicas de artistas renomados do Hip-Hop estadunidense e honrar seus significados.

A história do uso das jóias no meio do Hip-Hop vem desde o final dos anos 70/ início dos anos 80, no Bronx, bairro periférico de pessoas racializadas em Nova York. Aspirantes a grandes nomes da música, diversos artistas desta cena criaram uma estética única. Procurando mudar sua realidade, os músicos emergentes se inseriram em uma moda revolucionária da burguesia minimalista e majoritariamente branca, onde o ideal era justamente o oposto do minimalismo, optando por roupas largas, estampadas de acordo com a marca, além do esbanjo de dinheiro, mostrando suas pilhas de dólares e grandes e brilhantes jóias. 

A cultura da joalheria vem de muito antes. Entre toda a história, seja no antigo Egito, ou durante as Monarquias Europeias, a abundância de jóias automaticamente significava poder aquisitivo e ascensão social. Com isso, o povo dos guetos se agarrou neste conceito procurando uma forma de ganhar destaque em uma sociedade repressiva. 

Até hoje, a cultura das jóias no universo do Hip-Hop se mantém intacta. Ter uma jóia feita à medida, por designers renomados é um grande privilégio e quase um sinônimo de importância e poder para os artistas. Com isso, esta exposição veio para homenagear algumas destas peças únicas e grandes nomes da indústria.

Algumas das peças icônicas expostas foram:

A coroa de Slick Rick


Coroa de Slick Rick para exposição (Foto: reprodução/Lauren Bulbin/The Washington Post)

Pingente da Barbie de Nicki Minaj


Pingente Barbie de Nicki Minaj para exposição (Foto: divulgação/American Museum of Natural History)

Colar de Jesus de Notorious B.I.G


Colar de Biggie para exibição (Foto: reprodução/Lauren Bulbin/The Washington Post)

Pingente BellHop de Tyler, The Creator


Pingente de Tyler para exibição (Foto: reprodução/Lauren Bulbin/The Washington Post)

Grillz de diamantes amarelos e rubi de Pharrell Williams


Grillz de Pharrell para exposição (Foto: reprodução/Lauren Bulbin/The Washington Post)

Pingente de LEGO do designer Alex Moss para A$AP Rocky


Pingente LEGO de A$AP Rocky para exposição (Foto: divulgação/American Museum of Natural History)

A exposição seguirá até cinco de janeiro de 2025 nos Salões de Gemas e Minerais Allison e Roberto Mignone, no Museu Americano de História Natural. No site do Museu também se pode conferir uma playlist dos artistas que estão tendo seus itens expostos.