Junior Lima desabafa sobre homofobia e boatos que marcaram sua adolescência

Durante participação no programa Saia Justa, Junior Lima desabafou sobre os impactos dos boatos em torno de sua sexualidade, que começaram na adolescência e ainda influenciam sua vida e carreira. O cantor afirmou ser um homem hétero que sofre com homofobia, destacando que a associação entre sensibilidade masculina e orientação sexual gerou traumas profundos.

Teve que ser corajoso para não negar sua sensibilidade

O músico contou que, por não se encaixar nos padrões da masculinidade tradicional, foi alvo de preconceito desde cedo. Sua relação com a dança, a música e o convívio próximo com figuras femininas como a mãe e a irmã despertaram julgamentos e comentários maldosos.


Ao final do programa, Eliana elogiou Júnior por sua sensibilidade (Vídeo: Reprodução/X/@canalgnt)

Por ser um homem sensível, que cresceu em um ambiente feminino, ligado à música e à dança, eu sempre fui alvo de fofocas e especulações. Isso me causou uma insegurança enorme, que precisei enfrentar por décadas em terapia”, revelou Junior.

Naquela época, especialmente entre os anos 1990 e 2000, o ambiente ainda era bastante machista, e demonstrar empatia ou sensibilidade era motivo de ataque para um homem jovem. Mesmo hoje, o cantor sente os efeitos dessa homofobia velada.

Rumores de suicídio e clínicas

Junior também recordou um episódio delicado da adolescência: um acidente com um canivete acabou gerando rumores graves. Aos 14 anos, ele sofreu um corte profundo no tendão enquanto manuseava o objeto em casa, precisando passar por cirurgia e usar gesso. Mesmo assim, seguiu com sua agenda e realizou um show em Foz do Iguaçu.

Apesar da situação, começaram a circular boatos de que ele teria tentado suicídio por conta de um desentendimento com a irmã, Sandy. Além disso, surgiram rumores ainda mais pesados, como uma suposta internação em uma clínica para usuários de drogas. Junior classificou essas histórias como absurdas, maldosas e profundamente marcantes.

Diretriz aprovada pelo Vaticano permite homens gays como candidatos ao sacerdócio

Foi aprovada pelo Vaticano uma diretriz que autoriza candidatos gays nos seminários. A informação foi compartilhada pela Conferência Episcopal Italiana (CEI) por um documento de 68 páginas divulgado nesta quinta-feira (9), aprovado pela 78ª Assembleia Geral da mesma, realizada em Assis em novembro de 2023.

As exigências de celibato e contra a “cultura gay” ainda são rígidas. As regras são válidas apenas na Itália e será implementada de forma experimental durante um período de três anos.

O que diz o documento 

O documento expõe a importância de não reduzir o vocacional apenas à orientação sexual para respeitar a complexidade de cada candidato. A diretriz orienta que as tendências homossexuais dos candidatos ao sacerdócio sejam vistas mais como aspecto de personalidade.

Ao referir-se às tendências homossexuais no processo de formação, também é oportuno não reduzir o discernimento apenas a este aspecto, mas compreender o seu significado dentro de todo o quadro da personalidade do jovem

Conferência Episcopal Italiana

O texto manteve posições duras sobre comportamentos e ideologias. Não será aceito práticas homossexuais, candidatos que possuem tendências fortes, ou que apoiam a “cultura gay” ativamente. Portanto, homens gays que sejam castos e fieis às normas poderão fazer parte dos seminários.


Notícia compartilhada pelo perfil oficial do Vatican News (Foto: reprodução/Instagram/@vaticannewspt)


Atualização das normas de 2016

A nova diretriz modifica uma das regras impostas no ano de 2016, que proibiam completamente homens com “tendências homossexuais profundamente enraizadas” de ingressarem no sacerdócio, como notificou o antigo documento. Agora o candidato será avaliado de forma geral.

Em coerência com o próprio Magistério, a Igreja, embora respeitando profundamente as pessoas em questão, não pode admitir no Seminário e nas Ordens Sagradas aqueles que praticam a homossexualidade, apresentam tendências homossexuais profundamente enraizadas ou apoiam a chamada cultura gay

Documento de 2016

A decisão é uma tentativa de adaptar as normas da Igreja Católica para a modernidade e as transformações sociais, porém sem abandonar seus princípios conservadores ainda. Essa mudança será analisada pelos próximos anos.

Silvana, mãe de Ludmilla rebate ataque homofóbico em rede social

A mãe da cantora Ludmila, Silvana Oliveira respondeu a um comentário de um internauta que questionou “quem era o pai” do bebê que Brunna Gonçalves espera, a dançarina, de 33 anos é esposa de Ludmila, de 29 anos, que recentemente anunciaram a gravidez no show da turnê Numanice, e nesta terça-feira (17/12) elas compartilham no chá revelação que esperam uma menina.  

O casal está junto desde 2019, quando a cantora se assumiu bissexual publicamente, tendo o apoio total de sua mãe que acompanhou de perto todo o processo e no anúncio feito estava segurando a bandeira do orgulho LGBTQIAP+.


Chá revelação de Brunna e Ludimila (Foto: reprodução/Instagram/@Ludimila)


Relacionamento de Brunna e Ludimila 

O casal se conheceu em uma audição para o corpo de balé da cantora em 2015, mas Brunna não foi selecionada na primeira vez, indo fazer outros trabalhos além de passar um tempo no exterior, quando voltou ao Brasil Ludmila e a dançarina deram o primeiro beijo em 2017, mas não deram continuidade ao romance que só engatou em 2018, tornando público no ano seguinte.

A cantora já disse em entrevistas que havia ficado com mulheres desde os 16 anos, mas que quando começou a fazer teve medo do que seus fãs diriam sobre sua orientação sexual. Porém, para a surpresa de ambas, o apoio foi maior que as críticas e Silvana sempre teve um papel fundamental ao lado delas. Já Brunna não havia tido nenhuma experiência antes de conhecer Ludimila.

Gravidez de Brunna

Brunna falou em vários momentos que sempre teve o desejo de ser mãe e gestar o bebê, algo que Ludmila nunca quis passar por essa experiência. O casal, no entanto, optou por não dar muitos detalhes do processo da gestação, tanto que elas esconderam até novembro deste ano para dar a notícia. A bebê será a primeira filha do casal.

Papa Francisco se desculpa após comentário homofóbico

Segundo os jornais italianos, o pontífice, de 87 anos, usou uma expressão equivalente a “viadagem” durante uma reunião com bispos. Então, após o ocorrido, o Vaticano divulgou um comunicado nesta terça-feira (28) dizendo que o Papa Francisco não teve a intenção de usar “linguagem homofóbica” e pediu desculpas àqueles que tenham se sentido ofendidos com as palavras proferidas pelo pontífice.

Alegações anteriores

O pronunciamento do Vaticano só veio após dois jornais italianos alegarem que Francisco havia feito comentários homofóbicos durante uma reunião a portas fechadas na semana passada. O Papa teria dito aos bispos italianos presentes na reunião para não permitirem que homens gays treinassem para o sacerdócio. Usando e citando as fontes de dentro da reunião, os jornais italianos Corriere della Sera e La Repubblica informaram na última segunda-feira (27) que o papa havia usado a palavra “frociaggine”, termo esse que em uma tradução livre equivalente à expressão “viadagem” em português. Trata-se de um termo pejorativo para descrever a comunidade LGBTQIA+. Por isso, o Vaticano precisou se pronunciar e pedir desculpas em nome do pontífice.  


Papa é acusado de fazer comentários homofóbicos em reunião a portas fechadas (Vídeo: reprodução/YouTube/ CNN Brasil) 


Diretrizes do Vaticano

As falas polêmicas do papa vêm após propostas de bispos italianos para alterarem as diretrizes em relação aos candidatos para os seminários. O Vaticano decidiu no ano de 2005 que a igreja não poderia permitir a ordenação de homens que são assumidamente gays ou que têm “tendências homossexuais profundas”. E em 2016, o papa Francisco manteve tal decisão. Além disso, dois anos depois da decisão, ele ainda disse aos bispos italianos para não aceitarem candidatos gays para o sacerdócio.

Por outro lado, durante seu pontificado, o papa procurou oferecer uma abordagem mais acolhedora aos católicos que fazem parte da comunidade LGBTQIAP+, ao dizer “quem sou eu para julgar?”, quando perguntado sobre padres gays. Ele também ofereceu a possibilidade de sacerdotes oferecerem bênçãos informais para casais homossexuais. Ademais, o jornal Corriere della Sera diz que o papa argentino fala italiano como segunda língua, e por isso pode não saber o quão ofensiva era o termo.

Lauana Prado conta sobre sua jornada na música e situações de homofobia que viveu

A cantora e compositora brasileira Lauana Prado, de 35 anos, é uma das cantoras sertanejas de maior sucesso da atualidade. Em recente entrevista para o programa Conversa com Bial, ela revelou pontos cruciais de sua carreira, como a mudança de nome, participação em reality e situações de homofobia que vivenciou em sua trajetória. 

Jovens Talentos e The Voice Brasil

A carreira artística de Lauana Prado se iniciou em reality shows e musicais na TV aberta. Primeiro com sua participação no quadro “Jovens Talentos”, do Programa Raul Gil, ainda em 2011. Após a experiência, ela foi selecionada para o time de Carlinhos Brown, na primeira temporada do programa The Voice Brasil, quando ainda usava seu antigo nome artístico Mayara Prado. 

Mudança de nome artístico 

Na entrevista, a cantora relembrou o conselho dado por Fernando Zor, cantor que faz dupla com Sorocaba, para mudar o seu nome artístico, durante sua participação na primeira temporada do The Voice Brasil, quando a mesma regravou a música “Escrito nas Estrelas”‘”. “Ele foi incrível, um grande anjo (…), pensou muito no produto, na artista que ele traria para o mercado”, relembrou Lauana.  Ela ainda completou dizendo que no início Zor não sabia que nome colocar. Mas que após saber do nome composto da cantora, logo falou: “Caramba! E esse Lauana aqui?”, e assim a artista mudou seu nome artístico de Mayara para Lauana Prado.


Tetê Espíndola, Pedro Bial e Lauana Prado no “Conversa com Bial” (Foto: reprodução/Instagram/@lauanaprado)

Homofobia no sertanejo

Lauana é assumidamente bissexual e revelou também que, devido ao seu namoro com a influenciadora digital Veronica Schulz, ela e a namorada sofreram preconceito. A goiana contou que o relacionamento de quatro anos, que terminou no fim de 2023, “não era muito bem quisto entre pessoas conservadoras”. A compositora falou ainda que viveu algumas situações de homofobia, dentro e fora do backstage e que fez questão de trazer o relacionamento para um ambiente público, falando sobre o assunto sem que se tornasse uma grande questão. “Busquei fazer isso de maneira natural, até porque de fato estamos falando de um relacionamento no qual existia amor e cumplicidade”, concluiu Lauana.