Samsung apresenta Galaxy Z TriFold e reforça disputa no mercado de dobráveis

Na noite desta segunda-feira (1º), a Samsung oficializou o lançamento do Galaxy Z TriFold, seu novo smartphone dobrável de alto desempenho. A novidade estreia primeiro na Coreia do Sul em 12 de dezembro de 2025 e deve chegar a outros mercados  como os Estados Unidos  nas semanas seguintes. O anúncio ocorre em um momento de forte movimentação da indústria, que vê o segmento de dispositivos dobráveis crescer e ganhar novos competidores.

Competição acirrada e a resposta da Samsung

A chegada do Z TriFold surge meses depois de a Huawei ter retomado sua atuação no Brasil com o Mate XT, o primeiro smartphone triplamente dobrável do mundo. O modelo, lançado por R$ 33 mil, chamou atenção pelo design e pelo valor, tornando-se o aparelho mais caro disponível no mercado brasileiro. Essa ofensiva da concorrência acelerou a disputa por inovações no setor, pressionando marcas tradicionais a investirem em formatos diferenciados e experiências mais completas para o usuário.


Celulares Samsung (Foto: Reprodução/Firdous Nazir/NurPhoto/Getty Images Embed)


A Samsung busca consolidar sua liderança entre os dobráveis com um produto que reforça o conceito de multifuncionalidade. O Galaxy Z TriFold aposta em uma tela expansível de 10 polegadas, formada por duas dobras, permitindo utilizar até três aplicativos simultaneamente. A proposta é unir mobilidade e produtividade, e o suporte ao Samsung DeX amplia essa estratégia ao transformar o smartphone em uma espécie de computador portátil, adequado para trabalho, edição de conteúdo e multitarefa.

Além disso, o lançamento do TriFold sinaliza uma nova fase na estratégia da Samsung para 2026: a empresa pretende posicionar seus dobráveis não apenas como dispositivos premium, mas como alternativas viáveis para quem busca substituir tablets ou até notebooks em tarefas do dia a dia. Especialistas do setor avaliam que, caso o aparelho obtenha boa recepção nos primeiros mercados, ele pode redefinir padrões de usabilidade e influenciar o próximo ciclo de inovação móvel, estimulando outras fabricantes a acelerarem seus projetos de telas flexíveis e experiências multimodais.

Desempenho, bateria e inteligência artificial

O desempenho do aparelho é impulsionado pelo Snapdragon 8 Elite, processador topo de linha capaz de lidar com múltiplas tarefas e recursos de inteligência artificial sem perda de fluidez. A bateria de 5.600 mAh — distribuída em três módulos  foi projetada para equilibrar consumo e autonomia, enquanto o carregamento rápido de 45 W garante 50% da carga em cerca de meia hora.

O Galaxy Z TriFold também incorpora ferramentas do Galaxy AI, como edição generativa de imagens e o assistente Gemini Live, que interpreta comandos de voz e imagem em tempo real. Segundo a Samsung, o conjunto de recursos foi pensado para aproveitar o formato dobrável e a tela ampliada, oferecendo uma experiência de criação, navegação e produtividade mais completa. Com o lançamento, a empresa reforça seu compromisso com inovação e se prepara para mais um capítulo da disputa global por protagonismo no mercado de smartphones dobráveis.

Mesmo inovando, mercado de celulares dobráveis permanece baixo

O mercado de celulares dobráveis recebeu novos modelos nas últimas semanas, com alguns lançamentos da Samsung, como a linha 7, composta pelos modelos Galaxy Z Fold 7, Galaxy Z Flip 7 e Galaxy Z Flip 7 FE.

Apesar de ser a líder do setor, a empresa sul-coreana vem perdendo espaço nos últimos anos para concorrentes como Honor, Huawei e Motorola. Com uma participação de 55,2% somente neste ano, a China é o principal mercado para o segmento de celulares dobráveis, segundo o Coherent Market Insights.

Mercado de celulares dobráveis

Por mais que o desenvolvimento tecnológico desses aparelhos esteja ainda mais desenvolvido, os consumidores continuam receosos com a aquisição dos aparelhos com telas dobráveis. Segundo uma estimativa da Counterpoint Research, menos de 2% dos smartphones vendidos no mundo estão nesta categoria. E segundo dados da Statista, de 1,2 bilhão de aparelhos vendidos no ano passado, apenas 25 milhões eram dobráveis.

Uma das questões para a compra do aparelho é seu custo e durabilidade, conforme preocupações de estadunidenses em uma pesquisa da YouGov. Foi comentado também que não há tanta vantagem em comparação com um modelo comum, fora seu peso e tamanho — mesmo que alguns celulares dobráveis sejam mais leves e finos, como o Galaxy Z Fold 7.


Samsung mostra processo de testes da linha Galaxy Z (Vídeo: Reprodução/X/@Samsung)

Todavia, de acordo com a mesma pesquisa, jovens adultos estão se interessando mais por esses modelos, averiguando pontos como duração da bateria, qualidade da câmera e capacidade de realizar várias tarefas ao mesmo tempo. A IDC avalia que, até 2028, as vendas por ano dos celulares dobráveis devem alcançar a marca de 45,7 milhões.

Aparelhos disponíveis no Brasil

Além da Huawei, Motorola e Samsung, empresas como Google e Sony estão investindo na tecnologia necessária para que os aparelhos dobráveis funcionem, tendo lançado seu modelo no mercado. Fora a tecnologia, essas empresas trazem de volta a estética dos anos 2000, de aparelhos como Motorola Razr V3, que pode ser um fator de compra.

Hoje é possível investir em smartphones como o Galaxy Z Fold5 5G e o Z Flip5 5G da Samsung, por volta de R$ 8.000,00 e R$ 13.000,00, respectivamente, através do site da empresa. A Motorola também está com modelos à venda em seu site, tais quais Motorola Razr 40 5G, por menos de R$ 4.000,00, e Motorola Razr 40 Ultra 5G por cerca de R$ 7.000,00.

Apple indica recompra recorde de US$ 110 bilhões em ações

Nesta última quinta-feira (2), a Apple tomou a dianteira e anunciou um programa de recompra de ações estimado em US$ 110 bilhões para alavancar o capital social da empresa. Tal medida surge em  decorrência dos resultados trimestrais obtidos recentemente e apontam uma possível movimentação por parte da maçã no mercado de smartphones. 

No total, os papeis da empresa no mercado financeiro subiram em 7%. Para o analista Thomas Monteiro, representante da Investing, a recompra por parte da Apple é a maior da história da big tech. Em entrevista para a agência de notícia britânica Reuters, o atual CEO da Apple, Tim Cook, revelou que espera crescimento de “abaixo de um dígito” na receita geral até o fim do trimestre vigente.

Gigante sul-coreana representa desafio para a Apple

Em meio à concorrência, a americana enfrenta empecilhos para realizar a venda de seus dispositivos, sendo um deles a própria Samsung. A big tech sul-coreana entrou no páreo com produtos que utilizam inteligência artificial, como o caso de chatbots presentes nos iphones.  

Outro entrave tem relação com o mercado no qual atua, uma vez que as vendas em território americano caíram em 10,5% no segundo trimestre fiscal. Há uma relação que pode ser traçada com o próprio governo americano, dado que o Departamento de Justiça acusou a empresa de monopolizar o mercado de smartphones, além de aumentar o preço para compra de aparelhos.


Tim Cook dando entrevista na Indonésia (Foto: reprodução/Bay Ismoyo/Getty Images Embed)

Entretanto, Cook defende que as vendas aumentaram em alguns mercados, como o caso da China. No território oriental, onde divide o comércio com a Huawei, a Apple conseguiu uma parcela significativa de US$ 16,37 bilhões no segundo trimestre fiscal.

Vendas de produtos Apple subiram no trimestre

Além do lucro das ações, estimados em US$ 1,53 conforme a empresa de informações financeiras LSEG, a empresa teve um crescimento de US$ 23,87 bilhões com serviços como Apple Music e TV. 

Outro ganho da empresa foi com as vendas de desktop Mac. Analistas esperavam baixa no segundo trimestre. Porém, cresceram em US$ 7,5 bilhões, em comparação com as estimativas de US$ 6,86 bilhões da LSEG.

A única baixa foi no segmento de acessórios da marca, tanto em Apple Watches como AirPods. A LSEG previa aumento de US$ 8,08 bilhões, mas o resultado atingido foi de US$ 7,91 bilhões.

Após ordem judicial, Apple recolhe WhatsApp e Threads da loja de aplicativos da China

Acatando à diretriz recebida pelo governo da China, os aplicativos da Meta, WhatsApp e Threads, foram retirados do país. A medida ocorreu pelo receio do governo para com a segurança nacional.

Fora os dois aplicativos da Meta, os aplicativos de mensagem Telegram e Signal também foram recolhidos, demonstrando que o governo chinês é intolerante para com os serviços de mensagens estrangeiros, considerando que estes estão longe de seu alcance, não sendo possível controlá-los.

Apesar da ordem judicial recebida, não ficou claro como o WhatsApp e o Threads causaram apreensão quanto à segurança da população chinesa.

Ainda assim, a Apple acatou com o pedido, relatando serem obrigados a seguir as leis dos países em que estão, mesmo não apoiando.

Nem a Administração do Ciberespaço da China, e nem a Meta se pronunciaram.

Em Hong Kong e Macau os aplicativos permanecem disponíveis, por se tratar de regiões independentes.

Aplicativos de mensagem na China

A desabilitação dos aplicativos estrangeiros no país pode não afetar tanto o povo, pois, o serviço de mensagens mais utilizado na China é o WeChat, da empresa Tencent.


Celular com o aplicativo WeChat (Foto: reprodução/Unsplash)

O bloqueio de aplicativos de outros países não é de hoje, sendo possível utilizá-los somente por meio de redes virtuais privadas ou outros meios.

Tanto a internet, quanto os veículos de comunicação, são monitorados criteriosamente pelo governo chinês e, todos os dias, os sensores eliminam conteúdos que criticam a política estatal ou que podem gerar descontentamento.

Pressão competitiva local

Fora a preferência pelo aplicativo de mensagens local, a Apple também vem sofrendo com a queda de compras de iPhones na China.

Na primeira semana deste ano, houve uma queda de 30% nas vendas de seus smartphones, a qual está diretamente correlacionada ao crescimento da venda de seus rivais locais, como a Huawei.

Mesmo com os descontos fornecidos pela empresa, como a baixa de 16% no preço do iPhone 15 Pro e do iPhone 15 Pro Max, a Huawei obteve um acréscimo de 6% na participação do mercado no último trimestre de 2023.

Nvidia apresentará uma prévia de novos chips de IA na próxima segunda-feira

Jensen Huang, presidente executivo da Nvidia, irá introduzir ao público uma prévia de novos chipsets para inteligência artificial. Programada para a próxima segunda-feira (18), a apresentação será realizada no Vale do Silício e contará com outros produtos da marca. 

O evento faz parte da conferência anual de desenvolvedores da empresa, sendo a primeira que será feita presencialmente depois da pandemia de Covid. Referência em fabricação de placas de vídeo e atualmente no segmento de inteligência artificial, a Nvidia estima que 16 mil pessoas participem  da conferência, quase o dobro da última edição realizada em 2019.

Nvidia versus Apple na disputa por lucratividade

A gigante das GPUs tem crescido cada vez mais. No final de fevereiro, por exemplo, estava avaliada em mais de US$ 2 trilhões e se aproximando ainda mais da marca de Apple. A diferença entre elas é de apenas 400 bilhões. Ambas ficam atrás da Microsoft, líder do mercado de ações na Wall Street. 

Muito desse aumento é atribuído aos chips já comercializados para IA e computação em geral, mas podem aumentar drasticamente ainda neste ano. Segundo especialistas, há uma expectativa de crescimento de 81%, algo na casa dos US$ 110 bilhões, se as empresas terceiras investirem em chipsets para conduzir bots de conversa, geradores de imagens e outros sistemas que utilizam inteligência artificial como função principal. 


CUDA é uma das novas tecnologias que devem ter novidades no evento (Reprodução/Nvidia)

Entretanto, há uma preocupação quanto à sustentabilidade desse aumento ao longo do tempo. De acordo com Stacy Rasgon, analista na empresa de finanças Bernstein, o crescimento gradual é preocupante e levanta questões sobre a capacidade da Nvidia de mantê-lo. Se houver lançamentos constantes, pode ser que isso seja possível. “Quanto mais novos produtos forem lançados com maior desempenho e preços mais altos, maior será a margem de manobra”, defendeu. 

China está receosa quanto à defasagem de chipsets

A Huawei, multinacional sediada na China e provedora de equipamentos de rede e eletrônicos, desbancou a Nvidia em solo chinês em 2020. Por conta do corte que Washington realizou com a China, ao dificultar que chipsets da Nvidia fossem vendidos no território, não há notícia de novos chips equivalentes ao H100 lançado em 2022. 

Com o lançamento de um novo hardware da Nvidia, o possível B100, a China pode ficar ainda mais para trás na competição por chips de IA. 

Novas atualizações quanto à plataforma CUDA, arquitetura responsável para ampliar performance, deve ser apresentada também no evento da próxima semana.