Empresa Meta vai identificar imagens criadas por Inteligência artificial

A Meta, que vem inovando nos últimos meses, agora vem com mais uma novidade. Na última terça-feira (6), a empresa anunciou que nos próximos meses pretende identificar qualquer imagem criada por Inteligência Artificial (IA) e que apareça no Facebook, Instagram e a recém-criada Threads.

Vale lembrar que a meta já identifica imagens feitas por IA desde dezembro, quando houve o lançamento do Meta IA criada para essa finalidade no mesmo mês.

Meta fez um comunicado sobre o assunto

O homem responsável por cuidar de assuntos internacionais, Nick Clegg, fez uma postagem em um blog dizendo o seguinte:

“Nos próximos dias, iremos rotular imagens que os usuários publicarem no Facebook, Instagram e Threads sempre que pudermos detectar indicadores, conforme as normas da indústria, que revelem se são geradas por IA”

Nick Clegg

Clegg quis dizer que a partir de agora vão fazer o mesmo que outras empresas já utilizam tal ferramenta, como a Google, OpenAI, Microsoft, e adobe.


Logo da Meta e redes sociais (Foto: reprodução/site/Jdi)

Além disso, Clegg disse que a empresa está construindo essa ferramenta e que vão aplicar etiquetas em todos os idiomas compatíveis com cada aplicativo.

O aumento da IA não é mais segredo e seu uso aumenta cada vez mais, e por consequência disso, fez crescer a preocupação de que as pessoas utilizam essas ferramentas para gerar caos político, especialmente por meio da desinformação. Quase metade da população mundial irá às urnas em 2024.

Crescimento da IA

Além do risco político, com o crescimento da IA pode acabar gerando um fluxo muito grande de fake news (noticias falsas). Como, por exemplo, um fato que vem acontecendo muito, são as deepfakes de mulheres famosas, ou até mesmo pessoas anônimas.

Até mesmo os dubladores estão com medo de perder seu trabalho, visto que agora a IA tem tomado parte do mercado e com suas ferramentas é possível a dublagem sem que seja necessário um dublador para sua realização.

Nick também disse o seguinte:

“Não é perfeito, não vai cobrir tudo, a tecnologia não está totalmente pronta. Mas, até agora, é a tentativa mais avançada a fornecer transparência significativa para todo mundo”, garantiu Clegg à AFP.

A meta não é a única empresa que busca essa segurança, a empresa OpenAI, criadora do ChatGPT, também anunciou o lançamento de ferramentas para combater a desinformação e reforçou seu desejo de não permitir o uso de suas tecnologias para fins políticos ou para criação de fake news.

Conheça quatro IAs que podem axilar o seu dia a dia

Em um mundo onde as Inteligências Artificiais estão se tornando cada vez mais presentes no dia a dia da população informatizada, essas plataformas têm auxiliado as pessoas de maneiras que até pouco tempo atrás não poderiam ser imaginadas, evoluindo para atender a um público cada vez mais amplo.

Abaixo, selecionamos algumas das plataformas de Inteligência Artificial que podem auxiliar na produtividade, abrangendo desde a criação de textos até a geração de imagens complexas, cada uma com suas peculiaridades e vantagens:

ChatGPT

Esta é a opção mais conhecida do mercado, reconhecida pela sua eficiência, e já ultrapassou a marca de um milhão de usuários ativos desde o seu lançamento. Mesmo oferecendo uma versão gratuita poderosa, a OpenAI lançou uma versão Pro do seu produto, atualmente alimentada pelo modelo de linguagem GPT-4.

Microsoft CoPilot

A Microsoft também entrou nesse segmento com sua própria plataforma de IA. Inicialmente, o CoPilot foi lançado como uma nova versão do seu mecanismo de busca. A abordagem da Microsoft é um pouco diferente, já que sua IA tenta passar a sensação de ser mais do que um chatbot, sendo uma ferramenta de produtividade integrada às suas plataformas, como o Windows e o Microsoft 365.


OpenAI e Microsoft tem parceria estratégica (Foto: reprodução/X/@OpenAI)

Google Bard

Inicialmente surpreendida pela chegada e rápida ascensão do ChatGPT, a gigante da tecnologia lançou o Bard, que inicialmente parecia uma imitação do ChatGPT. No entanto, isso mudou rapidamente com as constantes atualizações em seu sistema, principalmente após a introdução do Gemini Pro, que liberou ainda mais o potencial do sistema de IA da Google. Nos próximos meses, espera-se o lançamento do Gemini Ultra.

Llama2 (Meta)

A Meta também entrou na jogada com sua própria IA não muito tempo depois de suas principais rivais. A empresa segue uma abordagem um pouco diferente, pois, em vez de ter uma plataforma própria, ela licencia códigos e dados de treinamento disponíveis, permitindo que qualquer pessoa crie seus próprios chatbots.

Nicole Kidman reflete sobre sua colaboração para o meio cinematográfico

Nicole Kidman tem trabalhos previstos para lançamento este ano, mas receia que o uso de IA altere seus trabalhos prévios no cinema. 

Nicole Kidman reflete sobre seu legado

Em abril deste ano, Nicole Kidman será a primeira pessoa australiana a receber o prêmio Life Achievement do American Film Institute. Esse prêmio reconhece a contribuição vitalícia do legado do artista para a cultura americana por meio de seus trabalhos na televisão e no cinema. Porém, em entrevista recente para a Vogue Austrália, a atriz confessou se preocupar com a aplicação de novas tecnologias em seus trabalhos. Ela pensa: “Se tudo não for mudado pela IA”.  

Nicole refletiu, então, sobre a marca que deixará no mundo para além da carreira. Ela diz: “O que você está deixando para trás? Esperançosamente, seus filhos, que querem fazer a diferença no mundo e têm um propósito e lutarão para manter este planeta e as pessoas vivas.” Ela tem quatro filhos: Isabella e Connor, de seu casamento com Tom Cruise, e Sunday e Faith, de sua união com Keith Urban.

Nicole Kidman se recusa a ceder a expectativas alheias para sua carreira

Nicole Kidman sente que está sempre se reinventando, mesmo agora, 40 anos após o início de sua carreira. Ainda durante a entrevista, ela disse: “Sim, continuo muito aberta e ainda muito apaixonada pelo que faço e curiosa. E esses elementos não foram atenuados”. Ela explica: “Você pode se tornar mais rígido à medida que envelhece, mas também pode se tornar mais livre”.


Nicole Kidman posa com cobra para a Vogue Australia (reprodução/Instagram/@vogueaustralia)


A ganhadora do Oscar de Melhor Atriz pelo filme As Horas também falou sobre as expectativas que outros colocam sobre sua carreira. Nicole revela: “Acho que a ideia de ter que cumprir uma expectativa não parece boa. Isso parece assustador. Não quero ser um modelo para ninguém, não estou interessado nisso. Estou interessado em explorar artisticamente o que significa ser um ser humano… a ideia de vida e morte, e amor e dor e alegria”. 

A atuação de Nicole Kidman pode ser conferida em seu trabalho mais recente, a série Expats, cujos primeiros episódios já estão disponíveis no Prime Video.

Microsoft pode ser a maior empresa do mundo em 2024 graças à inteligência artificial

Nesta última sexta-feira (26), a Microsoft passou a ser a empresa com maior valor de mercado no mundo inteiro, superando a Apple, que mantinha o título desde 2011.

As duas empresas, que são avaliadas cada em aproximadamente 3 trilhões de dólares, estão concorrendo pelo primeiro lugar em 2024, mas ao que especialistas indicam, a Microsoft deve superar a outra empresa com o uso da IA.


O investimento em inteligência artificial já ocorre na Microsoft há quase uma década (Foto: reprodução/Reuteres/Gonzalo Fuentes)


Trajetória da IA

Graças à adoção crescente e contínua de inteligência artificial integrada nos vários serviços oferecidos, a trajetória fica clara: a Microsoft deve registrar um aumento de quase 16% na sua receita do último trimestre, a maior taxa de crescimento presenciada pela empresa em dois anos.

Ao menos, este é o fator ao qual o rápido crescimento está atualmente sendo atribuído. E os investimentos planejados da empresa parecem confirmar essa hipótese: nesta próxima terça-feira (30), a Microsoft deve divulgar detalhes de um acordo que prevê o investimento de mais US$ 10 bilhões na OpenAI (criadora do ChatGPT), que deve definir como será o tom dos investimentos gerais de tecnologia durante esse ano.

Trata-se de algo em que Wall Street já está de olho, para verificar os retornos da iniciativa no longo-prazo. Por exemplo, embora publicamente a OpenAI não seja subordinada à Microsoft, a grande empresa tem sido sua maior investidora desde 2016, e logo é consideravelmente responsável pelo advento do ChatGPT.

OpenAI e Azure

A inteligência artificial generativa surgiu como a principal prioridade para diretores de informação e a Microsoft está excepcionalmente bem posicionada, com a maioria dos CIOs esperando usar um produto de IA da Microsoft nos próximos 12 meses,” afirmou Keith Weiss, analista de Morgan Stanley, no dia 11 de janeiro.

Um dos principais serviços que a Microsoft está desenvolvendo com o uso da IA trata do Azure, que é uma plataforma de comunicação em nuvem que concorre diretamente com o Google Cloud da Alphabet e o AWS da Amazon.

Esperamos que a contribuição da IA para o crescimento do Azure aumente, com nossas verificações apontando para uma forte demanda por serviços de IA,” adicionou o analista da Jefferies, Brent Thill, em nota de pesquisa.

Atualmente, a empresa está investindo bastante em mais infraestrutura de inteligência artificial para atender à uma demanda crescente. Mesmo com esses gastos, as ações da Microsoft cresceram em 57% durante 2023 – e neste ano, devem continuar nessa trajetória.

Dubladores protestam por regulamentação da inteligência artificial; saiba por quê

Dubladores brasileiros criaram um movimento a favor da regulamentação da inteligência artificial nas produções de filmes, séries, videogames e outros produtos audiovisuais. A iniciativa, que leva o nome de Dublagem Viva, tem o objetivo de impedir que robôs substituam profissionais humanos nos estúdios de gravação, e já tem o apoio de nomes importantes da dublagem no país, como Wendel Bezerra, que dá voz ao Goku; Selma Lopes, a intérprete de Maggie Simpson; e Christiane Monteiro, a Lindinha de “As Meninas Superpoderosas”.

Dubladores dizem não querer o fim da IA

Segundo um manifesto da campanha, o interesse dos profissionais não é proibir o uso de inteligência artificial, mas apenas garantir que ela seja tratada apenas como uma “ferramenta de criação”. Wendel Bezerra, famoso por interpretar personagens como Goku, Jackie Chan e Bob Esponja, frisa que, para que o resultado final de uma dublagem seja satisfatório, é preciso que exista uma inteligência sobre emoções que um robô dificilmente irá conseguir replicar com precisão: “São necessárias sensibilidade e percepção artística”, afirmou.



O Dublagem Viva ainda salientou que não existem apenas pontos negativos no uso de inteligência artificial. Uma das suas contribuições seria a ajuda no combate à pirataria, com o fornecimento de ferramentas para identificar mais facilmente reproduções ilegais de produções audiovisuais.

Saiba quais são as reivindicações

A principal demanda do Dublagem Viva é que regras sejam feitas para “equilibrar os avanços tecnológicos com a preservação de empregos e garantir a qualidade da dublagem”. O movimento diz que os dubladores são os responsáveis não somente por dar autenticidade aos personagens, mas também por adaptá-los aos contextos culturais de cada país.

No manifesto divulgado pela campanha, eles solicitam que a inteligência artificial não seja utilizada para reproduzir vozes de outros idiomas para o português, substituindo os dubladores, tampouco para propagar estereótipos, discriminação racial, étnica, de gênero ou qualquer forma de discriminação e preconceito. Além disso, reivindicam que o uso das IAs esteja de acordo com as leis de direitos autorais, e que sua regulamentação seja feita sob a consulta de profissionais do setor, especialistas e da sociedade civil.

Nova atualização do Iphone trará Inteligência Artificial

Apesar da polêmica da atualização do iOS 17, segundo alguns relatos de usuários conter travamentos e telas ficando escuras, a Apple anunciou o iOS 18 para junho deste ano.

Novidades do IOS 18

Uma das novidades, é a ferramenta de IA generativa e de acordo com Mark Gurman, da Blooberg, haverá um aprimoramento no assistente de voz da Apple, a Siri.


Mark Gurman, da Blooberg. (Foto: reprodução / Linkedin / Mark Gurman)

Outros recursos que podem ser adicionados é o auto-completar e auto-resumir textos, que seriam abastecidos pelo modelo de linguagem do fabricante da maçã, o Ajax.

A inteligência artificial também aprimoraria outros serviços da marca, como a Apple Music, onde que poderia criar listas de reprodução. E também auxiliar na solução de problemas.

No evento em junho, na Conferência Mundial de Desenvolvimento da Apple (WWDC), em tradução livre, muitos recursos devem ser anunciados e outros ainda estarão em desenvolvimento até 2025.

O especialista, Gurman, apesar de estar confiante dos novos recursos que envolverão a inteligência artificial, ele acredita que a Apple está muito atrasada em relação aos seus concorrentes nesse assunto.

“Começando com a IA generativa, as ferramentas da Apple – quando lançadas – virão quase dois anos após o ChatGPT começar a conquistar o mundo, cerca de um ano após a Amazon anunciar sua Alexa reformulada e cerca de um ano e meio após a Microsoft e o Google lançarem seus novos serviços. Mesmo para a Apple, isso é uma grande lacuna”

Mark Gurman, sobre o atraso da Apple

A empresa que se considera inovadora em tecnologia para seus consumidores, parece ter adotado estratégias de observar as tendências tecnológicas para depois implementá-las. 

Segurança do sistema operacional

Conforme o conselheiro global de cibersegurança da ESET (empresa de segurança de informação), Jake Moore anunciou a respeito dessas novidades do IOS 18:

“se os produtos e serviços não vierem com IA, há chances de usuários acharem que estão sendo passados para trás.”

Jake Moore sobre a falta de IA em serviços da Apple

Conselheiro Global de Cibersegurança da ESET, Jake Moore. (Foto: reprodução/ Digital Security Guide ESET)

O conselheiro do ESET ainda reconhece que nem sempre os serviços disponíveis na IA, serão positivos, mas recursos que poupam tempo, como o auto-resumo, serão bem recebidos pelo público.

Outro aspecto a ser levado em consideração, é a segurança dos dados e a privacidade, funcionalidades como chatbots, coletam uma grande quantidade de dados, então é importante estudar os recursos de privacidade da assistente de voz da empresa.

Porém, isso não parece um desafio para a Apple, que costuma presar pela segurança e privacidade de seus usuários.

Engenheiro agrônomo vê na IA linha divisória entre sobrevivência e colapso no agro

São Paulo, dezembro de 2023 —A revolução digital no agronegócio não é mais um exercício de futurologia. Sob pressão por eficiência, rastreabilidade e sustentabilidade, o setor rural brasileiro começa a enxergar na inteligência artificial um divisor de águas — não só entre lucro e prejuízo, mas entre quem segue relevante e quem será deixado para trás.

Entre os especialistas que vêm ajudando a traduzir esse cenário em direções concretas está o engenheiro agrônomo Robson Luís Magnani. Com mais de duas décadas de atuação no setor e um olhar estratégico sobre inovação, ele se tornou referência na avaliação de soluções tecnológicas voltadas ao campo. Atua como advisor técnico no portfólio Agtech da Bossa Nova Investimentos, onde analisa startups de base rural em estágio inicial, e integra conselhos administrativos de empresas do setor com foco em governança, escalabilidade e impacto produtivo replicável.

Com formação em Engenharia Agronômica e especialização em Proteção de Plantas pela Universidade Federal de Viçosa, MBA em Marketing pela FGV e Executive MBA em Negócios Internacionais pela University of Pittsburgh, Robson também é conselheiro certificado pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), entidade que forma lideranças empresariais com base em ética, sustentabilidade e boas práticas.

Para ele, inovação no campo não pode mais ser tratada como aposta. É um processo em andamento que exige leitura técnica, visão de ecossistema e decisões com base em dados reais. “O papel do avaliador hoje é entender o agro como um conjunto de soluções integradas. IA, conectividade e modelo de negócio precisam conversar entre si”, afirma.

Entre os usos mais promissores da IA já presentes no campo, Robson destaca o monitoramento automatizado de lavouras e rebanhos com sensores e visão computacional. Doenças em plantas vêm sendo identificadas antes de qualquer sintoma visível, o que permite intervenções mais rápidas, redução de perdas e economia de insumos. No caso da pecuária, algoritmos já são capazes de analisar o escore corporal de animais com precisão e autonomia. “Isso não é futuro. Está em teste de campo hoje.”

A assistência técnica digital também ganha força com a aplicação de modelos de IA generativa treinados em protocolos agronômicos, veterinários e zootécnicos. Essas soluções conseguem orientar o produtor mesmo em áreas com pouca ou nenhuma conectividade constante, tornando a tomada de decisão mais ágil e democrática. “É um avanço com enorme potencial de impacto, principalmente em regiões onde o acesso a técnicos especializados é limitado.”

Outra frente com crescimento acelerado, segundo Robson, é a desintermediação da cadeia produtiva por meio de IA logística. Plataformas que conectam diretamente produtores a restaurantes, centros de distribuição e consumidores finais vêm usando inteligência artificial para precificação dinâmica, roteirização eficiente de entregas e análise de demanda com base em sazonalidade e preferências locais. “É um modelo que melhora a margem do produtor, reduz desperdícios e aproxima o campo do urbano.”

Para o engenheiro, ainda há um descompasso entre a velocidade de adoção dessas tecnologias e a percepção de parte do mercado financeiro. “As startups rurais que combinam IA com conhecimento técnico local já estão operando. O capital que entender isso agora entra com valuation justo. Quem deixar para depois vai pagar caro — ou não vai conseguir entrar.”

Na hora de avaliar uma Agtech com potencial, Robson busca cinco pontos essenciais: dor validada no campo, time técnico qualificado, IA funcional (não cosmética), modelo de negócio escalável e governança desde o início. “Investir em IA no agro não é seguir modismo. É assumir o comando de um setor que está se reescrevendo em tempo real”, conclui.